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sábado, 9 de abril de 2011

** Unesco lança no Brasil 'Coleção História Geral da África'

 
Unesco lança no Brasil 'Coleção História Geral da África'
6/4/2011 3:15,  Por Rádio ONU
Coletânea levou 30 anos para ser concluída; especialistas brasileiros e africanos participam do evento, nesta quarta-feira, na PUC de São Paulo.
350 pesquisadores
O Escritório da Unesco no Brasil está lançando, nesta quarta-feira, a "Coleção História Geral da África". A coletânea, de oito volumes, deverá ser apresentada ao público num evento na PUC de São Paulo.
Participam do lançamento, o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, autoridades locais e especialistas africanos e brasileiros.
Conhecimento
Em entrevista à Rádio ONU, de Brasília, o chefe da Unesco, Vincent Defourny, disse que a Coleção ajuda a promover a diversidade cultural a partir da História.
"O Brasil está devolvendo para África a sua própria História. Acho isso muito importante, poder "reconstruir a ponte" a partir do conhecimento. A Unesco acredita que o conhecimento é a melhor base para trabalhar a compreensão mútua entre os povos e criar uma cultura de paz", afirmou.
O pesquisador malinês Jean Michel Tali, membro do Comitê Científico da Unesco, falou à Rádio ONU, de Salvador, sobre o valor da coletânea para gerações futuras.
Escravos
"Esta obra, desde já, fala de África e dá os elementos discursivos para os afrodescendentes defenderem o seu patrimônio histórico. Para o futuro é trazer para os africanos a história dos afrodescendentes e mostrar que essa história não se limitou à condição de escravos. Que eles ajudaram a transformar o chamado novo mundo," explicou.
A Coleção História Geral da África foi editada pela Unesco, levou 30 anos para ser concluída e contou com 350 pesquisadores. A versão brasileira foi financiada pelo Ministério da Educação com a coordenação técnica da Universidade Federal de São Carlos.


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    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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** HISTÓRIA PARA CONHECER

 
EDUARDO COLLEN LEITE (1945-1970)


Conhecido como Bacuri, Eduardo Leite tinha sido da VPR e liderou uma pequena organização clandestina de oposição armada, denominada Rede – Resistência Democrática, que se incorporou em 1970 à ALN. Foi preso no Rio de Janeiro em 21/08/1970.
Mineiro de Campo Belo, estudou em São Paulo e, muito jovem, ligou-se à Polop. Em 1967, foi incorporado ao Exército, servindo na 7ª Companhia de Guarda e, posteriormente, no Hospital do Exército, no bairro do Cambuci, em São Paulo. Técnico em telefonia, era casado com Denise Crispim, grávida quando de sua prisão. A filha, Eduarda, nasceu meses depois, na Itália, onde a mãe decidiu se refugiar. Denise era irmã de Joelson Crispim, cuja morte já foi relatada neste livro-relatório, e filha do deputado constituinte pelo Partido Comunista, em 1946, José Maria Crispim.    Preso no Rio de Janeiro pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, foi levado para uma residência particular utilizada como cárcere clandestino, em São Conrado. Ali estava preso Ottoni Guimarães Fernandes Júnior, também militante da ALN, que denunciou o fato em depoimento à Auditoria Militar. Eduardo foi levado a São Paulo, voltou ao Rio de Janeiro e retornou novamente à capital paulista, onde, em outubro, foi colocado na cela 4 do compartimento conhecido como fundão do DOPS/SP, onde as celas eram totalmente isoladas.   O assassinato de Eduardo Leite, o "Bacuri" é um dos mais terríveis dos que se tem notícia, já que as torturas a ele infligidas duraram 109 dias consecutivos, deixando-o completamente mutilado.  Foi preso no dia 21 de agosto de 1970, no Rio de Janeiro, pelo delegado Sérgio Fleury e sua equipe, quando chegava em sua casa. Passou pelo CENIMAR/RJ e DOICODI/ RJ, onde foi visto pela ex-presa política Cecília Coimbra, já quase sem poder se locomover. Do local da prisão, Eduardo foi levado a uma residência particular onde foi torturado.  Seus gritos e de seus torturadores chamaram a atenção dos vizinhos, que avisaram a polícia. Ao constatarem de que se tratava da equipe do delegado Fleury, pediram apenas para que mudassem o local das torturas.
No dia 25 de outubro, a imprensa divulgou amplamente as notas oficiais anunciando a morte de Joaquim Câmara Ferreira, principal dirigente da ALN, sendo que a informação farsante mencionava que, no momento da prisão de Câmara, Eduardo Leite havia fugido. O comandante da tropa de choque do DEOPS, tenente Chiari, da PM paulista, mostrou a Eduardo, no dia 25, os jornais que noticiavam sua fuga. Cerca de 50 presos políticos que se encontravam no DOPS compreenderam que a falsa informação era a sentença de morte de Bacuri e passaram a manter vigília permanente.
Para facilitar a retirada de Eduardo de sua cela, o delegado Luiz Gonzaga dos Santos Barbosa, responsável pela carceragem do DOPS, remanejou os presos, mantendo Bacuri em uma cela longe da observação dos demais. As dobradiças e fechaduras foram lubrificadas, de forma a evitar qualquer ruído. Aos 50 minutos do dia 27 de outubro, três dias depois de sua fuga ter sido oficialmente divulgada, Eduardo foi retirado dali sob gritos de protestos dos demais presos.  A partir daí, informa Elio Gaspari em A Ditadura Escancarada: "Bacuri chegou ao forte dos Andradas, no Guarujá, dentro de um saco de lona. Trancaram-no numa pequena solitária erguida na praia do Bueno e depois levaram-no para um túnel do depósito de munições, a três quilômetros de distância. Era certo que se houvesse algum seqüestro de diplomata, ele entraria na lista de presos a serem libertados. No dia 8 de dezembro, passadas menos de 24 horas do seqüestro, no Rio de Janeiro, do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, uma Veraneio estacionou na entrada do depósito. Dela saltaram um major e dois tenentes. Foram ao banheiro onde Bacuri estava trancado e disseram-lhe que iam levá-lo ao hospital militar. Um soldado ajudava-o a encostar-se na pia para lavar-se quando o major mandou que saísse: 'Escutei uma pancada. Não sei se era tiro ou o barulho de uma cabeça batendo na parede. Só sei que logo depois o corpo dele foi retirado do banheiro no mesmo saco de lona em que chegou' (narrativa do soldado Rinaldo Campos de Carvalho). Tinha 25 anos, e seu corpo foi abandonado no cemitério de Areia Branca, em Santos, com dois tiros no peito, um na têmpora e outro no olho direito". Seu corpo, além de hematomas, escoriações, cortes profundos e queimaduras por toda a parte, apresentava dentes arrancados, orelhas decepadas, e os olhos  vazados. O exame necroscópico assinado pelos legistas Aloysio Fernandes e Décio Brandão Camargo confirma a versão farsante de tiroteio. O corpo foi entregue à família e continha hematomas, queimaduras e escoriações. Muitos anos mais tarde, com a abertura dos arquivos do DOPS de Pernambuco, foi possível comprovar a falsidade da suposta fuga. Foi encontrada transcrição de uma mensagem assinada pelo chefe da 2ª seção do II Exército coronel Erar de Campos Vasconcelos. Nela, o DOPS comunica a prisão de Joaquim Câmara Ferreira, informando que tinha resistido à prisão, vindo a morrer no decorrer das diligências. Continua a mensagem: "Informo ainda foi dado conhecer repórteres imprensa falada e escrita seguinte roteiro para ser explorado dentro do esquema montado na área".O comunicado repete, então, na íntegra, o descrito antes sobre a prisão e morte de Câmara, sendo acrescido que "Eduardo Leite, o Bacuri, cuja prisão vinha sendo mantida em sigilo pelas autoridades, havia sido levado ao local para apontar Joaquim Câmara Ferreira, visto que se sabia que este se utilizava de tintura de cabelo e lentes de contato e outros artifícios para modificar sua aparência. Aproveitando-se da confusão, Bacuri, implicado nos seqüestros do cônsul japonês e do embaixador alemão, logrou fugir, auxiliado por dois comparsas de Joaquim Câmara Ferreira, também conhecido pelos nomes de 'Toledo' e 'Velho', que também conseguiram evadir". Eduardo esteve nas mãos do delegado Fleury e sua equipe, dentre os quais foram identificados os investigadores João Carlos Trali, vulgo "Trailer"; Jose Carlos Filho, vulgo "Campão"; Ademar Augusto de Oliveira, vulgo "Fininho"; Astorige Corrêa de Paula e Silva, vulgo "Correinha".


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Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der."      C. G. Jung
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** Convite para lançamento do livro "Moderno dentre modernos"

 
Na próxima terça-feira,dia 12/4, às 19h, será lançado meu livro "Moderno Dentre Modernos: a escolha do projeto do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde Pública (1935-1937)", publicado pela Annablume Editora com o apoio da FAPESP, na Livraria da Vila (al. Lorena, 1731). O livro é fruto da dissertação de mestrado defendida em maio de 2009, sob a orientação da Professora Doutora Marcia Mansor D'Alessio, no Programa de Pós-graduação em História Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Estão todos convidados !
Obrigado,
Luís Henrique

Maiores informações:
http://www.livrariadavila.com.br/Eventos/Eventos.aspx

http://www.annablume.com.br


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** Palestra: Romantismo, historiografia e o Brasil do século XIX

 
Palestra: Romantismo, historiografia e o Brasil do século XIX



Palestra: Romantismo, historiografia e o Brasil do século XIX Data: 27/04/2011 - 18hs
Palestrante: Prof. Dr. Danilo José Zioni Ferretti (Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ)
Organização: Prof. Dr. Fábio Franzini
Realização: Curso de História
Público: Alunos e interessados em geral
Sala 1
6
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