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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

** As "memórias" do Barão


 As "memórias" do Barão

Já pensou, caro leitor, se coincidisse com o centenário da morte do Barão do Rio Branco – ocorrida no dia 10 de fevereiro de 1912 -, a revelação de suas memórias, que por vontade expressa só poderiam ser divulgadas nesta ocasião? ( No Globo a Mais de hoje, a história de como a morte do Barão fez com que 'tivéssemos dois carnavais em 1912).
Pois o diplomata Paulo Roberto de Almeida, em seu blog "Diplomatizzando", resolveu tornar verdadeiro esse sonho de todo historiador interessado na nossa diplomacia, e está publicando as "Memórias", apresentando-se como o seu organizador, responsável pela "transcrição e modernização da ortografia, a partir de manuscritos encontrados nos papéis deixados pelo próprio".
Ele relata que "dentre os muitos papéis deixados pelo Barão no momento de sua morte, na mais completa desordem, encontrava-se um curioso caderno, que permaneceu obscuro durante muito tempo".
"De aparência anódina, capa oleada marrom, lombada preta, circundado por um barbante (um tanto sujo devido a um uso provavelmente constante), que por sua vez retinha um simples pedaço de papel com esta inscrição a lápis, na letra inconfundível de Paranhos: "Reservado; não tocar".
O diplomata conta sua suposta experiência em detalhes: que passou a lê-lo a partir de cópias fotostáticas, e teve acesso ao "original" apenas uma vez, "graças aos zelosos guardiões do Arquivo Histórico Diplomático do Itamaraty, no Rio de Janeiro".
Ao abri-lo, "outro pedaço de papel, de igual feitura (provavelmente destacado às pressas do mesmo pedaço de papel que serviu para compor a nota na capa), também rabiscado a lápis, na mesma letra, com estas simples indicações: "Proibida a reprodução ou divulgação antes de cem anos de minha morte".
Nas páginas seguintes, "numeradas à mão, já começavam as anotações manuscritas do Barão, algumas datadas, outras simplesmente localizadas no espaço (a maior parte do Rio, outras entradas feitas em Petrópolis), mas sem o cuidado de manter a estrita cronologia de um diário "normal".
E por que ele não queria que estas notas fossem divulgadas antes de pelo menos cem anos decorridos de sua morte?
"Presumivelmente porque tinha consciência do delicado de suas opiniões sinceras sobre pessoas, países, sobre fatos e percepções pessoais que mantinha nas mais diversas situações que enfrentava na labuta diária à frente da chancelaria, que já tinha sido a de seu pai e mentor respeitado".
Há dois bons exemplos nos "diários" do Barão. No primeiro, escrito no dia 2 de maio de 1910, ele relata que o Brasil participará das comemorações do "centenário da independência argentina" no dia 10, "com uma delegação normal", isto é, por meio do ministro em Buenos Aires, "e não com alguma embaixada especial ou enviado extraordinário".
O Barão reconhece que seus auxiliares classificam tal decisão de "erro monumental, uma descortesia gratuita, mais uma demonstração de birra pouco diplomática vis-à-vis nuestros hermanos, já que muitos outros países designaram plenipotenciários especiais, alguns a nível de ministros de relações exteriores, uns poucos até com o deslocamento de seus chefes de governo".
Como não podia externar sua opinião au grand large, o Barão decidiu escrever "para a posteridade e a devida fidelidade a esta musa sempre tão conspurcada que atende pelo nome de História".
Para o Barão do Rio Branco, os argentinos festejavam, "com orgulho indevido", o 10 de maio de 1810, pois "o fato, absolutamente verdadeiro é que no 10 de maio de 1810 não foi proclamada nenhuma independência argentina".
Segundo o relato do Barão em suas "memórias", os argentinos "comemoram, na verdade, duas ou três datas, dependendo da utilidade", e a de 1810 serve para que anunciem "que ficaram independentes antes de nós".
Mas a independência só se firmou, escreve o Barão, "e mesmo assim de maneira passavelmente confusa, depois que San Martin andou fazendo valer o que de fato vale na vida das nações: a crítica das armas, não as armas da crítica".
Outro bom exemplo está nos comentários que o Barão do Rio Branco faz sobre a classe política do país, tão incrivelmente atual.
Em abril de 1909, ele deixou claras as razões que o levaram a recusar, "de maneira peremptória, firme e irrevogável, o generoso oferecimento de uma candidatura, praticamente vitoriosa, à presidência da República, certamente o cargo mais honroso que um homem público pode desejar, em qualquer país, em qualquer época".
(...) "Confesso, tanto intimamente, quanto aos que lerem estas linhas em algum tempo do futuro, que não tenho a menor vontade (...) de assumir um cargo que me obrigará a tratar com os mesmos políticos que, no íntimo, eu desprezo, que considero particularmente medíocres ou que julgo incapazes e incompetentes para conduzir um Brasil atrasado à posição que ele mereceria ocupar na cena internacional".
"Minha aspiração – sem pretender chocar os que lerem estas minhas memórias desabusadas, algumas décadas mais à frente – é a de que o Brasil possa dispor, no futuro, de homens políticos mais bem preparados para o cargo, tribunos competentes e educados, estadistas comprometidos com a dignidade das causas nacionais, sem essas nódoas de corrupção que nos maculam internacionalmente, sem o peso da ignorância abissal que infelizmente ainda marca muitos dos aventureiros e oportunistas que procuram cargos públicos, alguns inclusive por razões inconfessáveis".
As "memórias" do Barão do Rio Branco estão fazendo o maior sucesso no Itamaraty e na internet, pelas mensagens que seu "autor" tem recebido, e muitos capítulos ainda serão colocados no ar, "tudo baseado em fatos verdadeiros, em acontecimentos reais da vida do barão, situações e pessoas que existiram, de verdade, nenhuma personagem ficcional misturada com as verdadeiras, como ocorre com romances históricos", como explica Paulo Roberto de Almeida em troca de mensagens comigo, que o procurei para saber de detalhes de sua pesquisa e me deparei com um brilhante e bem-humorado trabalho que começou inocente, como uma "verdadeira farsa", e que se apresenta agora como uma "farsa verdadeira".



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Fabrício Augusto Souza Gomes

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**Os dois carnavais em 1912

Texto publicado no Globo a Mais
"Existem no Brasil, apenas duas coisas realmente organizadas: a desordem e o carnaval.". 
Mesmo que não se possa confirmar com exatidão sua origem, essa frase, atribuída ao Barão do Rio Branco, é perfeita para explicar como, há cem anos, tivemos dois carnavais devido justamente à morte do então Ministro do Exterior José Maria Paranhos Júnior, um apaixonado por Carnaval e pela cultura brasileira. 
O Barão morreu no dia 10 de fevereiro de 1912, quando estava tudo pronto para o Carnaval no dia 17 de fevereiro. 
O governo decretou luto oficial, e transferiu o Carnaval para o dia 6 de abril. Mas muitos blocos desfilaram na data marcada, embora as lojas e repartições públicas estivessem fechadas, e depois do luto, outro Carnaval começou. 
O Carnaval de 1912 ficou marcado na história da diplomacia e da cultura brasileiras. A irreverência das marchinhas não poupou nem mesmo o Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca: 
"Com a morte do Barão/ Tivemos dois carnavá/Ai que bom ai que gostoso/ Se morresse o Marechá". 
Para o professor Luigi Bonafé, do IBGE, doutor em História pela Universidade Federal Fluminense e professor de História do Brasil do Curso Atlas, um dos mais respeitados cursos preparatórios para admissão à carreira diplomática, é fácil entender a comoção em torno de sua morte, "cercada de todo o luto, pranto, pompa, circunstância, cerimônia e crepe negro que a República costumava dispensar ao funeral de seus homens públicos". 
No início da República, manteve o título nobiliárquico no nome apesar da proibição oficial, e sabia-se que ele era monarquista. 
Mas o próprio d. Pedro II o encorajara a seguir servindo o país por meio da diplomacia, e a República, jovem e carente de quadros qualificados, virtualmente alçou o Barão ao estrelato. 
Primeiro, com a defesa das pretensões brasileiras na questão de limites com a Argentina (Questão de Palmas), em que convenceu o árbitro, o presidente americano Cleveland, homenageado com o nome de uma cidade brasileira na região disputada, Clevelândia, do direito brasileiro às terras disputadas. 
A vitória foi mais espantosa ainda, ressalta Bonafé, se lembrarmos de que cerca de dez anos antes um chanceler assinara tratado com a Argentina, não ratificado pelo nosso Congresso, dividindo ao meio o território em litígio. 
Numa época em que o futebol ainda não se tornara a paixão nacional, vencer os argentinos numa disputa dessas, pela definição do "Corpo da Pátria", era como vencer a seleção argentina hoje em dia, compara o professor. 
A imprensa fez festa, o barão ganhou notoriedade nacional, e foi nomeado para nova questão de limites (Questão do Amapá), agora contra a França, potência imperialista, e cujo árbitro era suíço, bem menos inclinado a favor do Brasil do que deveria ser um presidente norte-americano da época. 
Mais uma vez, o Barão venceu. Com a ajuda da imprensa, com quem, segundo Luigi Bonafé estabelecera vínculos e laços pessoais muito bem sedimentados ao longo de sua carreira, o Barão virou herói nacional, com fama de ter desenhado o contorno do território nacional do Oiapoque, fronteira com a Guiana Francesa, ao Chuí, próximo da região disputada com a Argentina, que corresponde a partes dos atuais estados de Santa Catarina e Paraná. 
Depois de uma década inteira como diplomata bem sucedido fora do país, cada vez mais famoso e comemorado, ele retornou ao Brasil em 1902 para exercer a chancelaria, que ocuparia durante 10 anos e 4 presidências. 
Logo no início de sua gestão, ainda conseguiu resolver, pacificamente, a espinhosa e explosiva questão do Acre, que era território da Bolívia e tornou-se brasileiro pelo Tratado de Petrópolis (1903), evitando uma guerra que no ano anterior era iminente. 
O diplomata Mauricio Costa ressalta que o Brasil como nós conhecemos hoje, não seria possível sem o esforço diplomático do Barão do Rio Branco. "Ele foi o melhor advogado que o Brasil poderia ter", afirma. 
Alguém consegue imaginar o Brasil sem parte dos estados de Santa Catarina e Paraná? Sem o estado do Acre?, pergunta o diplomata. 
Também houve uma questão muito importante envolvendo a Inglaterra e as Ilhas de Trindade. A disputa com a Inglaterra, na época uma potência mundial, foi definida favoravelmente graças ao perfil estratégico do Barão. 
Além disso, foi na gestão do Barão que abrimos nossa primeira embaixada. Em 1905, Joaquim Nabuco foi o primeiro embaixador brasileiro em Washington. Este fato simbolizou o prestígio que o Barão tinha no Brasil e no resto do mundo.


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Fabrício Augusto Souza Gomes

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**Fernando Pessoa toda a biblioteca no site da Casa Fernando Pessoa.

Toda a biblioteca de Fernando Pessoa online....
Os livros da Biblioteca Particular de Fernando Pessoa estão disponíveis gratuitamente online no site da Casa Fernando Pessoa.
Até agora, só uma visita à Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, permitia consultar este acervo que é "riquíssimo", mas com o site, bilingue (português e inglês), e disponível em qualquer lugar do mundo, com uma ligação à Internet, é possível consultar, página a página, os cerca de 1140 volumes da biblioteca, mais as anotações - incluindo poemas – que Fernando Pessoa foi fazendo nas páginas dos livros.
http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt
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** Caixa de Histórias: projeto inova formas de ensinar

Caixa de Histórias: projeto inova formas de ensinar


Fonte: FAPERJ Danielle Kiffer
 Fotos/Divulgação
     
   A pesquisadora Helenice entrega a caixa de
 São Gonçalo a um professor da rede municipal
O ensino da história pode se tornar uma grande aventura. Com a Caixa de Histórias – material impresso com mais de dez pastas a serem utilizadas em salas de aula – conhecimentos sobre mapas, fotografia, literatura e até sobre o patrimônio arquitetônico local podem ajudar alunos da rede pública dos municípios a compreender melhor vários aspectos da disciplina de História e a valorizar sua identidade local. Esse é um dos objetivos da pesquisa coordenada pela historiadora Helenice Rocha, da Faculdade de Formação de Professores (FFP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em São Gonçalo. A iniciativa, que tem o apoio da FAPERJ por meio do edital Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas Públicas Sediadas e do Ministério da Educação e Cultura (MEC), conta em sua equipe com os historiadores Luis Reznik, Marcia Gonçalves e Rui Aniceto, todos da Uerj, e com o professor Marcelo Magalhães, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
A caixa contém um CD com fotos, músicas e vários tipos de documentos, como registros paroquiais, de propriedade e censitários, que complementam as atividades propostas, além de um guia para professor, sugerindo roteiros para as atividades. "O CD possibilita promover a interatividade em sala de aula. Se num exercício específico falamos de uma determinada época no passado, os alunos têm como ouvir músicas e ver, em fotos, as roupas que eram moda naquele período." A ideia é desenvolver habilidades de leitura e escrita nos alunos.
"Com o projeto 'Caixa de Histórias – Conhecer e Criar', queremos que o professor conte com um recurso que possa adaptar ao dia a dia dos alunos da rede pública. Para isso, foram feitas oficinas para professores e acompanhamos seu uso nas escolas durante o ano letivo de 2011", explica a pesquisadora. Isso aconteceu na Escola Municipal Anísio Spíndola Teixeira, em Santa Luzia, bairro de São Gonçalo. "O projeto contou com dois professores da escola e dois bolsistas da graduação em História. Em seu trabalho, eles desenvolveram novos materiais, como uma apresentação sobre a fazenda Colubandê, que já era descrita em uma crônica, numa das atividades propostas pela caixa."
Helenice e a equipe de pesquisadores já desenvolveram caixas para três municípios fluminenses: São Gonçalo, Itaboraí e Magé. "Nosso objetivo é produzir caixas para diferentes municípios do Rio de Janeiro, apresentando o material produzido para os professores que trabalham nas escolas da rede pública", conta. Segundo a professora, esse conjunto de documentos, fotos e dados contribui para a construção de identidades locais e torna o aprendizado mais leve e divertido.
Cada uma das atividades propostas foi desenvolvida a partir de intensa pesquisa. Em documentos e mapas, pesquisados em bibliotecas e arquivos municipais, assim como em casas de cultura locais, o grupo de pesquisadores levantou a história dos três municípios. Com esses dados e documentos, elaboraram as várias atividades que compõem a caixa. "É um processo trabalhoso. A pesquisa e a elaboração da caixa, incluindo a criação de atividades, demoram, em média, dois anos."
              
Mapa antigo do Rio de Janeiro faz parte do material didático

A caixa de São Gonçalo, por exemplo, contém a carta de doação do município, cujas terras foram cedidas como sesmaria a Gonçalo Gonçalves, em 6 de abril de 1579. Com a tarefa de construir uma capela e um povoado, o donatário ergueu na localidade uma pequena igreja, às margens do rio Imboaçu, em homenagem a seu santo de devoção, São Gonçalo do Amarante, que mais tarde daria nome ao município. "Quando mostramos o documento aos alunos, eles ficam impressionados e querem saber mais. Essa história é um exemplo do conhecimento que evidencia as complexas relações entre o micro e o macro, como num jogo de escalas, no que se refere à história do Brasil", completa a historiadora.
Entre os diversos dados interessantes da caixa, está a crônica escrita em 1921 por um jornalista de A Revista, antigo periódico de Niterói. Ele registra em detalhes a festa de Sant'Ana, na fazenda de Colubandê, evento tradicional no início do século XX. No artigo, o jornalista conta como era a festa, revela as relações sociais estabelecidas, os costumes da época, as vestimentas e as músicas. "Entre outras coisas, os alunos aprendem que, na ocasião, o trajeto de Niterói a Colubandê levava um dia para ser feito. Hoje, dependendo do trânsito, pode ser feito em cerca de 40 minutos. Tudo isso instiga a curiosidade dos estudantes e promove a vontade de saber mais", afirma Helenice.
Até estudar mapas em sala de aula fica diferente com a caixa. A atividade relacionada à cartografia propõe aos alunos compreender a produção de mapas como um esforço em conhecer, ocupar, controlar e transformar o espaço geográfico. "Os alunos são desafiados constantemente: precisam localizar São Gonçalo espacialmente no estado e no País e conhecer sua representação cartográfica nos séculos XVI, XVII e XIX", explica a historiadora. "Os estudantes ficam bastante empolgados com esta atividade. O reconhecimento de seu território no contexto nacional os deixa muito contentes; eles se veem no meio do Brasil inteiro, se reconhecem", afirma. E acrescenta: "No estudo do período colonial, por exemplo, visualizamos no mapa as evidências do interesse português em conhecer o território que seria posteriormente o Rio de Janeiro", completa.
    
   Estudantes participam de uma das atividades da caixa:
      elaborar legendas de fotos antigas de São Gonçalo


Em outros exercícios, os alunos são estimulados a analisar fotografias de forma técnica, tal como os historiadores o fazem. "Eles observam as imagens e as classificam de acordo com os temas propostos, sejam 'festas e comemorações', 'política' e 'o espaço público da cidade'", diz a pesquisadora. Numa atividade em que passado e presente se misturam, Helenice percebeu intenso envolvimento dos estudantes. "Mostramos fotos antigas de estações de trem e alguns alunos mencionaram a existência das ruínas de uma estação de trem, mobilizando-se para fotografá-las e trazer as imagens para a aula. Ao traçar uma linha do tempo dessas construções, eles passaram a se ver como parte integrante dessa história", exemplifica. Para a historiadora, esse vínculo é importante, pois leva os estudantes a se valorizarem como indivíduos. "Assim, eles veem que, apesar de seu espaço não constar dos livros, tem tanta importância quanto qualquer outro na história do País, com uma história em si."
Os historiadores pretendem estender o trabalho a outros municípios. Helenice e seu grupo têm atuado, junto às prefeituras, para que os professores recebam a Caixa de Histórias e oficinas para que, posteriormente, eles possam tirar o melhor aproveitamento possível do material. "É um trabalho gratificante à medida que vemos o entusiasmo dos professores durante o treinamento e a reação positiva dos alunos. É o historiador a serviço do ensino e da aprendizagem em sala de aula", diz. O projeto tem sido tão bem-sucedido que recebeu convite para ser apresentado até no estado do Piauí, onde alunos e professores estão animados com suas possibilidades de aplicação. "Queremos estender o projeto ao maior número possível de municípios", conclui.

© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.
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** Exposição virtual conta a história das ferrovias paulistas

 

Mostra organizada pelo Arquivo Público do Estado oferece atividades pedagógicas para ensino de história (Arq.Estado)
Fonte FAPESP
 

Exposição virtual conta a história das ferrovias paulistas

13/02/2012
Agência FAPESP – O Arquivo Público do Estado de São Paulo lançou a exposição virtual Ferrovias Paulistas, que mostra a trajetória do sistema ferroviário em território paulista desde meados do século 19 até os dias atuais.
A mostra tem como público-alvo professores e estudantes de ensino básico e demais interessados no tema, podendo ser aproveitada no ensino de história. São oferecidas oito sugestões de atividades pedagógicas, entre caça-palavras, palavras cruzadas e exercícios de análise com documentos sobre o tema. O objetivo é incentivar o uso de documentos históricos em sala de aula.
O conteúdo ficará disponível permanentemente no endereço: www.arquivoestado.sp.gov.br/exposicao_ferrovias.
Ao todo, 162 documentos foram digitalizados, entre ofícios, requerimentos, fotos, mapas e jornais. Destaque para fotos da primeira estação da Cia Paulista, inaugurada em Rio Claro em 1876, além de imagens de trens para o carregamento de café e para o transporte de imigrantes recém-chegados ao país. Diversos mapas ainda mostram a expansão da malha ferroviária paulista.
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