Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

** Historiadora avalia a aplicação da lei que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira

 

Conhecimento e transformação 

 

Foi aprovada em 2003 lei que estabelece a obrigatoriedade da inclusão da "História e Cultura Afro-brasileira" no currículo do ensino fundamental e médio. Passada quase uma década da publicação da lei, a historiadora Marina de Mello e Souza avalia, no encarte 'Sobrecultura' da CH 281, a sua aplicação.
Por: Marina de Mello e Souza

Publicado em 13/06/2011 | Atualizado em 13/06/2011
Conhecimento e transformação
Representantes da etnia Maasai, grupo seminômade que vive no Quênia e na Tanzânia. Hoje, o ensino de história da África e de temas ligados às manifestações afro-brasileiras é obrigatório no ensino básico do Brasil. (foto: Kriss Szkurlatowski/ Scx.hu)
O ensino de história da África e de temas ligados às manifestações afro-brasileiras esteve ausente das escolas até muito recentemente. Tal ausência se adequava às ações e ideias das elites políticas e intelectuais, que, nos anos que se seguiram à abolição da escravidão, entenderam a mestiçagem como caminho para a diluição da população negra e das heranças africanas, consideradas inferiores e empecilho para o pleno desenvolvimento do país.
Essa postura difundiu a crença de que o Brasil estava livre dos preconceitos raciais, uma vez que a miscigenação era vista de forma positiva. Por outro lado, os séculos de escravização de africanos e afrodescendentes e as ideologias justificadoras da opressão exercida pelos grupos considerados brancos alimentaram perspectivas que os degradavam.
'África e Brasil africano'
Capa do livro 'África e Brasil africano', de Marina de Mello e Souza.
Se hoje a legislação estabelece que os alunos entrem em contato com temas da história e das culturas africanas e afro-brasileiras, isso se deve a uma mudança dos paradigmas que norteiam o tratamento das diferenças étnicas.
Deve-se também à pressão exercida por vários grupos que denunciaram o preconceito racial em vigor no Brasil. Mais que denunciar, forçaram a aprovação de leis que, por um lado, punissem os atos de preconceito e, por outro, valorizassem elementos específicos às populações negras.
Portanto, as leis em vigor resultam das transformações sociais e ideológicas ocorridas e reforçam uma mudança que emana de setores da sociedade civil. Por isso, a tendência é que seu cumprimento seja cada vez mais efetivo.

Formar formadores

Como o ensino de história e culturas africanas e afro-brasileiras é recente – e diz respeito a um campo ainda minado por preconceitos –, é fundamental que haja um investimento de peso na formação daqueles que serão responsáveis pela transmissão desses conhecimentos, assim como na oferta de bons materiais que lhes sirvam de suporte.
Muito tem sido feito nessa área: cursos de formação de professores, produção de material didático, edição de livros infanto-juvenis e abertura de cursos de história da África nas universidades.
Devido à juventude do campo entre nós, nem sempre existem profissionais realmente capacitados. Mas a expansão do mercado de trabalho nessa área, ao mesmo tempo em que atrai pessoas pouco preparadas, estimula o seu aperfeiçoamento com o crescimento da concorrência. 
"Devido à juventude do campo entre nós, nem sempre existem profissionais realmente capacitados"
Desse modo, se a implantação do ensino de temas africanos e afro-brasileiros se dá num ritmo não muito acelerado, isso permite, por outro lado, que bons profissionais tenham tempo para absorver os conhecimentos necessários ao exercício de seu papel de educadores.
O interesse pela África – e pelo que há de africano no Brasil – cresce de forma evidente, extrapolando as áreas da música e da dança, nas quais há muito a contribuição do continente é valorizada.
O conhecimento acerca das sociedades africanas do passado e do presente, o contato com suas lógicas de pensamento particulares e a valorização de suas contribuições são fatores fundamentais para ultrapassarmos preconceitos que hierarquizam os homens e as sociedades e para que todos nos sintamos igualmente importantes.

Marina de Mello e Souza
Departamento de História
Universidade de São Paulo


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Fabrício Augusto Souza Gomes




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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
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    ** História econômica

     
    História econômica
    No dia 15, das 11h30 às 13h30, na sala Delfim Netto, do Bloco 2 da Faculdade de Economia, Administração e contabilidade (FEA) da USP, acontece o seminário A cana, o café, os alimentos e o tráfico ilegal de escravos para a província de São Paulo, que faz parte do ciclo "História econômica Hermes & Clio". O palestrante é o professor Carlos Alberto Medeiros Lima, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
    O evento é aberto ao público em geral, gratuito e sem necessidade de inscrição prévia. A FEA fica localizada na Av. Prof. Luciano Gualberto, 908, Cidade Universitária, São Paulo.
    Mais informações: email jflaviom@usp.br ; site www.usp.br/feaecon


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      ** Convite Seminário Fórum de Educação Rio Diversidade 15/06/2011 - De 09h às 18h

       
      Estimativa Indica:

      Nesta próxima quarta-feira dia 15/06/2011 das 09h às 18h será realizado:
      Seminário do FÓRUM PERMANENTE DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ETNICO-RACIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais  para Reeducação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana


      Antecipe sua inscrição!



      Seminário do FÓRUM PERMANENTE DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ETNICO-RACIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais  para Reeducação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

      Programação

      9:00h. – Credenciamento

      9:00h. às 9:50h.  - Mesa de Abertura

      Painel 1  – Institucional
      - MEC – Ministério da Educação / - SECADI-Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão.
      - SEEDUC-RJ – Secretaria de Estado e Educação
      - SUPIR – Superintendência de Igualdade Racial – Marcelo Dias
      - CEDINE – Conselho Estadual dos Direitos do Negro
      - UNDIME - União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
      - UNESCO - Sra. Marilza Regattieri - Oficial de Educação na temática da Educação das Relações Étnico-raciais e do Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana
      - UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância - Jacques Schwarzstein
      - Fundação Cultural Palmares
      - Fórum Rio Diversidade – Profª: Marize Conceição

      9:50h. às 10:00h. – Apresentação vídeo UNICEF " Por uma infância sem racismo".

      10:00h. às 11:00h.
      Painel 2 – Institucionalidade e Identidade dos Fóruns de Educação Étnico-Raciais

      - MEC – Ministério da Educação  - SECADI-Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão –
      - Conselho Estadual de Educação
      - SUPIR – Superintendência de Igualdade Racial
      - SEEDUC-RJ – Secretaria de Estado e Educação
      - UNDIME - União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
      Neab – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros
      Organização não governamental – CEAP – Éle Semog
      Mediador(a):  Fórum Rio Diversidade – Jana Guinond

      11:30h. às 12:00h. - Apresentação Cultural – dança cigana, Grupo Lua Estrela

      12:00h às 13h30h – Intervalo

      13:30h. às 13:50h. – Apresentação Cultural – dança do Toré, Movimento Tamoio
      14:00h. às 14:30h.
      Painel 3  - Lançamento do "Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana".

      - MEC – Ministério da Educação / - SECADI-Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão.
      - PENESB/UFF -  Profª Dr.Iolanda de Oliveira
      - AQUILERJ – Luis Sacopã
      - Comunidade Indígena

      Mediador - Fórum Rio Diversidade – Sheikh Ahmad


      15:05h. às 15:50h.
      Painel 4 – Relatos de Experiências de Trabalho com as Leis 10.639/03 e 11.645/08.
      - Profª Mônica Custódio  (Belford Roxo)
      - Profª Rosália  Lemos (IFRJ)
      - Profª Darleia Cristina (Nova Iguaçu)
      - Profª Marize de Oliveira- Tamikuan Ará (Movimento Tamoio dos Povos Originários)
      - Mediadora - Fórum Rio  Diversidade – Profª Selma Maria

      16:10h. às 17:00h.
      Painel 5 – Resistências à implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08
      - Ministério Público Estadual
      - Dr Humberto Adami
      - Profª Dra  Azoilda  Loretto da Trindade
      - Mediador -  Fórum Rio  Diversidade – Conceição D'Lissá 

      17:30h às 17:40h – Informações sobre o Fórum Rio Diversidade – Ilka Maria

      17:40h às 18:00h. – Encerramento e certificação.

      Apresentação de capoeira,roda de samba e coquetel.

      Data: 15/06/2011 das 09h às 18h
      Local: Ministério da Cultura
      Rua da Imprensa, 16 Centro Rio de Janeiro – RJ.
      Edifício Gustavo Capanema – Auditório Gilberto Freyre







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