Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB

Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

PUBLICAÇÕES/A SBPC E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA A SBPC e a Constituição Brasileira

 A SBPC contribuiu na mobilização popular para a construção da Constituição Federal de 1988. Saiba mais no livro “A SBPC e a Constituição Brasileira”, disponível para download gratuito clicando na imagem abaixo:


PUBLICAÇÕES/A SBPC E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA A SBPC e a Constituição Brasileira




sábado, 16 de julho de 2022

20º Encontro de História da Anpuh-Rio

A conferência de abertura, sob o título "Celebrações e personagens: o desafio do historiador", será proferida pela professora emérita da Universidade Federal Fluminense, Dra Ismênia de Lima Martins, a partir das 18h do dia 18/07/2022. A fala será realizada no auditório principal da Faculdade de Formação de Professores (FFP-UERJ) e será transmitida pelo Canal da Anpuh-Rio no YouTube.

20º Encontro de História da Anpuh-Rio


terça-feira, 7 de junho de 2022

IHGB Oitocentista na história do Brasil.

 Clique na imagem para acessar o vídeo.

 

 IHGB Oitocentista na história do Brasil.


    No ano de comemorações dos 200 anos de Independência, a Anpuh-Brasil, em parceria com a SBTHH - Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia, lança seu novo programa, "Escrevendo o Brasil",. Historiadoras e historiadores comentam obras que tiveram papéis decisivos na produção de um imaginário nacional através da escrita da história. No terceiro episódio, Isadora Maleval (UFF) explica um pouco sobre a importância do IHGB Oitocentista na história do Brasil.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

ESTÁ NO AR! NONO TEXTO DO SITE BRASIL: BICENTENÁRIO DAS INDEPENDÊNCIAS - ANPUH-Brasil

 

ESTÁ NO AR! NONO TEXTO DO SITE BRASIL: BICENTENÁRIO DAS INDEPENDÊNCIAS


 
 
         
   

ESTÁ NO AR! NONO TEXTO DO SITE BRASIL: BICENTENÁRIO DAS INDEPENDÊNCIAS  -  ANPUH-Brasil

 

 

Brasil: bicentenário das Independências

Acesse já em: https://bicentenario2022.com.br

 

Já está disponível o nono texto do Blog das Independências: Quem lê tanta notícia?, de Marcelo Cheche Galves, professor da Universidade Estadual do Maranhão. Leia em:

https://bicentenario2022.com.br/quem-le-tanta-noticia/

Leia, comente e compartilhe nas suas redes sociais! Aproveite para fazer o seu cadastro no site (botão “cadastre-se” no menu principal) e receber notificações do lançamento dos novos textos.


Equipe

Uma parceria da revista Almanack / SEO / Anpuh Nacional

André Roberto de A. Machado (Coordenação do Projeto - Unifesp/Almanack)

Andréa Slemian (Unifesp / Anpuh Nacional)

Carlos Augusto Bastos (UFPA)

Fabrício Prado (William & Mary / Almanack)

João Paulo Peixoto Costa (IFPI / UESPI)

Maria Elisa Noronha de Sá (PUC-Rio / Almanack)

Paulo Terra (UFF / Almanack)

Solange Rocha (UFPB)

 

Sequência de lançamentos dos próximos textos da Independência

 

08/03 - Existiu uma independência do Brasil? - João Paulo Pimenta (USP)

14/03 - Afrodescendentes e a Independência do Brasil - Luiz Geraldo Silva (UFPR)

21/03 - Quando foi a Independência do Brasil? - Hendrik Kraay (Universidade de Calgary)

28/03 - A Independência e o protagonismo popular - Sérgio Guerra Filho (UFRB)

11/04 - Os EUA e a Independência do Brasil: Uma História Escondida - Caitlin Fitz (Northwestern University)

18/04 - Povos indígenas e a independência - João Paulo Peixoto Costa (IFPI)

25/04- Defensores da “causa do Brasil e da sua independência”: Maçonaria e Independência do Brasil - Alexandre Mansur Barata (UFJF)

02/05 - Mulheres na Independência? - Ana Maria Veiga (UFPB)

09/05 - Quem lê tanta notícia? - Marcelo Cheche Galves (UEMA)

16/05 - Uma Monarquia entre Repúblicas - Fabrício Prado (William & Mary)

23/05 - A independência em tempos de milagre - Janaína Martins Cordeiro (UFF)

quinta-feira, 10 de março de 2022

ANPUH - PORTAL & BLOG - BRASIL: BICENTENÁRIO DAS INDEPENDÊNCIAS

 

ANPUH








 
 
     
  

ANPUH - PORTAL & BLOG - BRASIL: BICENTENÁRIO DAS INDEPENDÊNCIAS

 

 

Brasil: bicentenário das Independências

Acesse já em: https://bicentenario2022.com.br

 

Como sabe, neste ano o tema da independência ganhará grande evidência por conta do bicentenário do 7 de setembro de 1822, data consagrada popularmente e mesmo na historiografia como o marco de separação entre Portugal e sua colônia na América.

Por conta disso, a Associação Nacional de História, em parceria com a revista Almanack e com a Sociedade de Estudo do Oitocentos resolveu criar o portal Brasil: bicentenário das Independências (https://bicentenario2022.com.bre dentro dele o Blog das Independências (https://bicentenario2022.com.br/textos/) como forma de garantir que historiadores tenham voz no debate público que se fará a este respeito, sobretudo em um período em que o governo federal associa toda e qualquer pauta nacional às demandas conservadoras, valendo-se de toda a sorte de negacionismos e falsificações históricas.

De março a setembro de 2022, em todas as semanas o leitor encontrará nesse site um texto sobre a independência escrito por um grande especialista, mas dedicado ao público geral (veja a lista dos primeiros textos a serem publicados no final da mensagem). Serão textos curtos – com duas páginas – escrito em linguagem simples, buscando oferecer a um público amplo uma reflexão sofisticada, mas acessível a leitores pouco familiarizados com o debate acadêmico.

O texto de lançamento é Existiu uma independência do Brasil? do professor da USP João Paulo G. Pimenta (https://bicentenario2022.com.br/existiu-uma-independencia-do-brasil/)

Como essa ação, esperamos contribuir para qualificar o debate público sobre o tema da independência do Brasil. Compartilhe nas suas redes sociais!

Equipe

Uma parceria da revista Almanack / SEO / Anpuh Nacional

André Roberto de A. Machado (Coordenação do Projeto - Unifesp/Almanack)

Andréa Slemian (Unifesp / Anpuh Nacional)

Carlos Augusto Bastos (UFPA)

Fabrício Prado (William & Mary / Almanack)

João Paulo Peixoto Costa (IFPI / UESPI)

Maria Elisa Noronha de Sá (PUC-Rio / Almanack)

Paulo Terra (UFF / Almanack)

Solange Rocha (UFPB)

 

Sequência de lançamentos dos próximos textos da Independência

14/03 - Afrodescendentes e a Independência do Brasil - Luiz Geraldo Silva (UFPR)

21/03 - Quando foi a Independência do Brasil? - Hendrik Kraay (Universidade de Calgary)

28/03 - A Independência e o protagonismo popular - Sérgio Guerra Filho (UFRB)

11/04 - Os EUA e a Independência do Brasil: Uma História Escondida - Caitlin Fitz (Northwestern University)

18/04 - Povos indígenas e a independência - João Paulo Peixoto Costa (IFPI)

25/04- Defensores da “causa do Brasil e da sua independência”: Maçonaria e Independência do Brasil - Alexandre Mansur Barata (UFJF)

02/05 - Mulheres na Independência? - Ana Maria Veiga (UFPB)

09/05 - Quem lê tanta notícia? - Marcelo Cheche Galves (UEMA)

16/05 - Uma Monarquia entre Repúblicas - Fabrício Prado (William & Mary)

23/05 - A independência em tempos de milagre - Janaína Martins Cordeiro (UFF)



 

 
     
  
 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Livro apresenta uma história crítica do samba carioca de 1917 a 1990

Fonte: FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro Publicado em: 24/02/2022

Débora Motta

Um dos fundadores do Salgueiro, Djalma Sabiá, em
sua casa na comunidade
guardião das tradições
da escola de samba
 (Foto: Samuel Araújo)

Samba, agoniza mas não morre/Alguém sempre te socorre/ Antes do suspiro derradeiro...Os versos da música, imortalizados na criação do compositor Nelson Sargento, trazem à tona o debate sobre as transformações sofridas ao longo das décadas por esse gênero musical que representa de forma tão autêntica a cultura brasileira e a alma carioca. Para contar uma história do samba, desde seus primórdios, partindo de uma interpretação interdisciplinar com foco na música, o etnomusicólogo Samuel Araújo, professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EM/UFRJ), lança o livro Samba, sambistas e sociedade – um ensaio etnomusicológico. A obra foi publicada com recursos da FAPERJ, por meio do programa Apoio à Editoração (APQ 3), pela Editora UFRJ.

O livro é fruto do projeto de Doutorado do etnomusicólogo, que defendeu em 1992 sua tese na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (Uiuc/EUA), sob orientação do professor Bruno Nettl (1930-2020), que foi um dos grandes nomes nessa área de estudo. O recorte temporal da obra vai de 1917, ano em que a música Pelo telefone entrou para a história como o primeiro samba gravado a ter sucesso comercial no Brasil, até o ano de 1990.

“Fiz uma revisão histórica das referências do samba nesse período, apresentando o que foi produzido, os principais argumentos de jornalistas, antropólogos, cientistas sociais e críticos que pensaram teoricamente a evolução do samba, e um denso trabalho de etnografia. Durante o trabalho de campo, fui conversar diretamente com diversos sambistas relevantes, o que é um contraponto metodologicamente inovador nesse trabalho”, resumiu Araújo.

Entre os sambistas entrevistados, estão grandes nomes da Velha Guarda do Salgueiro, guardiões da memória e das tradições da escola de samba tijucana. Entre eles, o mestre Louro, da bateria do Salgueiro, os compositores Noca da Portela e Nelson Sargento (1924-2021) e a dona Haydée Blandina, jornalista e única mulher presidente do Salgueiro, a primeira que presidiu uma ala de compositores na escola, além de Djalma Sabiá, um dos fundadores da escola, falecido aos 95 anos em 2020. Ricamente ilustrado, a capa e as ilustrações internas são de autoria de Guilherme Sá, compositor da Mangueira que cursa seu Doutorado sob orientação de Araújo, na EM/UFRJ.

Samuel Araújo destaca a tradição da
Escola de Música da UFRJ nos estudos
de Etnomusicologia (Foto: Divulgação)


No primeiro capítulo, Perspectivas críticas sobre o samba de seus registros iniciais a 1990, a obra apresenta uma resenha da literatura relacionada ao samba, aponta a relativa ausência e possível relevância de abordagens musicológicas sobre o tema e propõe uma ênfase teórico-metodológica no samba como trabalho. No segundo, Samba como formação acústica, expõe as contribuições históricas que incidem sobre os modos de fazer samba no Rio de Janeiro, com destaque para os impactos dos meios de comunicação de massa na percepção desse gênero musical, como o chamado “efeito Carmen Miranda”, e dos seus aspectos afro-brasileiros. No terceiro capítulo, é apresentado um estudo sobre as escolas de samba, seus antecedentes, afiliação, metas, atividades e formas de patrocínio. O livro detalha ainda, no quarto capítulo, questões relacionadas à estrutura das baterias das escolas de samba e, no Capítulo 5, passeia pelas categorias de samba, como o samba de quadra, samba-enredo e partido alto, e apresenta os compositores entrevistados.

O autor reforça a importância da disciplina Etnomusicologia, tradicionalmente lecionada na Escola de Música da UFRJ, que estabeleceu já no ano de 1939 a cadeira Folclore Nacional, para investigar tradições orais da cultura brasileira. “A disciplina Etnomusicologia tem origem nas universidades germânicas no final do século 19, quando a cultura do Brasil já era objeto de estudo, assim como outros países do mundo colonial”, contextualizou Araújo, que é professor da disciplina tanto na graduação como nos cursos de pós-graduação, além de liderar o grupo de pesquisa Laboratório de Etnomusicologia na Escola de Música da UFRJ.

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Curso de História do Brasil República - Da Primeira República ao Governo Bolsonaro.

 Prezados colegas,


Durante os sábados do mês de setembro, irei ministrar o curso de História do Brasil República: da Primeira República ao Governo Bolsonaro, das 10h às 11h:


O curso HISTÓRIA DO BRASIL REPÚBLICA: DA PRIMEIRA REPÚBLICA AO GOVERNO BOLSONARO terá início no próximo dia 04 de setembro. Os encontros virtuais acontecerão sempre aos sábados, das 10h às 11h. 

Neste curso iremos contemplar os processos históricos relevantes da História do Brasil República. A iniciativa tem como objetivo lançar luzes sobre os principais eventos e acontecimentos no Brasil Republicano, com ênfase nas evidências e nas interpretações históricas realizadas.

Público-Alvo: Estudantes de História, candidatos a concursos e aqueles que são interessados em História.

Haverá emissão de certificado no final do curso.

O curso terá quatro módulos (um módulo por sábado):

04/09/21 - MÓDULO I :

- A Crise do Império;
- A Primeira República: imaginário e modernização;
- Os governos na Primeira República: de Deodoro a Washington Luís;
- As elites na Primeira República: coronelismo e burguesia cafeeira;
- Os efervescentes anos 1920: Modernismo, Tenentismo e transformações no mundo do trabalho.

11/09/21 - MÓDULO II:

- A Revolução de 1930;
- A Era Vargas (1930-1945);
- O Estado Novo;
- O tempo da experiência democrática (1946 a 1964);
- O golpe civil-militar e a ditadura militar no Brasil;
- Os governos militares;

18/09/21 - MÓDULO III:

- A luta armada e a resistência à ditadura;
- O milagre econômico brasileiro;
- O fim da ditadura: anistia e movimentos pelas Diretas Já;
- Tancredo Neves e o governo Sarney;
- A Constituição de 1988: a Constituição Cidadã.

25/09/21 - MÓDULO IV:

- Os governos Collor e Itamar Franco;
- Os governos Fernando Henrique Cardoso;
- Os anos do PT na Presidência da República;
- O governo Bolsonaro.
- Encerramento do curso.

Para mais informações, envie um e-mail para historicasdicas@gmail.com , com sua pergunta, que responderemos.

Saudações Históricas,

Prof. Dr. Fabrício Gomes

Doutor em História (CPDOC/FGV)

Mestre em História (UNIRIO)

Curso de História do Brasil República - Da Primeira República ao Governo Bolsonaro.


quinta-feira, 22 de julho de 2021

Genevieve Naylor: um olhar humanizado sobre o Brasil da Boa Vizinhança.

Fonte: FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

Débora Motta

Registro de um ambulante no calçadão de Copacabana,
pelas lentes de Genevieve Naylor (Foto: Reprodução)  

As imagens oficiais do Brasil produzidas durante o período getulista do Estado Novo (1937-1945), pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), eram marcadas pelo discurso visual de exaltação à pátria e de grandiosidade, influenciado pelos regimes fascistas europeus da época. Um olhar feminino, entretanto, registrou de forma peculiar e humanizada o cotidiano do País nesse período, em um tempo que o acesso às câmeras fotográficas, ainda analógicas, era algo raro. A fotógrafa americana Genevieve Naylor (1915-1989), em expedição pelo Brasil, registrou imagens históricas que correram o mundo em galerias internacionais e se tornaram fundamentais para a construção da imagem da brasilidade no exterior durante o período conhecido na historiografia como Política da Boa Vizinhança, de estreitamento das relações culturais e diplomáticas entre Estados Unidos e América Latina. Esse é o tema de estudo da pesquisadora Ana Maria Mauad, professora titular do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Integrante do Laboratório de História de Oral e Imagem (Labhoi/UFF), Ana vem se dedicando ao tema desde a realização do seu doutorado, na década de 1990, e atualmente recebe o apoio da FAPERJ por meio do programa Cientista do Nosso Estado. “São imagens muito significativas, porque no Brasil, durante o Estado Novo, não tinha muita gente fotografando, além dos fotógrafos oficiais do DIP, que eram, por sinal, todos homens, incluindo refugiados da Alemanha e da França, como Peter Langue, Erich Hess, Paul Stille e Jean Manzon, além dos brasileiros Jorge de Castro e Epaminondas Macedo. Ela foi uma fotógrafa humanista, apoiada nos padrões de uma fotografia que aproximava a câmera do seu fotografado e identificava as pessoas nos seus espaços”, contextualizou a historiadora da imagem.

As fotos de Genevieve não eram uma propaganda direta, como a cineasta alemã Leni Riefenstahl fazia ao nazismo de Hitler. “Sua obra retratava um território visual. Era uma cartografia sensível de pessoas e lugares que buscava aproximar a vivência cotidiana de brasileiros e estadunidenses. A Genevieve fotografava na altura do olho, não criava grandes cenários massivos nem estéticas grandiosas, como o DIP e a propaganda oficial fascista. Focava nas pessoas e nos entornos delas, com variedade de personagens e lugares, desde cenas cariocas, como o Carnaval, o passeio de um ambulante na praia de Copacabana, um jogo de futebol; passando por imagens de festas religiosas e de imagens do Aleijadinho, em Minas Gerais, até imagens do Brasil profundo, no sertão nordestino, captadas durante suas incursões rumo ao Rio São Francisco”, detalhou Ana.

Ana Mauad: pesquisa sobre a fotógrafa Genevieve Naylor,
que contribuiu para a construção da imagem do Brasil no

exterior durante o Estado Novo (Foto: Divulgação/UFF)  

Genevieve Naylor fotografou o Brasil durante sua permanência no país, em 1941 e 1942, durante a Segunda Guerra, como funcionária do Office of the Coordinator of Inter-American Affairs (CIAA), órgão dirigido por Nelson Rockefeller e responsável pela cooperação interamericana e implementação da Política da Boa Vizinhança. Em janeiro de 1943, ela se tornou a primeira mulher convidada a expor no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), com a mostra Faces and Places in Brazil, que foi levada a vários museus americanos, retratando os modos de vida do povo brasileiro à época. Apresentando o modo brasileiro de ser, a imprensa americana noticiou o trabalho dela juntamente com a do fotógrafo americano Kidder Smith, que registrou na mesma época a arquitetura de Brasília, na exposição Brazil Builds. “Genevieve tinha o olhar de quem se formou na melhor tradição da fotografia engajada, influenciada pela geração de fotógrafos da Farm Security Administration, agência criada durante o governo Roosevelt (1933-1945) que se notabilizou ao contratar fotógrafos profissionais que criaram uma estética original para registrar as condições de vida no campo nos Estados Unidos e validar a necessidade da implantação das medidas sociais e econômicas propostas no New Deal”, explicou.

O cenário norte-americano de então era delimitado pela experiência da depressão econômica dos anos 1930, pelo crescimento urbano, pelas experimentações das vanguardas artísticas e pelas instituições criadas no âmbito do Estado de Bem-Estar Social — o New Deal, lançado pelo presidente Roosevelt. “Havia ainda o interesse, por parte do Departamento de Estado dos EUA, em consolidar a presença estadunidense na América Latina através de acordos comerciais, planos de cooperação internacional e, por fim, de alianças políticas que garantissem a hegemonia dos Estados Unidos na região”, contextualizou Ana. Se o Brasil tinha, por um lado, Carmen Miranda como embaixadora da música nacional, o imaginário fotográfico da Boa Vizinhança ficou marcado pela obra de Genevieve.  

A pesquisadora publicou diversos artigos sobre o tema, entre eles “Genevieve Naylor, fotógrafa: impressões de viagem (Brasil, 1941-1942)”, na Revista Brasileira de História (vol.25, nº 49); o artigo “O olhar engajado: fotografia contemporânea e as dimensões políticas da cultura visual”, em que compara aspectos da obra de Genevieve com as fotos de Sebastião Salgado, na revista ArtCultura, da Universidade Federal de Uberlândia (vol. 10, nº 16); e a Good Neighbor Photographer in Brazil (1941-42), na revista Crítica Cultural, de Santa Catarina (v. 12, n. 2). “A obra de Genevieve ajuda a reconstruir os itinerários da fotografia pública brasileira e a imagem do Brasil no exterior”, concluiu. Atualmente, a obra de Genevieve está em cartaz no Metropolitan, em Nova York, na exposição The New Woman Behind the Camera.    

sexta-feira, 9 de julho de 2021

SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA MILITAR.

Página do V Simpósio Nacional de História Militar | Sobre | Programação | Contato         

V Simpósio

Nacional de

História Militar.​ 

IV Encontro de História Militar

do GTHM-ANPUH/RS.

BALANÇOS E PERSPECTIVAS DA HISTÓRIA MILITAR NO BRASIL

18 a 21 de outubro de 2021

PROMOÇÃO
GT DE HISTÓRIA MILITAR - ANPUH/BRASIL
GT HISTÓRIA MILITAR - ANPUH/RS

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Livro revisita a produção literária de Álvares de Azevedo

 

Fonte: FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro Débora Motta


Obra analisa a produção literária do escritor que
se tornou uma referência do 
Romantismo
na literatura brasileiro
 (Imagem: Reprodução)

Poeta da melancolia, da atmosfera gótica e das paixões idealizadas, Álvares de Azevedo (1831-1852) é a maior referência do ultrarromantismo na literatura nacional. Em 2021, quando se completam os 190 anos de nascimento do escritor, a professora e pesquisadora de Literatura Brasileira da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Andréa Sirihal Werkema, bolsista do programa Jovem Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ, lança o livro “Cuidado leitor” – Álvares de Azevedo pela crítica contemporânea (Ed. Alameda Editorial, 2021, 282 p.) - https://www.alamedaeditorial.com.br/critica-literaria/cuidado-leitor-organizacao-de-andrea-sirihal-werkemaOrganizada por Andréa, a obra reúne nove capítulos, escritos por pesquisadores de diversas instituições de ensino superior do Sudeste, estudiosos da produção literária do autor, que se destacou com títulos como Noite na Taverna e Macário.

Cada um dos capítulos apresenta e discute aspectos da obra de Álvares de Azevedo que dizem respeito a sua poesia, visão de mundo romântica e inserção no contexto do Romantismo, brasileiro ou global. “Trata-se de um livro produzido inteiramente durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, quando entramos em trabalho remoto, o que reafirma a importância do trabalho das universidades brasileiras nesse momento para a preservação do nosso patrimônio cultural”, contextualizou Andréa. O título do livro é uma alusão ao prefácio que ele escreveu para a segunda parte da Lira dos Vinte Anos. Após concluir a primeira parte, marcada pelo lirismo, ele avisa que a obra entrará em outra atmosfera, cômica e grotesca. “Cuidado, leitor, ao voltar esta página! Aqui dissipa-se o mundo visionário e platônico. Vamos entrar num mundo novo, terra fantástica, verdadeira ilha Baratária de D. Quixote, onde Sancho é rei e vivem Panúrgio, sir John Falstaff, Bardolph, Fígaro e o Sganarello de D. João Tenório: — a pátria dos sonhos de Cervantes e Shakespeare.”

Em Cuidado, leitor, o primeiro capítulo após a Apresentação, intitulado “Um romântico brasileiro e seus modelos clássicos”, é assinado por Andréa. “A obra de Azevedo é diversa, visitando diferentes gêneros literários, como poesia e prosa; drama, narrativa e crítica. Podemos hoje afirmar que sua produção, publicada postumamente, tem qualidades que asseguraram o interesse da crítica nesses muitos anos que se passaram”, disse a doutora em Estudos Literários. “O lugar de Álvares de Azevedo na literatura brasileira é bastante interessante, já que ele faz parte do cânone de nosso Romantismo, sem dúvida, mas, ao mesmo tempo, está ali colocado como um romântico antinacionalista, invertendo a imagem mais comumente vendida do movimento romântico entre nós, caracterizada pelo indianismo e por temas que reforçavam a imagem nacionalista da então recém-criada República brasileira”, explicou. 

A autora da obra e professora da Uerj, Andréa
Sirihal Werkema, destaca a maturidade literária
da bibliografia do jovem Álvares de Azevedo

O segundo capítulo, “Um sopro republicano e de vingança escrava”, é escrito pela professora da Universidade de São Paulo (USP) Cilaine Alves Cunha. O terceiro, “Álvares de Azevedo ou o fetiche de Solfieri”, é do professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Gilberto Araújo. O quarto, “Ainda sobre o gótico no Brasil”, é assinado pelo professor do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Júlio França. O quinto capítulo, “Emulação e paródia no fragmento IX de Ideias íntimas”, é da professora de Teoria Literária da Universidade Federal de Viçosa (UFV) Natália Gonçalves de Souza Santos. O sexto, “O desencantamento em Álvares de Azevedo”, da doutoranda no Programa de Pós Graduação em Literatura Brasileira da USP Patrícia Aparecida Guimarães de Souza. O sétimo, “Ideias íntimas [fragmentos, ensaio, da Trindade em Lira dos vinte anos], é do professor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada da UFMG Rafael Fava Belúzio. O oitavo, “Endereçamento, amizade e ecos de uma querela filosófica na meditação de “Panteísmo”’, é do professor associado de Literatura Brasileira da USP Vagner Camilo. O último capítulo, do professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) Wilton José Marques, intitula-se “O fantasma de Álvares de Azevedo e Machado de Assis: alguns diálogos.”

Filho do advogado Inácio Manoel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Silveira da Motta Azevedo, Álvares de Azevedo passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo, em 1847, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde se destacou desde cedo no cenário literário. Durante o curso, teria traduzido o quinto ato de Otelo, de Shakespeare, e a obra Parisina, do poeta britânico Lord Byron, sua grande influência literária. Fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849) e fez parte da Sociedade Epicureia. Entre seus contemporâneos na faculdade encontravam-se José Bonifácio, o Moço, Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães, os dois últimos suas maiores amizades em São Paulo, que se tornariam escritores.

O jovem acadêmico de Direito morreu precocemente, aos 21 anos incompletos, quando passava as férias no Rio. Ele teria desenvolvido um tumor na região ilíaca após cair de um cavalo, e embora a causa de sua morte seja, muitas vezes, apontada como tuberculose, ela ainda é controversa. “Sua contribuição para a literatura brasileira é inegável. Azevedo influenciou outras gerações de escritores românticos, na prosa e na poesia, como o próprio Castro Alves. O mais impressionante na sua obra, toda publicada postumamente, é o grande volume de coisas escritas por um autor que morreu tão jovem. Mostra que ele era um autor amadurecido, refletindo sobre a obra que queria construir, com uma coerência interna entre os textos. Há aspectos, já levantados pela crítica, que sugerem inclusive uma continuação do drama Macário na narrativa de Noite na Taverna, por exemplo”, concluiu Andréa.

domingo, 13 de junho de 2021

Episódios do programa da rádio Nacional - Na trilha da História - temas relacionados a História do Brasil.


Na Trilha da História é um programa de rádio que mistura um bate-papo sobre história do Brasil e do mundo com músicas. Toda semana, a apresentadora Isabela Azevedo recebe um entrevistado para falar sobre um período ou personagem histórico. A conversa é intercalada com canções sobre o tema. Com linguagem neutra, leve e bem-humorada, os episódios destacam as curiosidades raramente ensinadas em sala de aula.

Na Trilha da História - Izabela Azevedo.
Na Trilha da História - Isabela Azevedo



















segunda-feira, 3 de maio de 2021

5 de Maio – Dia Mundial da Língua Portuguesa celebrado com Ciclo de Debates.

 FONTE: CPLP | Comunidade dos Países de Lingua Portuguesa 


5 de Maio – Dia Mundial da Língua Portuguesa celebrado com Ciclo de Debates.


Nota informativa

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) está a organizar um Ciclo de Debates sob o tema «Promoção e Difusão da Língua Portuguesa: Estratégias Globais e Políticas Nacionais», inserido nas comemorações do 5 de maio - Dia Mundial da Língua Portuguesa e Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP.

O Ciclo de Debates conta com quatro sessões, entre os meses de abril e maio de 2021, em formatos presencial e online, com a apresentação de painéis e discussão em mesas-redondas, nos quais participarão Representantes dos Estados-Membros, dos Observadores Associados e Consultivos da CPLP e outras instituições da sociedade civil.

No dia 5 de maio de 2021, além do painel de debate, realiza-se uma sessão solene com as intervenções do Secretário Executivo da CPLP, Embaixador Francisco Ribeiro Telles, do Embaixador Eurico Monteiro, em representação da Presidência cabo-verdiana em exercício da CPLP, a entrega do Prémio Fernão Mendes Pinto e do Prémio da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), seguido de um momento musical, pelo cantor angolano Paulo Flores.

Na 40.ª sessão da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a 25 de novembro de 2019, o 5 de maio foi reconhecido como Dia Mundial da Língua Portuguesa.

O 5 de maio foi instituído como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP pela XIV Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, decorrida a 20 de julho de 2009.

PROGRAMA

13 de abril de 2021 - 10H30
Notas de Abertura:
- Francisco Ribeiro Teles, Secretário Executivo da CPLP
- Rui Lourido, Coordenador da Comissão Temática para a Promoção e Difusão da Língua Portuguesa da CPLP

Painel 1 – «Políticas da Língua Portuguesa: das estratégias globais às políticas nacionais»
- Vítor Ramalho, Secretário-Geral da UCCLA
- Francisco Nuno Ramos, Observatório da Língua Portuguesa
- Guilherme D’ Oliveira Martins, Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian
- Tony Tcheka, Editor, Poeta, Escritor
- Margarita Correia, Presidente do Conselho Científico do IILP, Moderadora


29 de abril de 2021 - 12H00
Notas de Abertura
- Armindo Brito Fernandes, Diretor-Geral da CPLP

Painel 2 - «O ensino da língua portuguesa em contextos multilingues»
- João Ribeiro de Almeida, Presidente do Camões, IP
- Paulino Franco de Carvalho Neto, Secretário de Comunicação e Cultura do Itamaraty
- Filipe Zau, Reitor da Universidade Independente de Angola
- Benjamim Corte Real, Comissão Nacional do IILP de Timor-Leste
- Samima Patel, Comissão Nacional do IILP de Moçambique
- Luísa Moreira, Membro do Conselho Diretivo do Observatório da Língua Portuguesa
- Incanha Intumbo, Diretor Executivo do IILP, Moderador


5 de maio de 2021 - 10H00
Sessão Solene
- Francisco Ribeiro Telles, Secretário Executivo da CPLP
- Eurico Monteiro, Presidência cabo-verdiana em exercício da CPLP
- Entrega do Prémio Fernão Mendes Pinto (intervenção da AULP e do galardoado)
- Prémio Literário da UCCLA (intervenção da UCCLA e do galardoado)
- Momento de música, com o cantor angolano Paulo Flores

Painel 3 - «Português, língua de cultura, ciência e inovação»
- António Sampaio da Nóvoa, Embaixador de Portugal junto da UNESCO
- Amélia Dalomba, escritora angolana
- Marco Lucchesi, Presidente da Academia Brasileira de Letras
- José Luís Hopffer Almada, jurista, poeta e ensaísta cabo-verdiano
- Sheila Khan, Profª Universitária/investigadora moçambicana
- João Ima-Panzo, Diretor de Ação Cultural e Língua Portuguesa, Moderador


19 de maio de 2021 - 12H00
Painel 4 - «Internacionalização da língua portuguesa após a conquista do Dia Mundial: que desafios?»
- Hercules do Nascimento Cruz, Representante de Cabo Vede junto da UNESCO
- Fatoumata Keita, Diretora de Gestão de Conferências e Publicações da União Africana
- Francisco Nuno Ramos, Membro do Conselho Diretivo, Observatório da Língua Portuguesa
- Luís Reto, Centro de Estudos Internacionais Instituto Universitário de Lisboa – ISCTE
- Representante da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane
- Paula Alves de Souza, Diretora do Departamento Educacional e Cultural do Itamaraty
- João Ima-Panzo, Diretor de Ação Cultural e Língua Portuguesa, Moderador

Notas de Encerramento
- Armindo Brito Fernandes, Diretor-Geral da CPLP

Arquivo do blog

Seguidores do Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB.