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terça-feira, 2 de novembro de 2010

** Chamada para publicação de artigos ano I nº 1 da revista CONTRAPONTO

 
Chamada para publicação de artigos ano I nº 1 da revista CONTRAPONTO




Dossiê Temático: Historiografia

CONTRAPONTO – Revista Eletrônica de História (www.revistacontraponto.com) lança a chamada de artigos para a edição ano I nº 1, com dossiê temático de artigos sobre Historiografia e seção livre. O prazo para envio de trabalhos se encerra no dia 31 de janeiro de 2011. Segue abaixo o texto de apresentação desse número.


           Dossiê temático: Historiografia
           Um dos desafios que todo pesquisador enfrenta no âmbito da sua produção acadêmica é o de apontar com clareza como o seu trabalho se insere no historiografia sobre o tema abordado. De onde "fala" o historiador e com quem conversa? Para dar conta dessas questões, em geral é preciso proceder a um balanço historiográfico e aquilatar o "estado da arte" no campo temático em questão. Só assim é possível perceber a natureza e a originalidade da contribuição apresentada na forma de um artigo, ensaio, monografia, dissertação ou tese.


           Desta forma, CONTRAPONTO – Revista Eletrônica de História receberá artigos para o seu dossiê que se disponham a enfrentar esse desafio de produzir um balanço historiográfico ou analisar algum aspecto referente a esse campo de estudos.


           No século XIX, a historiografia brasileira esteve empenhada na dupla tarefa de se constituir como disciplina do conhecimento e contribuir para o processo de consolidação do Estado Nacional. Hoje, neste recém iniciado século XXI, talvez devamos nos perguntar sobre o que move a historiografia no Brasil e alhures. O dossiê está aberto a este tipo de análise e reflexão.




Todos os direitos reservados a revista eletrônica Contraponto.

 
 
 

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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
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** Literatura de Cordel: História, Memória e Cultura

 

Literatura de Cordel: História, Memória e Cultura

           Borda da Mata-MG, 02 de novembro de 2010

           Rua Eduardo Amaral, 652 - Centro - Tel:(35) 3445-1479
Silvio Profirio da Silva – Aluno do Curso de Letras da UFRPEE-mail: silvio_profirio@yahoo.com.br
   
    A literatura de cordel é um tipo de poesia de caráter popular. Ela tem sua origem na Península Ibérica, chegando ao Brasil por intermédio dos colonizadores. Originalmente, era produzida apenas oralmente, mas após alguns anos, passou a ser produzida de forma escrita e impressa em folhetos. Seus versos são escritos em rimas e algumas vezes com ilustrações, que são hoje chamadas de xilogravuras. Seu nome provém da forma como esses folhetos eram expostos e comercializados em Portugal, onde eles eram pendurados em cordões (denominados de cordéis em tal país). Inicialmente, instalou – se na Bahia e, em seguida, ela se disseminou pela região Nordeste, o que fez com que ela adquirisse características de tal região.Um dos aspetos mais relevantes acerca desse tipo de literatura que gostaríamos de destacar nesse texto é o fato dela possuir uma relação intrínseca com a história, visto que os dados históricos atravessam a vida do autor. Seus versos abordam desde temáticas e problemáticas atuais até fatos históricos. Assim, podemos considerá – la como atemporal, no sentido de não se limitar a uma época específica. E, principalmente, podemos concebê – la como um relato histórico por meio da linguagem (escrita e oral). Nesse contexto, esse tipo de literatura é construída a partir da historicidade, pois não há texto literário sem um contexto histórico.O cordel, numa perspectiva mais ampla, expressa uma noção da realidade. Isto é, ele tem como objetivo captar a realidade. Ele também reflete um dualismo entre o geral e o particular, ao mesmo tempo. Primeiramente, temos alguém que fala em nome de si mesmo (voz pessoal), mas seus discursos representam os anseios da coletividade. Em função disso, é necessário perceber esse gênero como geral e particular ao mesmo tempo. Dentro dessa perspectiva, percebemos que seus versos não se resumem ao registro da produção da cultura material (objetos), mas também abordam a produção imaterial (idéias). Costumes, crenças, hábitos, ideologias. Todas essas marcas estão refletidas nos textos do cordel.Essa literatura retrata as vivências, a imaginação, a fé, a devoção do povo nordestino. Histórias que, muitas vezes, contadas de geração para geração, o que evidencia sua relação direta com o registro da memória e do imaginário do povo nordestino. Ou melhor, com o registro das realizações humanas. Dentro desse contexto, podemos conceber a literatura de cordel como algo não isolado. Pelo contrário, ela consiste num produto da sociedade e como tal não pode ser percebida fora do âmbito social.Além disso, percebemos o quanto ela está atrelada à realidade e, conseqüentemente, às práticas sociais. Nesse tipo de texto, o nordeste está impregnado em seus versos, na medida em que ele trabalha com base em diversas temáticas e problemáticas de tal região. Tal situação acontece pelo fato das mudanças de valores, de opiniões e de fatos influírem diretamente na produção literária. O que faz com que consideremos a literatura de cordel como uma prática sócio-discursiva. Outro aspecto que não poderíamos deixar de destacar é o fato de essa literatura consistir num intermédio entre a cultura sertaneja e urbana, na medida em que ambas estão diretamente ligadas em tais folhetos. Nesse sentido, percebemos que a literatura de cordel retrata a relação entre os atores sociais, sua historicidade, sua identidade, sua língua, seu espaço e seu tempo.


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