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terça-feira, 30 de julho de 2013

Processos de criação urbana no Brasil Colonial


Estudo analisa a urbanização na 
capitania de São Paulo utilizando 
como base documentos e imagens 
do período colonial
 

Processos de criação urbana no Brasil Colonial

25/07/2013
Fonte: Agência FAPESP – Um documento escrito na capitania de São Paulo no início da década de 1770, época em que a Coroa Portuguesa propunha uma ampla reorganização de todo o território a sudoeste da Colônia, recomendava agir com "método e arte".
A recomendação, título de obra lançada por Maria Fernanda Derntl, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, remete à tentativa da metrópole de organizar modos de conduzir a expansão urbana, enquanto experiências e circunstâncias locais exigiam constantes arranjos e adaptações.
Em meados do século 18, o processo de demarcação de fronteiras do território brasileiro estava em curso e era preciso mapear, defender e povoar novas áreas. A capitania de São Paulo, objeto de estudo de Derntl durante doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, com Bolsa da FAPESP, também passou por transformações importantes, com uma crescente presença da administração portuguesa na modificação de seus espaços.
O resultado foi um movimento intenso de fundação de vilas e povoações a partir de 1765, processo que desencadeou uma série de problemas analisados pela autora – como a fixação de núcleos urbanos em uma sociedade marcada por deslocamentos constantes e a instalação de vilas estáveis onde antes havia somente aglomerados mais frágeis (pousos ao longo dos caminhos, aldeamentos de índios, sítios rurais e povoados litorâneos).
Com isso, apesar de a metrópole ter renovado as diretrizes geopolíticas de seus territórios, os administradores locais tinham de lidar com práticas sociais, tensões, contradições, negociações, alianças e concessões.
Derntl buscou estabelecer, com base em documentos escritos (cartas régias, atas de fundação e cartas de membros da administração portuguesa) e imagens (mapas, plantas e desenhos), correlações entre determinações e demandas de cada situação, abordando a política urbanizadora como uma "ação desenvolvida num contexto de conflitos mais do que como produto de um projeto predelineado por autoridades metropolitanas ou alheio a realidades do lugar".
O livro tem três abordagens principais. Na primeira delas, a autora trata do movimento de urbanização no reino e em regiões luso-americanas, de modo a situar a capitania de São Paulo dentro de um movimento mais amplo de urbanização.
Na segunda, Derntl salienta os problemas que condicionaram a expansão urbana na capitania, em especial durante a administração de Morgado de Mateus (1765-1775).
Na terceira abordagem, a ênfase está no processo de implantação de núcleos urbanos na capitania de São Paulo, com o recrutamento de povoadores, a busca de sítios e a definição de traçados.

Método e arte – Urbanização e formação territorial na capitania de São Paulo, 1765-1811 
Autor: Maria Fernanda Derntl 
Lançamento: 2013 
Preço: R$ 54 
Páginas: 276 
Mais informações www.alamedaeditorial.com.br/metodo-e-arte/ 


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Atividade nos últimos dias:
         **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


                                                                                                         Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
      
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    Novo número da Antíteses





    Novo número da revista ANTÍTESES

    v. 6, n. 11 (2013)


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      2º Simpósio Internacional História Ambiental e Desastres


      Simpósio Internacional História Ambiental e Desastres

      Workshop do Grupo de Pesquisas em História Ambiental – UNICENTRO
      Laboratório de História Ambiental e Gênero | Programa de Pós-Graduação em História
      Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário - UNICENTRO

      28 a 30 de outubro de 2013, Guarapuava, Brasil

      CHAMADA DE TRABALHOS

      A Comissão Organizadora do Simpósio Internacional História Ambiental e Desastres, que será realizado na Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná (UNICENTRO), em Guarapuava, entre 28 e 30 de outubro de 2013, divulga a chamada de trabalhos para o evento.
      Desastres ambientais têm dimensões interpretativas e conceituais diversas. São eventos presentes em registros científicos e não científicos, datados e historicamente contingentes, que constroem narrativas e experiências, e que são abundantes, mas dispersos. Embora saibamos que os instrumentos científicos de mensuração e aferição desses eventos são muito recentes, não passando além da primeira metade do século XX, é imprescindível pensar desastres na relação passado-presente. Essa pluralidade inerente aos desastres demonstra a necessidade de pensá-los numa dimensão histórica das relações entre humanos e mundo natural, por meio da problematização de instituições de manejo de desastres; dos modos pelos quais catástrofes consolidam ou desafiam autoridades científicas, políticas, religiosas e militares; sobre a construção de uma cidadania biológica a partir dos eventos extremos; sobre a possibilidade de aprendizado e soluções criativas aos eventos; sobre a ideia de vulnerabilidade e distribuição social dos desastres; sobre a experiência de desastres no tempo, entre outros aspectos.
      Nesse sentido, este simpósio está desenhado para propor leituras históricas que tratem não só da dimensão objetiva de desastres ambientais, mas também do papel que a subjetividade desempenha neles, partindo da interdisciplinaridade inerente à história ambiental.
      Do ponto de vista de uma História Ambiental, ou seja, de uma leitura das relações entre humanos e não humanos no tempo a partir da categoria ambiente(al) como a síntese das dimensões construída pela mão humana e natural do mundo palpável (Buell, 2003), os desastres remetem historiadores(as) a considerar, por um lado, que, diferente do que se imagina em meio a polêmicas como aquecimento global ou intensificação desses eventos graças à industrialização ou urbanização recentes, os engajamentos sociais com uma história, uma experiência, e uma narrativa de desastres estão marcadas também no passado. Por outro, considera-se que é necessário dar atenção aos campos discursivos nos quais a própria discussão em torno dos desastres, suas propriedades, seu estatuto, sua conceituação, está inserida, tanto agora, quanto no passado. Assim é que as leituras históricas sobre desastre têm questionado paradigmas como os que separaram áreas "salubres" do globo daquelas mais propensas a doenças, epidemias e mortalidades, postulando a necessidade de pensar a emergência de representações científicas e não científicas dessas últimas regiões como "inseguras" na atualidade devido à propensão para desastres. Essa leitura de História Ambiental é interdisciplinar e compreende a análise das relações entre humanos e não-humanos com base nas suas dimensões naturais, socioeconômicas, e das percepções sobre o mundo natural em termos de conjuntos de crenças, mitos, leis, imagens e imaginações ambientais. Isso implica, também, a discussão sobre ideias como desastre, catástrofe, risco e vulnerabilidade nos estudos históricos.
      Quem pode apresentar trabalhos? Há duas categorias de apresentadores de trabalho: os(as) APRESENTADORES(AS) PESQUISADORES(AS), já graduados em qualquer área do conhecimento, desde que tenham a apresentar pesquisas ligadas à História Ambiental e Desastres, e os(as) APRESENTADORES(AS) GRADUANDOS(AS), que estão ainda em formação de graduação. Além disso, há a possibilidade de inscrição no evento, como OUVINTE.
      Formato dos trabalhos: todos os trabalhos serão apresentados oralmente, durante o evento.

      Como submeter trabalho: cada apresentador(a) poderá submeter um trabalho. Para isso, o(a) interessado(a) precisa fazer sua inscrição no site de inscrições do evento http://eventos.unicentro.br/historiaedesastres2013 e, logo após, enviar e-mail com resumo da proposta para historiaedesastres2013@gmail.com. O e-mail deve conter: título do trabalho a ser apresentado, autoria, filiação institucional, três palavras-chaves logo após o conteúdo do resumo. Deve-se indicar, também, para qual simpósio temático o resumo está sendo submetido.
      Simpósios temáticos do evento:
      SIMPÓSIO TEMÁTICO 1 - HISTÓRIA AMBIENTAL, DESASTRES E MUNDOS URBANOS
      Este ST reunirá trabalhos que discutam as diversas visões sobre a relação entre desastres, história ambiental e cidades, levando em conta os estudos de história ambiental urbana, e as inúmeras interações entre humanos e não humanos. Temas como a relação entre cidades e deslizamentos, enchentes, epidemias, eventos climáticos, infestações, zonas de intoxicação, zonas proibidas, são exemplos de trabalhos que podem encaixar-se neste ST. Lembramos que esses exemplos não pretendem limitar a flexibilidade temática e teórico-metodológica dos trabalhos a serem propostos. Nesse sentido, reiteramos a liberdade de escolha de ST para submissão de propostas.
      ENVIE SUA PROPOSTA DE TRABALHO PARA: historiaedesastres2013@gmail.com 
      SIMPÓSIO TEMÁTICO 2 - HISTÓRIA AMBIENTAL, DESASTRES E MUNDOS RURAIS
      Este ST reunirá trabalhos que discutam as diversas visões sobre a relação entre desastres, história ambiental e mundos rurais, levando em conta os estudos de história ambiental e história rural, e as inúmeras relações entre humanos e não humanos nesses locais. Temas como a relação entre agricultura e desastres, toxicidade, biologia em monoculturas, contaminação de rios, enchentes, granizo, secas, correção da paisagem, são exemplos que podem encaixar-se neste ST. Lembramos que esses exemplos não pretendem limitar a flexibilidade temática e teórico-metodológica dos trabalhos a serem propostos. Nesse sentido, reiteramos a liberdade de escolha de ST para submissão de propostas.
      ENVIE SUA PROPOSTA DE TRABALHO PARA: historiaedesastres2013@gmail.com
       SIMPÓSIO TEMÁTICO 3 - HISTÓRIA AMBIENTAL, TECNOLOGIAS DE FORÇA BRUTA E DESASTRES
      Este ST reunirá trabalhos ligados à relação entre história ambiental, história das ciências e história das tecnologias, que discutam escolhas, usos e abusos de tecnologias de força bruta e sua relação com desastres. Entendemos tecnologias de força bruta como aquelas que, engendrando política, economia, cultura e biologia, máquinas e equipamentos, tem alterado significativamente a relação entre humanos e não humanos em determinados espaços, com consequências socioculturais e tensões historicamente construídas. Este ST compreenderá trabalhos que versam sobre as diversas tecnologias de força bruta ligadas a escolhas energéticas na história (hidreléticas, termelétricas, usinas nucleares, combustíveis e complexos para sua fabricação), entre outros.
      ENVIE SUA PROPOSTA DE TRABALHO PARA: historiaedesastres2013@gmail.com
      SIMPÓSIO TEMÁTICO 4 - PERCEPÇÕES SOBRE DESASTRES
      Este ST reunirá trabalhos ligados às percepções sobre desastres, no seu sentido mais amplo, que engloba desde as artes, passando por conjuntos de leis, de mitos, religiosidades, literatura, textos criativos. Enfim, o objetivo é reunir trabalhos que discutam textos ambientais que levam em consideração a presença de desastres e a sua relação com a história.
      ENVIE SUA PROPOSTA DE TRABALHO PARA: historiaedesastres2013@gmail.com

      DATAS IMPORTANTES:
      Inscrição de trabalhos: até 20 de setembro de 2013
      Inscrição de ouvintes: até 28 de outubro de 2013.

      Maiores informações:

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      DR. JO KLANOVICZ

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