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sábado, 8 de agosto de 2015

MEC vai investir em projeto de resgate e registro da história do Brasil

FONTE: Por Mariana Tokarnia Edição: Jorge Wamburg Fonte: Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) vai financiar pelo menos 20 biografias de pessoas e grupos que influenciaram a história do Brasil e pesquisas sobre conflitos sociais. Em conjunto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a pasta lançou hoje (29) dois editais que destinarão até R$ 300 mil por projeto, que poderão ser usados nas escolas.

Os editais são voltados para pesquisadores e grupos de pesquisa de instituições de educação superior e institutos de pesquisa brasileiros, públicos e particulares, que tenham mestrado ou doutorado recomendados pela Capes. As inscrições poderão ser feitas até o dia 28 de outubro.
"Essa é uma iniciativa que a Capes adota: induzir programas de pós-graduação a fazer pesquisas em áreas de ponta. Essas pesquisas já cobriram muitas áreas, áreas científicas, tecnológicas, de inovação, e continuarão cobrindo. Mas é importante que cubram também áreas que tem a ver com o desenvolvimento do Brasil", disse o ministro da Educação, Renato Janine.
Segundo o ministro, os editais destinarão às pesquisas um total de R$ 5 milhões, que começarão a ser pagos no ano que vem. "Vivemos um momento difícil da economia brasileira, momento que temos que fazer o máximo com recursos que se tornaram menores do que desejávamos. Neste momento estamos dando um sinal, pela Capes e pelo MEC, de que é possível fazer propostas boas", acrescentou.
O edital sobre biografias é voltado para pesquisas sobre pessoas ou grupos que tenham influenciado a história do Brasil republicano, a partir de 1889. Já o edital sobre conflitos históricos vai incentivar a produção de livros que enfoquem revoltas, rebeliões populares, lutas armadas, manifestações populares, entre outros conflitos, também a partir de 1889.
As pesquisas serão publicadas em livros, que poderão ser usados nas escolas.
"Os nossos livros para o ensino fundamental e médio têm que estar sempre alinhados com o que houver de melhor de pesquisa nas áreas. Estão se estamos fazendo história do Brasil, tudo que se descobre de história do Brasil agora tem que entrar no que uma criança um adolescente venha a saber", disse Janine.
Os editais estão disponíveis na página da Capes.

O Rio de Janeiro do João do Rio


Fonte: FAPERJ - Danielle Kiffer
Paulo Barreto, mais conhecido como João do
Rio, 
retratou em seus textos a essência da vida
carioca 
(Fonte: Biblioteca Nacional) 
Desde a virada do século XIX para o XX, o Rio de Janeiro – à época capital do Brasil – passou por diversas mudanças. Com a expectativa de transformar a cidade de um lugar insalubre em um modelo europeu, especialmente o parisiense, o prefeito Pereira Passos promoveu grandes obras entre 1902 e 1906. Ao mesmo tempo em que se erguiam prédios de arquitetura sofisticada, a população menos abastada era colocada à margem, afastada para a periferia da cidade. Em meio a essas mudanças, o escritor e jornalista Paulo Barreto, que se assinava João do Rio, observava e descrevia a cidade em suas crônicas e contos, com uma visão apaixonada, crítica e irônica.
É sob esse olhar que a história do Rio de Janeiro é contada no e-book João do Rio e o Carnaval: Um olhar para a cidade do Rio de Janeiro no século XX, coordenado pela historiadora Jacqueline de Cassia Pinheiro Lima, Jovem Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ, e professora de pesquisa e pós-graduação em Humanidades, Culturas e Artes da Universidade do Grande Rio (Unigranrio). “João do Rio brilhou como poucos em seu tempo, muito em virtude de sua atenta observação da sociedade, de um olhar quase etnológico, buscando a essência da vida carioca, representado-a em seus textos. E esta característica foi indubitavelmente um elemento crucial para sua formação como cronista do cotidiano, bem como de seu reconhecido apreço pela alegria, pelo belo, pelo prazer, muito bem representado em suas crônicas sobre o carnaval”, conta Jacqueline. O projeto, que recebeu subsídios do programa de Apoio a Projetos de Pesquisa na Área de Humanidades, da FAPERJ, está disponível on-line, no endereço:http://w2.portais.atrio.scire.net.br/unigranrio-ppglch/index.php/pt/avisos/122-joao-do-rio-e-o-carnaval-um-olhar-para-a-cidade-do-rio-de-janeiro-no-inicio-do-seculo-xx.
Avenida Rio Branco à época de João do Rio, em 1909: À esq., vê-se a 
Praça Floriano Peixoto e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro; 
à dir., a Escola Nacional de Belas Artes. (Foto: Marc Ferrez) 
Trabalho de caráter interdisciplinar, o e-book contou com a colaboração de professores de educação, linguistas e historiadores, e reuniu textos que descrevem a realidade social à época de Pereira Passos; o cenário da região da Avenida Central e seu conjunto arquitetônico monumental, que tanto marcou a reforma urbana do início do século XX, com destaque para a construção do Teatro Municipal. O trabalho traz ainda uma biografia de João do Rio e mostra como o autor incorporou o carnaval em seus escritos sobre o cotidiano carioca. "Entendendo o carnaval como a inversão proposital de estilos e papéis sociais, João do Rio se apresentava não como um carnavalesco, mas como uma espécie de personificação do próprio carnaval, com um posicionamento diferente de outros cronistas da ocasião, como por exemplo, Lima Barreto, e por criticar hábitos e costumes, em especial, das classes dominantes cariocas. Além disso, ele sempre chamava a atenção por suas roupas elegantes e um tanto extravagantes", explica Idemburgo Frazão, professor da Unigranrio, que também fez parte do projeto. 
“Esse trabalho foi desenvolvido, principalmente, para que alunos de graduação e do ensino médio possam estudar uma fase da história do Rio de Janeiro que costuma ser pouco explorada nos currículos escolares. E possam ver esse período sob a ótica de um escritor que, em alguns de seus contos, mostrou a cidade sob o viés do carnaval, como é o caso do conto O bebê de tarlatana rosa”, diz Jacqueline, que complementa: “Ficamos muito felizes com os frutos gerados por essa pesquisa. Nosso objetivo era apenas criar um e-book, mas a partir do estudo, professores, alunos de mestrado e doutorado também escreveram artigos, que foram publicados em periódicos e apresentados em congressos. Nosso trabalho foi ainda tema de projetos de iniciação científica.”
Também participaram do projeto Márcio Luiz Corrêa Vilaça, Haydéa Maria Marino de Sant’Anna Reis, Renato da Silva, Robson Lacerda Dutra, Paulo Sérgio de Almeida Seabra, Vitória Thess Lopes da Silva Lima,  Emerson dos Santos Pereira, e Tania Maria da Silva Amaro de Almeida.

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