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sábado, 24 de novembro de 2012

Seminário ARQ. DOC 2012 aborda historiografia e documentação




Seminário ARQ. DOC 2012 aborda historiografia e documentação

A discussão de temas atuais que envolvem o processo de documentação e preservação do patrimônio histórico por meio de tecnologias digitais e dos avanços da ciência são os temas abordados no II Seminário Nacional de Documentação do Patrimônio Arquitetônico com o Uso de Tecnologias Digitais, o ARQ. DOC 2012, no período de 26 a 28 de novembro.
O evento abordará temas como produção e gestão de dados na historiografia e documentação, difusão e formação dos profissionais para utilização e recursos de tecnologias digitais, caracterização física, química e mineralógica dos materiais, técnicas de prospecção arquitetônica e arqueológica, entre outros.
A programação inicia no dia 26 de novembro com a conferência "Origens e Evolução da Prática da Documentação Arquitetônica, inclusive no Brasil", proferida pelo professor Mário Mendonça, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), uma das mais importantes autoridades do restauro no país. Em seguida iniciam as mesas redondas e os ciclos de conferências e os eixos temáticos.
No último dia, acontece a conferência "Desenho e Pintura na Documentação Arquitetônica", moderada pela professora Roseane Norat, da Universidade Federal do Pará e com a participação da diretora do Museu da UFPA, Jussara Derenji. Diariamente, o evento será encerrado com uma programação cultural, aberta ao público em geral. Estas atividades ocorrem em três locais diferentes: Boulevard das Feiras, Teatro Maria Sylvia Nunes e Estação Business. Paralelamente à programação do ARQ.DOC, acontece a Sessão de Pôster e exposição do estande da Editora da UFPA.
Valorização da produção local - O Seminário busca a valorização da produção técnica e científica local, contribuindo para o desenvolvimento educacional e científico na Amazônia e à preservação do patrimônio cultural brasileiro. E ainda reforça a interface com as tecnologias digitais nas pesquisas, divulga a importância da documentação do patrimônio arquitetônico por meio de métodos físicos e químicos, reconhece a importância da documentação arquitetônica com o uso de tecnologias digitais de última geração, não só para conservação e restauro, mas também para estudos e projetos urbanísticos.
Trata-se de um evento que consolida também a participação do PPGAU no cenário nacional da área de documentação do patrimônio arquitetônico que é constituído por diversos grupos de pesquisa de universidades brasileiras. O Seminário é voltado para arquitetos e urbanistas, engenheiros, geólogos, químicos, físicos, arqueólogos, historiadores, profissionais das áreas de ciência da computação e da informação e outras áreas correlatas.
Como participar - As inscrições podem ser realizadas até o dia 26 de novembro e as taxas variam de acordo com o perfil do interessado. Para estudantes de graduação, o valor custa R$100,00; alunos de pós-graduação custam R$ 120,00; professores e pesquisadores custam R$ 215,00 e profissionais liberais custam R$ 215,00. O pagamento deve ser efetuado por meio de depósito bancário no Banco do Brasil, agência: 3702-8, conta bancária: 101.672-5 com o código do convênio BB: 2437022.
O Seminário é uma realização dos Programas de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo/PPGAU e Geologia e Geoquímica/PPGG da UFPA, por meio do Laboratório de Conservação, Restauração e Reabilitação/LACORE e conta com o patrocínio da VALE S.A., SECULT e IAP e o apoio da CAPES, FADESP, Associação Fórum Landi, ALEPA, ICOMOS, EDUFPA e Construtora Marroquim Ltda.
Serviço:
II Seminário Nacional de Documentação do Patrimônio Arquitetônico com o Uso de Tecnologias Digitais, o ARQ. DOC 2012
Período: 26 a 28 de novembro
Mais informações
aqui e aqui
Texto: Lorena Saraiva - Assessoria de Comunicação da UFPA

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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
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    Arquivos comprovam a prisão do político Rubens Paiva, desaparecido há 41 anos



    Fonte: Jornal ZERO HORA - Documentos do DOI-Codi   22/11/2012 |

    Arquivos comprovam a prisão do político Rubens Paiva, desaparecido há 41 anos

    Material estava no acervo do coronel da reserva do Exército assassinado na Capital

    Arquivos comprovam a prisão do político Rubens Paiva, desaparecido há 41 anos Eduardo Simões/Especial
    Papel comprova que ex-deputado federal esteve preso antes de sumir Foto: Eduardo Simões / Especial
    Um dos papéis mais procurados de um período sombrio da história do Brasil, uma folha de ofício amarelada e preenchida em máquina de escrever datada de janeiro de 1971, está guardado em um cofre do Palácio da Polícia Civil, em Porto Alegre. O documento confirma o envolvimento direto do Exército em um dos maiores enigmas do país protagonizado pelas Forças Armadas, cuja verdade é desconhecida até hoje.
    É, até então, a mais importante prova material de que o ex-deputado federal, engenheiro civil e empresário paulista Rubens Paiva, desaparecido há 41 anos, vítima-símbolo dos anos de chumbo, esteve preso no Departamento de Operações e Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) no Rio de Janeiro, um dos mais temidos aparelhos de tortura do país.
    O corpo de Paiva nunca foi localizado, e o Exército jamais admitiu responsabilidade sobre o sumiço do político cassado pela ditadura militar (1964 a 1985). Durante quatro décadas, o documento fez parte do arquivo particular do coronel da reserva do Exército Julio Miguel Molinas Dias, 78 anos. Gaúcho de São Borja, o coronel foi chefe do DOI-Codi do Rio, cerca de 10 anos depois do desaparecimento.
    Em 1º de novembro deste ano, Molinas Dias foi assassinado quando chegava de carro a sua casa, no bairro Chácara das Pedras, na capital gaúcha. Seria uma tentativa de roubar o arsenal que o coronel colecionava (cerca de 20 armas) ou um assassinato por razões ainda desconhecidas — a polícia investiga o caso.

    >>> Veja a reação dos filhos de Paiva ao saberem da existência de documento

    Com a assinatura do ex-deputado
    Em meio a um conjunto de papéis com o timbre do Ministério do Exército, parte deles com o carimbo "Reservado ou Confidencial", o documento referente à entrada de Rubens Paiva no DOI-Codi foi arrecadado pelo delegado da Polícia Civil Luís Fernando Martins de Oliveira, responsável pela investigação da morte do militar.
    Zero Hora acompanhou a coleta e folheou parte dos papéis. O delegado evitou divulgar o conteúdo, mas afirmou que a documentação em nada compromete a trajetória profissional de Molinas Dias.
    — Pelo que consta ali, já descartamos a hipótese de o coronel ter sido morto por vingança em razão da atividade no Exército — garantiu o delegado.
    Sob o título "Turma de Recebimento", o ofício contém o nome completo do político (Rubens Beyrodt Paiva), de onde ele foi trazido (o QG-3), a equipe que o trouxe (o CISAer, Centro de Inteligência da Aeronáutica), a data (20 de janeiro de 1971), seguido de uma relação de documentos, pertences pessoais e valores do ex-deputado. Na margem esquerda do documento, à caneta, consta uma assinatura, possivelmente de Paiva.
    Promotor deve pedir documento
    O termo de recebimento dos objetos é chancelado em 21 de janeiro de 1971 pelo então oficial de administração do DOI-Codi, cujo nome é ilegível no documento. É possível que seja o mesmo capitão que, em um pedaço de folha de caderno (também guardado por Molinas Dias), escreveu de próprio punho, em 4 de fevereiro de 1971, que foram retirados pela Seção de Recebimento "todos os documentos pertencentes ao carro" de Paiva que tinha sido levado para o DOI-Codi.
    Em visita à 14ª Delegacia da Polícia Civil de Porto Alegre, na semana passada, integrantes da Comissão Nacional da Verdade — criada pelo governo federal para investigar crimes na ditadura — solicitaram uma cópia dos documentos, que deverá ser remetida a Brasília nos próximos dias.
    O documento também interessa, e muito, ao promotor Otávio Bravo, que atua junto à Justiça Militar no Rio. No ano passado, ele reabriu a investigação do caso Rubens Paiva, após o Brasil ratificar em convenção internacional, o compromisso de apurar casos de desaparecimento forçado, como ocorreu com Paiva.
    — Vou requisitar o documento. Não tenho conhecimento dele. Pode ser mais um indício para apurar a verdade e de que ele (Paiva) morreu no DOI-Codi — afirmou.
    Segundo Bravo, até então, a informação mais contundente sobre a passagem de Paiva pelo DOI-Codi carioca se limita a relatos verbais, entre eles o de Maria Eliane Paiva, uma das filhas do ex-deputado.
    Aos 15 anos, ela foi levada ao DOI-Codi para ser interrogada no dia seguinte à prisão do pai. Passadas quatro décadas, ao depor pela primeira vez sobre o caso perante o promotor, Eliane disse que ouviu de um soldado que Paiva foi morto após ser espancado no DOI-Codi.
    — É a única prova que tenho de que ele foi para lá. O documento pode dar credibilidade aos depoimentos — diz Bravo.
    Leia as informações presentes no ofício que confirma a prisão de Rubens Paiva no DOI-Codi no Rio:
    MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
    PRIMEIRO EXÉRCITO
    DOI
    TURMA DE RECEBIMENTO
    Nome: Rubens Beyrodt Paiva
    Local: Encaminhado pelo QG-3
    Data: 20.01.71
    Equipe: CISAer
    I - DOCUMENTOS PESSOAIS
    Um cartão de identificação do contribuinte
    Dois cartões de piloto privado
    Um cartão do DINERS CLUB
    Uma carteira nacional de habilitação
    Uma carteira profissional do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
    II - PERTENCES PESSOAIS
    Um porta notas de couro preto
    Quatro cadernos de anotações
    Um chaveiro com cinco chaves
    Uma fita de gravador
    Um lenço branco
    Uma gravata
    Um cinto de couro preto
    Um paletó
    14 livros de diversos autores
    uma observação manuscrita: dois cadernos de anotações encontram-se com o major Belham (devolvidos os cadernos)
    III - MATERIAIS DIVERSOS
    Não há
    IV - Publicações
    Não há
    V -ARMAMENTO E MUNIÇÃO
    Não há
    VI - VALORES
    Uma caneta esferográfica de metal branco
    Uma caneta esferográfica branca e cinza
    Um relógio de metal branco marca Movado
    Uma peça de metal amarelo
    VII - DINHEIRO
    CR$ 260,00 (duzentos e sessenta cruzeiros)
    Na margem esquerda, à caneta, consta uma assinatura, possivelmente de Rubens Rubens Beyrodt Paiva
    Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 1971
    Oficial de Administração do DOI



    ZERO HORA

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    Atividade nos últimos dias:
          **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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      Seminário Internacional de História Social y Memoria - DEBATIENDO A CREYDT - 29-30 de novembro de 2012 - Asunción Paraguay


      Cartaz do Seminário Internacional de História Social y Memoria - DEBATIENDO
      A CREYDT - 29-30 de novembro de 2012 - Asunción Paraguay


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        Revista do AGCRJ


         
        A Revista do AGCRJ está recebendo artigos para o No. 7, que será lançado em 2013. Temos interesse em textos de Arquivologia e de História do RJ. Para mais, ver: http://www0.rio.rj.gov.br/arquivo/atividades-editais-ragcrj.html

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          Zumbi Vive nos Altos da Serra da Barriga!




          Zumbi Vive nos Altos da Serra da Barriga!

          13.11.2012
          Mario Maestri *
          Em 20 de novembro de 1695, Nzumbi dos Palmares caía lutando em mata perdida do sul da capitania de Pernambuco. Seu esconderijo fora revelado por lugar-tenente preso e barbaramente torturado. Mutilaram seu corpo. Enfiaram seu sexo na boca. Expuseram a cabeça do palmarino na ponta de uma lança em Recife. Os trabalhadores escravizados e todos os oprimidos deviam saber a sorte dos que se levantavam contra os senhores das riquezas e do poder.
          ***
          Em 1654, com a expulsão dos holandeses do Nordeste, os lusitanos lançaram expedições para repovoar os engenhos com os cativos fugidos ou nascidos nos quilombos da capitania. Para defenderem-se, as aldeias quilombolas confederaram-se sob a chefia política do Ngola e militar do Nzumbi. A dificuldade dos portugueses de pronunciar o encontro consonantal abastardou os étimos angolanos nzumbi em zumbi, nganga nzumba, em ganga zumba. A confederação teria uns seis mil habitantes, população significativa para a época.
          Em novembro de 1578,  em Recife, Nganga Nzumba rompeu a unidade quilombola e aceitou a anistia oferecida pela Coroa portuguesa apenas aos nascidos nos quilombos, em troca do abandono dos Palmares e da vil entrega dos cativos ali refugiados ou que se refugiassem nas suas novas aldeias.
          Acreditando nos escravizadores, Ganga Zumba deu as costas aos irmãos de opressão e aceitou as miseráveis facilidades para alguns poucos. Abandonou as alturas dos Palmares pelos baixios de Cucuá, a 32 quilômetros de Serinhaém. Foi seduzido por lugar ao sol no mundo dos opressores, pelas migalhas das mesas dos algozes.
          Então Nzumbi assumiu o comando político-militar da confederação.
          Para ele, não havia cotas para a liberdade ou privilegiados no seio da opressão!  Exigia e lutava altaneiro pelo direito para todos!
          Não temos certeza sobre o nome próprio do último nzumbi que chefiou a confederação após a defecção de Nganga Nzumba. Documentos e a tradição oral registram-no como Nzumbi Sweca.
          ***
          Nos derradeiros ataques aos Palmares, as armas de fogo e a capacidade dos escravistas de deslocar e abastecer rapidamente os soldados registravam o maior nível de desenvolvimento das forças produtivas materiais do escravismo, apoiado na super-exploração dos trabalhadores feitorizados. As tropas luso-brasileiras eram a ponta de lança nas matas palmarinas da divisão mundial do trabalho de então.
          Não havia possibilidade de coexistência pacífica entre escravidão e liberdade. Palmares era república de produtores livres, nascida no seio de despótica sociedade escravista, que surge hoje nas obras da historiografia apologética como um quase paraíso perdido, onde a paz, a transigência e a negociação habitavam as senzalas. Palmares era exemplo e atração permanentes aos oprimidos que corroíam o câncer da escravidão.
          Como lembraram, nos anos 1950, o historiador trotskista francês Benjamin Pérret e piauiense comunista Clóvis Moura, a confederação dos Palmares venceria apenas se espraiasse a rebelião aos escravizados dos engenhos, roças e aglomeração do Nordeste, o que era então materialmente impossível.
          Palmares não foi luta utópica e inconsequente. Por longas décadas, pela força das armas e a velocidade dos pés, assegurou para milhares de homens e mulheres a materialização do sonho de viver de seu próprio trabalho em liberdade. Indígenas, homens livres pobres, refugiados políticos eram aceitos nos Palmares. Eram braços para o trabalho e para a resistência.
          A proposta da retomada da escravidão colonial em Palmares, com Zumbi com um "séquito de escravos para uso próprio", é lixo historiográfico sem qualquer base documental, impugnado pela própria necessidade de consenso dos palmarinos contra os escravizadores. Trata-se de esforço ideológico de sicofantas historiográficos para naturalizar a opressão do homem pelo homem, propondo-a como própria a todas e quaisquer situações históricas.
          Palmares garantiu que milhares de homens e mulheres nascessem, vivessem e morressem livres. Ao contrário, em poucos anos, os seguidores de Ganga Zumba foram reprimidos, re-escravizados ou retornaram fugidos aos Palmares, encerrando-se rápida e tristemente a traição que dividiu e fragilizou a resistência quilombola.
          A paliçada do quilombo do Macaco foi a derradeira tentativa de resistência estática palmarina, quando a oposição quilombola esmorecia. Ela foi devassada em fevereiro de 1694, por poderoso exército, formado por brancos, mamelucos, nativos e negros, entre eles, o célebre Terço dos Enriques, formado por soldados e oficiais africanos e afro-descendentes. Não havia e não há consenso racial e étnico entre oprimidos e opressores.
          O último reduto palmarino, defendido por fossos, trincheiras e paliçada, encontrava-se nos cimos de uma altaneira serra.
          ***
          A serra da Barriga e regiões próximas, na Zona da Mata alagoana, com densa vegetação, são paragens de beleza única. Quem se aproxima da serra, chegado do litoral, maravilha-se com o espetáculo natural. O maciço montanhoso rompe abruptamente, diante dos olhos, no horizonte, como fortaleza natural expugnável, dominando as terras baixas, cobertas pelo mar verde dos canaviais flutuando ao lufar do vento.
          Se apurarmos o ouvido, escutaremos os atabaques chamando às armas, anunciando a chegada dos negreiros malditos. Sentiremos a reverberação dos tam-tans lançados do fundo da história, lembrando às multidões que labutam, hoje, longuíssimas horas ao dia, não raro até a morte por exaustão, por alguns punhados de reais, nos verdes canaviais dessas terras que já foram livres, que a luta continua, apesar da já longínqua morte do general negro de homens livres.
          * Mario Maestri, 64, é professor do programa de pós-graduação em História da UPF. E-mail: maestri@via-rs.net
          Divulgação livre.

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