Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Grupo de poderosos liderou a Conjuração Baiana de 1798




Grupo de poderosos liderou a Conjuração Baiana de 1798

Os livros didáticos ensinam que a Conjuração Baiana de 1798 foi um movimento de milicianos e escravos pela independência do Brasil. Mas uma pesquisa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP revela que, na verdade, o movimento foi liderado por um grupo de oito grandes poderosos da alta sociedade soteropolitana e motivado pela perda de privilégios e de poder deste grupo.
"Conforme as investigações da Coroa Portuguesa avançaram, o grupo recuou, pois conseguiu manter os privilégios e o poder", conta a historiadora Patrícia Valim, autora da tese de doutorado que investigou o tema. "Encontramos documentos que mostram que esses poderosos fizeram a "pronta-entrega" de seus escravos à justiça para livrarem-se da acusação de prática sediciosa, o que comprova a participação deles na liderança do movimento", descreve.

Execução ocorreu na Praça da
Piedade, em Salvador.
Aos oito poderosos,
nada ocorreu
Os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino, e os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga foram enforcados, esquartejados e os corpos expostos, em Salvador, em 8 de novembro de 1799. Já aos oito poderosos, nada aconteceu. Entre eles estavam José Pires de Carvalho e Albuquerque, secretário de Estado e Governo do Brasil e o terceiro homem mais rico da Bahia, e Francisco Vicente Viana, ajudante de ordens do governo local e presidente da província da Bahia, entre 1823-1825.
De acordo com Patrícia, nos últimos 20 anos, diversos historiadores têm colocado em xeque a "versão oficial" do ocorrido. Para realizar a pesquisa, a historiadora analisou documentos em arquivos portugueses e brasileiros, como os autos das devassas (processos de investigação da Coroa), inventários, cartas de autoridades da Bahia, Portugal e das Ilhas de São Tomé e Príncipe (colônia portuguesa e importante ponto comercial onde ocorriam as paradas dos navios negreiros que saíam da Guiné equatorial rumo ao Brasil e que, depois de 1753, ficou sob jurisdição da capitania da Bahia).
Perda de poder e revolta
Desde meados do seculo 18 um grupo de homens muito poderosos da alta sociedade soteropolitana era beneficiado pelas reformas empreendidas pelo Marques de Pombal, primeiro-ministro do reinado de Dom José I (1714-1777), em Portugal.
A situação mudou a partir de 1796. O secretário dos Domínios Ultramarinos, Dom Rodrigo de Souza Coutinho, realizou uma série de reformas modernizantes que contrariava os interesses dos poderosos. "A partir dessas reformas, o grupo se revolta e passa a reivindicar a manutenção e ampliação de seus privilégios políticos e econômicos por meio de ameaças que compunham a cadência da Revolução Francesa de 1789, à época em curso, tais como: fim do absolutismo, livre comércio e implantação de um regime de governo republicano. O grupo se une ao contingente armado da capitania cujas reivindicações eram o aumento do soldo e isonomia nos critérios de ascensão aos postos militares", explica. O movimento passa a divulgar uma série de 11 boletins manuscritos afixados em prédios públicos de Salvador convocando a população para um levante e, com isso, a Coroa começa a investigar o movimento e descobre a participação dos poderosos.

Manifestantes conclamavam a
população por meio de boletins
manuscritos
Por volta de 1796, Antoine René Larcher, comandante de um navio francês, chega a Salvador, onde permanece cerca de um mês convivendo com pessoas da alta sociedade local. Larcher acaba por revelar que Napoleão tinha planos de invadir a Bahia e que a França poderia ajudar com o movimento dos revoltosos.
A historiadora conta que a Bahia representava, para Portugal, um importante pólo político, econômico e social da colônia, junto com a capital, Rio de Janeiro. Segundo a pesquisa revelou, vários documentos da época atestam que havia livre comércio entre a França e São Tomé e Príncipe, sem que houvesse interferência da Coroa ou das autoridades baianas. E, segundo a pesquisadora, o grupo de oito poderosos esteve envolvido em vários conflitos na Bahia, no final do século 18, sendo que alguns estiveram associados direta ou indiretamente em conflitos com as outras colônias de Portugal, inclusive em São Tomé e Príncipe.
Invasão francesa
"A Coroa Portuguesa empreendeu uma série de soluções de compromisso com esse grupo de poderosos", conta Patrícia, ressaltando que "o principal relaciona-se à política de concessão de territórios com o objetivo de a Coroa manter sua tradicional posição de neutralidade política nos conflitos entre as nações europeias." Ela conta que, em novembro de 1799, com a ajuda de Dom Fernando José de Portugal e Castro, governador da capitania da Bahia, que atrasou o envio de armas para São Tomé e Príncipe, a França invadiu a ilha de Príncipe sem encontrar nenhuma resistência da Coroa. "Ao ceder a ilha, a Coroa estava estava preservando a Bahia", explica. No mesmo ano, os quatro homens foram executados.
"Com isso, podemos concluir duas coisas: a elite brasileira sempre se valeu de qualquer mecanismo para se manter no poder. E a outra é que, no Brasil, todo e qualquer exercício político da camada mais pobre da população acaba sendo criminalizado", finaliza.
A tese de doutorado Corporação dos enteados: tensão, contestação e negociação política na Conjuração Baiana de 1798 foi apresentada em 30 de janeiro de 2013 sob a orientação da professora Vera Ferlini. Patrícia teve bolsa de apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Imagem do boletim manuscrito cedida pela pesquisadora
Imagem da Praça da Piedade: Wikimedia
Mais informações: email pvalim@usp.br, com a historiadora Patrícia Valim

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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
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    quinta-feira, 25 de abril de 2013

    Curso de Extensão "Quadrinhos, Linguagem e História".

    Peço divulgação.
    O curso, ministrado por Márcio dos Santos Rodrigues, é promovido pelo Grupo de Estudo e Trabalho em História e Linguagem (FAFICH-UFMG), no projeto "Linguagem das fontes", que integra o projeto de extensão "Ensino de História e Linguagens: da graduação à educação básica, práticas de leitura documental", com apoio do Palácio das Artes.
    Att,
    Renata Moreira

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    quarta-feira, 24 de abril de 2013

    Convocatoria para articulos. REVISTA TALLER (SEGUNDA ÉPOCA). Dossier: Un balance de la lucha armada en América Latina (1959-2013). Plazo: hasta 5 de junio 2013






    REVISTA TALLER (SEGUNDA ÉPOCA)

    Sociedad, Cultura y Política en América Latina

    http://taller.historiaoralargentina.org/

    Convocatoria para artículos y reseñas



    Dossier: Un balance de la lucha armada en América Latina (1959-2013)

    Coordinador: Esteban Campos (Universidad de Buenos Aires-CONICET)
    estebancampos1977@gmail.com

    La guerra de guerrillas en América Latina es un fenómeno que se resiste a ser olvidado por varias razones.   En algunos países la existencia de movimientos armados está a la orden del día, como ocurre en México y Colombia. En otros, particularmente en América Central, las organizaciones guerrilleras se convirtieron en actores centrales de los procesos de paz que canalizaron la conflictiva transición democrática de la región. En la actualidad, el Frente Sandinista de Liberación Nacional en Nicaragua y el Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional en El Salvador, abandonaron la lucha armada y se consolidaron como actores políticos de peso en sus respectivos países. En el Cono Sur, las guerrillas fueron ampliamente derrotadas, pero la huella que dejaron en la cultura política del subcontinente da lugar a fuertes polémicas, que afectan tanto a la memoria pública como al campo académico. Tanto por el peso que tuvo en el pasado, como por las implicancias que tiene en el presente, el problema de la lucha armada en América Latina sigue planteando desafíos para la investigación. Por eso, son numerosos los problemas que rodean al debate sobre la lucha armada en América Latina: a la agenda más tradicional, que estudió la composición social de las guerrillas; su relación con el movimiento campesino, obrero y estudiantil; el vínculo con la Revolución cubana, se le agregaron nuevas problemáticas: la cultura política guerrillera; las mujeres en la guerrilla, la articulación entre movimientos armados de distintos países. TALLER (Segunda Época) convoca a investigadores de las diferentes ramas de Ciencias Sociales y Humanísticas a presentar trabajos originales que aborden la temática propuesta, sean estudios bibliográficos, estudios de caso, ensayos comparativos o estudios de escala local, nacional, regional y  transnacional y/o trabajos que aporten una reflexión conceptual sobre la problemática de la lucha armada en América Latina entre 1959 y el presente.

    TALLER (Segunda Época) es una publicación académica interdisciplinaria destinada a un público especializado en problemas de América Latina contemporánea. Publica trabajos inéditos y originales que realicen una contribución sobre los problemas contemporáneos de América Latina, promuevan el debate entre investigadores y den cuenta de las perspectivas historiográficas vigentes en la actualidad. Además incentiva la difusión de fuentes originales y la importancia del balance de las principales publicaciones sobre la temática a través de reseñas críticas.

    Todos los textos pueden enviarse hasta el 5 de junio de 2013, respetando las normas de publicación que se adjuntan.  Los artículos para el Dossier deberán ser enviados a la dirección del coordinador del mismo con copia a la revista. Mientras que los artículos y las reseñas no relacionados con el Dossier deberán ser enviados a la dirección de la revista. taller.segunda.epoca@gmail.com


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    Unesp lança mais 54 títulos digitais para download gratuito


    Obras integram coleção Propg-Digital, da Fundação Editora da Unesp, que passa a contar com 192 títulos (Wikimedia)

     URL: agencia.fapesp.br/17177
     

    Unesp lança mais 54 títulos digitais para download gratuito

    24/04/2013
    Fonte: Agência FAPESP – A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Editora Unesp disponibilizam nesta quarta-feira (24/04) 54 novos títulos do selo Cultura Acadêmica para download gratuito. As obras integram a Coleção Propg/FEU Digital, que conta agora com 192 títulos.
    A coleção, iniciada em 2010, publica livros em primeira edição apenas nos formatos digitais, com a possibilidade de download gratuito. De acordo com a Unesp, o objetivo é democratizar a produção acadêmica – todos os títulos são assinados por docentes da universidade e abordam temas da área de Ciências Humanas.
    A coleção funciona como laboratório de iniciativas na área do livro digital, segundo os responsáveis pelo Cultura Acadêmica, o segundo selo da Fundação Editora da Unesp. A meta é publicar mil livros até 2020.
    Na cerimônia de lançamento, prevista para ocorrer às 9h na sede da Editora Unesp em São Paulo, o presidente da editora, José Castilho Marques Neto, proferirá a palestra "Os e-books e a democratização do conhecimento".
    Após a apresentação do projeto e dos livros novos, o público poderá conferir as obras por meio de iPads que ficarão disponíveis até as 16 horas, quando se encerram as atividades. Os autores dos livros também estarão presentes.
    A programação será transmitida ao vivo pelo endereço www.faacwebtv.com.br/ebook e haverá sorteio de 54 pen cards (pen drives) para internautas que fizerem downloads das obras durante o evento.
    Entre os lançamentos, estão A atuação de Joel Silveira na imprensa carioca (1937-1944), resultado do mestrado de Danilo Wenseslau Ferrari na Unesp de Assis; A esfera da percepção: considerações sobre o conto de Julio Cortázar, de Roxana Guadalupe Herrera Alvarez; A influência do lobby do etanol na definição da política agrícola e energética dos EUA (2002-2011), de Laís Forti Thomaz; e A inserção no exercício da docência: necessidades formativas de professores em seus anos iniciais, resultado do mestrado de Naiara Mendonça Leone.
    Mais informações e a lista completa dos 54 novos títulos pode ser conferida em www.unesp.br/portal#!/noticia/10669
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    segunda-feira, 22 de abril de 2013

    História, imagem e narrativas - edição 16 no ar!

     Já se encontra no ar a edição número 16 de "História, imagem e narrativas. Confiram os novos artigos no link abaixo. Os pesquisadores já podem ir preparando material para a próxima edição. Haverá também um novo dossiê.http://www.historiaimagem.com.br/edicao16abril2013/edicao16.php

    Símbolos do Universo Onírico

    Os símbolos estão em toda parte. Eles atuam em nossa percepção de um modo ou de outro e estão integrados ao nosso fazer cotidiano. É nas manifestações artísticas e literárias, no entanto, que eles se expressam em sua forma mais extrema, evocando matrizes culturais, construções históricas e material proveniente do Inconsciente, quer este seja entendido (...) (leia mais no EDITORIAL)
    Cordialmente,
    Carlos Hollanda

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    terça-feira, 16 de abril de 2013

    Cidade natal de von Martius recebe exposição Brazilian Nature


    Responsável pelo maior levantamento já feito da flora brasileira, Carl Friedrich Philipp von Martius ganha exposição sobre sua obra em Erlangen, na Baviera. Na foto, casa em que nasceu o naturalista, em 1794 (foto:Walter Welss)

     URL: agencia.fapesp.br/17134
     

    Cidade natal de von Martius recebe exposição Brazilian Nature

    16/04/2013
    Fonte: Agência FAPESP – A partir de 18 de abril, a exposição Brazilian Nature – Mystery and Destiny poderá ser vista na cidade de Erlangen, na Alemanha, onde nasceu o naturalista Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868), autor do mais completo levantamento já realizado sobre a flora brasileira.
    Parceria entre a FAPESP e o Museu Botânico de Berlim, a exposição resgata o trabalho de documentação feito por von Martius no Brasil de 1817 a 1820, que resultou na publicação da Flora brasiliensis, cujo primeiro volume foi lançado há 171 anos.
    Na Alemanha, a exposição – que já passou por Berlim, Bremen, Leipizig, Heidelberg e Eichstätt – chega agora ao Jardim Botânico da Universidade de Erlangen-Nuremberg, segunda maior do Estado da Baviera e localizada na cidade natal de von Martius, um dos mais destacados naturalistas do século 19 e um dos mais importantes pesquisadores da flora brasileira.
    Reunido na Flora brasiliensis, o trabalho de von Martius deu origem também ao projeto Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, que inclui a atualização da nomenclatura utilizada no original e a inclusão de espécies descritas depois de sua publicação, com novas informações e ilustrações recentes.
    A exposição possibilita comparar imagens originais com fotografias atuais de plantas e biomas e retratar alguns dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito do projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e do programa BIOTA-FAPESP, que reúne estudos sobre caracterização, conservação, recuperação e uso da biodiversidade de São Paulo.
    Concebida com base nos dados provenientes desses projetos, todos apoiados pela FAPESP, a exposição é composta por 37 painéis, com reproduções de imagens e ilustrações e textos explicativos. Além da Alemanha, a mostra já foi vista em Toronto (Canadá), Washington, Cambridge e Morgantown (Estados Unidos), Salamanca e Madri (Espanha) e em Tóquio (Japão).
    Walter Welss, professor e consultor científico do Jardim Botânico de Erlangen, destaca que a exposição ajuda a retratar o resultado científico da expedição de von Martius ao Brasil. De acordo com Welss, até a expedição, o país era praticamente desconhecido na Alemanha, o que se modificou completamente após o retorno do naturalista à Europa.
    "A pesquisa sobre a biodiversidade do maior país da América do Sul iniciou-se aqui em Erlangen, por meio da ação de von Martius, que viajou pelo Brasil com Johann Baptist von Spix, originário da cidade vizinha de Höchstadt an der Aisch. O resultado científico dessa grande expedição foi extraordinariamente grande e abrangente, mas hoje von Martius ainda é mais conhecido no Brasil do que em sua terra natal", disse Welss.
    A exposição em Erlangen será aberta um dia após o aniversário de 219 anos do nascimento de von Martius. O botânico alemão nasceu em 17 de abril de 1794 em Erlangen, onde estudou medicina, obtendo título de doutor com a tese Flora Cryptogamica Erlangensis, que tinha como tema plantas do Jardim Botânico de Erlangen.
    A abertura da exposição ficará a cargo de Christoph Korbamacher, vice-presidente da Universidade de Erlangen-Nuremberg, seguida por palestra de Carlos Joly, professor do Departamento de Botânica do Instituto de Biologia da Unicamp e coordenador do Programa BIOTA-FAPESP.
    A exposição Brazilian Nature – Mystery and Destiny poderá ser visitada pelo público alemão até 1º de setembro de 2013. Já os painéis digitalizados da exposição podem ser vistos com legendas em português, inglês, espanhol, japonês e alemão no endereço: www.fapesp.br/publicacoes/braziliannature.
    Pesquisas complementares
    O projeto Flora Brasiliensis On-line e Revisitada corresponde à primeira parte da exposição e representa uma continuidade ao trabalho de von Martius, que teve seu último volume publicado em 1906, depois da morte do autor. Em 2006, o projeto disponibilizou na internet a versão integral da obra do naturalista, com 10.207 páginas com os textos das descrições das quase 23 mil espécies e perto de 4 mil ilustrações.
    O trabalho, financiado em parceria por FAPESP, Fundação Vitae e Natura, foi executado pelo Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), pela Unicamp e pelo Jardim Botânico de Missouri, nos Estados Unidos, e pode ser acessado em:
    A segunda parte da exposição remete ao projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, iniciado em 1993 e que já publicou sete volumes contendo informações sobre cerca de 200 famílias de plantas, podendo chegar entre 1.400 e 1.500 gêneros e entre 7.100 e 7.500 espécies de fanerógamas, como são chamadas as plantas com flores, que representam 80% da flora paulista. Essas informações seguem sendo atualizadas, variando conforme as mudanças no sistema de taxonomia das plantas.
    O projeto reuniu mais de 200 pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), dos institutos Botânico, Florestal e Agronômico e do Departamento de Parques e Áreas Verdes da cidade de São Paulo. Também contribuíram pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de outros estados brasileiros e de outros países.
    O terceiro elemento da exposição ultrapassa os limites da botânica e aborda a biodiversidade de forma mais geral, correspondendo ao programa BIOTA-FAPESP, que resultou na identificação e descrição de 500 novas espécies de plantas e animais e registro de informações sobre mais de 12 mil espécies e bancos de dados com o conteúdo de 35 coleções biológicas. Os resultados do programa BIOTA-FAPESP têm sido aplicados como instrumento de preservação ambiental no Estado de São Paulo.
    Exposição Brazilian Nature – Mystery and Destiny
    Abertura: 18/04/2013, às 16h
    Local: Universidade de Erlangen-Nuremberg 

     
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    segunda-feira, 15 de abril de 2013

    Novo número da RHHJ - Dossiê Ensino de História Indígena


    Prezados Amigos
    Gostaria de pedir-lhe que divulgassem o lançamento do n. 2 da Revista História Hoje com o Dossiê Ensino de História Indígena.
    Em breve, o número completo para download estará disponível no site da ANPUH.
    O novo número está disponível na plataforma OJS:
    Agradeço a ajuda
    Saudações
    Patricia Sampaio
    --
    Prof.ª Dr.ª Patricia Melo Sampaio
    Departamento de História
    POLIS - Núcleo de Pesquisa em Política, Instituições e Práticas Sociais
    Universidade Federal do Amazonas ( UFAM)



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      SUBMISSÃO DE ARTIGOS - Revista da Unifebe

       



      A Revista da Unifebe é uma publicação semestral do Centro
      Universitário de Brusque – Unifebe. É um periódico de caráter
      multidisciplinar, e tem o objetivo de divulgar de forma regular e
      sistemática, o resultado de estudos e pesquisas desenvolvidos pelos
      docentes e discentes vinculados a Unifebe e a outras instituições.

      A revista está disponível na Plataforma SEER, bem como a submissão é
      realizada  por esta plataforma.

      Informamos que a submissão de artigos está aberta e é permanente,
      contudo, para a possível publicação no próximo número (lançamento em
      julho de 2013), os artigos devem ser enviados até o dia 17/05/2013 por
      meio do seguinte link:

      http://periodicos.unifebe.edu.br/

      --
      Cordialmente

      Prof. Everaldo da Silva


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        sábado, 13 de abril de 2013

        Entrevista: Mário Magalhães, autor de “Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo”

         No blog, a entrevista que fiz com o jornalista Mário Magalhães - autor da aclamada biografia "Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo". Acessem em:

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          quinta-feira, 11 de abril de 2013

          Biografia do Padre Antonil.

            19/07/2012
          Antônio Vieira: jesuíta, escritor e diplomata
          Biografia e reunião de textos mostram a personalidade e a genialidade do jesuíta, suas lutas e as inverdades sobre ele

          foto

          O padre jesuíta Antônio Vieira foi, acima de tudo, um dos maiores letrados da língua portuguesa. Escrevia e falava com clareza e desenvoltura. Tinha uma vasta cultura, como poucos em sua época. Discorria pela literatura, história, filosofia e teologia, e desenvolveu, ainda mais, os estudos aplicados nos colégios dos jesuítas. Seus sermões eram acompanhados por pessoas de diferentes classes sociais e atiçavam a imaginação, já que usava os mais diversos recursos de linguagem. O jesuíta apoiava seus sermões em textos ou passagens bíblicas, mas sempre com um estilo claro, forte e unificado. Seu objetivo era induzir os ouvintes a uma reflexão que os orientasse a tomar atitudes contra as mazelas do mundo, que necessitavam da ação humana para serem corrigidas.
          Por ter um texto tão primoroso, sobretudo os sermões, cuja primeira publicação foi preparada cuidadosamente pelo próprio Vieira na Bahia, na última fase da vida, Fernando Pessoa o chamou de "Imperador da língua portuguesa". Vieira era um escritor barroco, mestre nas palavras ao estilo cultista e na construção de ideias à moda conceptista. Ele usou a força das metáforas e contrastes na construção dos argumentos. Dizia que as palavras de um sermão deveriam ser tão claras e altas como as estrelas. Tão claras que qualquer um as entendesse e tão altas que dessem o que pensar aos mais versados. Uma lição de método.
          Mas só se conhece Vieira, lendo Vieira. Esse homem de personalidade forte e poderosa e intelecto excepcional, que inspirou tantos outros conhecedores da língua portuguesa, é retratado em dois livros, lançados no final do ano passado pela editora Companhia das Letras: a biografia Antônio Vieira, escrita pelo historiador Ronaldo Vainfas (foto), e uma coletânea de sermões e textos do missionário intitulada Essencial Padre Antônio Vieira, organizada por Alfredo Bosi.
          Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e mudou-se com toda a família para Salvador aos 6 anos. Foi educado em colégio jesuíta e aos 15 anos, entrou para o noviciado da Companhia de Jesus. Ficou conhecido por suas pregações. Acompanhou as invasões holandesas e a tomada de Pernambuco e pregou em favor da resistência. Quando voltou a Portugal, foi conselheiro do rei, lutou contra a Inquisição e defendeu o direito dos judeus e cristãos-novos. De volta ao Brasil, enfrentou colonos. Depois de outras missões em países da Europa, Pe. Vieira voltou a Salvador, onde morreu aos 89 anos, trabalhando na organização de seus textos proféticos e sermões.
          O padre português teve uma forte ligação com o Brasil. De acordo com o historiador Ronaldo Vainfas, ele foi um dos protagonistas mais destacados da história do país. Dirigiu as missões no Maranhão (1653-1661), enfrentou os colonos que escravizavam os índios e organizou a cultura e espiritualidade jesuítica na região. O Brasil viu nesse homem qualidades exemplares, como o  desinteresse pessoal, trato humano dos humildes e oprimidos — em especial os índios, os cristãos-novos e os escravos negros — e a integridade e honestidade nos negócios públicos. Lições para o Brasil de hoje.
          "Sua luta contra os colonos foi tamanha que ele acabou expulso, com os demais jesuítas. Mas a obra jesuítica já estava então enraizada e seguiria seu rumo até o meado do século seguinte", conta o historiador Ronaldo Vainfas.
          Vieira também teve um papel diplomático e político e se envolveu em intrigas palacianas quando voltou a Lisboa, em 1641, num relevante momento da história portuguesa: Portugal recuperava o trono, com D. João IV, depois de 60 anos de domínio espanhol. Nesse momento, o jesuíta se tornou um importante conselheiro do rei, que não era reconhecido nem pela Coroa espanhola nem pela Igreja, segundo a biografia. Após a morte de D. João IV, ele se manteve afastado do reinado e só voltou à cena, também como conselheiro de Estado, quando D. Pedro, filho mais novo do rei, é aclamado ao trono.
          Uma de suas maiores batalhas foi lutar contra a Inquisição a favor dos cristãos-novos portugueses. Segundo a biografia, mesmo depois de processado pelo Santo Ofício, Vieira prosseguiu com a luta e, nos anos 1670, conseguiu fazer com que o Papa assinasse a suspensão da Inquisição portuguesa por alguns anos.
          O historiador descreve o jesuíta como uma figura enigmática e contraditória nas histórias de Brasil e Portugal, isso porque, no campo da política, Vieira era um tanto impulsivo e, às vezes, mudava radicalmente de opinião devido a uma situação.
          "Ele chegou a sugerir a abdicação do rei D. João IV em favor do filho D.Teodósio, que casaria com uma princesa de França, tudo para conseguir o apoio francês na guerra de restauração contra a Espanha. Logo ele, Vieira, que se esmerou em legitimar D. João IV como o rei esperado pelos portugueses, o rei profetizado pelo sapateiro Bandarra (Gonçalo Annes Bandarra, sapateiro e profeta português e autor de Trovas messiânicas) em suas trovas. Mas tanto essa como outras gestões foram assumidas por força das circunstâncias e com a anuência do rei", completa Vainfas.
          Muitos mitos e inverdades surgiram em torno da figura de Vieira. Segundo a biografia de Vainfas, a maior de todas essas falsas histórias sobre o jesuíta foi a proposta de "entrega do Brasil" aos holandeses, em 1648, no parecer conhecido como "Papel Forte". Na época Vieira foi acusado de estar "vendido" aos holandeses, ao lado do embaixador Francisco de Souza Coutinho. Na verdade, Vieira propôs a entrega das capitanias açucareiras aos holandeses, porque, tendo acompanhado as negociações em Haia, estava convencido de que os holandeses declarariam guerra a Portugal, bloqueando o Tejo, caso a Coroa não reprimisse a revolta pernambucana.
          "Vieira considerava impossível combater em duas frentes: a dos espanhóis na guerra de restauração peninsular e a dos holandeses no mar. Por isso, ele propôs a entrega de Pernambuco. A história demonstrou que Vieira estava errado, superestimando a força dos holandeses e subestimando a capacidade dos insurretos. Mas tudo o que ele fez neste assunto foi tentar preservar a soberania de Portugal e o reinado de D. João IV", conta o historiador.
          Este texto não mostra, nem de longe, a figura excepcional de Vieira. O jesuíta é um dos nomes de maior projeção na literatura mundial. E a extensão de sua obra só pode ser conhecida através de seus textos. Seus sermões devem ser leitura indispensável a todos os que querem conhecer a arte de bem argumentar.




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