Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

** CRÍTICA E SOCIEDADE: nova revista virtual

 
solicitado pelos editores de CRÍTICA E SOCIEDADE. Revista de Cultura Política [Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e ao Núcleo de Pesquisa em Ciências Sociais (NUPECS) da Universidade Federal de Uberlândia], publicação virtual que foi ontem lançada, informo seu endereço na internet http://www.seer.ufu.br/index.php/criticasociedade/issue/view/689/showToc 
Peço também a colaboração  de vcs. no sentido de DIVULGAR a informação por meio de suas listas pessoais.
saudações,
caio

"O velho mundo morre enquanto o novo tarda a aparecer. No claro-escuro perfilam os monstros".
A. Gramsci

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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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    ** Jânio queria o poder absoluto, mas fracassou (Marco Antonio Villa)

     
    ANÁLISE A RENÚNCIA, 50 ANOS DEPOIS

    Jânio queria o poder absoluto, mas fracassou


    Presidente acreditava que voltaria ao Planalto com o apoio da população, mas esqueceu de consultar os militares

    IMAGINOU QUE RETORNARIA A BRASÍLIA NOS BRAÇOS DO POVO. PURO DELÍRIO. SAIU DE CUMBICA GUIANDO UM DKW


    MARCO ANTONIO VILLA
    ESPECIAL PARA A FOLHA

    Jânio Quadros foi eleito presidente com 48% dos votos (na época não havia segundo turno), mas renunciou após sete meses de governo, a 25 de agosto de 1961.
    Jogou o país numa grave crise política, que só foi encerrada, duas semanas depois, com a posse do vice-presidente João Goulart, mas com a mudança do regime político, do presidencialismo para o parlamentarismo.
    Jânio teve uma carreira meteórica: em sete anos passou de prefeito de São Paulo (1953) a governador (1954) e presidente eleito (1960).
    O janismo foi um fenômeno político paulista, produto da transição de uma sociedade de massas para uma sociedade de classes. Nos anos 40 e 50, a grande migração nordestina e mineira alterou profundamente o Estado, tal como a expansão da industrialização e a urbanização.
    As maiores greves da década de 50 tiveram São Paulo como palco principal (1953 e 1957). A primeira delas coincidiu com sua eleição para a prefeitura da capital. Jânio apoiou os grevistas. Sabia que tinha de fazer um discurso dirigido aos mais pobres, apoiando as demandas sociais (transporte coletivo, escolas, hospitais) da cidade que mais crescia no mundo.
    Ele foi o primeiro político que transformou o combate à corrupção em plataforma eleitoral. Usou como símbolo a vassoura, provavelmente inspirado numa passagem de "O Escândalo do Petróleo e Ferro" de Monteiro Lobato.
    Com a vassoura, um gestual histriônico e um português recheado de formas oblíquas, transformava cada comício em um show.
    Venceu a eleição para a prefeitura sem base partidária, outra característica sua.
    Usou como slogan "o tostão contra o milhão", simbolizando a disputa contra uma poderosa coligação de nove partidos e com muito dinheiro. Repetiu a dose, meses depois, em 1954, derrotando seu arqui-inimigo, Adhemar de Barros, para o governo do Estado. Desta vez cumpriu integralmente o mandato.
    Abriu vários inquéritos para apurar supostas irregularidades dos governos anteriores. Insistia na tese de que para ele a política era um enorme sacrifício pessoal e que aguardava ansioso o final do governo para se recolher a vida privada. O sofrimento era pura representação. Em 1958 foi eleito deputado federal pelo Paraná.
    Não compareceu a nenhuma sessão do Congresso. Era mais uma característica sua: o desdém pelo Legislativo.
    Dois anos depois, representando o mesmo papel -de candidato solitário que recebia apoio de partidos e não como representante de partido- derrotou Teixeira Lott, apoiado pelo presidente Juscelino Kubitschek. Obteve este feito nacionalizando seu discurso. De fenômeno paulista transformou-se em um fenômeno nacional.
    Na Presidência esgotou seu potencial renovador. Reforçou suas características mais conservadoras. Não teve problemas com o Congresso: aprovou tudo o que considerava importante. Fez um governo bipolar. Adotou um programa econômico conservador. Desvalorizou a moeda, e a inflação subiu.
    Em contrapartida implantou a política externa independente, rompendo com o alinhamento automático com os EUA em plena Guerra Fria, quando a questão cubana estava no auge. Buscou estabelecer uma relação direta com os governos estaduais. Imiscuiu-se em questões da esfera privada: chegou a proibir os biquínis.
    Mas o que parecia novo estava carregado do velho golpismo latino-americano. Desejava o poder absoluto. Tentou um golpe de sorte: a renúncia. Isto sem que tivesse ocorrido nenhuma grave crise. De forma abrupta resolveu abandonar a Presidência. Foi uma ação tão intempestiva que até assustou os ministros militares, que não foram consultados e nem tinham um plano para um golpe, apesar de suas simpatias pelo autoritarismo janista.
    Imediatamente deslocou-se para São Paulo. Imaginou que retornaria a Brasília nos braços do povo e com amplos poderes. Puro delírio. Saiu da base aérea de Cumbica solitário, guiando um DKW, rumo ao litoral, de onde partiu dias depois para a Inglaterra.
    E passou três décadas tentando explicar a renúncia.
    O auge do janismo ocorreu no momento de transição da política nacional. Reflexo de uma sociedade em rápida mudança, com vários desafios a serem enfrentados sem que o sistema político possibilitasse respostas eficazes.

    MARCO ANTONIO VILLA, historiador, é professor do Depto. de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos


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    Fabrício Augusto Souza Gomes

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      ** O golpe que não foi - Há 50 anos, Jânio Quadros fracassava na tentativa de acuar o Congresso Nacional e voltar a Brasília nos “braços do povo” (Moniz Bandeira)

       

      O golpe que não foi




      Luiz Alberto Moniz Bandeira

      25 de agosto de 2011 às 8:05h



      Há 50 anos, Jânio Quadros 
      fracassava na tentativa de acuar 
      o Congresso Nacional e voltar a 
      Brasília nos "braços do povo". 
      Foto: Domicio Pinheiro/AE

      A constituição do Brasil, promulgada em 1946, continha todos os elementos da crise política que eclodiu em 25 de agosto de 1961: a contradição entre o Legislativo democrático e o Executivo autocrático, inerente à república presidencialista, cuja proclamação (1889), com um golpe militar, o povo assistiu "bestializado, atônito, surpreso, sem saber o que significava", conforme reconheceu Aristides Lobo (1838-1896), ministro do Interior do governo provisório do marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891).
      Durante toda a campanha eleitoral, Jânio Quadros declarou a diversas pessoas que processaria o Congresso perante o povo, culpando-o pela situação do País, caso não lhe desse as leis e os instrumentos necessários para governar. E, depois de eleito, a fim de obter o apoio de Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul (1959-1963), argumentou que, "com aquele Congresso", dominado pelos conservadores, não poderia avançar para a esquerda e tomar iniciativas como a limitação das remessas de lucros para o exterior, a lei antitruste e a reforma agrária. Precisava, portanto, de poderes extraordinários. Brizola, embora do PTB, deixou-se seduzir e comentou com o ex-presidente Juscelino Kubitschek a -pretensão de Jânio Quadros e sua disposição de apoiá-la. A conversa com Carlos Lacerda, governador do estado da Guanabara (1961-1965), era diferente, porém, a conclusão era a mesma: "Com aquele Congresso", não poderia governar, sem fazer "concessões às esquerdas e apelar para elas".
      Quadros pretendia romper os limites constitucionais, mediante um golpe de Estado, não um golpe convencional, dependente das Forças Armadas, e sim um golpe aceito pelo consenso nacional, que lhe possibilitasse governar acima das classes sociais e dos partidos políticos. E, enquanto favorecia os interesses do grande capital, adulava a esquerda com a chamada política externa independente, necessária desde os anos 1950, quando a complementaridade econômica entre o Brasil, que se industrializava, e os EUA começou a desaparecer.

      Na posse, disposto a prescindir 
      dos militares, mas em busca do 
      apoio de Carlos Lacerda

      Quadros, no entanto, manipulou, teatralmente, a política externa, para entorpecer aesquerda e, ao mesmo tempo, barganhar com os EUA. Ao embaixador Adolf Berle Jr., que veio ao Brasil, em fevereiro de 1961, pedir apoio para a invasão de Cuba e oferecer um crédito de 100 milhões de dólares, argumentou que o montante era insuficiente e que não podia empreender qualquer iniciativa audaciosa no exterior enquanto não controlasse melhor a crise econômica e social, pois não dispunha de maioria no Congresso. O mesmo disse a Douglas Dillon, secretário do Tesouro dos EUA. Alegou não contar com a maioria no Congresso, razão pela qual somente poderia adotar atitudes mais enérgicas em questões de política externa, na medida em que se fortalecesse, com o sucesso da política econômica e financeira. Dillon percebeu que Quadros usava o neutralismo a fim de robustecer sua posição contra a esquerda e previu que ele iria obter efeitos inesperados e desagradáveis, ao usar a política externa como ferramenta para resolver problemas domésticos.
      Quadros estava a justificar, previamente, o golpe com que pretendia compelir o Congresso a conceder-lhe a soma dos poderes, como condição para seu retorno ao governo. Conforme confirmou seu ministro de Minas e Energia, João Agripino, o ministro da Justiça, Oscar Pedro Horta, articulou realmente o movimento para forçar o Congresso a aceitar o princípio da delegação de poderes e conseguiu a concordância de Carlos Lacerda. O plano consistia em renunciar ao governo, comovendo as massas, e compelir as Forças Armadas, sob o comando de ministros conservadores, a admitir sua volta como ditador, para não entregar o poder a João Goulart, reeleito vice-presidente do Brasil.
      A construção do Muro de Berlim, em 13 de agosto de 1961, precipitou, porém, a crise. Ao aguçar a Guerra Fria, adensou a histeria contra Cuba, cuja soberania e autodeterminação Quadros defendia desde a campanha eleitoral. Em tais circunstâncias, ele se afigurou para a CIA e o Pentágono perigo ainda maior, se obtivesse poderes extraordinários. Daí que Carlos Lacerda, alinhado com a CIA, traiu e delatou a articulação do golpe, levando Quadros a antecipar a renúncia, em 25 de agosto de 1961. Allen Dulles, diretor da CIA, nesse mesmo dia, enviou ao presidente John Kennedy um memorando, no qual comunicava: "Pensamos que ele (Jânio Quadros) provavelmente renunciou na expectativa de provocar forte manifestação de apoio popular, em função da qual retornaria ao governo em melhor posição contra seus opositores".
      O almirante Sílvio Heck, ministro da Marinha, disse que Quadros "renunciou para voltar na crista da onda com o povo, e tornar-se ditador (…) e que seu erro foi ter renunciado sem antes conversar conosco". Mas a reação que Quadros esperava não ocorreu. O Congresso acatou-lhe a renúncia, considerado ato de vontade unilateral. A convulsão de massas, provocada pelo suicídio de Vargas, em 1954, não se reproduziu, como Quadros imaginava, ao divulgar um documento, em termos similares ao da carta-testamento, no qual se dizia "vencido pela reação" e acusava "forças terríveis" de se levantarem contra ele. E os ministros militares Odylio Denys (Exército), Sílvio Heck (Marinha) e Gabriel Grün Moss (Aeronáutica), que impugnavam a posse de Goulart, não contaram com a unanimidade das Forças Armadas. O governador Leonel Brizola, que havia mobilizado a Brigada Militar e ocupado as estações de rádio em Porto Alegre para apoiar Quadros, passou a defender Goulart e conseguiu que o III Exército com ele se alinhasse na defesa da legalidade. E a campanha estendeu-se por todo o País. Oficiais e sargentos rebelaram-se e não cumpriram ordens julgadas ilegais. O governador Mauro Borges levantou o estado de Goiás. Greves irromperam nas principais cidades brasileiras. E a maioria do Congresso não acolheu o pedido dos ministros militares para votar o impedimento de Goulart.
      Não foi apenas a reação interna que frustrou o golpe. Conquanto a CIA e o Pentágono, por intermédio da Missão Militar no Brasil, encorajassem o golpe contra a posse de Goulart, os ministros militares receberam informe da embaixada americana avisando-os que o presidente John Kennedy teria de suspender o apoio financeiro ao País, caso houvesse ruptura da legalidade, conforme cláusula da Aliança para o Progresso. Esse alerta também contribuiu para conter os ministros militares, que, sem a unidade das Forças Armadas, aceitaram uma solução de compromisso, a ascensão de Goulart ao governo, com a aprovação do parlamentarismo pelo Congresso.
      Sem dúvida, o intuito de Quadros consistiu em criar um impasse político e institucional e voltar à Presidência da República com a soma dos poderes (Executivo e Legislativo), como ditador constitucional. Seu secretário de imprensa, o jornalista Carlos Castelo Branco, ouviu-o dizer a Francisco Castro Neves, ministro do Trabalho: "Não farei nada por voltar, mas considero minha volta inevitável. Dentro de três meses, se tanto, estará na rua, espontaneamente, o clamor pela reimplantação do nosso governo". E o próprio Quadros confirmou, na obra História do Povo Brasileiro, escrita em coautoria com Afonso Arinos de Melo Franco, que seu propósito fora constranger o Congresso, diante do impasse, a delegar-lhe as faculdades legislativas, sem prejudicar, aparentemente, "os aspectos fundamentais da mecânica democrática".
      *Matéria originalmente publicada em 28 de junho na revista CartaCapital





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      Fabrício Augusto Souza Gomes

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        ** Jô Soares entrevista José Murilo de Carvalho 24/08/2011

         
        Jô Soares entrevista José Murilo de Carvalho 24/08/2011

        José Murilo de Carvalho - O historiador, atualmente professor de História do Brasil da UFRJ, José Murilo de Carvalho fala sobre democracia, cidadania e sobre seu projeto de resgatar panfletos da época da Independência do Brasil:


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        Fabrício Augusto Souza Gomes

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          ** Publicar em revistas científicas pesa tanto que já substitui as teses em cursos de pós-graduação

           

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          São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 2011



          A vez dos artigos


          Publicar em revistas científicas pesa tanto que já substitui as teses em cursos de pós-graduação


          SABINE RIGHETTI
          DE SÃO PAULO


          Os periódicos científicos, onde pesquisadores publicam seus estudos, têm ganhado em importância. A tal ponto que, no Brasil, seguindo países como Holanda e EUA, alguns programas de pós-graduação já substituem a obrigação de escrever uma tese por artigos científicos.
          O aluno pode defender, em banca, três trabalhos publicados ou aceitos para publicação em revistas científicas. Pelo menos dois deles devem estar em periódicos de "alto impacto", ou seja, aqueles que são muito citados por pesquisadores.
          A substituição da tese pelos artigos é feita com aval da Capes (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que avalia a pós-graduação no país.
          No Instituto de Biociências da USP, por exemplo, os alunos podem escolher entre a tese "padrão" ou os artigos.
          "Ninguém lê tese, a não ser os membros da banca. Se o trabalho não for publicado, vai ficar jogado numa biblioteca", diz a geneticista Mayana Zatz, uma das entusiastas do formato. "Juntar papers já publicados é o melhor que pode ser feito. Na Holanda, eles já fazem isto há muito tempo", afirma.
          "A publicação prévia é importante, mas não podemos deixar nas mãos das revistas a titulação dos alunos. A defesa da tese tem de ser mantida", alerta Rogério Meneghini, coordena dor científico do Projeto SciELO, que reúne publicações da América Latina com acesso livre.
          Além de disseminar as informações acadêmicas mais facilmente, os artigos dão mais visibilidade à produção científica do país. Hoje, o Brasil está em 13º lugar no mundo em quantidade de artigos publicados.


          MAIS RANKINGS
          Mas os artigos não podem ser publicados em quaisquer revistas. Gestores têm criado rankings de periódicos para classificá-las.
          No Brasil, o Qualis, da Capes, cumpre esse papel e classifica, por área de conhecimento, cerca de 17 mil títulos. Quem publicar mais nos melhores periódicos, ganha nota mais alta. E quem tiver as notas mais altas, recebe mais recursos, como bolsas.
          A ligação direta entre a publicação de artigos e distribuição do dinheiro público para ciência tem tirado o sono dos pesquisadores, principalmente daqueles cujas revistas correspondentes à sua área não estão no topo."No meu campo de estudo, administração de empresas, o ranking não reflete a realidade", diz Ross Thomas, editor do "Journal of Educational Administration" e professor da Universidade de Wollongong, na Austrália.
          Naquele país, o governo distribui R$ 2,8 bilhões para pesquisas de acordo com a "qualidade" da revista em que os trabalhos são publicados. Como não ocupa os primeiros lugares no ranking, que reúne 22 mil revistas do país, a área de Thomas fica com uma fatia pequena.
          É isso também que acontece com as ciências humanas, cuja produção aparece mais em livros do que nas revistas. "É preciso adequar a metodologia [de avaliação] para essa área", diz Isidro Aguillo, do Laboratório Cybermetrics, do CSIC (Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha).
          A distribuição de recursos de acordo com as áreas que mais publicam causa o que a sociologia da ciência chama "efeito Mateus". O nome é uma alusão à passagem bíblica que diz "a quem tudo tem, tudo lhe será dado".
          "Quem mais publica artigos continua recebendo mais recursos", diz Maria Conceição da Costa, socióloga da ciência da Unicamp.


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