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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

** ARTIGO - João Cândido e a Revolta da Chibata no seu Centenário

Fonte: Diário de Marília Marília, 24 de setembro de 2010

João Cândido e a Revolta da Chibata no seu Centenário

Salve o navegante negro,
que tem por monumento,
as pedras pisadas do cais
(João Bosco e Aldir Blanc)
Já se passaram 100 anos e ainda temos vários débitos com a história do Brasil e dos heróis de seu povo. Não seria diferente no centenário da Revolta Chibata, revolta que ainda desperta vivas polêmicas; embora ao que parece, haja em curso uma positiva reflexão que, ao menos, possibilita que aqueles marinheiros assumam seu lugar na história, e de forma menos preconceituosa.
Com ela, igualmente termos a possibilidade de refletir sobre o movimento a luz de um debate recente sobre a presença dos militares na política, especialmente quando entidades de jovens oficiais e praças procuram mais uma vez, encontrar seu lugar como sujeito na construção de um projeto para a nação.
Isso não é pouco, até porque, a despeito de uma considerável bibliografia, a revolta ainda encontra resistências extraordinárias de muitos setores da elite militar brasileira na sua compreensão, mesmo aceitação; tendo justificativas, quiçá explicações em contrário, argumentos que variam de aspectos institucionais e corporativos relacionados a quebra de hierarquia, sugerindo como expressão maior a indisciplina; ou por outro, reles preconceito.
Como ressaltado, o positivo dessa reflexão é que, além, de estudos recentes que emergem no debate político e acadêmico, temos visto manifestações – um pouco tímidas e por não dizer, ainda discretas – de jovens militares no sentido de enfrentar a questão com serenidade, até porque, não foram poucos os movimentos correlatos de contestação de subalternos e oficiais, mesmo na própria Marinha e que também aconteceram no Exército e Aeronáutica ao longo da história brasileira do século XX.
Se isso auxilia trazer a tona a figura daqueles expoentes, em especialmente sua liderança mais conhecida, João Cândido; não minimiza sobre as dificuldades. Por exemplo, paralelo às pesquisas acadêmicas sobre o tema, o reconhecimento político sobre a luta dos marinheiros também emergiu a partir de uma anistia recentemente concedida pelo Congresso Nacional, mas que teve por manifestação em contrária da instituição naval, uma violenta nota condenatória.
Evidente a Marinha se expressa por seus comandantes e não é difícil localizar vozes dissociantes internas na própria instituição, vozes de uma nova geração que argumenta que sua Marinha não é aquela de 1910; bem como também procuram com clareza se dissociar da história da instituição naval no pós 64, quando muitos de seus membros atuaram de forma vexatória no golpe civil-militar.
Nesse sentido, associadas ao fato de muitas manifestações sobre o centenário terem acontecido neste ano de 2010, bem como a reedições de livros clássicos sobre a revolta, e mesmo a designação de um superpetroleiro com o nome de João Cândido; vale registro de que uma entidade que representa politicamente com muita propriedade os marinheiros de 64 na luta da anistia, a UMNA: Unidade de Mobilização Nacional pela Anistia (que lançou um documentário sobre a fundação da entidade e o resgate da luta pela anistia com o título: Homenagem a João Cândido), atualmente não poupa esforços para que um filme sobre a revolta venha a ser produzido.
Inclusive a entidade contabiliza uma vitória extraordinária: além de forjarem uma estátua de João Cândido, que por muito tempo, esteve posicionada nos jardins do Palácio do Catete; conseguiu recentemente que a mesma fosse relocada no seu lugar de fato e de direito: a Praça XV, um dos palcos daqueles acontecimentos de 1910.
Acredito que isto teve por significado maior, quase 100 anos depois revolta, não somente o reencontro daqueles marujos com sua história, mas como bem expressa a passagem em epígrafe, um reencontro com uma história construída naquele cais nos anos subsequentes, nada distante daquelas águas que ficam em frente a Marinha que João Cândido e aqueles marinheiros tanto referenciavam. Talvez sejam os passos mais importantes que podemos relatar de uma reflexão em curso sobre o Mestre Sala dos Mares e a revolta da Chibata, um movimento que, com muita dignidade, expressou uma das mais belas página de luta do povo brasileiro.
E fez uma história que, apesar dos esforços em mantê-a longe dos livros escolares, não se apagou ou foi apagada da memória do povo; até porque, como bem dizia uma passagem com sabor de poesia, a memória do povo é do tamanho do mundo. 
Paulo Ribeiro da Cunha
Professor de Teoria Política da Unesp - Campus de Marília
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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


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** Homenagem ao cantor Francisco Alves na Rádio Nacional

 
O "Alguém Muito Especial" deste sábado 25/09/2010, vai homenagear o cantor Francisco Alves. O quadro vai ao ar às 9h05 da manhã, no Programa Onde canta o sabiá, apresentado por Gerdal dos Santos, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro - 1130 AM.
Quem não mora no Rio de Janeiro pode ouvir a rádio pela Internet:


www.ebc.com.br/canais/radios/radio-nacional-am-rio-de-janeiro

 
É só clicar em "Ao vivo".
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** Invitación a participar en la mesa: "Exilios políticos en el siglo XX: redes, culturas e imaginarios transnacionales", XIII JORNADAS INTERESCUELAS/DEPARTAMENTOS DE HISTORIA.

 
XIII JORNADAS INTERESCUELAS/DEPARTAMENTOS DE HISTORIA.
Universidad Nacional de Catamarca, Argentina, 10 al 13 de agosto 2011



Mesa 53: Exilios políticos en el siglo XX: redes, culturas e imaginarios transnacionales
 
Coordinadores
Pablo Yankelevich (INAH, México) py1987@yahoo.com.mx
Silvina Jensen (UNS/CONICET) sjensen@criba.edu.ar

Esta mesa  dará continuidad al estudio de los exilios como espacios de gestación de culturas políticas transnacionales, identidades híbridas y proyectos políticos e intelectuales. Este esfuerzo tiene como  antecedente las tres ediciones anteriores de estas Jornadas en las que coordinamos las siguientes mesas: El exilio como territorio historiográfico: aproximaciones analíticas, estudios de caso y enfoques  interdisciplinarios, Latinoamérica y España, siglo XX" (Rosario, 2005); "Historia y Memoria de los exilios latinoamericanos y españoles en el siglo XX (Tucumán, 2007) y "Exilios políticos: trayectorias y experiencias en América Latina y Europa,  siglo XX" (Bariloche, 2009).
Convocamos a investigadores europeos y latinoamericanos interesados en estudiar procesos de exilio en su dimensión comparativa. El objetivo central es establecer un diálogo entre diferentes experiencias históricas de destierro, de manera particular aunque no exclusivamente, las que tuvieron como origen y destino España y Latinoamérica. Interesa rastrear la cimentación de relaciones políticas e intelectuales entre comunidades de destierro de un mismo país residentes en diferentes lugares de la geografía mundial. Entre el repertorio de asuntos que se podrán abordar, indicamos: los núcleos políticos, las publicaciones, los emprendimientos culturales, las inserciones laborales y socio-profesionales, los ámbitos académicos, sindicales, las redes nacionales e internacionales de las organizaciones del exilio, subjetividad y reconfiguración de identidades.


INFORMACIÓN GENERAL
 
Presentación de resúmenes:
 
La presentación de los resúmenes se realizará primero en forma electrónica cargando los datos solicitados en el siguiente blog: http://blogs.ffyh.unc.edu.ar/jornadasinterescuelas/ hasta el 15 de noviembre de 2010 a las 24.00 hs.  Al mismo tiempo se deberá enviar el resumen correspondiente a los coordinadores de la mesa seleccionada. La condición excluyente de inscripción de resúmenes es a través de la página del blog enunciada más arriba. Pasada la fecha fijada, el sistema no admitirá nuevas presentaciones.
 
Criterios de presentación:
Los resúmenes tendrán un mínimo de 1500 y un máximo de 1800 caracteres con espacios y deberán contener los planteos problemáticos del tema a desarrollar. El tipo de letra requerida será Times New Roman, tamaño 12, interlineado sencillo. Dada la magnitud de estas Jornadas se admitirá una presentación por persona en forma individual o en co-autoría (máximo dos coautores).
 
Presentación de ponencias
Hasta el 11 de abril de 2011.
Comunicación a los interesados de la aceptación o rechazo de las ponencias por parte de los coordinadores:
Hasta el 16 de mayo de 2011.
 
Informes
Departamento de Historia de la Facultad de Humanidades de la Universidad Nacional de Catamarca.  
 Tel. 0054 – 3833 – 422708 0054 – 3833 – 422708      

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