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sábado, 5 de maio de 2012

** Livro destaca o papel político da literatura de cordel na Primeira República

Livro destaca o papel político da literatura de cordel na Primeira República



Fonte FAPERJ Débora Motta

                                  Reprodução
     
    Capa do livro: obra resgata a atuação
    política de Leandro Gomes de Barros
A Primeira República ou República Velha (1889-1930), que vai da proclamação do modelo republicano ao início da era Vargas, costuma ser relatada, na historiografia oficial, como um período de inexpressiva mobilização política do povo, que teria sido conduzido passivamente pelas elites da época. Mas para a pesquisadora Ivone da Silva Ramos Maya, a produção literária do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros (1865-1918), considerado o fundador da literatura de cordel impressa, coloca-se como um contraponto a essa ideia. No livro O povo de papel – a sátira política na literatura de cordel, a autora defende que o povo era informado, pelos poemas, sobre como funcionava o sistema político da época. A obra foi publicada com apoio da FAPERJ, pelo Programa de Auxílio à Editoração (APQ 3).
Com uma abordagem original, que associa a obra de Leandro Gomes de Barros ao contexto político da Primeira República, o livro se situa na fronteira entre a poesia e a história. "O foco da pesquisa consistiu, essencialmente, em buscar os temas trabalhados pelo autor sobre o contexto político da época e inaugurar uma nova historiografia para o período conhecido como Primeira República", conta Ivone. Para isso, ela se debruçou por cerca de cinco anos sobre um vasto acervo de folhetos de cordel escritos por Leandro Gomes de Barros. "Baseei-me, sobretudo, na seleção de poemas políticos que já havia começado a estudar, quando coordenei o projeto de pesquisa intitulado 'Folhetos de Papel: Memória do Cordel', realizado sob o patrocínio da FAPERJ, para a Fundação Casa de Rui Barbosa, sobre a obra do poeta", acrescenta.
A passagem da monarquia à república é descrita pelo poeta paraibano como um momento de grandes reviravoltas sociais, políticas e econômicas. Ele era uma voz popular que se posicionava claramente contra o novo regime. "Leandro Gomes de Barros representou o panorama político e social da Primeira República ao denunciar os fatos do cotidiano daquela época, sobretudo os de caráter político, com uma linguagem facilmente inteligível por seu público, em que prevalece a ironia, a sátira e, algumas vezes, a paródia", avalia Ivone. "Nesse sentido, o poeta desnuda para o leitor os bastidores do poder fazendo poemas sobre eleições, carestia, impostos, seca, corrupção, etc. que constituem, na opinião dele, os 'pilares' da Primeira República", completa.
Leandro Gomes de Barros descreveu ainda a atuação de coronéis, chefes do cangaço e membros das oligarquias locais, além das relações entre os poderes municipal, estadual e federal. Com acidez e humor, ele despertava entre seus leitores o sentimento de cidadania, ainda que marcado pelo ceticismo. Um exemplo desse espírito crítico resgatado no livro é o trecho do poema "Ave Maria", que destaca o sistema corrupto eleitoral, tanto em nível distrital, estadual, quanto nacional: No dia da eleição/O povo todo corria/ Gritava a oposição/ Ave Maria/ Via-se grupos de gente/ Vendendo votos nas praças/ E a urna do governo/ Cheia de graça.
  Reprodução
     
 Com ironia, o poeta criticava
o regime político da 1ª República
 

Para a doutora em Literatura Geral e Comparada pela Universidade de Paris III, a importância de Leandro Gomes de Barros transcende a poesia e vai para o campo da militância política. "O poeta parece perpetuar uma tendência crítica aberta desde o século XVIII na literatura brasileira, que se baseia na denúncia dos males sociais através da ironia e do humor. Além de representar uma obra em que a originalidade dos temas constitui a chave para o sucesso de sua poética", diz a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).
De acordo com a autora, O povo de papel é uma oportunidade de divulgar pérolas da obra de Leandro Gomes de Barros e de revisitar criticamente a história da Primeira República. "A principal contribuição do livro é iniciar um trabalho de resgate dessa obra poética de tamanha importância histórica, mas relegada praticamente ao campo da literatura popular. Minha intenção foi produzir um texto em que viesse à tona essa lacuna historiográfica, que seria preenchida com as observações aguçadas de um poeta popular à frente do seu tempo", conclui.
© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.



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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
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** Guerra e Impérios Ultramarinos nos séculos XVI-XVIII.


Prezados Colegas,
O Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB), por meio do Núcleo de Estudos e Pesquisas em História Militar (NEPHIM), tem a honra de apresentar o calendário do II Ciclo de Estudos e Pesquisas em História Militar, cujo tema é: "Guerra e Impérios Ultramarinos nos séculos XVI-XVIII".
  Solicitamos divulgação do II CEPHIM, cujos encontros ocorrerão entre maio e junho de 2012 na sede do IGHMB (Museu Casa do Marechal Deodoro da Fonseca, localizado na Praça da República, nº 197, Centro, Rio de Janeiro). Para inscrição, é necessário enviar para o e-mail ighmb_nephim@yahoo.com.br os seguintes dados:

NOME COMPLETO:
GRAU DE INSTRUÇÃO:
INSTITUIÇÃO E/OU PROGRAMA QUE ESTÁ VINCULADO:
AS DATAS E MESAS QUE PRETENDE PARTICIPAR:

As inscrições são gratuitas e os certificados serão entregues no final de cada encontro.

Cordialmente,
Renato Restier
Mestre em História (UERJ)
Coordenador do CEPHIM



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    Entre a música e a tradição: projeto preserva cultura de cidades

    Entre a música e a tradição: projeto preserva cultura de cidades

    Fonte FAPERJ Danielle Kiffer

    Micael Herschmann/ UFRJ
      

       Uma das muitas serestas que marcam a vocação
           de Conservatória, na Casa de Cultura local
    Das serenatas às manifestações de origem africana, os distritos de Conservatória, Ipiabas e entorno guardam riquíssimas  raízes culturais. Para estudar estas riquezas culturais e cooperar para manter as tradições de cada cidade, o professor Idemburgo Frazão, da Universidade do Grande Rio (Unigranrio), desenvolveu o projeto "Memória e Identidade: estudo da relação da representação social das manifestações musicais com o cotidiano de Conservatória, Ipiabas e região."
    "Ao estudar a tradição dessas localidades junto a antigos e jovens moradores, pretendemos, por meio de oficinas e atividades culturais, fortalecer o encontro entre modernidade e tradição", conta o pesquisador. Para o estudo, contemplado pela FAPERJ no edital de Apoio a Projetos de Extensão e Pesquisa, Idemburgo tem visitado constantemente os dois distritos. Neles, além de observar e conversar com moradores, aplica também o questionário elaborado para avaliar o que crianças e jovens da cidade  pensam sobre a manutenção das antigas tradições locais. Entre as questões sobre gostos musicais e sobre os tesouros culturais da cidade, perguntava-se também sobre suas perspectivas para o futuro.
    Conhecida como a capital da seresta, Conservatória tem mobilizado esforços para manter viva sua tradição musical. "Foi uma boa surpresa observarmos o trabalho dos próprios moradores em estender as serenatas entre os mais jovens. Eles já contam com um projeto local, chamado Conservatória meu amor, criado para preservar as serestas, que se tornaram um ponto importante para o turismo local, valorizam e divulgam a cidade. E ensinar às crianças a cantar e tocar essas músicas", conta Idemburgo.
    Segundo o pesquisador, é pelos mais jovens que se pode perceber como estão os laços entre passado e futuro. "No caso de Conservatória, a maioria das crianças respondeu que o maior bem da cidade é a serenata, o que já era previsto", diz. Porém, quando questionados a respeito do futuro, muitos responderam que querem estudar e trabalhar fora, para só voltar quando estiverem bem mais velhos. "Isso mostrou o quanto são importantes projetos para a fixação dos jovens na região", pondera.
    Com base nisso, Idemburgo desenvolveu oficinas de composição de letras musicais e poesias para jovens, a fim de despertar-lhes o interesse pela a seresta e levá-los a participem mais da vida cultural da cidade. Para os idosos, o objetivo foi o de simplesmente aprimorar suas atividades musicais.
    Em Ipiabas e entorno, o que surpreendeu foi a diferença cultural existente entre as duas cidades, distantes apenas 15 km uma da outra. Ali, os pesquisadores perceberam entre os moradores a predominância de práticas culturais africanas. "Vimos que a maioria das crianças e dos jovens se divertem jogando capoeira, embora não a identifiquem como prática cultural, talvez por ser algo para eles corriqueiro", conta.
    Divulgação
        
         Idemburgo em uma das oficinas musicais em Conservatória          
    Entre os jovens de Ipiabas, as respostas também foram bastante diferentes das de Conservatória. "Em Ipiabas, observamos que a cidade tem um vínculo forte com a cultura africana. É nisso que vamos trabalhar com a população. Parte dos moradores tem demonstrado um grande interesse nesse trabalho, já que entendem que tudo isso é positivo, inclusive, para o turismo local".
    Integrante da equipe, a  historiadora Jacqueline Lima, da Unigranrio, especializada em monumentos, tem feito um levantamento em Ipiabas para mostrar a história da cidade para as crianças. No trabalho, ela já identificado pontos de interesse, como uma igreja erguida no final do século XIX, durante o período cafeeiro, que representou um maior desenvolvimento para a cidade; e a primeira escola da região. Outro integrante do grupo, o teólogo José Geraldo da Rocha, especializado em tradições africanas e também da Unigranrio, vem levantando a presença de cultura africana na região, como grupos de jongo em determinadas comunidades do município de Barra do Piraí, a que Ipiabas pertence. Na etapa seguinte, em oficinas, se  explicará a importância, origem e história destas práticas de origem africana.
    O projeto de Idenburgo foi inspirado em duas atividades promovidas pela Unigranrio: o Festival de Serestas Sílvio Caldas, destinado a homens, e o Festival de Serestas Chiquinha Gonzaga, para mulheres. Estes dois eventos são realizados há mais de dez anos na própria universidade e reúnem participantes de todo o estado. As etapas finais, no entanto, acontecem nas duas cidades. As próximas serão neste sábado, 5 de maio.
    © FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.




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    ** Unesp lança 44 novos livros digitais para download gratuito


    Obras que serão lançadas no dia 9 abrangem diversas áreas e integram projeto, iniciado em 2010, que tem a meta de publicar mil títulos até 2020
    Unesp lança 44 novos livros digitais para download gratuito
    04/05/2012
    Fonte: Agência FAPESP – A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) e a Editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) lançarão, no dia 9 de maio, 44 novos livros virtuais gratuitos integrantes do selo Cultura Acadêmica e da Coleção Propg Digital, que oferece obras inéditas para download.
    A coleção teve sua primeira fase em 2010, quando foram lançadas 44 obras. Em 2011, foram publicados mais 50 novos títulos. A meta do projeto é publicar mil títulos até 2020.
    De acordo com a Unesp, de fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012 foram contabilizados 84 mil downloads das obras, dos quais a maior parte foi feita por leitores com formação universitária, sendo 30% com mestrado ou doutorado.
    Os 44 novos livros e parte dos 94 que já integravam a coleção também podem ser adquiridos por impressão, sob demanda.
    Escritos por docentes, mestres e doutores ligados à Unesp, os livros são resultados de pesquisas sobre diversos temas. No conjunto das 44 novas obras há títulos de áreas como sociologia, política, comunicação, psicologia, geografia e literatura.
    O lançamento dos 44 novos títulos será realizado a partir das 9h na sede da Unesp, em São Paulo, após a realização de uma mesa de abertura, que contará com a participação de representantes da Unesp e da editora da universidade paulista.
    Após o evento, o público terá acesso aos livros por meio de e-books, contendo a versão integral das obras lançadas, que estarão à disposição dos participantes.
    Ao longo do dia 9 de maio, os autores concederão entrevistas individuais transmitidas ao vivo na internet, no endereço www.unesp.br/tv. As entrevistas terão duração de 15 minutos cada e serão divididas em dois blocos: o primeiro será realizado das 11h30 às 12h30 e o segundo, das 14h às 17h.
    A Editora Unesp está localizada na Praça da Sé, nº 108, no Centro de São Paulo. O evento de lançamento da Coleção Propg Digital será realizado no 7º andar. Não é necessário se inscrever para participar.
    Os livros da Coleção Propg Digital podem ser acessados em 



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    ** No ar, a edição 14 de História, imagem e narrativas



    Cordialmente,
    Carlos Hollanda - editor
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