Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

** Pesquisa analisa a urbanização de SP por meio de seus sambas


Pesquisa analisa a urbanização de SP por meio de seus sambas
 
Adoniran Barbosa teve seus sambas estudados por Virgílio
A classe trabalhadora paulistana das décadas de 1950 e 1960 vivenciou e testemunhou a urbanização da cidade de uma maneira particular, mas se integrando aos processos políticos e econômicos. Essa é uma das conclusões da tese de doutorado Debaixo do ’Pogréssio’: urbanização, cultura e experiência popular em João Rubinato e outros sambistas paulistanos (1951-1969), defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP e de autoria do arquiteto e urbanista Marcos Virgílio da Silva.
Virgilio conta que sua pesquisa pretendia estudar a urbanização de São Paulo sob o ponto de vista dos “de baixo”, descobrindo como eles sentiram este processo. Fazer uma análise sob esse ponto de vista (até então, inédito) implica enfrentar uma série de dificuldades, incluindo a escassez de fontes bibliográficas. Isso explica a utilização das letras e melodias de música popular, que, segundo ele, são um material riquíssimo, embora nem sempre reconhecido academicamente como legítima fonte para estudos da urbanização. O arquiteto explica que seu interesse não estava nas pessoas artísticas dos sambistas e sim na vivência daqueles cidadãos com a cidade de sua época. Por esse motivo, vemos Adoniran Barbosa ser chamado, no estudo, de João Rubinato, entre outros exemplos. Virgilio ainda enfatiza a importância de se tratar a urbanização não como um processo impessoal, mas como uma experiência de vida.
Ao analisar os mais de 50 discos e diversas entrevistas, Virgilio concluiu que embora as classes subalternas fossem vistas como inarticuladas e passivas, não o eram, construindo uma rede social densa que resultou em projetos coletivos de expressão política, especialmente por causa das práticas autoritárias em relação ao exercício do samba e certa restrição de espaços para sua prática. Ou seja, houve um verdadeiro fechar de portas para o estilo, especialmente no final da década de 1960. Assim, os sambistas buscaram se articular para tentar institucionalizar sua prática. Dessas tentativas é que vem a formalização do Carnaval na cidade de São Paulo, em 1968, subsidiado pela Prefeitura. Tal ação foi tida como descaracterização do samba, mas, segundo Virgilio, “foi uma consequência natural e que só foi possível devido à ocupação do espaço feita por aquela população. Eles ocupavam o centro e percorriam as periferias, sendo uma apropriação diferente da usual”.
O estudo contemplou as décadas de 1950 e 1960 em São Paulo
Nesse período de fechamento de portas, houve a descaracterização física de espaços importantes para o samba paulistano. O Largo da Banana, no bairro da Barra Funda , por exemplo, que é tido como um dos berços do samba na cidade, deu lugar a um viaduto. Os músicos responderam a isso com as temáticas de rememoração, saudosismo e perda. O pesquisador considera isso uma resistência do samba: “já que não tinham mais referência física, agora a faziam no campo simbólico. Eles reivindicavam continuar fazendo seu samba e continuar podendo usar a cidade para isso. Com a institucionalização do Carnaval, eles conseguem legitimar este processo, mas falam bastante da perda do lugar, o que significa que não aceitam totalmente esse confinamento numa única época do ano”, diz.
Mudanças
O estudo, orientado por Maria Lucia Gitahy, abrangeu as décadas de 1950 e 1960 pela importância da produção musical daquele momento e pelo o que aqueles anos, de intensa industrialização, representam para a história da cidade. Além disso, é uma época recém saida de uma ditadura e que desemboca em outra, tendo grande instabilidade política.
As décadas estudadas também presenciaram a formação e estruturação da indústria cultural brasileira, que permitiu a profissionalização de alguns sambistas, aumentando a possibilidade de trabalhar com música, mas ainda num processo instável. Com o crescimento e a popularização da MPB e do rock, por exemplo, diminuiu o interesse comercial no samba. Alguns sambistas que se profissionalizaram ainda funcionaram como ponte entre os sambistas amadores, gravando suas composições. É o caso de Osvaldinho da Cuíca e de Germano Matias.
O trabalho
Nos sambas paulistanos, assim como nos do Rio de Janeiro, a associação do sambista com a figura do malandro também acontece, do mesmo modo que há a figura do trabalhador. Ambas as figuras coexistem e não são necessariamente opostas. Virgílio acrescenta ainda que as referências a patrões e sindicatos não é comum, havendo uma relação mais direta com o trabalho em si. Mas, segundo ele, há um questionamento frequente da ideia de São Paulo como cidade do trabalho, mostrando que vários usos dela são possíveis, inclusive o lazer. Para analisar as canções, o pesquisador também trabalhou com outros aspectos além da letra, como a melodia, que destacou outros aspectos e deu outras ideias a respeito da abordagem de um tema em um samba
Osvaldinho da Cuíca teve papel importante no processo estudado. Foto: Marcos Santos
O arquiteto destaca que é muito grande o número de canções que fazem referência à São Paulo, e que é um material que vale a pena ser estudado para pensar a história da cidade: “fala-se muito de reconhecimento político de diversas frações da sociedade, e que as pessoas não participam porque não sabem ou não querem participar. Mas na verdade elas estão sim se manifestando, mas não têm seu meio de manifestação reconhecido. “Os de baixo” tinham e ainda têm algo a dizer. Compreender que o modo de vida dessa população se expressa por meios diferentes dos oficiais é uma visão válida que dá ideias de como a cidade poderia ser mais inclusiva”.
Fotos: Reprodução

Mais informações: mvirgilios@gmail.com


Conheça nosso perfil no Faceboock
 

Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

terça-feira, 13 de setembro de 2011

** III Seminário de História e Cultura Histórica - SITE NO AR

Caríssimos,

Já está no ar o site oficial de nosso III Seminário de História e Cultura
Histórica, que será realizado no Auditório 411 do CCHLA, entre os próximos
dias 26 e 28 de setembro.
Para maiores informações, acessem:

http://www.cchla.ufpb.br/ppgh/seminario2011/

PS: solicitamos divulgação nas listas de contatos

  Coordenação do Programa de Pós-Graduação em História
  Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
  Universidade Federal da Paraíba


__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.
                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

** Encontro traz a história sem censura de Brasil e Portugal

 

Encontro traz a história sem censura de Brasil e Portugal
Fonte: Do Jornal da USP

Entre os debates, estão os 
processos de interdição à 
arte nos dois países
 
Uma nova história sobre as relações entre Brasil e Portugal será resgatada nesta semana. O seminário Travessias: o Modernismo Luso-Brasileiro entre Liberdades e Interdições apresentará, entre os dias 14 e 16, uma série de trabalhos do Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Censura (NPCC) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.
O evento propõe a problematização das identidades nacionais dos dois países, apresentando as produções culturais híbridas em tempos de regimes autoritários. Serão discutidos os processos de interdição à arte e também as relações políticas e sociais, revendo a tradicional relação entre colonizador e colonizado.
“O seminário terá quatro mesas de discussão, com os títulos ‘Humor e linguagens atravessadas’, ‘Diálogos e memórias atravessados’, ‘Travessias artísticas híbridas’ e ‘Travessias restritivas político-sociais’”, explica a professora Maria Cristina Castilho Costa, coordenadora do NPCC. “Apresentaremos as pesquisas dos alunos e dos professores que refletem a diversidade de abordagens e aproximações teóricas em torno do material do arquivo Miroel Silveira e os temas prementes da comunicação e censura”.
Afinidades entre governos
A ideia de promover o debate surgiu a partir da pesquisa da professora Maria Cristina sobre a censura nos governos de Getúlio Vargas, no Brasil, de 1930 a 1945, e de Antonio de Oliveira Salazar em Portugal, de 1930 a 1968. “Uma série de afinidades aproxima os dois governos e os põe alinhados com outros regimes autoritários surgidos na primeira metade do século passado em vários países, como o franquismo na Espanha ou o peronismo na Argentina. São caracterizados pelo nacionalismo, autoritarismo, polarização entre esquerda e direita, agressividade internacional e personalismo em torno da figura de um caudilho”, explica a professora. “A semelhança entre os dois governos chega à política cultural e ao uso consciente dos mecanismos de propaganda e censura para estabelecer uma ideologia nacionalista e sufocar vozes contrárias ao regime, tanto nos meios de comunicação como nas artes. Uma postura ambígua de incentivos e restrições é adotada com relação às artes, incluindo o teatro.”
A pesquisa de Maria Cristina Costa está no livro Teatro e Censura: Vargas e Salazar, da Editora da USP (Edusp), que será relançado no decorrer do evento. Uma edição com base em informações extraídas dos processos censórios existentes no arquivo Miroel Silveira, que está sob custódia da Biblioteca da ECA. “É constituído de processos de censura prévia ao teatro, de 1930 a 1970, provenientes da Divisão de Censura do Departamento de Diversões Públicas do Estado de São Paulo”, observa Maria Cristina. “Trata-se de uma coleção de 6.205 processos de liberação de peças teatrais para apresentação pública, com pareceres, carimbos, vetos e cortes dos censores, além dos originais das peças que deveriam ser encenadas, muitos deles ainda inéditos. Desde o ano de 2000, esse arquivo é estudado por projetos de pesquisa individuais e temáticos que já reuniram mais de 40 pesquisadores em diferentes níveis acadêmicos, que vão da pré-iniciação científica ao pós-doutoramento, buscando conhecer em profundidade o fenômeno da censura à produção simbólica.”
Aspectos do riso
O tema “Humor e linguagens atravessadas” traz a pesquisa da professora Mayra Rodrigues Gomes, do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA, que vai discorrer sobre o riso em seus aspectos sociais.
A programação destaca ainda a pesquisa de Roseli Figaro, também professora da ECA, sobre a censura ao teatro amador de São Paulo. O trabalho resultou na organização do livro Teatro, Comunicação e Sociabilidade – Uma Análise da Censura ao Teatro Amador em São Paulo (1946-1970), da Balão Editorial, que também será lançado durante o evento, nesta sexta-feira.
A abertura do seminário será no dia 14, às 16 horas, com a participação do cartunista e historiador português Osvaldo Macedo de Souza, e de Heloísa Paulo, professora da Universidade de Coimbra. Ao longo do evento, os participantes poderão conferir uma exposição com trabalhos de Osvaldo Souza. Haverá também uma videoconferência com a professora Ana Maria Cabrera, pesquisadora do Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ) de Lisboa. A entrada é franca e as inscrições devem ser feitas no site www.usp.br/npcc/travessias2011. O Auditório Freitas Nobre fica na avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo.
Imagem: Wikimedia
Mais informações: (11) 3091-1607

Conheça nosso perfil no Faceboock
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** IV Seminário de História Social da Unirio: Poder e suas dimensões

 

IV Seminário de História Social da Unirio: Poder e suas dimensões
 
http://seminariopoderesuasdimensoes.blogspot.com/

Estão abertas as inscrições para o IV Seminário de História Socialda UNIRIO: Poder e suas dimensões. O evento acontecerá entre os dias 22 a 24/11/2011

  • Prazo de inscrição e envio de resumo: 16/10/2011
  • Prazo de envio de artigo: 13/11/2011
Valor para ouvintes: R$ 20
Valor para expositor de trabalho: R$ 30



 

__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Lançamento Revista Angelus

 
 

A Equipe Editorial e Executiva comunica o lançamento do segundo número da Revista Angelus Novus, publicação dos pós-graduandos em História Econômica e História Social da Universidade de São Paulo.
A revista, de periodicidade semestral, pode ser consultada no próprio site (www.usp.br/ran) e tem por finalidades difundir a produção científica dos pós-graduandos em História, além de propiciar o debate teórico e historiográfico, em qualquer área e linha de pesquisa.
A Equipe informa ainda que devido ao grande número de artigos recebidos para os dois primeiros números, não será aberta chamada de novas submissões para o terceiro número, já em fase de finalização.
Maiores informações: angelusnovus@usp.br
Twitter: @revangelusnovus
Facebook: https://www.facebook.com/pages/Revista-Angelus-Novus/119560488101018

__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

sábado, 10 de setembro de 2011

** História da educação: arquivos, documentos, historiografia, narrativas orais e outros rastros

 

 
História da educação: arquivos, documentos, historiografia, narrativas orais e outros rastros
 
Fonte: Editora da UFC
 



História da educação: arquivos, documentos, historiografia, narrativas orais e outros rastrosRESUMO
História da educação: arquivos, documentos, historiografia, narrativas e outros rastros traz um conjunto de textos que foram apresentados no IV Encontro Cearense de Historiadores da Educação, que ocorreu em maio de 2005 no Campus do Benfica da Universidade Federal do Ceará. Os textos aqui apresentados estão dispostos em uma sequência que agrupa alguma afinidade entre eles. Inicia-se pela conferência de abertura que foi proferida pelo professor Wojciech Anorzej Kulesk, professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba, seguindo-se por trabalhos que tratam de aspectos teórico-metodológicos que estão entre aqueles que dão suporte a estudos em história da educação; história da educação e subjetividade; memória; identidade, narrativa e autobiografia; história local e epistemologia. Em seguida estão os textos que apresentam resultados de estudos sobre a educação nos séculos XIX e XX. Fechando a coletânea, apresentam-se estudos sobre afrodescendência.
ORGANIZADORES:
José Arimatea Barros Bezerra
Ariza Maria Rocha

PÁGINAS: 180
ISBN: 978-85-7282-285-5
ANO: 2008
VALOR: R$ 20,00
 
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Encontro com a História discute concentração do conhecimento científico

 

Encontro com a História discute concentração do conhecimento científico

Fonte: PORTAL FATOR BRASIL
 
O ciclo “Encontro com a História, Ciência e Tecnologia” apresenta, no próximo dia 13 de setembro (terça-feira), a palestra “A concentração do saber científico, a inovação tecnológica e o mundo dos excluídos”, com a participação do pesquisador e historiador Daniel Chaves. O Evento promovido pela Coordenação de História da Ciência (CHC) acontece a partir das 14h no auditório do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST).
Daniel Santiago Chaves é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), participa do Núcleo de Estudos das Américas (NUCLEAS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e é editor-chefe da revista Boletim Eletrônico do Tempo Presente.
Na ocasião, Chaves falará sobre a concentração do conhecimento científico e a inovação tecnológica nos países mais desenvolvidos. A palestra apresentará como se deu essa concentração e como isso gerou a exclusão das nações periféricas de determinadas instâncias de poder na área internacional.
O pesquisador irá discorrer ainda sobre o papel e atuação do Brasil nesse contexto bem como irá comentar as recentes iniciativas políticas de Estado voltadas para atenuar a defasagem nas áreas de ciência e tecnologia.
De acordo com a pesquisadora da CHC, Ana Lúcia Villas-Bôas, os historiadores costumam negligenciar a diversidade política que a ciência carrega. O especialista, por sua vez, costuma negligenciar a historicidade da ciência no contexto internacional. “A ideia é contribuir para a integração dessas duas visões através de uma série de palestras que favoreçam uma reflexão sobre a produção científica no mundo contemporâneo e o impacto dessa realidade”, revela.
Ciência no Mundo Contemporâneo - O Ciclo de palestras é realizado desde 2008 e, a partir do ano passado, conta com uma temática anual e busca palestrantes vindos também de fora do MAST. Em 2011 o tema é “Ciência no Mundo Contemporâneo”.
A atividade é aberta a professores, pesquisadores e estudantes de pós--graduação e oferece certificado aos participantes. O encontro será transmitido também pela página do MAST na internet.
.[ Museu de Astronomia e Cinências Afins- MAST,Rua General Bruce, 586, São Cristóvão – Rio de Janeiro – RJ |Telefone: (21) 3514-5200|Site: www.mast.br].

Conheça nosso perfil no Faceboock
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

** Livro resgata o papel das revistas ilustradas no Segundo Reinado

 

Livro resgata o papel das revistas ilustradas no Segundo Reinado



Fonte: FAPERJ Débora Motta


                           Reprodução
  
 Obra mostra a importância das
 revistas ilustradas no séc. XIX
  
 
As revistas ilustradas que circulavam no Brasil durante o Segundo Reinado (1840-1889) desempenharam um papel especial na história da imprensa brasileira. Numa época em que o acesso à fotografia era restrito e em que a sociedade se apoiava na leitura das letras, as revistas ilustradas foram responsáveis, em grande medida, pela circulação das primeiras imagens na imprensa brasileira, na forma de ilustrações. Esse tema é discutido no livro Revistas ilustradas – modos de ler e ver no Segundo Reinado (editora Mauad), organizado pelos pesquisadores Paulo Knauss, Marize Malta, Cláudia de Oliveira e Mônica Pimenta Velloso, e publicado com apoio do programa de Auxílio à Editoração – APQ3, da FAPERJ.


“É um livro que trata ao mesmo tempo da história da imprensa e da história da imagem no País, valorizando a cultura letrada e a cultura visual do Segundo Reinado”, resume Paulo Knauss, diretor do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro e professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ao longo de três capítulos – “As revistas ilustradas no mundo dos impressos”, “As revistas ilustradas e seus temas” e “No tempo das revistas ilustradas” –, o livro reúne 11 estudos de diferentes autores que abordam, com perspectivas diversas, a imprensa e o mundo social oitocentista. “Os artigos destacam como o imaginário social brasileiro da época tem como referência a relação entre texto escrito e imagem que se estabeleceu na imprensa ilustrada”, diz Knauss.

De acordo com o historiador, a obra veio preencher uma lacuna bibliográfica sobre o tema. “A ideia de fazer um livro sobre o assunto surgiu da necessidade de se criar um material para atender as atividades acadêmicas de pesquisa sobre as revistas ilustradas da segunda metade do século XIX, que era escassa. Normalmente, a bibliografia sobre o século XIX valoriza muito a imprensa panfletária do Primeiro Reinado, que não é nosso objeto de estudo”, conta Knauss. Para ele, as revistas ilustradas contribuíram para formar no público leitor a cultura visual. “Hoje, associamos sempre a ideia de fotografia e notícia, mas antes da fotografia, a gravura já circulava nas revistas ilustradas. A introdução desse tipo de imagem, a maioria em preto e branco, renovou a imprensa escrita”, explica o autor do prefácio da coletânea.

Diversidade de temas      

Com reportagens sobre variedades e atualidades, ilustrações de moda e sátiras políticas, representadas pelas caricaturas, as revistas ilustradas abordavam temas diversos. “Essas revistas eram, muitas vezes, produzidas no Rio de Janeiro, a sede do Império, e distribuídas para outras províncias, onde eram balizadoras da moda, do comportamento e fonte de notícias da época”, explica a organizadora do livro Marize Malta, professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre as revistas ilustradas que circulavam na época do Segundo Reinado estavam o Museu Universal – Jornal das Familias Brazileiras, Minerva Brasiliense, Ostensor Brasileiro, A Estação e O Jornal das Senhoras. Elas apresentavam a informação visual por meio de estampas encartadas e/ou ilustrações impressas na própria página, junto ao texto, por clichê ou processos litográficos.


 Reprodução                                  
 Página de abertura da revista  A    
 Estação
destaca a moda feminina      

Em um dos artigos do livro, intitulado “Fundo, detalhe e satisfação visual: decoração doméstica em A Estação”, a professora Marize Malta apresenta um estudo de caso de A Estação – Jornal Illustrado para a Família. A revista se propunha a mostrar, especialmente ao público feminino, as últimas tendências europeias da decoração de interiores e atendia aos anseios da “boa sociedade carioca”, interessada na escolha de mobília e decoração como símbolo de status social. Contudo, abordava também temas como moda, comportamento e literatura. “A Estação colocava as senhoras a par das modas parisienses, trazendo inclusive os moldes dos vestidos franceses”, conta.


A revista quinzenal A Estação, assim como outras da época, refletia a forte influência francesa nos costumes da época. Era uma versão brasileira da parisiense La Saison. “Os editores compravam os clichês, ou seja, as ilustrações de moda e decoração, da revista francesa e traduziam os textos para o português, mas a parte literária e de colunismo social da revista era escrita por brasileiros.” De acordo com a professora, um dos escritores brasileiros que se destacaram na publicação foi o imortal Machado de Assis, autor de folhetins – capítulos romanescos publicados periodicamente nas revistas ilustradas, que foram os ancestrais das atuais novelas.

Retratos de uma época, as revistas ilustradas tiveram o mérito de colocar as imagens não apenas como fonte de informação complementar ao texto, mas muitas vezes como a principal fonte de informação, além da palavra. “A imagem era tão importante quanto o texto nas revistas ilustradas. Elas construíam o conhecimento”, destaca Marize Malta. Por esse motivo, as imagens são destaque na edição do livro Revistas ilustradas – modos de ler e ver no Segundo Reinado, ricamente ilustrado com os periódicos em análise. “O apoio da FAPERJ foi importante para poder publicar as imagens dessas revistas, discutidas na obra com uma edição de qualidade, toda em papel couché”, conclui.     
© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

Arquivo do blog

Seguidores do Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB.