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sábado, 15 de maio de 2010

GEHB ** Jorge Caldeira defende a tese de que o Brasil colonial já era movido pelo empreendedorismo

 

Jorge Caldeira defende a tese de que o Brasil colonial já era movido pelo empreendedorismo

Estudioso do tema, Caldeira participa neste domingo de um debate em
 São João do Polêsine - 
Estudioso do tema, Caldeira participa neste domingo de um debate em São João do Polêsine

Escritor e jornalista é autor obstinado pelo tema do empreendedorismo    

As figuras do povo manemolente e de uma economia voltada apenas à monocultura e à exportação na época do Brasil Colônia são contraditadas pelo escritor e jornalista Jorge Caldeira. Autor obstinado pelo tema do empreendedorismo, este paulista de 54 anos, doutor em ciência política e mestre em sociologia, assina diversos livros que tentam revisar a história do país e mostrar a importância da livre iniciativa e do mercado interno no passado nacional.

Para comprovar a dinâmica de uma sociedade pouco conhecida, nos últimos anos Caldeira jogou luz sobre personagens quase incógnitos como Visconde de Mauá, considerado o maior empresário da época do Império, e Guilherme Pompeu de Almeida, um padre que deixou a batina para fazer fortuna financiando o ciclo da mineração no século 17.

Em seu mais novo livro, História do Brasil com Empreendedores (Mameluco, 2009), Caldeira afirma que, na época da colônia, o mercado doméstico brasileiro gerava mais riquezas do que as atividades exportadoras dos latifúndios e que o segredo desse dinamismo estava nos pequenos empreendedores.

O autor estará neste domingo na pequena São João do Polêsine, na região central do Estado, para participar de uma mesa redonda sobre as contribuições sociais e de desenvolvimento do empreendedorismo. Antes de embarcar para o Estado, Caldeira conversou por telefone com Zero Hora sobre o tema e listou algumas personalidades – contemporâneas e pretéritas – que considera símbolo do empreendedorismo no país.

Zero Hora – O Brasil Colônia era empreendedor e voltado ao mercado interno ou agrário exportador?

Jorge Caldeira – Em História do Brasil com Empreendedores, mostro com dados reunidos por historiadores que a economia colonial brasileira crescia mais do que a de Portugal. A maior parte da produção de 1800 era voltada para o mercado interno e isso não casa com a explicação mais recorrente de que éramos dependentes do latifúndio agrário exportador. Para se ter uma ideia, entre os séculos 16 e 18, a taxa de crescimento interno era maior do que a de exportações. A produção de carne, açúcar, etc, gerava um mercado interno mais dinâmico do que o exportador. Os dados mostram que o centro da economia era a pequena propriedade e o pequeno empreendedor. Três quartos das unidades produtivas coloniais eram pequenas e, no quarto restante, onde havia escravidão, a maior parte das propriedades tinha entre um e cinco escravos. Eram pequenos, ao contrário do que dizem sobre o latifúndio exportador.

ZH – Então o brasileiro não é manemolente e sim, empreendedor?

Caldeira – Como é que os manemolentes construíram o grosso da economia e da riqueza? Trabalhando e empreendendo. A manemolência está na explicação que nós damos de nós mesmos, não dos dados que aparecem. Se a principal explicação que temos para a história do país falsifica o nosso problema, a questão atual é entender o brasileiro como empreendedor, o que até agora não entrava na nossa história.

ZH – Quais são os entraves que existem hoje ao empreendedorismo no Brasil?

Caldeira – O principal entrave que existe é entender que o empreendorismo é uma característica da maior parte da sociedade brasileira. Aquela figura que arrasta carroças e carrega papelão na rua é, tecnicamente, um empreendedor. Ele recebe não um salário, mas o resultado do seu trabalho. Ao mesmo tempo, a figura do empreendedor é vista como alguém que não merece a proteção do Estado e da sociedade por, curiosamente, ser associada à imagem do rico. Mas 99% das empresas no Brasil são pequenas.

ZH – O que tratará seu próximo livro?

Caldeira – Lancei História do Brasil com Empreendedores no final do ano passado e ainda estou em fase de apresentação do livro pelo Brasil. Mas devo escrever sobre algum empreendedor do século 20.
Fonte: Jornal ZERO HORA



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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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GEHB ** Simpósio Guerra e História (USP) - 28 a 30 de setembro de 2010

 
GUERRA E HISTÓRIA
Simpósio Internacional
28 a 30 de setembro de 2010   -   Departamento de História (USP)
PROGRAMAÇÃO (AH: Anfiteatro de História – AG: Anfiteatro de Geografia)
28 de setembro (terça feira)
10 h. Conferência Inaugural: "GUERRA JUSTA" E CONSTITUCIONALISMO EUROPEU: Mario Fiorillo (Università di Teramo) (AH)
14 h. A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E A AMÉRICA LATINA: Roney Cytrynowicz, Maria Helena Capelato, Rodrigo Medina Zagni, Alfredo Salun (AH)
14 h. PAZ E VIOLÊNCIA NA IDADE MÉDIA: Marcelo Cândido da Silva, Neri de Barros Almeida, Maria Cristina Pereira, André Pereira Miatello (AG)
17 h. GUERRAS NA ERA MODERNA E ESPAÇO MUNDIAL: Henrique Carneiro, Rodrigo Ricupero, Pedro Puntoni, Marco Antonio Silveira (AH)
17 h. A GUERRA CIVIL AMERICANA E OS EUA DE HOJE: Leandro Karnal, Everaldo Andrade, Jorge Grespan, Maria Helena P. T. Machado (AG)
19:30 h. GUERRAS PÓS-COLONIAIS NA ÁFRICA SUBSAARIANA: Kabenguelé Munanga, Raphael Bicudo, Leila Hernandez, Marina Gusmão de Mendonça (AH)
19:30 h. GUERRA MUNDIAL E HOLOCAUSTO ATÔMICO NO JAPÃO: Takashi Morita [sobrevivente de Hiroshima], Marcia Yumi Takeuchi, Nadia Saito, Fernanda Torres Magalhães (AG)
29 de setembro (quarta feira)
10 h. GUERRA FRIA E ECONOMIA ARMAMENTISTA: Gilson Dantas, Angelo Segrillo, Pablo Rieznik, Joaquim Racy (AH)
10 h. CAPITALISMO AMERICANO E ECONOMIA DE GUERRA: Vitor Schincariol, Osvaldo Coggiola, José Menezes Gomes, Eduardo Perillo, Luiz E. Simões de Souza (AG)
14 h. GUERRA, GEOGRAFIA, GEOPOLÍTICA: Leonel Itaussu A. Mello, Wanderley M. da Costa, André Martin, Antonio Carlos Robert de Moraes (AH)
14 h. PAZ E GUERRA NO IMPÉRIO PORTUGUÊS: Ana Paula Torres Megiani, Márcia Berbel, Iris Kantor, Vera Ferlini (AG)
17 h. GUERRAS MUNDIAIS E GENOCÍDIOS: Samuel Feldberg, Pietro Delallibera, Ania Cavalcante, Heitor Loureiro (AH)
17 h. A GUERRA DO PARAGUAI E OS ESTADOS SUL-AMERICANOS: André Toral, José Aparecido Rolón, Gilberto Maringoni (AG)
19:30 h. GUERRILHAS E DITADURA MILITAR NO BRASIL: Ivan Seixas, Carlos Eugenio Clemente, Antonio Roberto Espinosa, Arthur Scavone, Wilson N. Barbosa (AH)
19:30 h. GUERRA E REVOLUÇÃO NA FRANÇA JACOBINA: Carlos Guilherme Mota, Priscila Correa, Miguel Nanni, Modesto Florenzano (AG)
30 de setembro (quinta feira)
10 h. GUERRA E CINEMA: Marcos A. Silva, Wagner Pinheiro Pereira, Maurício Cardoso, Alexandre Hecker (AH)
10 h. A GUERRA CIVIL ESPANHOLA: CLASSES, POLÍTICA, LITERATURA: Francisco Palomanes, Valeria De Marco, Antonio Rago (AG)
14 h. GUERRAS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL (África Portuguesa, Oriente Médio, África do Norte): Lincoln Secco, Arlene Clemesha, Marcos Napolitano, Nina Cerveira, José Arbex (AH)
14 h. GUERRA NOS BÁLCÃS E PARTIÇÃO DA IUGOSLÁVIA: Tibor Rabóczai, Zeljko Loparic, Aleksandar Jovanovic, João Zanetic (AG)
17 h. GUERRA TENENTISTA E INSURREIÇÃO COMUNISTA NO BRASIL: Marly Gomes Vianna, Paulo Cunha, Yuri Costa, Pedro Pomar (AH)
17 h. GUERRAS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL (Vietnã e Indochina, China, Cuba): José R. Mao Jr, Sean Purdy, Antonio Gouvea, Silvia Miskulin (AG)
19:30 h. GUERRAS DE HOJE, IMPERIALISMO, TERRORISMO: Jorge Altamira, Plínio de Arruda Sampaio Jr, Paulo Arantes, Peter Demant (AH)
19:30 h. GUERRAS NA AMÉRICA DO SUL NO SÉCULO XIX: Manoel Fernandes Souza Neto, Airton Cavenaghi, Márcio Bobik (AG)
Comissão Organizadora: Osvaldo Coggiola, Vera Ferlini (Cátedra Jaime Cortesão), Maria Cristina Cacciamali (Prolam-USP), Jorge Grespan, Lincoln Secco, Rodrigo Ricupero. Inscrições: Cátedra Jaime Cortesão (30911511), Prolam-USP (30913589). Inscrições por e-mail: www.fflch.usp.br/dh/guerra. Serão fornecidos certificados de freqüência (30 horas). Entrada Franca.


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GEHB ** Campanha Nacional de Filiação - ANPUH Nacional

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"Estamos convidando todos aqueles que atuam ou têm formação no campo da História a fazerem parte do quadro de sócios da ANPUH – Associação Nacional de História. Se você é professor desta disciplina em qualquer nível de ensino, se você é estudante de pós-graduação, se atua como historiador nas áreas do patrimônio histórico, do museu ou do arquivo, venha fortalecer a sua Associação, venha somar esforços no sentido de torná-la ainda mais representativa da diversidade regional e profissional da nossa categoria.
            Temos um urgente e grande desafio pela frente, conquistar o reconhecimento legal de nossa profissão, que garanta nosso mercado de trabalho, que defina claramente as exigências para nossa formação e que delimite as competências e habilidades que devem ser exigidas de alguém formado em nossa área. Esta é uma luta política difícil num momento de tendência à desregulamentação das profissões, o que exige a participação organizada do maior número possível de membros de nossa categoria. Por isso estamos realizando esta Campanha Nacional de Filiação, visando a fortalecer nossa entidade e a prepará-la para enfrentar os grandes desafios que se abrem em busca da regulamentação de nossa atividade.
            Para ser sócio da ANPUH basta dirigir-se pessoalmente ou através de email à sessão regional de seu Estado, nos endereços constantes deste folder ou diretamente à ANPUH Nacional através do email anpuh@usp.br, que faremos o encaminhamento de sua filiação para a sessão estadual. Estar associado à sua entidade permite que você se mantenha constantemente informado sobre os acontecimentos em nossa área como: eventos, concursos, chamadas para publicações, lançamentos de livros e revistas, através do Boletim Informativo eletrônico da entidade. Além disso, você poderá participar dos eventos promovidos pela Associação, divulgando a sua produção científica e tendo a oportunidade de interagir com os profissionais da área, participando das decisões políticas e acadêmicas da entidade, pagando taxas de inscrição com valores especiais. Terá ainda acesso a uma série de serviços disponibilizados por nossa página na internet como: fazer parte do banco de dados "Quem é Quem na História do Brasil", onde poderás descrever seu perfil profissional visando contatos e oportunidades de trabalho, acessar as edições da "Revista Brasileira de História" e "História Hoje", dentre outros.
            A ANPUH se caracteriza por ser uma das associações profissionais mais abertas e democráticas, recebendo desde o estudante de pós-graduação até os profissionais mais destacados na área, cobrando uma das mais módicas anuidades entre todas as entidades que representam categorias profissionais, oferecendo agora a comodidade do pagamento via internet e permitindo, ainda, o parcelamento do valor da anuidade em três parcelas.
            A ANPUH já participou de grandes lutas e conquistas para os profissionais de nossa área, como o fim dos Estudos Sociais, o retorno da História ao Ensino Fundamental, e tem interagido constantemente com o Estado quando da adoção de políticas que afetam a nossa área, seja quanto ao ensino, seja quanto à pesquisa.
            VENHA, PARTICIPE DESTA HISTÓRIA!
             FILIE-SE JÁ!"




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GEHB ** Feitiçaria, plágios e biopirataria

 
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