Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

** SIMPÓSIO INTERNACIONAL HISTÓRIA AMBIENTAL E DESASTRES

 
Olá, gente,

Segue o link do SIMPÓSIO INTERNACIONAL HISTÓRIA AMBIENTAL E DESASTRES, que será realizado entre 26 e 28 de outubro de 2011, na UNICENTRO, Guarapuava, Paraná.
A inscrição de trabalhos vai até 15 de setembro de 2011. Trabalhos serão publicados em anais eletrônicos.



Obrigado,
Dr. Jó Klanovicz
UNICENTRO.


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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Mouros são retratados de forma negativa em Os Lusíadas

 
Mouros são retratados de forma negativa em Os Lusíadas


Em Os Lusíadas, obra clássica da literatura portuguesa escrita por Luís Vaz de Camões no século 16, os mouros, islâmicos, são retratados de maneira pejorativa, tendo a covardia e a falsidade como principais vícios. É o que mostra pesquisa feita por Amanda Azis Alexandre, defendida em março como dissertação de mestrado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, sob orientação da professora Adma Fadul Muhana.
O objetivo do estudo foi comprovar que o mouro como principal inimigo da cristandade era algo recorrente na literatura ibérica do século 16. Para isso, Amanda analisou não apenas o poema épico Os Lusíadas, mas também peças teatrais como O Auto da Barca do Inferno e Exaltação da Guerra, ambas de Gil Vicente, e trechos de textos como Crônica de El-Rei D. Afonso Henriques, de Duarte Galvão, de Ásia, de João de Barros, entre outros.

Confrontos históricos fizeram cristãos e mouros serem principais inimigos
"As crônicas foram selecionadas devido ao fato de terem servido de possíveis fontes para o poeta, segundo José Maria Rodrigues, autor do livro Fontes d'Os Lusíadas, que analisa tais textos. Já os outros foram selecionados por serem obras bem conhecidas e citadas", afirma a pesquisadora.
O trabalho constata que os mouros eram costumeiramente retratados como viciosos. Em um dos textos estudados, Cronica de ElRey Afonso IV, escrita pelo cronista português Rui de Pina, que viveu entre 1440 e 1522, os mouros são seguidores de uma "ceita errada", chamados frequentemente de "ignorantes", "danada porfia", "cegos" e "infiéis". Esse modo de olhar não difere muito do de Camões. "Tais adjetivos injuriosos eram constantemente utilizados nos textos daquele período. Camões apenas os reproduziu", explica Amanda.
Mover, educar e deleitar
Os Lusíadas
seguem os preceitos retórico-poéticos que vigoravam no século 16 e nos séculos anteriores; sobretudo os presentes na Poética de Aristóteles, filósofo da Grécia Antiga, na Retórica a Herênio e nas Instituições Oratórias de Quintiliano, orador latino que viveu no século 1. Entre os preceitos, o mais conhecido é o triplo fim de toda e qualquer prática letrada: mouere (mover), docere (educar, ensinar) et delectare (deleitar). Ou seja, os textos deveriam, além de deleitar, agradar, seus leitores, transmitir ensinamentos e motivar ações e afetos. "Camões seguiu tais preceitos de perto", afirma Amanda. "No entanto de uma maneira catolicamente ressignificada".
Perguntada sobre se existe semelhança entre o discurso encontrado nas obras estudadas com o atual embate entre oriente e ocidente, a pesquisadora diz ter receio de fazer tais aproximações, mas que é possível encontrar semelhanças. Ela cita o filósofo búlgaro Tzvetan Todorov, no livro A Conquista da América. "Ele afirma que o ocidente, geralmente, encara o outro de duas formas: se é um igual deve ser educado, civilizado; se é um desigual pode ser escravizado ou exterminado. Essa forma ainda é uma prática. Grande parte das pessoas do mundo ocidental acha que o mundo árabe precisa se democratizar, se 'ocidentalizar'. Por que nosso modo de vida é melhor que o deles? Acho isso uma grande hipocrisia", afirma Amanda.
Ela diz ter a intenção de continuar e ampliar o estudo no doutorado. "Pretendo analisar um maior número de textos, sejam estes poéticos, historiográficos, teológicos, políticos, etc. Quero saber se o vitupério [calúnia, insulto] aos mouros era mesmo uma prática generalizada", conclui.
Imagem: cedida pela pesquisadora
Mais informações: amandaaziza@yahoo.com.br
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** 50 anos da ANPUH

 
50 anos da ANPUH

Do USP Online

Em comemoração aos 50 anos da Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH), que foi transformada em Associação Nacional de História, acontece do dia 17 ao dia 22 o vigésimo sexto Simpósio Nacional da Associação Nacional de História – ANPUH. O evento acontecerá em faculdades de todo campus Cidade Universitária da USP.
Mais informações: (11) 3091-3047; anpuh2011@gmail.com; www.snh2011.anpuh.org
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** Jornais revelam o Rio de Janeiro no período democrático

 
 

Jornais revelam o Rio de Janeiro no período democrático

Fonte: © FAPERJ Elena Mandarim
 Divulgação
       
     Livro mostra panorama de uma
 época em reportagens de 1946 a 1964

Há muitas formas de retratar a história e de relembrar uma época. O professor Jorge Ferreira, professor do Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal Fluminense (UFF), entendeu que por meio da análise de jornais seria possível documentar como a cidade do Rio de Janeiro viveu a experiência democrática (1946-1964) entre a gestão de Getúlio Vargas e a ditadura militar. Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ, ele reuniu pesquisas sobre o tema, realizadas pelo grupo de pesquisadores que coordena, e publicou o livro O Rio de Janeiro e a experiência democrática nas páginas dos jornais: ideologias, culturas políticas e conflitos sociais (1946-1964). "Nas páginas do livro, a preocupação é a de recuperar ideias, imagens, representações, acontecimentos; enfim, a história daquela época sob diferentes prismas, seja dos trabalhadores, dos comunistas, dos brizolistas, dos lacerdistas, dos sindicalistas, dos funcionários públicos e dos empresários, entre outros", relata Ferreira.
O pesquisador conta que, neste período, 13 jornais eram produzidos no Rio de Janeiro, cinco deles da chamada grande imprensa. "Atores de todas as representações sociais apareciam nas páginas dos jornais. Por uma análise minuciosa das fontes jornalísticas, conseguimos delinear o panorama político e socioeconômico da época", afirma.
No decorrer do livro, que foi oficialmente lançado no dia 16 de junho, são desenvolvidos dez temas importantes para a sociedade carioca no período. No capítulo assinado pela pesquisadora Alessandra Ciambarella, por exemplo, a discussão traz à luz as repercussões da transferência da sede da capital do Rio de Janeiro para Brasília, que ocorreu durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960).
Em outro artigo, de autoria da doutoranda Ana Maria da Costa Evangelista, mostra-se a importância do Serviço de Alimentação da Previdência Social (Saps) para os trabalhadores da cidade. Na Praça da Bandeira, os restaurantes populares ofereciam comida balanceada aos trabalhadores. E para o lazer, a área continha bibliotecas e discotecas, entre outras facilidades.
Já a doutoranda Claudia Maria de Farias destaca em seu artigo como os Jogos da Primavera (Olimpíadas exclusivamente femininas, idealizadas por Mario Filho, editor e proprietário do Jornal dos Sports) foram pensados para transpor o enorme preconceito que as mulheres esportistas sofriam.
O pesquisador Ricardo Antonio Souza Mendes analisa de que maneira a revolução cubana foi interpretada na imprensa conservadora, observando os diferentes sentimentos sobre Fidel Castro. "Ao analisarmos os jornais da época, fica claro que o democrata revolucionário Fidel Castro tinha, no começo, a simpatia da imprensa brasileira. Mas quando se declarou comunista, passou a ser questionado e a sofrer críticas duras", relata Ferreira.
No artigo de sua autoria, o pesquisador aborda a vida pública de Carlos Lacerda, político de extrema direita que governou o estado da Guanabara. "A análise mostra como a imprensa de esquerda reagiu ao impacto das inúmeras obras realizadas por Lacerda na cidade", diz.
O último capítulo também analisa a abordagem da imprensa em determinado episódio. Michele Reis de Macedo mostra como a mídia carioca cobriu o ocorrido no dia 25 de fevereiro de 1964, em que a Frente de Mobilização Popular, liderada por Leonel Brizola, foi impedida de realizar um comício, por conservadores da organização anticomunista, conhecida como Movimento de Mobilização Democrática. Nas análises, procura-se entender o panorama de radicalização política que culminou com o golpe militar, em 1º de abril de 1964.
Segundo Ferreira, sob a perspectiva dos jornais do Rio de Janeiro, outros assuntos foram também abordados, entre eles, a maneira como a imprensa popular descrevia os problemas vividos pela cidade; o impacto social produzido com o lançamento do satélite soviético Sputnik (1º satélite artificial lançado ao espaço); a relação da construção do Maracanã e a construção de uma identidade nacional; e a atuação sindical do Partido Comunista Brasileiro (PCB) para assegurar direitos trabalhistas.
O pesquisador destaca, ainda, que no âmbito do projeto foi criado um site voltado para os professores das escolas do ensino médio da rede pública e privada. "Nele, disponibilizamos vários artigos sobre o período 1945-1965, além de fotos, vídeos, bibliografias, documentos e dissertações de mestrado e doutorado" conclui. Os interessados no assunto podem conferir no endereço eletrônico www.brasilrepublicano.com.br

© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

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