Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica abre inscrições


Pesquisador vencedor receberá patrocínio para realização e publicação de seu projeto na forma de um livro

 

Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica abre inscrições

23/04/2012
Agência FAPESP – Estão abertas até 29 de junho as inscrições para a nona edição do Prêmio Odebrecht – Clarival do Prado Valladares de pesquisa histórica.
Promovido pela organização Odebrecht, o prêmio é conferido anualmente a projetos de pesquisa inéditos que tratem de assuntos ligados ao resgate cultural e à preservação da história do Brasil.
Criado em 2003, o prêmio busca enriquecer o acervo documental do país sobre fatos, processos e pessoas cuja memória deve ser preservada e difundida.
Será oferecida ao pesquisador vencedor do prêmio todas as condições necessárias para a realização de seu projeto, incluindo o pagamento de direitos autorais e o custeio de todas as despesas necessárias à realização e ao registro da pesquisa.
A pesquisa será publicada em um livro de arte, que será distribuído a bibliotecas e outras entidades ligadas à cultura no Brasil e no exterior.
Mais informações e inscrições: www.odebrecht.com.
Atividade nos últimos dias:

    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
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** Revista Histórica - Edição 53


Informamos a publicação da 53ª edição da revista Histórica – publicação on-line do Arquivo Público do Estado de São Paulo.
Acesse
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/
Submissão de artigos para a próxima edição:
Edição 54 – Junho
Tema: Repressão e Resistência
Prazo de envio: 7 de maio
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sexta-feira, 20 de abril de 2012

** Surfando nas ondas do noticiário no rádio

Surfando nas ondas do noticiário no rádio
Fonte FAPERJ Paul Jürgens


                               Reprodução            
    
   Obra reúne 22 textos sobre a
   trajetória do radiojornalismo
A "mágica" das transmissões radiofônicas continua intacta e muita viva, mesmo depois do advento da televisão e, mais recentemente, da Internet. O rádio continua reinando, solene, em lares, automóveis, bares e biroscas, nas periferias das grandes cidades, no interior e mesmo em computadores, por meio das web rádios, as rádios on-line. Em anos recentes, ganhou novo fôlego com o surgimento das estações dedicadas exclusivamente à informação e ao conteúdo de caráter jornalístico. O caminho trilhado, contudo, foi longo e repleto de eventos, alguns deles marcantes na história do País.

Em 70 anos de Radiojornalismo no Brasil – 1941-2011 (Editora EdUerj, 384 pág.), ao ler a coletânea de textos organizada por Sonia Virgínia Moreira, o leitor tem a oportunidade de conhecer a trajetória do noticiário, pelas ondas eletromagnéticas, ao longo de sete décadas. Das primeiras leituras do que havia sido publicado nos jornais do dia à instantaneidade da reportagem ao vivo nos dias atuais, o livro traça um amplo panorama dessa mídia que mantém lugar cativo na rotina de muitos brasileiros. Tomando como ponto de partida as primeiras transmissões do Repórter Esso pelas ondas médias e curtas da Rádio Nacional, em agosto de 1941, o volume proporciona um mergulho no universo do radiojornalismo. Um período marcado por momentos históricos, do qual o rádio foi partícipe, como o anúncio do fim da Segunda Guerra Mundial e as transmissões da Copa de Mundo de 1950, realizada no País.

"Reunimos textos que dificilmente circulariam fora de uma coletânea desse gênero", explica Sonia, doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). "Entre os profissionais do rádio, a procura e o interesse por estudos em nível de pós-graduação é recente, e a produção acadêmica só agora começa a ter visibilidade. Assim, reunimos textos em resumos ou partes de teses e dissertações, meio esquecidos por seus autores, que dificilmente circulariam", acrescenta a professora da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Sonia lembra de sua passagem pela Rádio JB-AM, do Jornal do Brasil, que dos anos 1960 aos 1980 foi referência importante do radiojornalismo brasileiro. Ela lembra que, ainda sob o regime de exceção, a censura no rádio, diferente dos impressos, se estendeu até o final dos anos 1970, seu final coincidindo com a Lei da Anistia. "Na redação da Rádio JB, recebíamos telefonemas dos censores dizendo que não podíamos informar, por exemplo, a realização de uma determinada manifestação", conta. "Aos ouvintes, dizíamos, então, que o trânsito estava complicado num determinado local, como forma de burlar as ordens passadas pelos agentes", lembra a pesquisadora.

Contemplado no Programa de Auxílio à Editoração (APQ 3), a obra reúne 22 textos, abordando aspectos diversos do radiojornalismo, desde, por exemplo, "O discurso de resistência à censura da Rádio Jornal do Brasil AM", da jornalista e pesquisadora Ana Baumworcel da Universidade Federal Fluminense (UFF), até "Radiojornalismo comunitário: limitações e possibilidades", de Dioclécio Luz, da Universidade de Brasília (UnB), passando por "Entre o gilete press, o press release e a Internet: os jornalistas e a produção da notícia no rádio do sul da Bahia", da pesquisadora Eliana C. P. Tenório de Albuquerque, professora do curso de Comunicação, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus (BA). Como se vê, um retrato amplo e rico de detalhes sobre uma das mídias que resistiu à passagem do tempo e soube se reinventar, adaptando, sempre que necessário, sua linguagem para manter o prestígio e um público fiel.
© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.
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quinta-feira, 19 de abril de 2012

** Disciplina com sentido

Disciplina com sentido
Fazer da história um campo de conhecimento com 'razão de ser' para toda a sociedade é um dos grandes desafios que os historiadores brasileiros têm pela frente. A questão está no centro das reflexões apresentadas por Keila Grinberg na coluna deste mês.
Por: Keila Grinberg
Publicado em 13/04/2012 | Atualizado em 13/04/2012
Disciplina com sentido
Mapa do Brasil de 1519 feito pelos cartógrafos portugueses Pedro Reinel, Jorge Reinel e Lopo Homem. Tornar a história uma matéria de interesse para os estudantes brasileiros é um dos grandes desafios de nossos historiadores. (imagem: Wikimedia Commons)
A repercussão causada pela coluna do mês passado ('Historiadores pra quê?'), sobre a formação de historiadores e os rumos da profissão no Brasil, comparada à situação aqui nos Estados Unidos, deu o que pensar. Que o tema é sensível a todos nós, não é novidade. Que é complexo – impossível dar conta de todos os aspectos em um texto para esta coluna –, também não. Sem pretender reproduzir novamente toda a discussão, não queria deixar de responder aos comentários postados no site e nas redes sociais.
Muitos mencionaram os baixos salários dos professores da educação básica como fator fundamental para que a maioria dos graduados preferisse a carreira acadêmica à escolar. Ninguém nega que os salários são mesmo baixos, muito diferentes dos de professores universitários (ao menos daqueles que trabalham na rede pública federal, ou estadual, em alguns casos). O valor dos salários e as poucas perspectivas de crescimento profissional tiram da sala de aula muita gente que adora escola. Eu sou uma delas. Mas reduzir o problema à questão do salário não me parece suficiente.
É crônica a necessidade de professores de física e química no ensino médio, mas nem por isso inexistem mestrados profissionais ligados ao ensino nessas áreas
Afinal, os salários de professores de matemática e ciências são iguais aos de professores de história. É crônica a necessidade de professores de disciplinas como física e química no ensino médio, mas nem por isso inexistem mestrados profissionais ligados ao ensino nessas áreas. Para dar aulas de história, ao contrário, apesar de todas as dificuldades, não faltam professores.
No concurso público para professor de história em Curitiba em 2007 havia 1.052 candidatos para 141 vagas; em Belo Horizonte, em concurso para professor da educação básica em 2010, a relação candidato-vaga em história foi de 38,02 (enquanto em língua portuguesa foi de 34,42 e em ciências e biologia, de 26,77). E continuamos sem mestrados profissionais na nossa área.
Recentemente, Carlos Fico, coordenador da área de história na Capes e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, também mencionou o assunto em seu blogue. A continuar a expansão dos programas de pós-graduação, o momento para investimento no campo não poderia ser mais propício.
Mas, se a questão da formação e remuneração dos professores afeta os profissionais da educação básica como um todo, é inegável que, nessa discussão sobre o campo de atuação do profissional da história, existam questões específicas à nossa área. E era a elas que Anthony Grafton se referia, ao publicar a série de três artigos (o primeiro em conjunto com Jim Grossman) sobre o que chamou de "plano B" do campo de trabalho do historiador nos Estados Unidos.
Sala de aula
Nas salas de aula brasileiras, professores de ensino fundamental e médio lidam com um número cada vez maior de alunos para os quais a história é apenas mais uma disciplina sem sentido. (foto: Joseph Barillari/ Wikimedia Commons – CC BY-SA 3.0)
É a isso também que se refere Guilherme Pereira das Neves no generoso e-mail que me enviou sobre a coluna. Professor da Universidade Federal Fluminense e coordenador da área de história na Capes entre 2005 e 2007, estudioso do assunto há tempos, Guilherme aprofundou não só os pontos que abordei, mas também a discussão desencadeada por Grafton, elencando os elementos que diferenciariam a situação vivida no Brasil daquela nos Estados Unidos.
Segundo ele, no Brasil, a conjugação de uma sociedade cuja população era majoritariamente analfabeta, as heranças patrimonialistas e os sistemas de poder autoritários teriam garantido para a história "um lugar completamente periférico e decorativo na construção do país". Esse lugar, no entanto, não teria deixado a história de fora do processo de institucionalização da pós-graduação e da pesquisa no país, ocorrido com a criação respectivamente da Capes e do CNPq, em 1951.
As duas instituições, "por um certo ângulo, correspondiam às necessidades de um país em crescimento acelerado, num momento de intensas transformações tecnológicas e de agudas tensões políticas (...). A história (e suas congêneres) nunca constituíram, como tantas vezes reclamamos, prioridades de tais iniciativas, mas não pôde ser deixada de fora, não só porque era inviável descartar a noção ocidental predominante de um conhecimento humanístico amplo, como, sobretudo, porque seus praticantes estavam convencidos (ou percebiam as vantagens que daí advinham) de que a história era uma ciência, nem mais, nem menos, como disse J.B. Bury no final do século 19." 

História como ciência

É justamente na definição da história como ciência que Guilherme Pereira das Neves centra seu principal ponto de reflexão. Conjugada à produção de mestres e doutores em massa, todos com prazo pré-definido para concluir suas dissertações e teses, e à produção em massa de artigos, livros e capítulos de livro, a aquisição de uma cultura histórica passou a ser menos importante do que ganhar mais pontos para seus programas de pós-graduação.
A aquisição de uma cultura histórica passou a ser menos importante do que ganhar mais pontos para programas de pós-graduação
Em suas palavras: "Para mim, um dos elementos decisivos para que isso tenha ocorrido (ou esteja ocorrendo) resulta da atitude dos próprios historiadores diante da história. Considerá-la uma ciência 'não mais, nem menos' significa colocá-la no mesmo plano de qualquer outra disciplina com um campo definido e uma metodologia específica. Significa ignorar que, no mundo contemporâneo, que se desfaz das travas da tradição e que perde os referenciais eternos fornecidos sobretudo pela religião, a vida coletiva precisa ser discutida, pensada, argumentada. E, nessa discussão, os argumentos são de natureza sobretudo histórica. Portanto, desfazer-se do plano B, como propõem Grafton e Grossman, não corresponde apenas à aquisição da consciência das múltiplas possibilidades de emprego que o conhecimento histórico proporciona, muito além da via ápia constituída pela segura posição de professor universitário efetivo. Corresponde igualmente a um questionamento da relação que os historiadores estabeleceram com a história, do lugar que a história ocupa na sociedade e, ainda, do que a sociedade pretende para si mesma. (...)"
"No entanto, enquanto no Brasil a universidade continuar a produzir uma história ensimesmada, insípida como água destilada de laboratório – porque se acredita científica –, e o grande público (se é que ele existe além da tela de TV) acreditar que a história é permanente reencenação (...), não haverá nem plano B e nem mesmo plano A. Haverá apenas, de um lado, os privilegiados professores do ensino superior público – embora tiranizados por regras cada vez mais estritas, destinadas a promover interesses e vantagens estranhas ao conhecimento – e, do outro, os marginalizados professores das escolas estaduais e municipais, tentando lidar com um número cada vez maior de alunos para os quais história constitui apenas o nome de mais uma disciplina sem sentido."
Como transformar a história em uma disciplina com sentido – para professores universitários, pós-graduandos, professores das escolas de ensino fundamental e médio, alunos, e sobretudo, para a sociedade – talvez seja, esse sim, nosso maior desafio. 
Keila GrinbergDepartamento de História, 

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Pós-doutoramento na Universidade de Michigan (bolsista da Capes)

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Fabrício Augusto Souza Gomes
E-mail: fabricio.gomes@gmail.com
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terça-feira, 17 de abril de 2012

** Paulo Freire é declarado patrono da educação brasileira

Paulo Freire é declarado patrono da educação brasileira

Lei publicada no Diário Oficial reconhece importância do pedagogo e filósofo para o País.

O Diário Oficial da União publicou nesta segunda-feira (16) a lei que declara o educador Paulo Freire patrono da educação brasileira. O projeto de lei foi aprovado no início de março pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, em decisão terminativa, por unanimidade.
Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997) foi educador e filósofo. Considerado um dos principais pensadores da história da pedagogia mundial, influenciou o movimento chamado pedagogia crítica. Sua prática didática fundamentava-se na crença de que o estudante assimilaria o objeto de análise fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído.
Pernambucano, oriundo de uma família de classe média, Freire conviveu com a pobreza e a fome na infância, durante a depressão de 1929. A experiência o ajudou a pensar nos pobres e o levou, mais tarde, a elaborar seu revolucionário método de ensino. Em 1943, chegou à Faculdade de Direito da Universidade de Recife, hoje Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Durante o curso, teve contato com conteúdos de filosofia da educação. Ao optar por lecionar língua portuguesa, deixou de lado a profissão de advogado. Em 1946, assumiu a direção do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social de Pernambuco, onde passou a trabalhar com pobres analfabetos.
Em 1961, como diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade de Recife, montou uma equipe para alfabetizar 300 cortadores de cana em 45 dias. As experiências bem-sucedidas com alfabetização foram reconhecidas em 1964 pelo governo de João Goulart, que aprovou a multiplicação das experiências no Plano Nacional de Alfabetização. No entanto, poucos meses após a implantação, o plano foi vetado pelos militares, que assumiram o governo. Freire foi preso e expulso do País. Em 16 anos de exílio, passou por Chile, Suíça, Estados Unidos e Inglaterra e difundiu sua metodologia de ensino em países africanos de colonização portuguesa, como Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Em sua obra mais conhecida, A Pedagogia do Oprimido, o educador propõe um novo modelo de ensino, com uma dinâmica menos vertical entre professores e alunos e a sociedade na qual se inserem. O livro foi traduzido em mais de 40 idiomas.
Visão - Para a diretora de currículos e educação integral do Ministério da Educação, Jaqueline Moll, o Brasil presta uma homenagem a Paulo Freire por sua obra pela educação brasileira. "Paulo Freire é a figura de maior destaque na educação brasileira contemporânea, pelo olhar novo que ele constrói sobre o processo educativo", afirma. "Ele tem ajudado muitos países no mundo a repensar a visão vertical que temos nas salas de aula, de um professor que sabe tudo e do estudante que é uma tábula rasa e nada sabe."
"Uma homenagem mais que justa", comemora Leocádia Inês Schoeffen, secretária municipal de Educação de São Leopoldo (RS), cidade a 50 km de Porto Alegre. Todas as 35 escolas públicas do município já aderiram ao Programa Mais Educação, que amplia a jornada diária para o mínimo de sete horas. "O Mais Educação, do ponto de vista da educação popular, não é restrito ao ambiente escolar, mas articula-se com a comunidade. Assim, há afinidade grande desse programa com o que o Paulo Freire defendia, que é fazer a leitura do mundo e a inserção do educando no seu meio, capacitando-o para que seja agente do seu momento histórico", diz.
Reconhecido internacionalmente, Paulo Freire recebeu inúmeros títulos e importantes premiações e 41 títulos de doutor honoris causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford. No portal Domínio Público, http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4713.pdf, pode-se baixar gratuitamente o livro Paulo Freire, de Celso de Rui Beisiegel, uma coletânea de análises de seus textos mais importantes.
(Informações do MEC)
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** Livro narra trajetória da Revista do Brasil

Em momentos decisivos da história, expoentes da intelectualidade brasileira, como Monteiro Lobato, Mário de Andrade e Oliveira Viana, debateram questões nacionais nas páginas do periódico
 

Livro narra trajetória da Revista do Brasil

17/04/2012
Por Karina Toledo
Fonte: Agência FAPESPEntre 1916 e 1944, a Revista do Brasil reuniu em suas páginas os expoentes da intelectualidade brasileira. Nomes como Olavo Bilac, Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Manuel Bandeira e Graciliano Ramos valeram-se do periódico para tratar de arte e debater questões nacionais em momentos decisivos da história.
A longevidade da publicação chama a atenção em uma época em que as revistas literárias sofriam, por falta de leitores, o que Bilac definiu como o "mal de sete números". Aparentemente imune, a Revista do Brasil teve 113 edições somente em sua primeira fase, de 1916 a 1925.
"Os periódicos que fizeram sucesso no início do século 20 eram cheios de fotografias e ilustrações, traziam mulheres bonitas na capa e textos leves. A Revista do Brasil foi o oposto. Tinha mais de 100 páginas repletas de textos analíticos e quase nenhuma imagem", disse Tania Regina de Luca, professora do Departamento de História da Faculdade de Ciências e Letras de Assis da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
As razões por trás do improvável sucesso da publicação e o papel ocupado por ela na história da imprensa foram investigados pela historiadora durante seu doutorado e livre-docência. Os resultados da pesquisa deram origem ao livro , que teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.
"A Revista do Brasil surgiu na redação do jornal O Estado de S. Paulo, por iniciativa do diretor deste último, Júlio de Mesquita, e com o objetivo de discutir o futuro do país em um período crucial: a Primeira Guerra Mundial", contou.
Estava claro que as relações entre as nações não seriam as mesmas após o conflito. Era preciso entender o lugar que o Brasil ocuparia nesse novo contexto. "Na primeira fase, a revista apresentou uma visão de país que tinha São Paulo como modelo a ser seguido. E a força dessa ideologia vinha do fato de que ela não era difundida apenas por paulistas, mas por parcela significativa dos intelectuais do período", disse Luca.
Embora desfrutasse de grande prestígio no meio letrado, a revista acumulava prejuízos financeiros e, em 1918, Mesquisa decide vendê-la para Lobato. Ele transforma a publicação em ponta de lança para sua recém-criada editora.
"Lobato desenvolveu um sistema nacional de distribuição de livros em consignação, que era absolutamente inovador e sustentava a revista. E ele usava o periódico para divulgar sua própria imagem e para familiarizar os leitores com os autores que depois seriam vendidos pela editora", contou Luca.
Em 1923, com a intenção de aumentar os negócios, Lobato aceitou o apoio financeiro de Paulo Prado, um dos organizadores da Semana de Arte Moderna. Em troca, Prado passou a dirigir a Revista do Brasil, abrindo espaço para nomes como Mário e Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Sérgio Milliet.
"Costuma-se classificar a Revista do Brasil como conservadora, mas isso não é verdade. Durante a subfase em que foi comandada por Paulo Prado, é possível incluí-la no rol das revistas modernistas. Esse período preencheu o intervalo entre o fim da revista Klaxon e o lançamento da Estética", explicou Luca.
Em 1925, após a falência de sua editora, Lobato vendeu a Revista do Brasil para Assis Chateaubriand. No ano seguinte, o periódico entrou em sua segunda fase, ainda marcada pelo conflito de poder entre conservadores e modernistas.
"A vertente tradicional era representada por Pandiá Calógeras, um dos escolhido por Chatô para dirigir a revista. Mas foi Prudente de Moraes Neto quem ficou encarregado de pensar e executar as edições, e ele estava muito próximo dos modernistas", disse Luca.
A defesa dos Aliados
Em 1927, a revista encerrou suas atividades e somente em 1938 Chateaubriand decidiu relaçar a publicação com um novo papel: fazer oposição ao Estado Novo e defender os ideais da democracia.
A importância da Revista do Brasil nesse período é, na opinião de Luca, subestimada pela historiografia. "Costuma-se dizer que o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e os outros órgãos criados por Getúlio Vargas para controlar a informação conseguiram silenciar a imprensa. Mas seria preciso matizar essa interpretação", afirmou Luca.
Dentro dos limites impostos por uma ditadura, a Revista do Brasil conseguiu articular um projeto antivarguista dirigido pelo historiador Otávio Tarquínio de Sousa. Entre os colaboradores estavam Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freire, Raquel de Queiroz e, mais uma vez, Mário de Andrade.
"Eles não podiam questionar Vargas, mas podiam criticar os regimes nazifascistas europeus e defender a Inglaterra e os Estados Unidos. O fato de a revista ignorar solenemente a existência do presidente durante esse período já era uma posição política. Em suas páginas, não havia espaço para integralistas ou para os ideólogos do regime", contou a professora da Unesp.
A publicação tampouco abordava os problemas sociais do país, ressaltou. "Faziam a defesa da democracia, mas de um ponto de vista elitista e liberal. Isso não impediu que abrissem espaço para pensadores comunistas, como Astrogildo Pereira."
Em 1943, o Brasil havia decidido entrar na Segunda Guerra ao lado dos Aliados. O Estado Novo agonizava e a terceira fase da Revista do Brasil chegava ao fim. "O objetivo pelo qual a publicação vinha lutando desde 1938 havia se cumprido", analisou a historiadora.
No ano seguinte, Chateaubriand relançou mais uma vez a marca, desta vez totalmente descaracterizada. "Ele tentou transformá-la em uma concorrente da revista Seleções, mas foi um fracasso que durou poucos meses", disse Luca.
Há ainda uma quinta e última fase, entre 1984 e 1990, em que a revista esteve sob o comando do então vice-governador do Rio de Janeiro, Darcy Ribeiro. Esse período, no entanto, não foi abordado na pesquisa de Luca.
"É outro momento da história do país, em que o universo acadêmico está mais desenvolvido, já existia pós-graduação e revistas científicas. Além disso, nessa quinta fase, a revista é mais um projeto político do que um projeto da intelectualidade", explicou a historiadora.
A pesquisa durou sete anos e teve como fonte, além das edições da revista, as cartas e memórias dos colaboradores que por ela passaram. Atualmente, Luca se dedica ao Projeto Temático "A circulação transatlântica dos impressos: a globalização da cultura no século XIX", financiado pela FAPESP e coordenado pela professora Marcia Azevedo de Abreu, do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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segunda-feira, 16 de abril de 2012

** Evento - Afinal, que história é essa? - As possibilidades de escrita da História (25 e 26/04 - UERJ)



Saudações históricas,
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Fabrício Augusto Souza Gomes

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