Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

** O Arquivo (vivo?) da Nação, artigo de José Maria Jardim

 

Fonte: JC e-mail 4183, de 21 de Janeiro de 2011.
 
O Arquivo (vivo?) da Nação, artigo de José Maria Jardim
"É um retrocesso político, gerencial e científico a transferência do Arquivo Nacional para o Ministério da Justiça. Essa inadequação, vale lembrar, seria a mesma em qualquer outro ministério"

José Maria Jardim é professor da Escola de Arquivologia da Unirio. Artigo enviado pelo autor ao "JC e-mail":

No Brasil, a idéia de arquivo é associada, com muita frequência, a de arquivo morto. A expressão "virou arquivo" designa as pessoas que, por alguma razão, foram silenciadas por seus assassinos. "Arquivo" e "morte" são termos associados por grande parte da sociedade brasileira, especialmente aquela que mais sofre com a falta de informações relevantes para o exercício dos seus direitos. "Arquivos" têm sido "mortos" sistematicamente ao longo da história do Brasil, especialmente no e pelo Estado brasileiro.

O reencontro com a democracia nos anos 1980, trouxe um sopro de vitalidade inédita para nossos arquivos públicos, órgãos tradicionalmente "mortos" na estrutura da nossa administração pública.  Afinal, sem arquivos plenos de vitalidade, dinâmicos e facilmente acessíveis pela sociedade, como o Estado pode ser transparente? E sem transparência do Estado, qual democracia almejamos construir e ampliar?

Os arquivos públicos são territórios do Estado a serviço da sociedade, da democratização da informação governamental e do exercício do direito do cidadão à informação e à memória. Seu papel como infraestrutura para a transparência da administração pública é imprescindível para que a sociedade controle a atuação do Estado e do governo.

Os arquivos públicos não são apenas um depósito de documentos. São instituições com múltiplas facetas: cultural, científica, administrativa, etc. É agência de transparência do Estado e território de construção da memória coletiva e, ao mesmo tempo, infraestrutura para a produção de conhecimento científico.

Os arquivos públicos dos governos mais avançados em termos de transparência e interação social são infraestruturas governamentais de informação para o Estado e a sociedade. Trata-se de órgãos supraministeriais com múltiplas funções de apoio à gestão pública e à produção de conhecimento científico e tecnológico. São territórios da memória coletiva, cultura e cidadania.

Não por acaso, o primeiro Arquivo Nacional criado foi o da França, em 1790, logo após a Revolução Francesa. A ideia de organização e, sobretudo, de publicidade dos documentos do governo por um tipo de instituição até então inexistente tem suas bases na construção do novo regime. Esse é um marco da história dos arquivos e da Arquivologia. O arquivo público é neste momento instrumento da administração do Estado.

Ao longo do século XIX, a formação dos Estados Nacionais traz em seu bojo a construção de identidades nacionais para as quais é imprescindível uma "memória nacional". Os arquivos públicos passam também à condição de depositários e construtores dessa memória nacional.  São, nesse momento, território da História.

A criação do Arquivo Público do Império brasileiro estava prevista na Constituição de 1824, mas a fundação só ocorreu em 1838, aliás o mesmo ano de criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).

Como chama atenção a historiadora Célia Costa, autora da tese de doutorado intitulada "Memória e administração: o Arquivo Público do Império e a consolidação do Estado brasileiro", o acesso aos documentos no Arquivo Público do Império era garantido estritamente ao governo ou usuários que fossem indicados pelo imperador.

Ao contrário dos arquivos nacionais europeus, a historiadora nos lembra que o Arquivo Público do Império caracterizou-se muito mais como espaço do segredo do Estado, perspectiva procedente do período colonial, do que como um órgão envolvido nos processos de construção da história nacional.

O nome "Arquivo Nacional" só foi adotado em 1911. Ao longo da República, o Arquivo Nacional, como os demais arquivos públicos do país, sobreviveram na periferia do Estado. Eram voltados quase exclusivamente para a guarda e acesso de documentos considerados, sem parâmetros científicos, como de "valor histórico", ignorando-se a produção documental que resultava de um Estado com funções cada vez mais amplas. 

Neste cenário, os documentos eram acumulados ou eliminados - quase sempre sem critérios científicos - nos serviços arquivísticos do Estado. Tal ocorreu - e ainda ocorre em vários setores do Estado brasileiro - em função da inexistência de políticas públicas arquivísticas.

A ruptura da visão de arquivo público como apenas um depósito de documentos e a adoção de um novo modelo de gestão envolvendo todo o ciclo documental, desde a produção até a eliminação ou guarda permanente, só ocorrerá, em diversos países, após a década de 50 do século passado.

No Brasil, a Lei 8.159 de 8 de janeiro de 1991 garante o marco legal para essa concepção, incluindo também os arquivos estaduais e municipais. Além de suas atribuições em relação aos documentos federais, o Arquivo Nacional deve ainda implementar a política nacional de arquivos, a ser definida pelo Conselho Nacional de Arquivos (Conarq). Esse Conselho, subordinado ao Arquivo Nacional, é o órgão central do Sistema Nacional de Arquivos.

O Arquivo Nacional teve grande protagonismo nesse processo, a partir dos anos 80 e 90, influenciando arquivos estaduais e municipais.  No entanto, de modo geral, nossos arquivos públicos permanecem periféricos no Estado e pouco visíveis à sociedade. Ainda se caracterizam mais como reserva de opacidade do que de transparência.

Não se altera uma cultura de opacidade do Estado em apenas três décadas. A maior parte dos nossos arquivos públicos segue socialmente pouco visível. Na Europa e Estados Unidos, a abertura crescente dos arquivos a um uso social mais amplo ganha terreno após a II Guerra Mundial.

Procura-se cada vez mais superar a ideia dos arquivos como espaços acessíveis apenas a eruditos e cientistas. Por outro lado, as crescentes demandas sociais pelo direito à informação colocam os arquivos no epicentro das políticas públicas de transparência. A democratização do acesso aos arquivos tende a ser cada vez maior e diversificada, mesmo nas sociedades cujo regime democrático já se encontra mais consolidado.

As demandas sociais pelos arquivos se ampliam e mudam com o uso crescente das tecnologias da informação e comunicação. Novas fronteiras vêm sendo conquistadas pelos arquivos, ampliando-se a sua interatividade com a sociedade mediante programas de difusão via web, incluindo, mais recentemente, o uso cada vez maior das redes sociais.

Essa perspectiva tem orientado os caminhos do Arquivo Nacional do Brasil desde a década de 80. Talvez poucas instituições públicas brasileiras tenham passado por um processo de modernização tão intenso e em tão pouco tempo, influenciando ações semelhantes nos planos estadual e municipal. 

Esse "dever de casa" encontrava limites no fato do Arquivo Nacional ser subordinado, há décadas, ao Ministério da Justiça.  Ao ser vinculado à Casa Civil da Presidência da República, em 2000, o Arquivo Nacional adquiriu melhores condições - especialmente políticas e orçamentárias - para avançar num novo modelo de gestão das informações governamentais. Beneficiou-se diretamente desse novo cenário o Conselho Nacional de Arquivos, subordinado ao Arquivo Nacional, responsável pela política nacional de arquivos.

Neste sentido, é um retrocesso político, gerencial e científico a transferência do Arquivo Nacional para o Ministério da Justiça. Essa inadequação, vale lembrar, seria a mesma em qualquer outro ministério, dada a abrangência de atuação da instituição em todo Executivo Federal.

Esse novo destino institucional provavelmente comprometerá frontalmente a dimensão nacional do Conselho Nacional de Arquivos.  Setores diversos da sociedade brasileira, representantes do mundo acadêmico e de associações profissionais, vêm expressando seu descontentamento face a essa decisão. 

Ainda que fosse mantido na Presidência da República, seriam muitos os desafios a serem enfrentados pelo principal arquivo público do país para atuar plenamente na gestão das informações governamentais e torná-las acessíveis à sociedade brasileira. A política nacional de arquivos ainda está por se definir. O Sistema Nacional de Arquivos não foi operacionalizado.  O Arquivo Nacional encontra-se distante do que pode e deve vir a ser, embora tenha acumulado suficiente vitalidade para deixar de ser um "arquivo histórico" do século XIX e projetar-se como um centro de informações governamentais do século XXI.

Ao ser excluído da Presidência da República e inserido no Ministério da Justiça, o Arquivo Nacional protagonizará, uma vez mais, o velho e ainda insuperado drama brasileiro de periferização dos arquivos do Estado e sua inevitável invisibilidade social. O Arquivo Nacional provavelmente não morrerá porque, de alguma forma, aprendeu a sobreviver perifericamente ao longo da sua história, mas certamente será um órgão aquém de suas transformações recentes, de suas atribuições legais e da democracia que buscamos.


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** Precursor do rádio faria 150 anos

 

Fonte: JC e-mail 4183, de 21 de Janeiro de 2011.
 
Precursor do rádio faria 150 anos
O padre gaúcho Landell de Moura fez experiências com transmissão de ondas

Se fosse possível aplicar o teste de paternidade aos grandes inventos, o DNA do rádio apontaria como um de seus progenitores um brasileiro - o padre gaúcho Roberto Landell de Moura, que hoje completaria 150 anos.

Apresentado publicamente em 1894, o transmissor de ondas criado pelo clérigo cobria o dobro da distância do aparelho do físico italiano Guglielmo Marconi, lançado um ano depois. Apesar disso, o italiano é considerado o pai do rádio, enquanto o padre Landell segue no mais completo anonimato.

Para tentar corrigir o que consideram um erro histórico, radioamadores, pesquisadores e admiradores lançaram o Movimento Landell de Moura (MLM), que tenta coletar 1 milhão de assinaturas para que o padre seja reconhecido pelo governo brasileiro como precursor das telecomunicações.

"Sem esse reconhecimento oficial, ele não entra na história e não vai para as salas de aula, o que é lamentável", afirma o jornalista Eduardo Ribeiro, um dos divulgadores.

Ele compara Landell a Santos Dumont, com a diferença de que o pai da aviação é reconhecido por seu feito. "A história de ambos tem início parecido, pois Dumont ganhou visibilidade em Paris, enquanto Landell, depois de ser apontado como louco por aqui, foi patentear seus inventos nos Estados Unidos."

Ribeiro chama a atenção para o contexto da época: o Brasil era um país agrícola, atrasado e recém-saído da escravidão. "Não se imaginava que um brasileiro pudesse inventar algo impensável, como transmitir a voz sem fios."

Pioneiro

Landell foi mais longe, assegura o escritor e jornalista Hamilton Almeida, autor do livro Padre Landell de Moura: Um Herói sem Glória (Record). Para ele, o brasileiro foi pioneiro também no desenvolvimento de aparelhos para a transmissão de imagens - embriões da televisão - e de textos - os teletipos.

"O Marconi acabou levando a fama de inventar o rádio, mas o que ele desenvolveu foi o telégrafo sem fio, transmitindo sinais em código. Na mesma época, o aparelho do padre Landell transmitia não só os sinais, mas também a voz humana e sons musicais. A importância desses inventos para a humanidade é indiscutível."

Segundo Almeida, ele previu que as ondas curtas podiam aumentar a distância das comunicações e usou a luz na tentativa de enviar mensagens, o princípio das fibras óticas. "Tudo está documentado por manuscritos, patentes, testemunhas e o noticiário da época."

Na volta ao Brasil, o cientista procurou, mas não conseguiu apoio do governo. Almeida conta que, ao pedir ao presidente Rodrigues Alves dois navios para testar a transmissão de som na Baía de Guanabara, teve o pedido vetado por um assessor presidencial que o chamou de "maluco". "O Marconi fez o mesmo pedido na Itália e teve uma frota inteira à disposição", comenta. Acusado de ter "parte com o demônio" por falar através de caixas, foi perseguido e teve seus inventos destruídos pelos fiéis, relata Almeida.

Embora tardiamente, o pai brasileiro do rádio começa a ser reconhecido. Entre os eventos que marcam os 150 anos, está o lançamento de um selo comemorativo pelos Correios em Brasília, São Paulo e Porto Alegre. Um projeto de lei do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) prevê a inclusão do nome do padre no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão Tancredo Neves, onde já figuram personalidades como Santos Dumont, Oswaldo Cruz, Tiradentes e Zumbi dos Palmares. A Câmara de São Paulo também propôs a ele o título pós-morte de Cidadão Paulistano.
(José Maria Tomazela)
(O Estado de SP, 21/1)

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** REVISTA HISTÓRIA E ENSINO - CHAMADA

 

A revista História & Ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História (Universidade Estadual de Londrina), publicada com regularidade desde 1995, cujo principal objetivo é o debate sobre o ensino de história, comunica que  o prazo para o envio de artigos para a 16ª edição foi prorrogado até 18 de fevereiro de 2011.
Informações e normas:

http://www.pr.anpuh.org/informativo/view?ID_INFORMATIVO=1174


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** NOTICIAS ANPUH PR JAN 2011 N3

 



Veja em noticias da ANPUH/PR - http://www.pr.anpuh.org/


Lançamento

Boletim do Centro Sérgio Buarque de Holanda

Concursos e seleções:

Prof. Adjunto UNB
Doutorado - 2011 - UFJF


Chamadas de Artigos

Revista Museologia e Patrimonio
Revista Brasileira de Historia e Ciências Sociais
Revista Ciências da Educação
Revista Eletrônica Cadernos de História



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** Boletim Tema Livre 11 - JAN 2011

 





BOLETIM TEMA LIVRE – 11
Difusor acadêmico e cultural
Nº 11 – Janeiro de 2011
1)    Concursos
 
a)      IPHAN – Concurso público
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional lançou dois editais da área de pesquisa e documentação:
Há oportunidades para recém graduados e pós-graduados.
 
b)     PUC-RIO
Seleção para as disciplinas: "História do Mundo Contemporâneo", "História Contemporânea IV" e "História da Arquitetura no Brasil".
O candidato deve ser graduado em história, com mestrado em história ou áreas afins.
 
c)     UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
História da África
 
d)     UFRN – Concurso público
Antropologia, Artes, Ciências Sociais, Comunicação Social, Filosofia, História, dentre outras áreas.
 
e)      University Columbia
A Cátedra Fulbright Dra. Ruth Cardoso, na Universidade de Columbia, New York, destina-se a professores e pesquisadores brasileiros com comprovada experiência nas Ciências Humanas e Sociais, com ênfase em História do Brasil, Antropologia, Ciência Política e Sociologia.
A bolsa mensal chega a US$ 5.000,00 e o auxílio instalação é de US$ 2.000,00
 
Para mais detalhes relativos aos concursos:
Seção: "Bolsas, concursos e oportunidades de emprego"
 
 
 
2)    Arquivo Nacional: Casa Civil ou Ministério da Justiça?
 
O Arquivo Nacional (AN), fundado ainda nos tempos do Império, mais precisamente em 1838, estava vinculado desde 2000 à Casa Civil, fato que atribui-se uma série de melhoras na sua estrutura, que vão desde o repasse de verbas ao maior peso político da instituição, passando pelo incremento do salário de seus funcionários, além do melhor atendimento à sociedade e ao governo.
Passados dez anos, o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, em sua posse, no domingo, dia 2, anunciou que o AN retornaria ao Ministério da Justiça (MJ). No entanto, a Assan (Associação dos Servidores do AN) opõe-se ao fato, por temer a perda dos vários avanços obtidos nos últimos anos, inclusive por acreditar que o AN não se adéqua à estrutura do MJ e, ainda, que com a transferência haja uma possível impossibilidade da reabertura dos arquivos referentes ao período militar.
No dia 5, em assembléia, os servidores aprovaram o desejo de que o AN permaneça na estrutura da Presidência da República e, na UNIRIO, decidiram por Ato Público, que ocorreu no prédio do arquivo no último dia 11, a partir das 10hs. Ao meio-dia houve um abraço simbólico ao prédio do AN. Também no dia 11, a assembléia aprovou uma pauta mínima de reivindicações, a saber-se:
 1.     Manutenção do Arquivo Nacional na Presidência da República;
2.     Um Plano de Cargos e Salários;
3.     Mudança da Direção Geral;
4.     Reforma do prédio de Brasília.
 
Na quarta, dia 12, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve no Rio de Janeiro, reuniu-se com servidores do AN e recebeu carta com reivindicações da classe, bem como a Associação protocolou uma carta ao ministro Palocci.
O futuro do AN segue incerto. O ministro da Justiça posicionou-se favoravelmente à transferência da instituição arquivística para sua pasta e, ainda, comprometeu-se a inteirar-se melhor sobre a questão do AN. Em fevereiro, haverá nova reunião com os servidores.
 
 
 
3)    Notícias: História e Gênero
 
NESTE MÊS, BRASIL EMPOSSOU 1ª MULHER COMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
- Leia na matéria:
- A trajetória de Dilma, de jovem guerrilheira à primeira presidenta
- A participação feminina na política brasileira: Séculos XX e XXI
- Presidentas: Brasil e América Espanhola
- Outras mulheres que governaram o Brasil antes do 15 de novembro: Monarquias portuguesa e brasileira
 
 
 
4)    Obituário: Faleceu a historiadora Kátia Matoso
 
Faleceu no último dia 11 de janeiro, de um câncer generalizado, em Paris, a historiadora e cientista política Kátia Maria de Queiroz Mattoso, de 78 anos. Kátia Matoso, como era conhecida, era Doutora Hororis Causa pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Professora Emérita aposentada da Universidade de Paris V - Sorbonne.
A historiadora era especialista em história social da escravidão no Brasil e dentre suas obras estão "Ser Escravo no Brasil" (1982) e "Bahia Século XIX – Uma Província no Império" (1992).
Katia Matoso foi a primeira titular da cátedra de História do Brasil na Sorbone, em 1988, permanecendo aí por 10 anos. Hoje a vaga é ocupada por Luís Felipe de Alencastro. No ano passado, a historiadora doou sua biblioteca para a UFBA.
O sepultamento será na Grécia, país onde Kátia Matoso nasceu. Resta-nos, agora, o precioso legado da historiadora.
 
 
 
5)    Minissérie Histórica
 
A Fortaleza (La Commanderie, França, 2010)
Em 1375, com as drásticas conseqüências da "Guerra dos Cem Anos", a Fortaleza era a única esperança da população da Borgonha, imersa não só na guerra, mas, também, ameaçada pela praga.
Antiga posse dos Templários, a Fortaleza foi cedida pelo rei da França à Ordem Hospitaleira de São João de Jerusalém. Concomitantemente, funcionários da Fortaleza recebiam da população local dinheiro e objetos em troca de favores. A rotina da Fortaleza é quebrada com a visita de um alto funcionário da Ordem religiosa, que vai ao local para inspecionar suas instalações.
Episódio inédito: Todas as quintas, às 21hs, no Eurochannel.
 
 
 
6)    São Paulo 457 anos
Veja a programação cultural:
 
 
 
7)    Exposições
 
Arquivo Nacional

Capitais da Bossa Nova: Rio e Brasília nos anos JK
A exposição se organiza em torno das duas cidades, com fotografias do Correio da Manhã e da Agência Nacional e a exibição de dois vídeos sobre Rio e Brasília, com trilha sonora fornecida pela rádio MEC.
Praça da República, 173 - Rio de Janeiro, RJ
Tel.: (21) 2179-1228 e 2179-1273

 
CCBB
Cora Coralina – Coração do Brasil
Exposição em homenagem aos 25 anos do falecimento de Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, poetisa e contista, que produziu uma obra rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

Curadoria: Júlia Peregrino.
Cenografia: Daniela Thomas
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro.
Tel.: (21) 3808-2020
 
 
 
8)    Retrospectiva Tema Livre 2010
 
Realização da Revista Tema Livre iniciada em 2010, o Boletim Tema Livre chega a 2011 tendo atingido com êxito o seu objetivo de difundir a HISTÓRIA, a CULTURA e a ARTE, bem como o seu ideal de levar ao mundo virtual informação de QUALIDADE ao seu QUALIFICADO público.
Ao longo do ano, o Boletim anunciou concursos para universidades em todas as regiões do país, bem como eventos nas áreas acadêmica e cultural em diversas partes do mundo. Divulgou seleções de mestrado e doutorado no país e no exterior, assim como publicações brasileiras e estrangeiras. Além disto, trouxe NOTÍCIAS, CHAMADAS DE ARTIGOS, INSCRIÇÕES PARA PRÊMIOS, CONCURSOS DE TESES, etc.
Assim, após 8 anos atuando como uma das primeiras publicações na internet, a Revista Tema Livre expandiu com sucesso sua atuação na web através do Boletim Tema Livre. Conclui-se, então, que 2010 foi um ano de êxito e de alcance de metas. Conseguimos fazer nossa parte na divulgação e expansão do conhecimento. Agradecemos aqui a participação de todos os nossos leitores, que informam-se através do Boletim e o repassam a seus contatos na web. Fica aqui o nosso muito obrigado a todos vocês, estimados leitores!
Por fim, observamos que, ao longo de 2010, noticiamos, seja no Boletim, seja na Revista Tema Livre, vários medidas concernentes ao "métier" do historiador, a saber:
 
- Em 2010, foi estabelecido o "Dia Nacional do Historiador"
 
- De acordo com pesquisa publicada no Wall Street Journal, Historiador é a 5ª melhor profissão dos EUA
 
- Fenômeno histórico: Episódio da História do Brasil, a Revolução Farroupilha, lidera índice mundial de palavras postadas no Twitter
 
Para reler estas matérias, basta acessar:
 
 
9)    2011 – Perspectivas:
Ano da Itália no Brasil
- Exposição: "Roma no Tempo dos Imperadores".
- Museu Nacional, da UFRJ, possuí maior acervo do período supracitado.
- Prevê-se que SP e MG terão mostra de Caravaggio.
 
 
10)    2011 – Eventos acadêmicos
(Brasil, Argentina, Portugal e Espanha)
 
BRASIL
Rio de Janeiro
"I CONGRESSO FLUMINENSE DE HISTÓRIA ECONÔMICA"
Niterói, Junho de 2011
Está aberta a chamada para trabalhos:
 
 
"5º CONGRESSO MUNDIAL DA IASA/5TH IASA WORLD CONGRESS"
UFF, Niterói,de 27 a 29 de julho.
Chamadas de trabalho - 5 de janeiro de 2011 no site:
www.historia.uff.br/iasa2011
 
São Paulo
"XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA - ANPUH 50 anos"
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011.
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária
 
Santa Catarina
"V ENCONTRO DE ECONOMIA CATARINENSE"
UDESC, Florianopolis, nos dias 28 e 29 de abril:
Envio de artigos até o dia 09 de março.
 
Rio Grande do Sul
"V ENCONTRO ESCRAVIDÃO E LIBERDADE NO BRASIL MERIDIONAL"
UFRGS: Maio de 2011
Recebimento de propostas de comunicação até 15/12 pelo email vencontro@ifch.ufrgs.br
 
Ceará
"V ENCONTRO NACIONAL - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DE DEFESA"
DEMOCRACIA, DEFESA E FORÇAS ARMADAS
Fortaleza, de 8 a 10 de agosto. 
 
Roraima
"III REUNIÃO EQUATORIAL DE ANTROPOLOGIA / XII REUNIÃO DE ANTROPÓLOGOS NORTE E NORDESTE"
Universidade Federal de Roraima (UFRR), Boa Vista, de 14 a 17 de agosto.
www.ufrr.br/rea2011
 
PORTUGAL
Arqueologia
 
"Velhos e Novos Mundos": Congresso Internacional de Arqueologia Moderna
"Old and New Worlds": International Congress of Early Modern Archaeology
Lisboa, de 6 a 9 de abril de 2011
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Submissão das propostas de comunicação/poster:
As inscrições são gratuitas e devem ser remetidas até 31 de janeiro para: coloquios.cham@fcsh.unl.pt
 
ESPANHA
"XVI Congreso Internacional de AHILA (Asociación de Historiadores Latinoamericanistas Europeos)"
De 6 a 9 de setembro, na Universidade de Cadiz (Cadiz/Espanha): http://www.congresoahila2011.com/
 
ARGENTINA
Buenos Aires
"Iº Congreso Internacional de Arqueología de la Cuenca del Plata"
Instituto Nacional de Antropología y Pensamiento Latinoamericano
Buenos Aires, de 11 a 16 de abril.
 
Província de Buenos Aires
"VIII Jornadas de Investigación y Debate - Memoria y oportunidades en el agro argentino: burocracia, tecnología y medio ambiente (1930-2010)"

Universidad Nacional de Quilmes, de 8 a 10 de junho.
jornadasrurales@unq.edu.ar
 
Santa Fé
"11ras Jornadas Rosarinas de Antropología Sociocultural" 
Rosario, 29 e 30 de setembro de 2011.
Apresentação de Trabalhos:
Resumos: Até 4 de abril de 2011
Departamento de Antropología Sociocultural/Escuela de Antropología/Facultad de Humanidades y Artes/UNR
ComisiónOrganizadora:
11jornadasrosarinas@gmail.com
 
Córdoba
"TERCERAS JORNADAS NACIONALES DE HISTORIA SOCIAL"
La Falda, de 11 a 13 de maio.
Centro de Estudios Históricos "Prof. Carlos S. A. Segreti"/Centro de Historia Argentina y Americana de la Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación de la Universidad Nacional de La Plata
 
 
 
11)Redes Sociais
 
A Revista Tema Livre atua, desde 2002, na internet, sendo um espaço qualificado, que objetiva agregar de forma positiva à vida intelectual dos navegantes da web, bem como contribuir, gratuitamente, com conteúdo de qualidade ao espaço virtual.
A partir desta proposta, a Revista Tema Livre estende sua missão à web 2.0, às mídias sociais, estando presente no Orkut, no Twitter e no FaceBook, agregando, ainda, o objetivo de, através das redes sociais, aproximar-se mais do seu público leitor.
As redes sociais aqui apresentadas são locais voltados para a discussão de temas relacionados à História, à cultura e à arte, envolvendo, também, questões da atualidade, visando a troca de informações e experiências concernentes às vidas acadêmica e profissional.
Assim sendo, convidamos todos aqueles interessados na área de História, e nas Ciências Humanas de uma maneira geral, além dos aficionados pelas Artes, a participarem deste projeto. Vamos compartilhar o conhecimento.
 
 
 
 
 
 
Orkut
Perfil
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=16865339028429850201


Comunidade
"Espaço Tema Livre"
 
 
 
12) Convite à comunidade acadêmica
12.1) A REVISTA TEMA LIVRE está aceitando artigos para a edição nº15. Para maiores detalhes, ver:
12.2)        Os organizadores/realizadores interessados em anunciar seus eventos acadêmicos (Simpósios, lançamento de livros, defesas de teses...) e culturais (Mostras, exposições...) de forma inteiramente gratuita no Boletim Tema Livre, favor enviar os respectivos dados para eventual publicação: boletim@revistatemalivre.com
 
 
 
13)   O envio do anúncio não significa a obrigatoriedade da publicação do mesmo no Boletim Tema Livre. Por fim, os eventos que forem publicados no Boletim Tema Livre são de inteira responsabilidade dos realizadores dos eventos, sendo o Boletim Tema Livre mero veículo informativo e difusor acadêmico e cultural.
 
 
 
14)   INFORME AO PÚBLICO - Tragédia da Região Serrada deixou a Revista Tema Livre fora do ar
 
Informamos ao público que tentou acessar a Revista Tema Livre nos dias 12 e 13 de janeiro que, em função da fatalidade que assolou Friburgo, a publicação ficou fora do ar nos mencionados dias.
A Revista Tema Livre está hospedada em uma das melhores empresas do Grande Rio, que, por sua vez, tem seus sites em um dos maiores provedores do Estado. Entretanto, o Datacenter desta última está em Friburgo, cidade fortemente atingida por esta tragédia natural, danificando, assim, a estrutura da fibra ótica que liga a cidade do Rio a Friburgo.
A questão da Revista Tema Livre já foi solucionada e pedimos desculpas pelo eventual transtorno causado àqueles que nos acompanham e tentaram acessar-nos nestes fatídicos dias. No entanto, se nossos problemas já foram resolvidos, a situação de várias famílias que vivem ou estavam de férias na Região Serrana não foi. Lá, os problemas continuam. E de forma extremamente árdua. Portanto, mobilize-se, e ajude aqueles que lá estão.
 
 
 
15)   SOS Região Serrana do Rio de Janeiro
 
A região serrana do Estado do Rio foi atingida por drástica catástrofe natural na semana que foi de 09 a 15 de janeiro. Chuvas que provocaram enchentes, deslizamentos de terra, e a destruição de várias cidades, como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.
Diante das mais de 700 mortes (números do momento em que este Boletim está a ser feito), pessoas desaparecidas e desabrigadas, o deslizamento da região serrana foi considerado um dos 10 piores do mundo pela ONU e ganhou o noticiário internacional. Estima-se que será necessário mais de 1 ano para a reconstrução das cidades da região.
Assim, a população da região serrana precisa de ajuda. Seus habitantes precisam de tudo: água, alimentos, roupas, velas, materiais de higiene e limpeza, doadores de sangue, voluntários que se desloquem à região, enfermeiros, médicos, psicólogos...
A seguir, a lista de localidades que estão aceitando doações:
 
Rio de Janeiro
-Ceasa - Avenida Brasil, nº 19.001 -Irajá.
-O Metrô Rio disponibiliza pontos de arrecadação em 11 estações nas linhas 1 e 2
-A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, anunciou que o clube receberá donativos, na sede da Gávea
- SENAC: Marapendi - Avenida das Américas, 3959 - Barra da Tijuca
-A Rodoviária Novo Rio recebe doações. Os donativos serão recebidos no piso de embarque inferior, de 9h às 17h.
-A concessionária Ponte Rio-Niterói colocou container p receber doações junto à praça de pedágio. Info: (21) 2620-9333
 
Niterói
Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP/UFF)
Rua Marquês do Paraná, 303, Centro, Niterói. Mais informações, pelo telefone 2629-9063
Icaraí
A Igreja Metodista de Icaraí está funcionando como posto de coleta de donativos. Rua Mariz e Barros, 163 (Próximo à Gavião Peixoto)
As doações podem ser entregues de 8h às 12h e das 14h às 18h.

Região Oceânica de Niterói
-Igreja Ministério Abrindo o Mar, no Cafubá
-Igreja Operação Resgate, em Itaipu
-Igreja Ministério Palavra da Vida, em Piratininga.
-Igreja Cedro, no Engenho do Mato
 
São Gonçalo
- SESC
Avenida Presidente Kennedy, 755
 
Caxias
-Metodista Central em Duque de Caxias
Av. Presidente Kennedy, 2273, Centro, Duque de Caxias - RJ
e-mail: imcdc.novotempo@hotmail.com
Tel: (21) 2771-9256
 
Nova Iguaçu
- SESC
Rua Dom Adriano Hipólito, 10 – Moquetá

São João de Meriti 
- SESC
Avenida Automóvel Clube, 66
 
Petrópolis
-Igreja Metodista Central de Petrópolis
Rua Marechal Deodoro, 80, Centro, Petrópolis - RJ
e-mail: secretaria@metodistapetropolis.com.br
Tel: (24) 2242-4440
 
Teresópolis
- SESC
Av. Delfim Moreira, 749 - Centro
 
Doações de sangue
Hemorio
Rua Frei Caneca, 8, Centro – Tel. 2332-8611
http://www.hemorio.rj.gov.br/
Hospital Universitário Antonio Pedro (UFF)
Rua Marquês de Paraná, 303, Centro, Niterói, RJ
De segunda à sexta-feira, das 8h às 12h.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2629-9063.
 
São Paulo
 
Paraná
 
 
 
16)   Luto pelas vidas perdidas na região serrana do Rio. Luta pelos sobreviventes desta tragédia.
 
 


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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


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