Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

** Chamada para artigos - Revista Passagens

 


CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS
22/02/2011
            PASSAGENS. Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica convoca pesquisadores para seleção de artigos para publicação.
            O principal objetivo de Passagens é ampliar o espaço de sociabilidade acadêmica dos campos intelectuais das ciências humanas e sociais aplicadas, com ênfase em estudos de história política e cultura jurídica. Passagens incentiva a divulgação de trabalhos em andamento que contribuam para o aprofundamento de pesquisas com abordagem transdisciplinar, dando visibilidade à discussão pertinente no Brasil e no exterior. Para tanto, publica artigos inéditos, que são submetidos a um processo de avaliação, através de pareceres. Passagens aceita artigos em quatro línguas: português, espanhol, francês e inglês, e é publicada eletronicamente três vezes ao ano: janeiro, maio e setembro. Os prazos de recebimento do material a ser submetido aos Conselhos Consultivo e Editorial da Revista são: 30 de novembro, para publicação em janeiro; 31 de março, para publicação em maio e 31 de julho, para publicação em setembro. Normas para publicação no site de Passagens.
               Situada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em História do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal Fluminense, Passagens é um periódico multidisciplinar que procura garantir a qualidade e excelência da produção acadêmica comprometida com as inovações epistemológicas e temáticas.
ISSN (on-line):  1984-2503
Passagens
Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica
International Review on Political History and Legal Culture
Revista Internacional de Historia Politica y Cultura Juridica
Revue Internationale d´Histoire Politique e Culture Juridique
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Divulgada a seleção de GTs e Sociólogos

 

Prezado colega,

Informamos que já estão disponíveis no site do evento a programação completa, com trabalhos aprovados, dos Grupos de Trabalho e Sociólogos do Futuro do XV Congresso Brasileiro de Sociologia, a ser realizado na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba-PR, entre os dias 26 e 29 de julho de 2011.
Atenciosamente,
Organização do XV Congresso.

__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** 11º Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais

 

11º Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais

21/2/2011
Faltam 165 dias para o início do evento. Duração: 4 dias
Fonte: Agência FAPESP – Pela primeira vez, a capital da Bahia foi selecionada para sediar o Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Durante quatro dias especialistas em ciências sociais e humanidades do Brasil e outros países se reunirão para discutir a diversidade e a complexidade das sociedades diferenciadas.
O tema da décima primeira edição do evento será "Diversidade e (Des)Igualdades", sendo o debate divido em 11 eixos temáticos, entre eles: " Religiões e religiosidades", "Direitos e cidadanias", "Corpo, saúde e sexualidades", "Patrimônios culturais", "Territorialidades e identidades", "Linguagens", "Relações internacionais" e "Comunicação".
O evento será realizado no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador.
Mais informações e inscrições: www.xiconlab.eventos.dype.com.br

 
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** [Carta O BERRO] PARA NÃO ESQUECER JAMAIS! História de THOMAZ ANTÔNIO DA SILVA MEIRELLES NETTO -XXXV-

Carta O Berro..........................................................repassem




Thomaz Antônio da Silva Meirelles Neto

 
Thomaz Meirelles Neto nasceu em 1937, em Parintins, no Amazonas. Aos 21 anos, veio para o Rio onde participou, pela UBES e UNE, da direção e da organização das manifestações culturais e políticas dos estudantes. Simultaneamente à sua atividade de jornalista, participou do Centro Popular de Cultura, o CPC da UNE, ocasião em que travou contato com a pobreza e a miséria do povo brasileiro - dos alagados do Recife às minas de carvão de Santa Catarina.



No comêço da militância, une-se ao PCB. Mais tarde, abraçou a causa da ALN.



Por falta de recursos para estudar, Thomaz solicitou bolsa para completar sua formação universitária na antiga União Soviética e foi para Moscou, em 1962, onde cursou a Faculdade de Filosofia. Em 1969, regressou ao Brasil.



Aos poucos meses da chegada, foi ele obrigado a agir em total clandestinidade. Thomaz nunca pôde ter nos braços seu filho, nascido em 1967. Em 1970, foi preso e torturado. Liberado três anos depois, retorna à luta clandestina.



Durante esse último período, sua família foi perseguida, culminando com a prisão de Miriam Marreiros Meirelles, sua mulher, que também foi torturada para informar o paradeiro do marido.



Thomaz foi novamente preso no dia 7 de maio de 1974, no Leblon, e nunca mais foi visto. Seu nome consta da lista de pessoas desaparecidas, tendo sua morte sido reconhecida em declarações de um agente da repressão. O livro "Brasil Nunca Mais " retrata a primeira prisão de Thomaz, em 1972, e o julgamento que o condenou a três ano e meio como caso ilustrativo do funcionamento tragicômico da Justiça Militar naquele período. Diz a acusação: "Nove anos passados na União Soviética servem de prova da intenção de delinqüir " ...



No dizer de um amigo, Thomaz era fascinante. Combatente dos mais procurados pela ditadura, era a antítese da figura geralmente associada ao guerrilheiro. Thomaz gostava de si mesmo e se tratava bem. E era bonito, sabendo cultivar seu encanto pessoal. De interesse diverso, não era ele um fundamentalista dos que se encaramujam na ação estritamente política. Apreciava a obra dos escritores existencialistas e o chamado teatro do absurdo. Espírito aberto, crítico, inquieto, rara combinação de radicalismo e tolerância.



À Thomaz, senhor de seus dias, a nossa homenagem e admiração.

========================================================================================================
+ detalhes

THOMAZ ANTÔNIO DA SILVA MEIRELLES NETTO (1937 – 1974)
Filiação: Togo Meirelles e Maria Garcia Meirelles
Data e local de nascimento: 01/07/1937, em Parintins (AM)
Organização política ou atividade: ALN
Data e local do desaparecimento: 07/05/1974, no Rio de Janeiro
Jornalista e sociólogo, dirigente da ALN, o amazonense Thomaz Meirelles desapareceu em 07/05/1974, no Rio de Janeiro. Natural de
Parintins (AM), chegou ao Rio de Janeiro em 1958, onde teve início seu engajamento político, participando do movimento secundarista
através da UBES e, depois de iniciar a universidade, através da UNE. Em 1961, atuou abertamente na resistência em defesa da legalidade
constitucional, contra a tentativa de golpe militar que se seguiu à renúncia do presidente Jânio Quadros.
Paralelamente à sua atividade profissional como jornalista, contribuiu na organização de inúmeras manifestações culturais e políticas no
final dos anos 50 e início dos anos 60, por meio do Comitê Popular de Cultura da UNE. Sua militância partidária começou no PCB, tendo
depois ingressado na ALN. Casado com a jornalista Miriam Marreiro, teve com ela dois filhos, Larissa e Togo.
Cumprindo todos os trâmites legais em relação a um país com o qual o Brasil mantinha relações diplomáticas normais, Thomaz Meirelles
solicitou uma bolsa de estudos para continuar sua formação universitária e seguiu para a União Soviética, em 1962, onde cursou Filosofia
na Universidade Central de Moscou.
Retornou ao Brasil em 13/11/1969, já na polarizada conjuntura repressiva do início do governo Médici. Poucos meses depois, foi obrigado a
viver na clandestinidade. Preso pela primeira vez em 18/12/1970, quando transitava na Rua da Alfândega (Rio de Janeiro), foi levado para
o DOI-CODI e lá sofreu a violência das torturas. Posteriormente, foi condenado a três anos e seis meses de prisão. Cumpriu condenação por
suas atividades políticas na ALN, existindo em seu processo judicial forte carga contra o fato de ter estudado na União Soviética. Libertado
em 17/11/1972, mais uma vez foi obrigado a refugiar-se na clandestinidade. Thomaz Meirelles foi preso pela última vez em 07/05/1974,
no bairro do Leblon, Rio de Janeiro, e a partir dessa data nunca mais visto. Após o seu desaparecimento, foi julgado à revelia, em São Paulo,
pela 2ª Auditoria Militar, sendo condenado à pena de dois anos de reclusão.
O nome de Thomaz consta da lista de pessoas consideradas desaparecidas e assumidas como mortas por um general responsável pelo
aparelho repressivo, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em 28/01/1979. Notícia veiculada pelo Correio da Manhã do Rio de Janeiro,
de 03/08/1979, afirma que 14 desaparecidos políticos foram mortos pelos serviços secretos das Forças Armadas e dentre eles está o nome
de Thomaz. A reportagem da Folha de S. Paulo ouviu de dois generais e de um coronel essa informação. Em 15/04/1987, a revista IstoÉ, na
reportagem Longe do Ponto Final, publicou declarações do ex-médico militar Amílcar Lobo de que havia visto Thomaz no DOI-CODI no Rio
de Janeiro, sem precisar a data.
O chamado "livro negro sobre o terrorismo no Brasil", produzido pelo CIE entre 1986 e 1988, num trecho delirante que depõe contra a
credibilidade e seriedade do documento, registra que, em junho de 1966 "o Comitê Central do PCB realizou uma reunião, na qual criou
uma Seção de Trabalhos Especiais que, entre outras atribuições, tinha o encargo principal de preparar o Partido para a luta armada. No mês
seguinte, enviou 10 militantes para realizarem um curso de guerrilha em Moscou", sendo que o nome de Thomaz Meirelles é incluído entre
esses 10. Daí a necessidade de tratar com muita reserva a informação incluída na página 776 desse controvertido documento secreto, de
que Meirelles teria executado, em junho de 1973, um militante da RAN que tinha sido preso e ajudou os órgãos de segurança a montar a
emboscada em que foi morto Merival Araújo, da ALN. Vale a mesma ressalva a respeito da acusação, incluída em documentos dos órgãos
de segurança, de que Thomaz teria participado da execução do delegado Octavio Gonçalves Moreira Junior, do DOI-CODI/SP e do CCC, em
Copacabana, em fevereiro de 1973.
Nos arquivos secretos do DOPS/SP foi descoberto um documento onde consta que Thomaz foi "novamente preso em 07/05/1974, quando
viajava do Rio de Janeiro para São Paulo". O Relatório do Ministério da Marinha, assinado pelo Ministro Ivan Serpa, relata: "DEZ/72, preso
anteriormente e liberado na primeira semana de dez/72, preso novamente no dia 07/mai/74, entre o Rio de Janeiro para São Paulo". O nome
de Thomaz Antônio da Silva Meirelles Netto integra a lista de desaparecidos políticos anexa à Lei nº 9.140/95.

Arquivo do blog

Seguidores do Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB.