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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

** Rivais paulistanos têm memórias diferentes da Era Vargas

 
Rivais paulistanos têm memórias diferentes da Era Vargas

Palestra Itália foi obrigado a mudar
de nome em 1942. Assim surgiu o
Palmeiras

A memória dos corintianos sobre o período turbulento pelo qual o clube passou durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é traumática e mitificada, enquanto que no Palmeiras, a mudança de nome é vista como um marco na construção de uma memória vitoriosa. É o que mostra a tese Palestra Itália e Corinthians: quinta coluna ou tudo buona gente?, do pesquisador do Núcleo de Estudos em História Oral (NEHO) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) Alfredo Oscar Salun, defendida em 2008 na FFLCH, sob orientação de Jose Carlos Sebe Bom Meihy.
Salun pesquisou documentos sobre a repressão política aos clubes no período entre 1937 e 1942, apesar do trabalho ter compreendido um período mais amplo, desde a fundação dessas entidades até o auge da perseguição sofrida por elas. Além disso, ele entrevistou pessoas ligadas aos clubes. "Procurei conversar com atletas, torcedores e sócios dos clubes que tenham vivido aquela época, ou parentes de figuras políticas importantes de cada agremiação no período estudado", revela.
No início, o objetivo da pesquisa era estudar apenas o Palestra Itália. Porém, analisando documentos do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), no Arquivo Público do Estado de São Paulo, Salun verificou que o prontuário sobre o Sport Club Corinthians Paulista era maior que aquele referente ao Palestra Itália. "Isso, aliado à informação da deposição de um presidente espanhol do Corinthians, Manoel Correcher, entre 1940 e 1941, fizeram com que eu me interessasse também pelo clube durante o trabalho", explica.
As entrevistas foram abertas, dando ao entrevistado liberdade para narrar a sua história. Entre os entrevistados pelo lado palestrino estão nomes como Oberdan Cattani, goleiro e ídolo da equipe nas décadas de 1940 e 1950, e Luiz Gonzaga Belluzzo, economista que viria a tornar-se presidente do clube em 2009. Do lado corintiano estão os jornalistas Juca Kfouri, Celso Unzelte e Lourenço Diaféria, entre outros.
Salun pesquisou também os arquivos dos clubes, além de outras agremiações. "Os clubes não se preocupam muito com a preservação da memória. Existia pouca documentação. Além disso, o acesso era difícil, principalmente no Palmeiras, que entre 2003 e 2004, (época em que foram feitas as pesquisas ao arquivo do clube) era dirigido por pessoas autoritárias e sem qualquer visão histórica. O arquivo do Clube Atlético Paulistano era o mais organizado", relata. Assim, a maior parte dos documentos foi fornecida por descendentes de antigos dirigentes. "Consegui, por exemplo, uma série de cópias de documentos com Ernesto Cassano, cujo avô foi presidente do Corinthians e ocupou diversas funções nas décadas de 1920 e 1930".

Palmeiras campeão, Corinthians em crise
Logo na primeira partida após a adoção do nome Sociedade Esportiva Palmeiras, o time venceu o São Paulo Futebol Clube por 3×1 pelo Campeonato Paulista e conquistou o seu primeiro título com o novo nome, o que ajudou a associar a mudança à vitória. Além disso, alguns acreditam que o nome ampliou o número de simpatizantes do clube. "Hoje acredito que a alteração foi benéfica, por que o Palmeiras não é mais um clube de italianos. Temos torcedores fanáticos de toda etnia e região do país. Antigamente não [era assim]", relata o ex-goleiro Oberdan Cattani em trecho da entrevista concedida a Salun.



Apesar da perseguição política, maior 
problema do Corinthians era a crise
interna

No Corinthians, a deposição do espanhol Manoel Correcher, presidente do clube entre 1935 e 1941, é lembrada como um ato de repressão do governo. Porém, havia grande disputa interna no clube e o fato de Correcher ser estrangeiro pode ter sido apenas um pretexto para o estourar da crise política corintiana. Em seu trabalho, Salun cita a queda de outro presidente, Alfredo Shurig, em 1933, como exemplo das disputas internas do clube, "fato que continuou presente na política interna de forma tão ostensiva que resultou na intervenção pelas autoridades em 1941". A intervenção ocorreu antes da legislação nacionalista do governo Vargas. Portanto, Correcher não saiu do cargo por ser estrangeiro, mas sim por desentendimentos entre os associados do Corinthians, relatados em documentos do Deops, jornais da época, panfletos e atas do clube.

Contexto histórico

Durante a Segunda Guerra Mundial, que ocorreu entre 1939 e 1945, o Brasil vivia o período conhecido como Estado Novo (1937-1945), ditadura implantada pelo então presidente Getúlio Vargas. Com o apoio do Brasil aos aliados, os países do eixo, mais notadamente Itália, Alemanha e Japão, mas também outras nacionalidades, foram considerados inimigos potenciais. Com isso, houve perseguição a imigrantes destes países que viviam no Brasil e muitos clubes foram obrigados a mudar de nome, como o paulistano Germânia (atual Esporte Clube Pinheiros), o mineiro Palestra Itália (atual Cruzeiro Esporte Clube) e o santista Hespanha (atual Jabaquara Atlético Clube).
Imagens: cedidas pelo pesquisador
Mais informações: aosalun@uol.com.br



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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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    ** I Seminario de Seguranca Publica Controle social, democracia e genero

     

     I Seminário de Segurança Pública Controle social, democracia e gênero
     Informações Gerais

    I Seminário de Segurança Pública Controle social,
    democracia e gênero
    14 e 15 de setembro de 2011

    I Fórum de Pesquisa sobre Vitimização de Mulheres no
    Sistema de Justiça Criminal
    16 de setembro de 2011


    Promoção
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    Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
    Departamento de Sociologia e Antropologia
    Grupo de Estudos em Segurança Pública (GESP/UNESP)
    Observatório de Segurança Pública da UNESP (UNESP/CNPq)
    Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, Campus de Marília


    Coordenação Geral
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    Prof. Dr. Luís Antônio Francisco de Souza


    Comissão Organizadora

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    Bóris Ribeiro de Magalhães
    Bruna Marielli Palhuzi
    Camila Fontes Savassa
    César Grusdat de Assis
    Glauce Lourenço Ferreira
    Isabela Venturoza de Oliveira
    Joana D'Arc Teixeira
    João Marcelo Maciel de Lima
    Luís Antônio Francisco de Souza
    Maíra Ferraz Torelli
    Thais Barbosa Passos
    Thaise Marchiori
    Thiago Teixeira Sabatine


    Comitê Científico
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    André Rosemberg
    Bóris Ribeiro de Magalhães
    Camila Caldeira Nunes
    Carlos Eduardo França
    Fernando Afonso Salla
    Flávia Cristina Lemos
    Lídia Maria Vianna Possas
    Luís Antônio Francisco de Souza
    Marcos César Alvarez
    Pedro Rodolfo Bodê de Moraes
    Pedro Angelo Pagni
    Thais Barbosa Passos
    Thaise Marchiori
    Thiago Teixeira Sabatine


    O Evento
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    Na última década, a questão da segurança pública passou a ser problema fundamental e principal desafio ao estado de direito no Brasil. Os problemas relacionados com o aumento das taxas de criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, a degradação do espaço público, as dificuldades relacionadas à reforma das instituições da administração da justiça criminal, a violência policial, a ineficiência preventiva de nossas instituições públicas, a superpopulação nos presídios, rebeliões, fugas, degradação das condições de internação de jovens em conflito com a lei, corrupção, as naturalizadas agressões às mulheres, homossexuais e crianças, assim como o aumento dos custos operacionais do sistema, problemas relacionados à ineficiência da investigação criminal e das perícias policiais e a morosidade judicial, entre tantos outros, representam desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Brasil.
    No intuito de promover esse debate necessário, o I Seminário de Segurança Pública: Controle social, democracia e gênero pretende proporcionar um espaço de produção e reflexão, reunindo pesquisadoras e pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento para pensar o lugar da segurança pública nas pesquisas, nas inquietações e desafios contemporâneos do país, proporcionando visibilidade a amplo levantamento de dados disponíveis nas mais variadas fontes de pesquisa e ação pública, avaliar as políticas de segurança pública, em termos de avanços, permanências e retrocessos.



    I Fórum de Pesquisa sobre Vitimização de Mulheres no Sistema de Justiça Criminal
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    Em continuidade as atividades do seminário acima elencadas, no dia 16 de setembro será realizado o I Fórum de Pesquisa sobre Vitimização de Mulheres no Sistema de Justiça Criminal, que tem por objetivo realizar um balanço das pesquisas acadêmicas, como das intervenções sociais das políticas públicas envolvidas diretamente com as mulheres presas, a fim de compor um perfil da vitimização feminina nas instituições da justiça criminal no Brasil.
    A participação no Fórum está condicionada ao aceite da Comissão Organizadora. Serão privilegiados pesquisadores da área, profissionais e ativistas que lidam com as mulheres encarceradas a fim de reunir contribuições para aprofundar o debate sobre a problemática mais geral do encarceramento de mulheres, sejam elas jovens ou adolescentes, com as peculiaridades e os problemas que lhe são inerentes.



    Público Alvo

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    Pesquisadores, profissionais e estudiosos da área de segurança pública, estudantes de graduação, pós-graduação, e comunidade em geral.


    Envio de Trabalho
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    - data limite para inscrição de trabalhos (resumos e trabalhos completos):
    20 de agosto de 2011

    - divulgação do resultado final do parecer em relação aos trabalhos submetidos à comissão científica:
    1 de setembro de 2011


    Carga Horária
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    26 horas


    Local de Realização
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    Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP – Campus de Marília/SP
    Av. Hygino Muzzi Filho, 737 - Marília/SP
    Fone: (55-14) 3402-1371


    Investimento - Participação no Seminário

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    Categoria
     
    Alunos de Graduação R$ 20,00
    Alunos de Pós-Graduação R$ 25,00
    Profissionais R$ 30,00
    Investimento - Participação no Fórum de Pesquisa
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    Categoria
     
    Alunos de Graduação R$ 5,00
    Alunos de Pós-Graduação R$ 10,00
    Profissionais R$ 15,00
    Investimento - Participação em Minicursos
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    Minicursos

    R$ 5,00
     
    **Não haverá devolução de taxas no caso de desistência.

    Informações e Inscrições
    http://www.fundepe.com/novo/seguranca
     
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    Todos os direitos reservados - Fone: (14) 3311-9500

    eventos@fundepe.com




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