Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

** Histórias de um pensador de domingo

 

Histórias de um pensador de domingo

Aos 80 anos, Boris Fausto fala de São Paulo, futebol e de sua autobiografia

 

Fonte: Edison Veiga - O Estado de S.Paulo - 12 de dezembro de 2010 |
Sobre a mesa da confortável sala, a última edição da revista Pesquisa, os jornais Estado e Folha de S. Paulo e um romance da espanhola Elvira Lindo - Algo Más Inesperado Que La Muerte. Nada quebraria a tranquilidade de Boris Fausto anteontem, em sua bela casa - da lavra do arquiteto Sérgio Ferro - no Butantã, onde vive desde 1965. Na véspera, o historiador havia recebido amigos e admiradores para autografar suas Memórias de Um Historiador de Domingo.


Marcio Fernandes/AE

Marcio Fernandes/AE
Intelectual. 'Boris era o melhor aluno da aula de Filosofia. Simplesmente, sabia mais do que o professor'
Aos 80 anos, completados na quarta-feira, um dos maiores historiadores do Brasil consegue traduzir com clareza e bom humor fatos importantes do País, do Estado e da cidade. Não é de estranhar que a recém-lançada autobiografia - praticamente uma continuação de Negócios e Ócios (1997), ganhador do Jabuti - aproveite-se de fatos de sua vida para lançar luz sobre a própria história do Brasil: movimentos de esquerda, ditadura militar, Diretas Já... "De domingo é metáfora. Porque fui um historiador pegando brechas no tempo", explica.
Formado em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, Boris teve carreira dupla. Aos 32 anos, aconselhado pela mulher - a educadora Cynira Stocco Fausto (1931-2010) -, foi cursar História na USP. "Tinha me formado em Direito por exclusão, porque na cabeça da minha família só havia Direito, Engenharia e Medicina. Minha mulher, vendo minha insatisfação intelectual, deu-me a ideia da nova graduação."
O gosto pelas Ciências Humanas vem da adolescência. Por conta dele, trocou o Colégio Mackenzie, onde estudava desde o primário, pelo São Bento. "O Mackenzie estava preocupado apenas em formar engenheiros." No São Bento, primeiro teve de vencer a resistência religiosa. Filho de judeus - a mãe, Eva, nascida na Turquia; o pai, Simon, na região da Transilvânia, hoje Romênia -, precisou convencer os monges a aceitá-lo, sem o batismo católico.
Humanidades. No novo colégio, além da erudição proporcionada pela rica biblioteca, Boris tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Augusto de Campos, que depois se tornariam pais do concretismo. "Boris era o melhor aluno da aula de Filosofia. Simplesmente, sabia mais do que o professor", comenta Augusto.
A amizade e o convívio intelectual continuariam no Largo de São Francisco. E nos anos seguintes. "A vida nos levou para caminhos diferentes, ele para a História, eu para a poesia. Mas gosto de acompanhar na TV as suas intervenções nas discussões sobre questões de política nacional e internacional", completa Augusto. "Admiro sempre a lucidez intelectual e a clareza com que a expressa."
Antes da História, Boris se tornaria advogado e procurador do Estado. Depois, como consultor jurídico da USP, cargo que ocupou até a aposentadoria, em 1989, aproximou-se do meio acadêmico. "Aí me convidaram para ser professor na universidade. Fui por dez anos, até me cansar da rotina das aulas."
Paulistano de nascimento e coração, contesta quem diz que seu A Revolução de 30 - História e Historiografia, publicado em 1969, expresse um ponto de vista contrário a São Paulo. "Não desprestigio nosso Estado de forma alguma. Aliás, de vez em quando, até escorrego em uma visão pró-paulista."
Memórias de Um Historiador de Domingo relata outras passagens da vida de Boris, em especial sua militância política. Ou, como ele mesmo prefere, "micromilitância". De passado trotskista, chegou a ser preso por quatro dias, em 1969 - ainda vivenciaria outros entreveros com as forças policiais.
Paixões como cinema e futebol também ocupam espaço na narrativa. Atualmente, admite ter reduzido sua frequência às telonas. "Antes frequentava três vezes por semana. Hoje, não vou mais que duas vezes por mês."
O futebol não perdeu importância - ainda que as idas aos estádios também sejam menos comuns do que os jogos pela TV. Corintiano fanático, viu os dois filhos - o sociólogo Sérgio e o antropólogo Carlos - encantarem-se com o Palmeiras dos anos 1970. "Na época, vieram me pedir para torcer pelo Palmeiras", lembra. "Deixei. Nunca detestei o Palmeiras. Mas vou falar uma coisa politicamente incorreta: eu detesto os "bambis", diz, referindo-se aos são paulinos.
Hoje em dia, costuma sair pouco de casa. Com seus interlocutores, cultiva o bom humor - presente, aliás, nas páginas do livro. "O humor de Boris é um dos fios de nossa amizade, pontuada por conversas e jogos de pôquer", conta o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Os amigos se reúnem para jogar cartas - hobby de Boris desde a época do São Bento - uma vez por semana.
Com a recente viuvez - Cynira, a quem o livro é dedicado "in memoriam", morreu em junho -, a sensação é que a casa ficou grande demais. "Os móveis incham. A gente diminui com a idade", filosofa ele, um gigante que não mede mais de 1,60 metro.


GIRO POR SÃO PAULO


Estádio: "O Pacaembu é o que mais vezes fui na vida. Vi sua construção, quando garoto. Brincava na obra"
Livrarias: "Gosto da Cultura e da Livraria da Vila. Pela qualidade dos atendentes, o arranjo das instalações"
Restaurantes "Prefiro os de comida japonesa, como o Kinoshita, o Shundi e o Sushi Yassu, e os italianos, como o Piselli e o Pomodori"
Cinemas "O melhor cinema é o mais perto de casa. Mas não gosto dos de shopping: salas já vêm sujas de pipoca e não há cultura cinematográfica"
Parque: "Morei na esquina da Paulista com a Haddock Lobo, perto do Parque Trianon. Minha mulher levava os filhos pequenos ali. Bonita recordação"
SP como um todo: "Quem mora em São Paulo há muito tempo, sofreu um terremoto psicológico. Aqui se perdem as referências"



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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Exposição da Fazenda do Iguaçu

 
Prezados Senhor (a),

O Centro de Referência Patrimonial e Histórico da Cidade de Duque de Caxias - CRPH,
vem por meio deste convidar vossa senhoria para o lançamento da exposição:
 "A História da Fazenda do Iguaçu".

Data: 15 de dezembro de 2010, ás 16 horas.
Local: Casa de Encontro São Francisco São Bento, Bairro São Bento - Duque de Caxias. (Patronato)


Contamos com a sua presença e, por favor, divulguem!!!




"Em qualquer parte da Terra,
um homem estará sempre plantando,
recriando a vida,
recomeçando o mundo" 
Cora Coralina




Atenciosamente,
 
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CRPH/DC
MUSEU VIVO DO SÃO BENTO

Tel. 2671-1709 (Sepe-Caxias)







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MUSEU VIVO DO SÃO BENTO

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** História Geral da África para "download"

 
História Geral da África para "download"


Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e suas relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.

Publicada em oito volumes, a edição completa da coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção está publicada também em árabe, inglês e francês, sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas,  incluindo hausa, peul e swahili.

Site onde estão disponíveis os livros para download:

http://www.unesco.org/pt/brasilia/dynamic-content-single-view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese/back/20527/cHash/fa3a677a3d/





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Fabrício Augusto Souza Gomes


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** ESTIMATIVA na IX Feira Cultural Preta - SP ... está chegando a hora!

 

Estimadas Amigas e Estimados Amigos,
no próximo fim-de-semana, 18 e 19 de dezembro, 
a Estimativa terá o Lançamento em São Paulo do vídeo:
CADA FIO UMA HISTÓRIA na
 IX Edição da Feira Cultural Preta.
Estamos orgulhosas em ter o CINEMATIVA
na curadoria de filmes da Feira.
Confira a programação:
Sábado  18/12
hora
Cinema - Curadoria Estimativa


13h
 Abertura da Feira Preta
14h
Outros Carnavais - Entre Memórias e batuques paulistas 30' - direção Luiz Paulo Lima
Cinemina - Agência de Publicidade 04´ - direção Janaina ReFem
15h
Balé de Pé no chão - 52´ - direção Lilian Solá Santiago
16h
Estima Negra - 10´ - direção coletiva Nós do Cinema
Cinemina - Agência de Emprego 04´ - direção Giselle Moraes
17h
A Cidade das Mulheres 72' - direção Lazaro Faria
18h30
Cinemina - Creche 03´ - direção Neide Diniz
A Terra e o Tempo: Vozes do Quilombo 52' - direção Sergio Brito
19h30
Cinemina - Escola - 04´ - direção Nina Silva
Vaguei os livros, me sujei com a merda toda - 28' - direção Akin Kinte e Allan da Rosa
20h
bate papo e encerramento
Domingo 19/12


hora
Cinema - Curadoria Estimativa
12h
 Abertura da Feira Preta
13h
Cultura Negra – Resistência e Identidade 41' - direção CEAP
14h
Cinemina - Agência de Emprego 04´ - direção Giselle Moraes
Qual é a cor da minha pele? 08' - direção Maria Gal
Cinemina - Escola - 04´ - direção Nina Silva
15h
Cinemina - Creche 03´ - direção Neide Diniz
O Jongo na Serrinha: Tributo a Mestre Darcy 40' - direção Beatriz Paiva
16h
Família Alcântara 56' - direção Daniel Solá Santiago e Lilian Solá Santiago 
17h
Cinemina - Agência de Publicidade 04´ - direção Janaina ReFem
Várzea – a bola rodada na beira do coração 40´ - direção Akins Kinte
18h
Cada Fio uma História (lançamento em SP) 07´ - direção Jana Guinond e Nina Silva
Mães do Hip-hop 29' - direção Dudu de Morro Agudo e Janaina ReFem
19h
bate papo e encerramento
Agradecimentos especiais à Incubadora Afrobrasileira
Clique aqui e saiba a programação completa da Feira Preta
Centro de Exposição Imigrantes
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1.5
Fone: (11) 5067-6767
Ingressos na Portaria da Feira Preta
R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada)
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www.estimativa.org.br
Msn: ong.estimativa@hotmail.com
skype: estimativa
Tel.: 21 2567-0011
Assista nossos vídeos
http://www.youtube.com/cineminativa
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