Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

** Retratos da esquerda

 
Retratos da esquerda  

Livros analisam o movimento esquerdista

brasileiro ao longo do século 20 (rep.UH/Arq.Estado)


Por Fabio Reynol
Agência FAPESP – A trajetória do movimento esquerdista brasileiro no século 20 é o tema de dois livros do sociólogo Marcelo Ridenti, professor titular do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-Unicamp), lançados pela Editora da Unesp.
Brasilidade revolucionária foi em boa parte composto a partir de pesquisas feitas no âmbito do Projeto Temático FAPESP "Formação do campo intelectual e da indústria cultural no Brasil contemporâneo", coordenado pelo professor Sérgio Miceli, da Unicamp, e do qual Ridenti é um dos pesquisadores principais.
O fantasma da revolução brasileira é uma reedição ampliada do livro lançado em 1993 a partir da pesquisa de doutorado de Ridenti, realizada na Universidade de São Paulo (USP) e que contou com apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.
"O foco no movimento esquerdista nas décadas de 1960 e 1970 no Brasil foi ampliado em Brasilidade revolucionária, no qual procuro analisar esse tema em outros momentos do século 20", disse o autor à Agência FAPESP.
No novo livro, o autor conta como se iniciou a formação, durante a República Velha, de setores rebeldes dentro da intelectualidade brasileira, que deram origem aos movimentos de esquerda. Esses grupos se inspiravam em diversas correntes gerando ideias de cunho positivista, anarquisma, tenentista e comunista, muitas das quais se misturaram no início do século 20.
"Mostro isso ao analisar a trajetória do intelectual Everardo Dias durante a República Velha. Dentre os frutos dessa mistura de correntes de pensamento está a criação do Partido Comunista", disse Ridenti.
O segundo capítulo é dedicado ao Partido Comunista e à relação entre artistas e comunistas no período que se seguiu da Segunda Guerra Mundial até o fim dos anos 1950, marcado pelo comunismo stalinista.
De acordo com Ridenti, apesar do autoritarismo stalinista, a atuação do partido auxiliou na organização da classe artística brasileira no fim da primeira metade do século 20 e apresentou uma atuação cultural marcante no cinema, no teatro, na literatura, na imprensa, na arquitetura e nas artes plásticas.
O Partido Comunista também se revelou, de acordo com a pesquisa, um meio para intelectuais e artistas conquistarem projeção internacional. "Viagens para conhecer intelectuais e ter um trabalho publicado no exterior eram raras na época, mas facilitadas para quem fazia parte da rede do partido", disse.
Paralelos entre manifestações artísticas e o pensamento de esquerda também são retratados no livro. A questão da terra no cinema e na canção é o tema de um capítulo no qual o autor analisa filmes e produções musicais de cunho esquerdista.
Revolução frustrada
Na reedição da obra O fantasma da revolução brasileira, Ridenti aproveitou para ampliar e atualizar a bibliografia com produções desde 1993. Essa atualização se transformou no posfácio da obra, a qual analisa as raízes sociais dos grupos armados de esquerda entre os anos de 1964 e 1974.
Para produzir a tese de doutorado que originou o livro, Ridenti se baseou em 35 entrevistas com ex-militantes e em estatísticas levantadas pelo projeto "Brasil: Nunca Mais". Para o autor, o fantasma de uma revolução derrotada repercutiu na sociedade da época e ainda mantém resquícios na matriz cultural contemporânea do Brasil, destacadamente na música, teatro, cinema e literatura.
O livro retrata a influência da intelectualidade nos movimentos estudantil, feminino, operário, camponês e militar e também discorre sobre como a ditadura militar interferiu no desenvolvimento cultural e político do país.
Ridenti defende a ideia de que os grupos armados de esquerda foram perdendo seu enraizamento social tanto pela ação repressiva da ditadura como por suas próprias ações.
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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com
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** XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA

 
 
XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA
ANPUH 50 anos
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011.
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária

Apresentação

A ANPUH tem a satisfação de convidar a comunidade de pesquisadores para o XXVI Simpósio Nacional de História,
evento que ocorrerá de 17 a 22 de julho de 2011 na Cidade Universitária - USP, em São Paulo-SP.
Por enquanto o site ainda está em desenvolvimento.
Por favor os interessados em inscrever propostas para Seminários Temáticos e Minicursos dirijam-se para o item INSCRIÇÕES.
O prazo para estas modalidades é de 1° de dezembro.

Cronograma

01 de novembro a 1 de dezembro de 2010
Inscrições de propostas de Seminários Temáticos
Inscrições de propostas de Minicursos.

9 de dezembro de 2010
Reunião da Comissão Científica preliminar (Diretoria nacional e Anpuh - SP) para avaliação das propostas de Seminários Temáticos e de Cursos, sugerindo junções ou desdobramentos.
Indicação de conferencistas nacionais
Confirmação de conferencistas estrangeiros.

10 de dezembro de 2010
Reunião com regionais para avaliar decisões da Comissão Científica preliminar.

13 de dezembro de 2010
Divulgação dos Simpósios Temáticos e Minicursos aprovados

01 de janeiro a 21 de março de 2011
Inscrições de trabalhos nos Simpósios Temáticos aprovados.
Envio de propostas de mesas redondas

01 de janeiro a 30 de junho
Inscrições prévias nos Minicursos.

22 a 31 de março de 2011
Avaliação e seleção dos trabalhos inscritos nos Simpósios Temáticos, feitas pelos
coordenadores (com eventuais sugestões de remanejamentos ou junções, lembrando que os coordenadores poderão acompanhar diariamente as inscrições).

01 a 11 de abril de 2011
Envio pelos coordenadores da programação de trabalhos nos Simpósios Temáticos, já considerados os remanejamentos (considerando as segundas e terceiras opções).

14 de abril de 2011
Reunião da Comissão Científica (diretoria nacional e ANPUH SP, para definir mesas e resolver eventuais pendências)

15 de abril de 2011
Reunião com regionais para fechar programação.

1º de maio a 11 de julho de 2011
Inscrições de ouvintes.

Programação

Sábado
16/7
Domingo
17/7
Segunda-Feira
18/7
Terça-Feira
19/7
Quarta-Feira
20/7
Quinta-Feira
21/7
Sexta-Feira
22/7
9:00 - 17:00
Fórum
de
Pós graduação
9:00 - 17:00
Credenciamento
9:00 - 12:00
Fórum
de
Pós graduação
9:00 - 12:00
Credenciamento
10:30 - 12:30
Mesas - Redondas
9:00 - 12:00
Credenciamento

9:00-12:00
Fórum de Graduação

10:00-12:00
Mesas - Redondas
8:30 - 10:30
Minicursos

10:30-12:30
Mesas - Redondas
8:30 - 10:30
Minicursos
10:30-12:30
Simpósios Temáticos
8:30 - 10:30
Minicursos

10:30 - 12:30
Simpósios Temáticos
14:00 - 18:30

Simpósios Temáticos
14:00-18:30

Simpósios Temáticos
14:00 - 18:30

Simpósios Temáticos
14:00 - 16:00
Reuniões administrativas
14:00 - 18:30
Simpósios Temáticos
19:30 - 22:00
Abertura
Conferência
16:00 - 18:30
Assembléia Geral Ordinária
19:30 - 21:30
Conferências
19:30 - 21:30
Conferências
19:30 - 21:30
Conferências
19:30 - 21:30
Lançamentos
Confraternização
19:30 - 21:30 Conferência Encerramento



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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


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** Guarulhos (SP) promove mês da Consciência Negra

 




Guarulhos (SP) promove mês da Consciência Negra
Programação inspirada na cultura afro-brasileira terá oficinas práticas, exposição de arte, ciclo de debates e mostra de filmes, dança e teatro

Em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no próximo dia 20, data de aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, a Coordenadoria de Igualdade Racial (CIR) de Guarulhos (Grande São Paulo) realiza a 11ª edição do Mês da Consciência Negra. O evento também faz parte das comemorações dos 450 anos da cidade.
A Secretaria de Assistência Social e Cidadania desenvolverá atividades de valorização da cultura africana junto à população, incluindo debates, oficinas práticas, exibição de filmes, música e dança. O evento conta com o apoio de órgãos do governo, representações da sociedade civil, autarquias e diversas empresas da cidade.
A Marcha da Consciência Negra homenageia João Cândido, o Almirante Negro, herói da Revolta da Chibata, no dia 20 (domingo). A concentração começará às 8h30 na Praça dos Estudantes, no Centro. Os participantes poderão trocar um quilo de alimento não perecível (exceto farinha, sal e açúcar) por uma camiseta do evento. Todas as doações serão encaminhadas para o Fundo Social de Solidariedade.
Também no dia 20, às 19h, no Pátio de Eventos do Adamastor Centro (Avenida Monteiro Lobato, 734, Macedo), o show da cantora Leci Brandão encerra o 1º Festival de Artes e Cultura Negra, que terá exposição de trabalhos e oficinas práticas inspirados pela cultura negra.
Abaixo, segue a programação completa do Mês da Consciência Negra.
DATA: 8/11
Horário: das 17h às 19h30
Exibição de filme e Debate: O Sol é Para Todos
Debatedoras: Profª. Drª. Fabiana Schleumer e Profª Drª Patrícia Santos Schermann
Universidade Federal do Estado de São Paulo
Local: UNIFESP - Teatro Adamastor Pimentas
Sinopse: O Sol é para Todos (Robert Mulligan), de 1962, consta na lista dos 100 melhores filmes do século XX, e é considerado uma obra-prima para a reflexão sobre o racismo, preconceito e discriminação.

DATA: 9/11
Horário: 19h30
Exibição de Filme e Debate: A Dança das Cabaças - Exu no Brasil
Debatedor: Nelson Ribeiro - UNEGRO – Guarulhos
Local: Adamastor (Cineclube)
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro
Público: Aberto
Sinopse: Dança das Cabaças, dirigido por Kiko Dinucci. O documentário conta a história do orixá Exu. Na África Exu era caracterizado como o princípio da vida, a força que move os corpos, a dinâmica, o senhor dos caminhos e das encruzilhadas. Exu, a principal ponte entre os mortais e as divindades que habitam o além, passa a ser visto como a personificação do mal perante o modelo cristão, devido ao seu símbolo fálico e seu comportamento astucioso.

DATA: 10/11
Horário: das 8 às 17 horas
Exposição: Novembro Negro – Exposição de Arte e Cultura Negra
Regional de Saúde II Cantareira – UBS Cabuçu e Xikelela / CIR
Local: Centro de Convivência Cabuçu - Rua Cabuçu, s/nº - Jd. Cabuçu

Horário: 10 horas
Oficina de Bonecas Negras -  Profª. Lucia Makena
Regional de Saúde II Cantareira - UBS Cabuçu e Xikelela / CIR
Inscrições no local (30 vagas)
Local: Centro de Convivência Cabuçu - Rua Cabuçu, s/nº - Jd. Cabuçu

Horário: 14 horas
Roda de conversa com adolescentes: A sexualidade da juventude afrodescendente
Dr. Marcelo Hendrigo Cesto - Médico Psiquiatra
Regional de Saúde II Cantareira
Local: Centro de Convivência Cabuçu - Rua Cabuçu, s/nº - Jd. Cabuçu

DATA: 12/11
Horário: das 8 às 17 horas
Oficinas de Africanidades para crianças - Profº Ronaldo Monteiro da Silva
Instituto Cultural e Esportivo Meu Futuro e Xikelela / CIR
Público do projeto
Local: Rua Galáxia, 50 - A - Pq. Primavera

Horário: das 19 às 22 horas
Balada Black
Secretaria de Cultura
Local: Bosque Maia- Tenda

DATA: 14/11
Horário: das 8 às 18 horas
2º COMAB- Congresso Municipal das Religiões Afrobrasileiras
Associação das Tendas de Umbanda e Candomblé de Guarulhos. Apoio: Fórum das Religiões Candomblé, Umbanda e Espiritualistas de Guarulhos
Local: Adamastor (Salão de artes)
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro
Público: Aberto

DATA: 16/11 a 19/11
Horário: das 13 às 17 horas
Exposição de Telas da Cultura Negra
Secretaria de Assistência Social e Cidadania / Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS
Expositores: Cléo Sales e Du Freitas
Local: CREAS - Av. Brigadeiro Faria Lima, 375

DATA: 16/11 a 19/11
Horário: das 9 às 17 horas
Semana da Consciência Negra
Regional de Saúde II Cantareira e UBS Recreio São Jorge
Exposição Cultural Afro-Brasileiras: Máscaras africanas, atabaques e instrumentos típicos;
Grupo de capoeira;
Percussão - apoio do Ponto de Cultura Chico Mendes;
Exposição fotográfica: "Comunidade dos Arturos" - Fotógrafo Prof. Mario Espinosa;
Estética Afro: penteados afro;
Sons da África: Som ambiente na unidade, músicas de Angola e Moçambique.
Público: Aberto
Local: UBS Recreio São Jorge - Estrada Davi Correa, s/nº - Cabuçu


DATA: 16/11
Horário: das 8 às 14 horas
Palestra: Prevalência de algumas doenças na População Negra
Palestrante: NAAB Taboão / UBS Santa Lidia / Regional de Saúde II Cantareira
Regional de Saúde II Cantareira em parceria com Associação de moradores do Jardim  Santa Lídia
Público: Aberto
Local: Rua João Paulo Piassentini, 72

Horário: das 9 às 12 horas
Lançamento da Revista Ashanti
Uma publicação sobre as relações étnico-raciais, produzida pela Secretaria Municipal de Educação
Palestra com Rogério de Andrade Barbosa – escritor, professor e contador de histórias
Apresentação Cultural dos Corais: Todos os Cantos (USP) e Madrigal Vivavoz (USP), sob regência de Lucymara Apostólico
Inscrições pelo telefone: 2475-7304
Local: Adamastor -Teatro
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro

Horário: das 9h30 às 12 horas
Oficina de Penteado Afro -  Profª. Denise Morena
Secretaria de Educação em parceria com Coordenadoria da Igualdade Racial
Inscrições no local (30 vagas)
Local: CEU Pimentas – Estrada do Caminho Velho, 333 Pimentas

Horário: das 14h30 às 17 horas
Oficina de Penteado Afro -  Profª. Denise Morena
Secretaria de Educação em parceria com Coordenadoria da Igualdade Racial
Inscrições no local (30 vagas)
Local: EPG Pedro Geraldo Barbosa - Rua Carnaubais, 451 – Jd. Santa Terezinha

Horário: das 13 às 17 horas
Roda de conversa sobre Preconceito e Discriminação Racial
Debatedor/a: Juliana Diamante - Educadora Social
Secretaria de Assistência Social e Cidadania / Centro de Referência Especializado de
Assistência Social – CREAS
Público: População atendida pela Associação Nossa Senhora Rainha da Paz (30 vagas)
Local: CREAS - Av. Brigadeiro Faria Lima, 375

Horário: das 16 às 19 horas
Palestra com o Professor Dr. Marcos Cezar de Freitas - Coordenador do Programa de Pós-Graduação de Educação e Saúde na Infância e na Adolescência – UNIFESP
Secretaria Municipal de Educação
Inscrições pelo telefone: 2475-7304
Local: Adamastor ( Auditório 3 )
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro

DATA: 17/11
Horário: das 8 às 14 horas
Palestra: Prevalência de algumas doenças na População Negra
Palestrante: Representante do Núcleo de Apoio a Atenção Básica - NAAB Taboão
Regional de Saúde II Cantareira – UBS Taboão
Público: Aberto
Local: Rua Maria Elisa, s/nº - Taboão

Horário: das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas
Peça Teatral Infantil: Menina Bonita do Laço de Fita
Secretaria Municipal de Educação
Público: Educandos e educandas da Rede Municipal (600 vagas por espetáculo)
Inscrições pelo telefone: 2475-7304
Local: Adamastor (Teatro)
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro
Sinopse: Adaptação da obra da autora Ana Maria Machado, encenada pelo Grupo Teatral Banquete Cênico de São Paulo. Uma proposta que integra o Projeto Africanidade, desenvolvido pelo Grupo Eloin - Educação, Cultura e Sustentabilidade  

Horário: das 9 às 12 horas
Oficina – Efeitos Psicossociais do Racismo
Oficineira: Maria Lucia da Silva- Psicóloga, psicoterapeuta, Diretora do Instituto AMMA Psique e Negritude e empreendedora social da Ashoka.
Secretaria Municipal de Educação
Inscrições pelo telefone: 2475-7304
Local: Adamastor ( Auditório 1A )
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro
Objetivo: Propõe por meio de dinâmicas de autoconhecimento levar à reflexão e construção de estratégias para superação das atitudes de racismo no ambiente escolar.

Horário: 10 horas
Debate sobre a animação: Estrutura da Discriminação Racial
Debatedora: Potyra Tibiriçá Lopes Sartori - Cientista Social
Moderador: Jose Norman Nascimento Ribeiro da Silva - Vice Presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Guarulhos - COMPIR
Secretaria de Desenvolvimento Urbano
Público: Servidores e servidoras da Secretaria
Local: SDU – Rua Anice, 200 – Jd. Santa Mena

Horário: das 11 às 12 horas
As relações etnicorraciais no âmbito da universidade
Palestrantes: Márcia Eurico - Assistente Social, Mestranda em Serviço Social, Docente na Universidade de Guarulhos e Conselheira do COMPIR e  Mabel Assis - Assistente Social, Mestre em Antropologia Social, Docente na Universidade de Guarulhos. Conselheira do COMPIR e Chefia Técnica da Coodenadoria da Igualdade Racial
Universidade de Guarulhos
Público: Profissionais do Serviço Social, estudantes e áreas afins
Local: UNG - Praça Tereza Cristina, s/nº , Centro

Horário: das 13 às 17 horas
Roda de conversa sobre Preconceito e Discriminação Racial
Debatedoras: Márcia Eurico - Assistente Social, Mestranda em Serviço Social, Docente na Universidade de Guarulhos e Conselheira do COMPIR e Mabel Assis- Assistente Social, Mestre em Antropologia Social, Docente na Universidade de Guarulhos. Conselheira do COMPIR e Chefia Técnica da Coodenadoria da Igualdade Racial
Secretaria de Assistência Social e Cidadania / Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS
Público: Servidores e servidoras do CREAS
Local: CREAS - Av. Brigadeiro Faria Lima, 375, Cocaia

Horário: 14h30
Palestra: Anemia Falciforme
Palestrante: Dra. Christiane Maria da Silva Pinto - Médica Hematologista
Secretaria da Saúde – Hospital Municipal da Criança
Público: Servidores, servidoras e população (30 vagas)
Local: HMC - Rua José Maurício, 191 - Centro

Horário: das 19 às 22 horas
Palestra: Em busca de um príncipe encantado: Discriminação Racial e Tráfico de Mulheres Negras
Palestrante: Elizangela André dos Santos- Psicóloga da ASBRAD (Associação Brasileira da Mulher, Infância e Juventude)
Secretaria Municipal de Educação
Inscrições pelo telefone 2475-7304 (120 vagas)
Local: Adamastor (Cineclube)
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro

DATA: 18/11
Horário: das 8 às 14 horas
Palestra: Prevalência de algumas doenças na População Negra
Palestrante: Representante do Núcleo de Apoio a Atenção Básica - NAAB Taboão
Regional de Saúde II Cantareira – UBS Cidade Martins
Local: UBS Cidade Martins - Rua Jaú, 190 – Jd. Bela Vista

Horário: das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas
Exposição: Mostra de Arte Negra
Secretaria Municipal de Educação
Local: Adamastor (Teatro)
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro
Sinopse: Este espaço tem como objetivo dar visibilidade às práticas pedagógicas sobre promoção da igualdade racial desenvolvidas nas escolas da Rede Municipal, a partir de diferentes linguagens, como dança, música, poesia, contação de histórias, etc.

Horário: das 13 às 17 horas
Roda de conversa sobre Preconceito e Discriminação Racial
Debatedoras: Equipe técnica da CIR
Secretaria de Assistência Social e Cidadania / Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS
Público: Mulheres atendidas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (30 vagas)
Local: CREAS - Av. Brigadeiro Faria Lima, 375, Cocaia

Horário: 14 horas
Oficina de Bonecas Negras - Profª Lucia Makena
Regional de Saúde II Cantareira – UBS  Jd. Palmira e Xikelela / CIR
Público: Aberto (30 vagas)
Local: UBS JD Palmira - Rua Jaime dos Santos A. Filho, 59- Jardim Palmira

Horário: 15 horas
Debate sobre a animação: Estrutura da Discriminação Racial
Debatedora: Potyra Tibiriçá Lopes Sartori - Cientista Social
Moderador: Jose Norman Nascimento Ribeiro da Silva - Vice Presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Guarulhos - COMPIR
Secretaria de Desenvolvimento Urbano
Público: Servidores e servidoras da Secretaria
Local: SDU – Rua Joaquim Miranda, 326 – Vila Augusta

Horário: das 16 às 19 horas
Oficina de Contação de Histórias
Lenice Gomes- Escritora, Licenciada e Bacharel em História, Especialista em Literatura Infanto-Juvenil, Pesquisadora, Contadora de Histórias.
Secretaria Municipal de Educação
Inscrições pelo telefone: 2475-7304 (60 vagas)
Local: Adamastor (Auditório 3A )
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro

Horário: das 18 às 19 horas
As relações etnicorraciais no âmbito da universidade
Palestrantes: Márcia Eurico e Mabel Assis- UNG
Público: Profissionais do Serviço Social, Estudantes e áreas afins
Local: Universidade de Guarulhos-  Praça Tereza Cristina S/N

Horário: das 19 às 22 horas
Desfile da Beleza Negra
Destaque Black Cabeleireiros. Apoio: Coordenadoria da Igualdade Racial, Secretaria do Trabalho, Educação e Fundo Social de Solidariedade
Público: Aberto
Local: Adamastor (Salão de Artes )
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro

DATA: 19/11
Horário: das 7 às 17 horas
Exposição Cultural: Personalidades Negras
Regional de Saúde II Cantareira – UBS Belvedere
Público: Aberto
Local: UBS Belvedere - Estrada Municipal, 475

Horário: das 8 às 13 horas
Formação: Igualdade Racial com foco no cooperativismo
Secretaria de Serviços Públicos e Coordenadoria da Igualdade Racial
Expositoras: Edna Roland, coordenadora da Igualdade Racial da Prefeitura de Guarulhos, e  Mabel Assis
Público: Servidores e servidoras da Secretaria
Local: Adamastor (Salão de Artes )
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro

Horário: das 9 às 12 horas
Palestra - "O Ensino da História Africana, Afro-brasileira  e o Papel do Coordenador Pedagógico como articulador de Ações Etnicorraciais na Escola"
Palestrante: Prof. Lauro Cornélio da Rocha, Mestre em História Econômica - USP, membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e Coordenador Pedagógico da Rede Municipal de Educação de São Paulo.
Secretaria Municipal de Educação
(Inscrições pelo telefone  2475-7304)
Local: Adamastor (Auditório 3)
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro
Sinopse: Trabalhar com conceitos básicos sobre África e organização da população negra no Brasil, dialogando sobre o entendimento e a repercussão no ambiente escolar do  preconceito, discriminação e racismo.

Horário: das 14 às 17 horas
Exibição e debate do Filme - Família Alcântara
Debatedor: Daniel Solá Santiago - Diretor do filme
Secretaria Municipal de Educação
Inscrição pelo telefone 2475-7304
Local: Adamastor (Auditório 3)
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro
Sinopse: Conta a história da família Alcântara, formada por aproximadamente 70 pessoas, descendentes de africanos escravizados em Minas Gerais da etnia bantu.

Horário: 19:30
Musical Gospel: O Coral Mintre canta Zumbi dos Palmares
Ministério Mintre.  Apoio: Coordenadoria da Igualdade Racial e Secretaria da Educação
Público: Secretaria da Educação e população
Local: Adamastor (Teatro)
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro

20 DE NOVEMBRO –MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Tema: Guarulhos 450 anos: Construindo a Igualdade Racial
Saída: Praça dos Estudantes - Centro
Concentração às 8:30

1º  FESTIVAL DE CULTURAS E ARTES NEGRAS
Apoio Artístico e produção cultural: Guarani Produções

Centro Educacional Adamastor
Av. Monteiro Lobato, 734 - Centro

Praça de Alimentação Rua Lídio F. Santana, ao lado do Adamastor
Funcionamento das 12 às 22 horas

As Salas e auditórios do Adamastor no período das 13 às 18h30 receberão diversas atrações culturais e artísticas, oficinas e exposições que ocorrem durante toda a tarde.
Os alunos e as alunas formados pelo Projeto Xikelela ministrarão as oficinas sob a orientação dos oficineiros e oficineiras.

PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL:

Oficina de Penteado Afro - Profª Denise Morena
Auditório 1A
Das 13h às 15h30 e das 16h às 18h30
Bonecas Negras de Pano - Profª Lúcia Makena
Auditório 1B
Das 13 às 15 horas
Bonecas Negras em Miniaturas - Profª Ana Maria
Auditório 1B
Das 15h30  às 18h30
Biscuit Negro- Profª Cristiane
Auditório 2A
Das 13 às 15 horas
Colares e Brincos- Profª Teca e Sol
Auditório 2A
Das 15h30 às 18h30
Terapias Naturais e Complementares – Coordenadoria do Fundo Social de Solidariedade
Auditório 2B
Das 13h às 18h30 

Museu Cigano e apresentações artísticas das danças ciganas - Associação Ananke
Auditório 3A
Das 13h40 às 14h – Apresentação de Dança Cigana Cia Filhos do Vento e Grupo Vurdón Gitano (Rumba Gitana; Dança de Casal; Flamenco Árabe e Dança Típica Cigana Espanhola).

14h15 – Oficina de Dança Cigana para Homens e Mulheres.

15h – Palestra de Tradição e Cultura Cigana – Albino Granado, Fernando Lonan e Esmeralda Garcia.

Das 16h às 16h20 – Apresentação de Dança Cigana Grupo de Dança Luz de Sarah Kalli (Caracol Cigano; Rumba Gitana; Duelo Cigano e Dança Típica Cigana).

Das 16h30 às 16h50 – Apresentação de Dança Cigana Cia Filhos do Vento e Grupo Vurdón Gitano (Rhom; Dança com Leque e Xale; Buleria Gitana e Dança Típica Cigana Espanhola).

16h50 – Apresentação de Dança Cigana Grupo de Dança Luz de Sarah Kalli – Dança Típica Cigana.

Simpósio – A História do Samba Rock - Profº Cassio Higino Pereira- Projeto sociocultural  Sambarockano
Auditório 3B
Das 13 às 14 horas – palestra
Das 14 às 15 horas - Aula prática de Samba Rock

Oficina de percussão - LIESG – Liga Independente das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Guarulhos
Auditório 3B
Das 16 às 17 horas

Oficinas de HIP HOP - Coordenação: Panikinho e Janaina
Auditório 5
Das 13 às 14 horas - Roda de Conversa sobre o Movimento Hip-Hop
Das 14h às 18h30 - Oficina de Grafite
Das 14h às 15h30 - Discotecagem 
Das15h30 às 17h - Rap Rima
Das 17h às 18h30  - Break

Oficinas de capoeira - Liga Guarulhense de Capoeira
Auditório 6
Das 14h às 14h30  - Grande Roda de Capoeira
Das 14h às 14h30 - Maculelê
Das 15h30 às 16h30 - Puxada de Rede
Das 16h30 às 17h30 - Dança do Coco
Das 17h30 às 18h30 - Samba de Roda
Apresentação do Grupo Teatral do Projeto Xikelela – Direção  Profª Dirce
Teatro Adamastor
Horário: 16h às 18h30

Africanidades para crianças – Prof. Ronaldo
Pátio de Eventos
Horário: 13h às 18h30

Programação do Salão de Artes

Das 12h30 às 12h40 – Grupo de Dança Afro-brasileira do Projeto Xikelela
Das 12h40 às 13h40 – Engoma Paulista (samba de bumbo)
Das 13h40 às 14:20 – Periafricania
Das 14h20 às 15h – Dança Afro
Das 15h às 15h30 – Arte Nativa Indígena
Das 15h30 às 15h50 – Afoxé
Das 15h50 às 16h20 – Cia Filhos do Vento, Grupo Vurdón Gitano e Grupo de Dança Luz de Sarah Kalli
Das 16h20 às 17h – Apresentação Musical: Mano Heitor
Das 17h às 17h30 – Apresentação do grupo infantil: Nós do Morro
Das 17h30 às 17h40 – Apresentação de Samba Rock (Sambarockano)
Das 17h40 às 18h30 – Comitê do Soul

Show de Encerramento com LECI BRANDÃO
Pátio de Eventos do Adamastor - Centro
Horário: 19 horas

DATA: 21/11
Horário: das 8 às 17 horas
XVI Festival Guarulhense de Capoeira
Liga Guarulhense de Capoeira, apoio da Coordenadoria da Igualdade Racial
Local: Ginásio Poliesportivo João do Pulo

DATA: 22/11 a 28/11
Dia 22/11 - Vernissage às 19 horas
De 23/11 a 28/11 - Exposição das 8 às 17 horas
Mostra de Artes Negras do Projeto Xikelela
Secretaria de Cultura e Coordenadoria da Igualdade Racial
Local: Praça Cícero Miranda, s/nº, Lago dos Patos – Vila Galvão
Sinopse: A Coordenadoria da Igualdade Racial, através do Centro de Referência de Cultura Negra e Igualdade Racial Xikelela, promoverá a exposição de Artes e Culturas Negras como resultado das oficinas realizadas pela Coordenadoria da Igualdade Racial durante o ano de 2010. A exposição contará com artesanatos em biscuit, bonecas negras, bonecas em miniaturas e colares e brincos. Serão exibidos também quadros que retratam aspectos da cultura afro-brasileira e africana, produzidos na oficina de arte em tela.

O objetivo desta exposição é promover a igualdade racial, proteção e garantia de direitos individuais e coletivos da população negra. O Projeto Xikelela promove o resgate e a valorização da cultura afro-brasileira e africana.

DATA: 23/11
Horário: 10h30
Palestra: Saúde da Mulher Negra X Mioma
Palestrante: Drª. Heloísa Helena Sampaio Ferreira de Castro – Diretora do HMC
Público: Servidores, servidoras e população (30 vagas)
Local: HMC – Rua José Maurício, 191 Centro

DATA: 24/11
Horário: das 8 às 12 horas
Palestra: "A influência da cultura africana na sociedade brasileira"
Regional de Saúde II Cantareira / NAAB Jovaia / UBS Jovaia / UBS Morros / UBS Vila Rio
8h - Apresentação de filme para reflexão e discussão dos participantes;
10h30 - Mesa com alimentos típicos da cultura afro-brasileira e roda de conversa sobre crenças e costumes;
11h30 - Roda de capoeira.
Público: Aberto
Local: UBS Jovaia - Avenida: Brigadeiro Faria Lima, 2001 Jd Rossi

Horário: 9 horas
Palestra: Saúde da Mulher Negra
Palestrante: Dr. Giacomo Trotta - Médico ginecologista, obstetra, hebiatra e acupunturista
Horário: 10h30
Desfile: Valorização da Beleza Negra
Regional de Saúde II Cantareira – UBS Santa Lidia parceria com a  Escola Estadual Antonio Velasco Aragon
Público: Aberto
Local: Escola Estadual Antonio Velasco Aragon - Rua Fraiburgo, 80 – Jd. São Domingos

DATA: 26/11
Horário: 9 horas
Oficina: A importância do quesito cor na implementação da Política Pública
Oficineiros/as: Equipe técnica da Coordenadoria da Igualdade Racial
Região II – Supervisão de Saúde Cantareira e Coordenadoria da Igualdade Racial
Público: Gestores das unidades de Saúde e Policlínica Paraíso da Região II Cantareira
Local: Av. Sete de Setembro, 1.374 – Vila Galvão

DATA: 28/11
Horário: das 14 às 18 horas
Rua do Samba
Liga Independente das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Guarulhos – LIESG parceria com a Secretaria da Cultura
Público: Aberto
Local: Rua Ana Cardoso de Santana – Macedo (atrás do Sindicato dos Químicos)


Informações para a imprensa:
Ex-Libris Comunicação Integrada – (11) 3266-6088
Flavia Menani – ramal 222
Marjorie Cohn – ramal 233
Fabio Bittencourt – ramal 221 / 7689-5596



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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** [Carta O BERRO] O Revolucionário Carlos Marighella : 41 anos do seu assassinato.

Carta O Berro..........................................................repassem
                         


No dia 4 de novembro de 1969, às oito horas da noite, Carlos Marighella caiu numa emboscada armada pelos inimigos do povo brasileiro em frente ao número 800 da alameda Casa Branca, em São Paulo, e foi assassinado. Sua organização, a ALN sobreviveu até 1974.

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CARLOS MARIGHELLA


Mariguella2.jpg (14145 bytes) Sua vida
Carlos Marighella nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911. Era filho de imigrante italiano com uma negra descendente dos haussás, conhecidos pela combatividade nas sublevações contra a escravidão.
De origem humilde, ainda adolescente despertou para as lutas sociais. Aos 18 anos iniciou curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia e tornou-se militante do Partido Comunista, dedicando sua vida à causa dos trabalhadores, da independência nacional e do socialismo.
Conheceu a prisão pela primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas ao interventor Juracy Magalhães. Libertado, prosseguiria na militância política, interrompendo os estudos universitários no 3o ano, em 1932, quando deslocou-se para o Rio de Janeiro.
            Em 1o de maio de 1936 Marighella foi novamente preso e enfrentou, durante 23 dias, as terríveis torturas da polícia de Filinto Müller. Permaneceu encarcerado por um ano e, quando solto pela "macedada" – nome da medida que libertou os presos políticos sem condenação -- deixou o exemplo de uma tenacidade impressionante.
Transferindo-se para São Paulo, Marighella passou a agir em torno de dois eixos: a reorganização dos revolucionários comunistas, duramente atingidos pela repressão, e o combate ao terror imposto pela ditadura de Getúlio Vargas.
Voltaria aos cárceres em 1939, sendo mais uma vez torturado de forma brutal na Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, mas se negando a fornecer qualquer informação à polícia. Na CPI que investigaria os crimes do Estado Novo o médico Dr. Nilo Rodrigues deporia que, com referência a Marighella, nunca vira tamanha resistência a maus tratos nem tanta bravura.
Recolhido aos presídios de Fernando de Noronha e Ilha Grande pelo seis anos seguintes, ele dirigiria sua energia revolucionária ao trabalho de educação cultural e política dos companheiros de cadeia.
Anistiado em abril de 1945, participou do processo de redemocratização do país e da reorganização do Partido Comunista na legalidade. Deposto o ditador Vargas e convocadas eleições gerais, foi eleito deputado federal constituinte pelo estado da Bahia. Seria apontado como um dos mais aguerridos parlamentares de todas as bancadas, proferindo, em menos de dois anos, cerca de duzentos discursos em que tomou, invariavelmente, a defesa das aspirações operárias, denunciando as péssimas condições de vida do povo brasileiro e a crescente penetração imperialista no país.
Com o mandato cassado pela repressão que o governo Dutra desencadeou contra o comunistas, Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até seu assassinato.
Nos anos 50, exercendo novamente a militância em São Paulo, tomaria parte ativa nas lutas populares do período, em defesa do monopólio estatal do petróleo e contra o envio de soldados brasileiros à Coréia e a desnacionalização da economia. Cada vez mais, Carlos Marighella voltaria suas reflexões em direção do problema agrário, redigindo, em 1958, o ensaio "Alguns aspectos da renda da terra no Brasil", o primeiro de uma série de análises teórico-políticas que elaborou até 1969. Nesta fase visitaria a China Popular e a União Soviética, e anos depois, conheceria Cuba. Em suas viagens pôde examinar de perto as experiências revolucionárias vitoriosas daqueles países.
Após o golpe militar de 1964, Marighella foi localizado por agentes do DOPS carioca em 9 de maio num cinema do bairro da Tijuca. Enfrentou os policiais que o cercavam com socos e gritos de "Abaixo a ditadura militar fascista" e "Viva a democracia", recebendo um tiro a queima-roupa no peito. Descrevendo o episódio no livro "Por que resisti à prisão", ele afirmaria: "Minha força vinha mesmo era da convicção política, da certeza (...) de que a liberdade não se defende senão resistindo".
Repetindo a postura de altivez das prisões anteriores, Marighella fez de sua defesa um ataque aos crimes e ao obscurantismo que imperava desde 1o de abril. Conseguiu, com isso, catalisar um movimento de solidariedade que forçou os militares a aceitar um habeas-corpus e sua libertação imediata. Desse momento em diante, intensificou o combate à ditadura utilizando todos os meios de luta na tentativa de impedir a consolidação de um regime ilegal e ilegítimo. Mas, mantendo o país sob terror policial, o governo sufocou os sindicatos e suspendeu as garantias constitucionais dos cidadãos, enquanto estrangulava o parlamento. Na ocasião, Carlos Marighella aprofundou as divergências com o Partido Comunista, criticando seu imobilismo.
Em dezembro de 1966, em carta à Comissão Executiva do PCB, requereu seu desligamento da mesma, explicitando a disposição de lutar revolucionariamente junto às massas, em vez de ficar à espera das regras do jogo político e burocrático convencional que, segundo entendia, imperava na liderança. E quando já não havia outra solução, conforme suas próprias palavras, fundou a ALN – Ação Libertadora Nacional para, de armas em punho,  enfrentar a ditadura.
O endurecimento do regime militar, a partir do final de 1968, culminou numa repressão sem precedentes. Marighella passou a ser apontado como Inimigo Público Número Um, transformando-se em alvo de uma caçada que envolveu, a nível nacional, toda a estrutura da polícia política.
Na noite de 4 de novembro de 1969 – há exatos 30 anos -- surpreendido por uma emboscada na alameda Casa Branca, na capital paulista, Carlos Marighella tombou varado pelas balas dos agentes do DOPS sob a chefia do delegado Sérgio Paranhos Fleury.
Resumo biográfico

1911 - No dia 5 de dezembro, Carlos Marighella nasce na Rua do Desterro número 9, na cidade de São Salvador, Estado da Bahia. Seus pais são o casal Maria Rita do Nascimento, negra e filha de escravos, e o imigrante italiano, o operário Augusto Marighella. Carlos teve sete irmãos e irmãs.

1929 - Marighella começa a cursar engenharia civil na antiga Escola Politécnica da Bahia, depois de haver estudado no Ginásio da Bahia, hoje Colégio Central. Numa e noutra escola, destaca-se como aluno, pela alegria e criatividade. São famosas suas diversas provas em versos.

1932 - Ingressa na Juventude Comunista. O Partido Comunista havia sido criado em 1922. Com a revolução de 30 uma grande efervescência política varria o Brasil. Marighella participa de manifestações contra o regime autoritário e o interventor Juracy Magalhães. Inconformado com versos de Marighella que o ridicularizavam, Juracy manda prendê-lo e espancá-lo.

1936 - Abandona o curso de engenharia e vai para São Paulo a mando da direção, reorganizar o Partido Comunista, que havia sido gravemente reprimido após o levange de 1935. É, porém, novamente preso e torturado durante 23 dias pela Polícia Especial de Felinto Muller.

1937 - Marighella é libertado pela anistia assinada pelo ministro Macedo Soares e, quatro meses depois, Getúlio dá o golpe e instaura o Estado Novo. Na clandestinidade, Marighella é encarregado da difícil tarefa de combater as tendências internas dissidentes da linha oficial do PCB em São Paulo.

1939 - Preso pela terceira vez, é confinado em Fernando de Noronha. Na cadeia, os revolucionários presos organizam uma universidade popular e Marighella dá aulas de matemática e filosofia.

1942 - Os presos políticos vão para a Ilha Grande, no litoral do Rio de Janeiro, porque Fernando de Noronha passa a ser usada como base de apoio das operações militares dos aliados no Atlântico Sul.

1943 - Na Conferência da Mantiqueira, Marighella, mesmo preso, é eleito para o Comitê Central. O Partido Comunista adota linha de apoio ao governo Vargas em razão da entrada do Brasil na guerra, posição de que ele discorda, embora a cumpra, por dever de militância.

1945 - Anistia, em abril, devolve à liberdade os presos políticos. Com a vitória das forças antifascistas, o PCB vai à legalidade e participa da eleição para a Constituinte. Marighella é eleito como um dos deputados constituintes mais votados da bancada..

1946 - Apesar do apoio de Prestes, o general Dutra, eleito Presidente da República, desencadeia repressão aos comunistas. Marighella participa ativamente da Constituinte com um dos redatores do organismo parlamentar. Conhece Clara Charf.

1947 -Ainda no primeiro semestre é fechada a União da Juventude Comunista. Depois, é o próprio Partido que é posto na ilegalidade. Marighela coordena a edição da revista teórica do PCB, Problemas e vive um relacionamento com dona Elza Sento Sé, que resulta no nascimento, em maio de 1948, de seu filho Carlos.

1948 - No início do ano são cassados os mandatos dos parlamentares comunistas. Marighella volta à clandestinidade. Data desse ano seu romance com Clara Charf, sua companheira até o fim da vida.

1949/1954 - Em São Paulo, Marighella cuida da ação sindical do PCB. Sob sua direção o PC se vincula aos operários, participa da campanha "O Petróleo é nosso" e organiza a greve geral conhecida como "dos cem mil" em 1953. Considerado esquerdista pela direção do Partido, é mandado em viagem à China. Lá é internado em razão de uma pneumonia. Depois, vai à União Soviética e volta ao Brasil em 1954.

1955 - A morte de Getúlio Vargas e o início do governo de Juscelino Kubistchek permitem que os comunistas, embora na ilegalidade, atuem de modo mais visível.

1956/1959 - O XX Congresso do PC da União Soviética inicia a desestalinização. O PCB adota a linha da "coexistência pacífica" pregada pela União Soviética. A vitória da Revolução Cubana, porém, contraria frontalmente as posições do movimento comunista internacional.

1960/1964 - A renúncia de Jânio gera uma crise política. Jango toma posse e Marighella passa a divergir da linha oficial do PC, principalmente de sua política de moderação e subordinação à burguesia. Em 1962, divisão do PC dá origem ao Partido Comunista do Brasil - PC do B.

1964 - Com o golpe de abril, instaura-se a ditadura militar. Perseguido pela polícia, Marighella entra num cinema do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, e lá resiste aos policiais até ser diversas vezes baleado, espancado e finalmente preso. Sua resistência transformou sua prisão em um ato político que teve repercussão nacional. É solto depois de 80 dias, depois de um habeas corpus pedido pelo advogado Sobral Pinto.

1965 - Escreve e publica o livro "Por que resisti à prisão", em que aponta sua opção por organizar a resistência dos trabalhadores brasileiros contra a ditadura e pela libertação nacional e o socialismo.

1966 - Publica "A Crise Brasileira", onde aprofunda suas posições críticas à linha do PCB, prega a adoção da luta armada contra a ditadura, fundada na aliança dos operários com os camponeses.

1967 - Na Conferência Estadual de São Paulo as idéias de Marighella saem vitoriosas por ampla maioria - 33 a 3 -, apesar da participação pessoal e contrária de Luiz Carlos Prestes. Vendo que a derrota no VI Congresso era iminente, Prestes inicia um processo de intervenções nos Estados, para impedir a participação de delegados ligados à corrente de esquerda. Marighella viaja a Cuba para participar da conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade-OLAS. O PCB envia telegrama desautorizando sua participação e ameaçando-o de expulsão. Disso resulta uma carta dele rompendo com o Comitê Central do PCB e afirmando que ninguém precisa pedir licença para praticar atos revolucionários. Como represália, é expulso do Partido Comunista. Retorna ao Brasil e funda a Ação Libertadora Nacional-ALN e dá início à luta armada contra a ditadura militar.

1968 - Marighella participa diretamente de diversas ações armadas recuperando fundos para a construção da ALN. No primeiro de maio, em São Paulo, os operários tomam o palanque de assalto, expulsam o governador Sodrée realizam comemorações combativas do dia internacional dos trabalhadores. O Movimento estudantil toma conta das ruas em manifestações contra a ditadura que chegaram a mobilizar cem mil pessoas. Em outubro, porém, o Congresso da UNE é descoberto pela polícia e os estudantes sofrem grave derrota. Também no final do ano, torna-se conhecido o fato de que Marighella comandava parte das ações guerrilheiras.

1969 - No início do ano, a descoberta de planos da Vanguarda Popular Revolucionária - VPR pela polícia antecipa a saída do capitão Carlos Lamarca de um quartel do exército em Osasco, levando um caminhão carregado com armamento para a guerrilha. Em setembro o embaixador norte-americano é feito prisioneiro por um destacamento unificado com integrantes da ALN e do MR-8 e trocado por quinze presos políticos. No dia 4 de novembro, às oito horas da noite, Carlos Marighella caiu numa emboscada armada pelos inimigos do povo brasileiro em frente ao número 800 da alameda Casa Branca, em São Paulo, e foi assassinado. Sua organização, a ALN sobreviveu até 1974.

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