Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

GEHB ** I Colóquio Internacional de História da Arte e da Cultura

 
 

I Colóquio Internacional de História da Arte e da Cultura


Universidade Federal de Juiz de Fora
De 23 a 26 de agosto de 2010
Anfiteatro do Instituto de Ciências Humanas
Inscrições para ouvintes no local (R$10,00)
Programação
Dia 23 de agosto
18 horas
Credenciamento
19 horas
Conferência de Abertura: Sylvie Deswarte-Rosa, Université de Lyon
"A Semana da Criação do Mundo de Francisco de Holanda. Entre palavra e imagem".

Dia 24 de agosto

8:30 horas
Credenciamento
9:30 horas

Conferência 1:

Rolando Carrasco. Universidad de Chile.
"Retórica y Humanismo nuevo hispánico en el siglo XVI: perspectivas y desafíos de la crítica latinoamericana"

Conferência 2:

Luciano Migliaccio, FAU-USP.
"A Imagem da Cidade na Itália e em Portugal no Século XVI".

16 hora

Mesa de Comunicações Coordenadas

18 horas
Café
19 horas

Conferência 1:

Jens Baumgarten, UNIFESP.

Conferência 2:

Magno Mello, UFMG.
"A Experiência da Arquitetura do Engano em Portugal e a Difusão do Tratado de Perspectiva de Inácio Vieira S.J. (1715)"

Dia 25 de agosto
9:30 horas

Conferência 1:

Fernando Guzmán, Universidad Adolfo Ibañez, Chile
"Tres barrocos en el Chile del Siglo XVIII".

9:30 horas

Conferência 1:

Fernando Guzmán, Universidad Adolfo Ibañez, Chile
"Tres barrocos en el Chile del Siglo XVIII".

Conferência 2:
André Tavares, UNIFESP.
"A estruturação de um programa iconográfico para as irmandades de clérigos: transferências entre Roma, Portugal e América Portuguesa."
16 horas
Mesa de Comunicações Coordenadas
18 horas
Café
19 horas

Conferência 2:

André Tavares, UNIFESP.
"A estruturação de um programa iconográfico para as irmandades de clérigos: transferências entre Roma, Portugal e América Portuguesa."
16 horas
Mesa de Comunicações Coordenadas
18 horas
Café
19 horas

Conferência 1:

Francesca Braida, École des Hautes Études, Paris.
"La Teología de la Luz en las Imágenes de los Sueños y Visiones en la Edad Media"

Conferência 2:

Luiz Marques, UNICAMP.


Conferência 1:

Francesca Braida, École des Hautes Études, Paris.
"La Teología de la Luz en las Imágenes de los Sueños y Visiones en la Edad Media"
Conferência 2:

Luiz Marques, UNICAMP.

Dia 26 de agosto
9:30 horas

Conferência 1:

Sarissa Carneiro, Universidad de Chile.
"Narrações de Infortúnios em Crônicas da América Colonial".


Conferência 2:

Cássio Fernandes, UFJF.
"Martin Wackernagel: o 'espaço de vida' dos artistas no Renascimento florentino"
16 horas
Mesa de Comunicações Coordenadas
18 horas
Café
19 horas
Conferência de Encerramento.
Maurizio Ghelardi, Scuola Normale Superiore di Pisa.
"Heinrich Wölfflin: o sentimento da forma no Renascimento italiano e no Renascimento alemão".

Conferência 2:

Cássio Fernandes, UFJF.
"Martin Wackernagel: o 'espaço de vida' dos artistas no Renascimento florentino"
16 horas
Mesa de Comunicações Coordenadas
18 horas
Café
19 horas
Conferência de Encerramento.
Maurizio Ghelardi, Scuola Normale Superiore di Pisa.
"Heinrich Wölfflin: o sentimento da forma no Renascimento italiano e no Renascimento alemão".

 Instituto de Artes e Design – UFJF
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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
    Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

    GEHB ** SEMINÁRIO - A EXPERIÊNCIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA: BRASIL E PORTUGAL

     
    SEMINÁRIO

    A EXPERIÊNCIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA: BRASIL E PORTUGAL - PROGRAMA
    15 de setembro
    •   Quarta-feira
    9h30

    ABERTURA:

    • Celso Castro (diretor do CPDOC) e Maria Manuela Tavares Ribeiro (Coordenadora do Ceis20)

    • Angela de Castro Gomes e Alda Mourão (Coordenadoras do seminário)
    TEMA: Primeira República: História e Historiografia
    10h - 12h

    Mesa 1
    Coordenação: Celso Castro (CPDOC/FGV)

    • Luís Reis Torgal (Ceis 20/ Univ. de Coimbra): "Primeira República em Portugal: um balanço historiográfico"

    • Angela de Castro Gomes (CPDOC/FGV): "Primeira República no Brasil: uma história da historiografia"

    • Nuno Rosmaninho Rolo (Ceis 20/ Univ. de Aveiro): "Historiografia artística portuguesa durante a Primeira República"
    14h - 16h15

    Mesa 2
    Coordenação: Maria Manuela Tavares Ribeiro (Ceis20/Univ. de Coimbra)

    • Angel Rodriguez Gallhardo (Ceis 20): Processos de republicanização e cidadania: uma perspectiva comparada"

    • Alzira Abreu (CPDOC/FGV): Dicionários históricos e Dicionário da Primeira República: para que servem?"

    • Martha Abreu (Univ. Federal Fluminense): "Cultura na Primeira República: revendo a historiografia"
    16h30 - 19h

    Mesa 3: Política e elites civis e militares
    Coordenação: Christiane Jalles (CPDOC/FGV)

    • Celso Castro (CPDOC/FGV): "Os militares na Primeira República brasileira"

    • Ana Teresa Peixinho (Ceis20/Univ. de Coimbra): "A geração de 70 e o republicanismo: a intervenção polêmica de Eça de Queiroz"

    • Marieta de Moraes Ferreira (CPDOC/FGV): "Política e poder na Primeira República: história e historiografia"
    16 de setembro
    •   Quinta-feira
    TEMA: Trajetórias e redes de sociabilidade intelectual
    14h30 - 16h45

    Mesa 4
    Coordenação: Alda Mourão (Ceis 20/ Instituto Politécnico)

    • Antônio Pedro Pitta(Ceis20/Univ. de Coimbra): "Instituição política e controvérsias doutrinárias"

    • Américo Freire (CPDOC/FGV): "Trajetórias políticas e vertentes republicanas"

    • Carlos Cordeiro (Ceis20/ Univ. dos Açores): "A Missão Intelectual aos Açores em 1924"

    • Marly Motta (CPDOC/FGV): "1922, o Brasil faz 100 Anos: a herança portuguesa em questão"
    17h - 19h

    Mesa 5: Trânsitos luso-brasileiros: imigração e exílio
    Coordenação: Lúcia Lippi (CPDOC/FGV)

    • Alda Mourão (Ceis 20/ Instituto Politécnico): "Imigrantes-empresários: a Câmara Portuguesa de Comércio na Primeira República"

    • Zelia de Martini (Univ. Metodista de São Paulo): "Imigração portuguesa em São Paulo: famílias e instituições"

    • Heloísa Paulo (Ceis20/ Univ. de Coimbra): Exilados e emigrantes: exílio, sobrevivência e luta política"

    • Gladys Sabino (Univ. Federal Fluminense): "Imigração portuguesa na Primeira República: propriedade e disputas"
    17 de setembro
    •   Sexta-feira
    TEMA: Republicanismo e educação
    9h30 - 11h30

    Mesa 6
    Coordenação: Angela de Castro Gomes (CPDOC/FGV)

    • Augusto Monteiro (Ceis20): "O manual de Educação Cívica: um catecismo republicano"

    • Libânia Xavier (Univ. Federal do Rio de Janeiro): "O movimento de educação nova e o regime republicano no Brasil e em Portugal"

    • Antônio Gomes Ferreira (Ceis20/ Univ. de Coimbra): "A criança e a Pedologia no contexto da Primeira República"

    • Helena Bomeny (CPDOC/FGV): "Educação na Primeira República e a sociedade do trabalho"
    11h30 - 13h
    Visita ao CPDOC
    15h - 17h

    Mesa 7: Economia e trabalho em perspectiva luso-brasileira
    Coordenação: Paulo Fontes (CPDOC/FGV)

    • João Paulo Avelãs Nunes ( Ceis20/Univ. de Coimbra): "Atividades econômicas e relações sociais: os percursos português e brasileiro"

    • Francisco Palomanes Martinho (Univ. de São Paulo): "Imigração portuguesa e movimento operário no Rio de Janeiro"

    • Hildete Pereira de Mello ( Univ. Federal Fluminense): "Mercado de trabalho no Brasil e imigração portuguesa nos censos populacionais: um estudo exploratório de gênero"
    17h

    Encerramento

    • Angela de Castro Gomes e Alda Mourão
    CPDOC | Fundação Getulio Vargas 15 a 17 de setembro de 2010 Praia de Botafogo, 190, Auditório 13º andar Rio de Janeiro - RJ
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    Atividade nos últimos dias:
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      GEHB ** "Ditadura militar, imprensa e luta armada no Brasil" (Blog)

       
      Gostaria de divulgar o blog "Ditadura militar, imprensa e luta armada no Brasil - o papel da imprensa na deslegitimação da luta armada no Brasil durante a ditadura militar", produzido por um amigo e colega, também historiador:


      O blog tem um conteúdo bastante interessante. Pra quem se interessa em estudar esse período, é uma boa dica.

      Saudações históricas,

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      "A História é o passado ressignificado"
      --
      Fabrício Augusto Souza Gomes
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        segunda-feira, 2 de agosto de 2010

        GEHB ** Patrimônios mundiais, Xingu no cinema e acervos digitais

         
        Boletim eletrônico da Revista de História da Biblioteca Nacional
        Faça já a assinatura de um ou dois anos da RHBN
        por preços de até 5x de R$21,36



        Patrimônio mundial em Sergipe

        A Praça São Francisco, em São Cristóvão (SE), foi reconhecida como patrimônio cultural do mundo pela Unesco. A 34a Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, que está acontecendo em Brasília desde o dia 23 de julho, avaliou a candidatura desse bem na tarde do dia 1 de agosto. "Vitória do povo de Sergipe, de São Cristóvão, que sempre conservou esse patrimônio", afirmou o Presidente do Comitê, ministro Juca Ferreira, que preside o encontro. Confira os 18 locais do país inscritos na Lista do Patrimônio Mundial. [ leia mais ]

        Parque do Xingu vira filme

        A história da primeira terra indígena reconhecida pelo governo federal começou a ser filmada. A saga dos irmãos Villas-Bôas, idealizadores da reserva, tem previsão de estrear ano que vem. [ leia mais ]

        História regional

        A disponibilização online de revistas dos institutos históricos estaduais democratiza o acesso à tradição erudita da historiografia brasileira. Confira a última coluna do historiador Renato Venâncio na seção "Acervo Digital" [ leia mais ]

        E mais...

        Caiapós por eles mesmos
        Peças comemorativas e da vida cotidiana, como cocares, máscaras e cestos, ajudam a mostrar os aspectos mais importantes da cultura caiapó. A exposição “Kayapó, Mebêngôkre nhõ pyka” reúne fotos e objetos selecionados pelos próprios índios que apresentam sua cosmologia, rituais, agricultura, caça, pesca e coleta. Além disso, a mostra divulga resultados da pesquisa sobre os conhecimentos tradicionais e a diversidade agrícola da etnia, feita em parceria pelo Museu Goeldi e o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), da França. [ leia mais ]
        Literatura juvenil no teatro
        O próximo encontro do projeto conta com a presença de Karen Acioly, criadora do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens (FIL), autora e diretora teatral, e Sura Berditchevsky, atriz, diretora, autora, produtora e professora de teatro. O evento vai abordar a formação de novos leitores e a literatura infantil e juvenil em seus diversos aspectos. A Biblioteca Nacional convida todos a participar e interagir em busca de uma literatura de qualidade para esse público. A mediação fica por conta da escritora Anna Claudia Ramos. [ leia mais ]
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        Atividade nos últimos dias:
              **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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          GEHB ** Homenagem com restrições - Tese de Gilberto Freyre sobre democracia racial foi contestada por Fernando Henrique Cardoso

           

          Homenagem com restrições

          G1 - Postado por Luciano Trigo em 24 de julho de 2010 às 11:08
          Tese de Gilberto Freyre sobre democracia racial foi contestada por Fernando Henrique Cardoso

          Gilberto Freyre / Divulgação
          Uma expectativa acima do normal cerca a conferência de abertura da FLIP deste ano. Não somente pelo ineditismo da participação de um ex-Presidente da República – que aliás mantém o status de figura política de proa, num ano de eleição – mas também porque a relação entre o palestrante – Fernando Henrique Cardoso – e o homenageado – Gilberto Freyre – é no mínimo ambivalente.
          Fernando Henrique integrou o grupo de intelectuais da USP que, a partir dos anos 60, contestou com bastante ênfase as teses defendidas pelo sociólogo pernambucano em Casa Grande & Senzala e outras obras – sobretudo o conceito da democracia racial, por meio do qual ele teria "romanceado" a escravidão. De inspiração marxista, os chamados "uspianos", capitaneados por Florestan Fernandes, contestavam essa interpretação supostamente idílica de nossa História e se distanciaram ainda mais do sociólogo quando ele decidiu apoiar o regime militar instaurado em 1964. A partir dali a querela teórica se transformou em hostilidade política explícita ao "mestre de Apicucos": Freyre virou uma espécie de proscrito, com suas obras banidas das grades curriculares.
          Os tempos são outros, naturalmente, a nos últimos 20 anos Gilberto Freyre vem sendo objeto, por assim dizer, de uma reabilitação, mesmo num bastião do pensamento de esquerda como a USP – processo do qual faz parte o prefácio escrito pelo próprio Fernando Henrique Cardoso para a última edição de Casa Grande & Senzala. O tom do prefácio, elogioso mas ambíguo, deve se repetir na conferência de FHC.
          Vale lembrar, por outro lado, que, quando estava na Presidência, Fernando Henrique decretou 2000 como o Ano Nacional Gilberto Freyre. Em todo caso, o retrospecto de antagonismo permite esperar uma mesa de abertura movimentada na FLIP, com a intermediação do historiador Luiz Felipe de Alencastro. Sobretudo se o debate enveredar pela questão racial, já que FH se mantém crítico ao pensamento de Freyre sobre o tema. Ou se, no debate, a platéia tentar partidarizar a discussão em ano de eleição.
          A expressão "democracia racial" reflete a idéia de que o Brasil escapou do racismo e da discriminação presentes na formação histórica de outros países, como os Estados Unidos: os brasileiros, pelo menos em sua maioria, não se veriam pelas lentes da discriminação racial, ou seja, questões de raça não seriam limitadoras da mobilidade social em nossa sociedade – ou seriam menos limitadoras que outros fatores, como o sexo e a classe social. Para os críticos da teoria, isso acabou gerando uma atitude generalizada e hipócrita de dissimulação do preconceito em nosso país. Daí, por exemplo, a resistência às políticas de cotas raciais nas universidades e as ações afirmativas no Brasil.
          É claro que a obra de Gilberto Freyre é muito mais abrangente e ambiciosa do que sugere o debate sobre a democracia racial. Freyre estabeleceu as regras de uma gramática social brasileira, desenvolvendo uma reflexão original sobre a especificidade do processo de formação da sociedade brasileira. Foi pioneiro em atribuir um valor positivo à mestiçagem, em sistematizar nossa aptidão para conjugar diferenças, para plasmar costumes e valores. Fez História da vida privada muito antes de a própria expressão ser cunhada e popularizada pelos franceses. Incorporou em suas pesquisas a comida, as doenças, a arquitetura, o comportamento sexual, os hábitos de higiene – em suma, o homem comum, numa época em que a História era a História das elites. comida, doenças, arquitetura, sexualidade, hábitos de higiene, Freyre introduziu o homem comum numa ciência voltada para o vistoso movimento das elites.
          Hoje a interpretação do Brasil inaugurada por Gilberto Freyre é reconhecida como inovadora por intelectuais de todos os matizes ideológicos. Há quem aponte, contudo, para os riscos de uma reabilitação acrítica, que passe por cima das imperfeições de sua obra teórica – em diversos momentos conservadora e pouco científica – e ignore deliberadamente a colaboração do sociólogo pernambucano com o regime militar, que envolve episódios não suficientemente esclarecidos de perseguição a professores da Universidade do Recife, como Luiz Costa Lima. Isto é, o monumento se sobrepõe ao homem.
          Por maiores que sejam as diferenças, o certo é que Gilberto Freyre e Fernando Henrique Cardoso compartilham no mínimo uma característica: a vaidade. Darcy Ribeiro dizia que Freyre "devorava elogios como bombons", e conta-se que o sociólogo ficou indignado quando viu que uma enciclopédia dedicava mais linhas ao verbete Jorge Amado que ao seu. De Fernando Henrique, basta citar uma frase de seu livro A arte da política: "Talvez minha vaidade seja menor que a inteligência".


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          "A História é o passado ressignificado"
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          Fabrício Augusto Souza Gomes



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          Atividade nos últimos dias:
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            domingo, 1 de agosto de 2010

            GEHB ** Edson Nery da Fonseca / Entrevista com estudioso da obra de Gilberto Freyre (Prosa & Verso, 31/07/2010)

             

            'Freyre queria entender de tudo na vida'
            Estudioso da obra do autor homenageado em Paraty, Edson Nery da Fonseca diz que sociólogo era um grande sedutor e desejava ser lido por todos
            ENTREVISTA Edson Nery da Fonseca
            O pernambucano Edson Nery da Fonseca é um dos maiores estudiosos da obra de Gilberto Freyre, autor homenageado desta oitava edição da Festa Literária Internacional de Paraty, que começa na quarta-feira, dia 2. Nery é também um pesquisador privilegiado, pois conviveu por quase 50 anos com o autor de “Casa-grande & senzala”, obra sobre a qual chegou a fazer inclusive um “dicionário”, “Gilberto Freyre de A a Z”. Também organizou alguns livros do mestre, a pedido dele, como “Palavras repatriadas”. Há ainda aqueles que o próprio Nery inventou, como “Prefácios desgarrados”, pois considera Freyre o maior prefaciador brasileiro e um dos maiores do mundo. Nessa entrevista, em Recife, Nery — que se recupera de um problema de saúde, mas já foi liberado pelos médicos para comparecer à Flip — conta como o sociólogo elegeu-se deputado no século passado com votos comprados, tenta explicar porque seu amigo foi vítima da patrulha ideológica pós-1964, quando teve uma relação polêmica com o governo militar, e mostra porque as obras de Freyre são inconclusas: “Para ele, a História continua, está evoluindo”, diz. Além disso, destaca a visão generalista do sociólogo sobre a sociedade: “Era um homem que pretendia de entender tudo na vida.”
            Letícia Lins Correspondente • RECIFE
            O GLOBO: Sociólogo, antropólogo, escritor mais generalista do que especialista, autor de “Alhos e bugalhos”, “Sobrados e mocambos”, “Casa-grande & senzala”. Quem foi o intelectual Gilberto Freyre?
            EDSON NERY DA FONSECA: Ele próprio escreveu em um livro pouco conhecido, chamado “Como e porque sou e não sou sociólogo”, no capítulo “Como e porque sou escritor”: “em mim, o antropólogo, o sociólogo, o possível pensador são ancilares (escravos) do escritor”. E se queixava muito de que não era convidado para congressos de escritores. Também se queixava que as histórias da literatura brasileira não o incluíam, porque ele era um pensador social, sociólogo, cientista social.
            Ele foi mais antropólogo, mais sociólogo, ou mais escritor?
            EDSON NERY: Ele próprio se considerava um escritor. Mas tinha formação acadêmica, no sentido universitário, em ciências sociais.
            Por que, com tanta formação acadêmica, ele dizia “abaixo o sociologês, o antropologês, o filosofês” e se classificava como um generalista, não especialista?
            NERY: Ele detestava essa terminologia especializada. Queria ser lido pelo público em geral, e não apenas por especialistas. Os cientistas apegados a terminologias científicas diziam que ele não era um cientista social, mas um escritor. Como se uma coisa se opusesse à outra, mas não há oposição nenhuma entre a ciência e a literatura. Quem se posicionou assim tinha mentalidade estreita. O grupo de São Paulo, liderado por Florestan Fernandes, por exemplo, se opôs durante muito tempo a Freyre, dizendo que ele tinha generalizações que não eram científicas. Que era prejudicado pelo fato de escrever bem.
            Poderíamos dizer que ele foi um dos mais versáteis intelectuais do país?
            NERY: A minha definição de Freyre é que ele era um grande sedutor. Por quê? Inicialmente nos seduzia pelas suas ideias originais a respeito da formação brasileira. Por exemplo, dizer que ao contrário do que ocorre na América Hispânica, onde os países foram feitos pela Espanha e pela Igreja, o Brasil foi feito pela família patriarcal. Isso é uma ideia completamente original de Freyre. E é verdadeira. Portugal e a Igreja aqui ficaram submetidas à pátria família dos escravocratas. E sedutor porque recebia todos com muito acolhimento. Era um fidalgo ao natural. Freyre não fez estudo antropológico do Brasil só através dos índios. Ele procurou entender o país de uma maneira global.
            Durante a vigência da ditadura militar, Freyre passou a ser hostilizado por intelectuais de esquerda que o consideravam um colaboracionista do regime. Como avalia essas contradições?
            NERY: Antonio Candido o admirava, mas depois retirou a admiração. Como o próprio Sérgio Buarque de Holanda, que foi um dos maiores amigos e ajudou Freyre a escrever “Casa-grande & senzala”, porque sabia alemão, língua que o pernambucano não conhecia bem. Muitos daqueles que antes eram amigos, depois de 1964 viraram as costas.
            Qual é sua interpretação desse episódio?
            NERY: Freyre foi chefe de gabinete de Estácio Coimbra, que foi deposto pela Revolução de 1930, e os dois partiram juntos para o exílio em Lisboa. Estácio tinha grande admiração por Freyre e dizia que, um dia, Freyre seria governador de Pernambuco. Quando acabou a ditadura Vargas, na eleição de 45, a UDN, para agradecer aos estudantes a participação na derrubada da ditadura, ofereceu uma vaga na chapa para a Constituinte de 46. Estudantes elegeram Odilon Ribeiro Coutinho, que nobremente convenceu os colegas de que o representante deles deveria ser Gilberto Freyre, que estava ao lado do estudante Demócrito de Souza Filho quando a polícia civil matou o estudante na sacada do “Diário de Pernambuco”.
            Qual foi a reação da sociedade da época?
            NERY: Os usineiros da UDN ficaram indignados, e acusaram os estudantes de terem colocado um marxista, um esquerdista na chapa deles. Era assim que os usineiros os tratavam. Quando escrevia “Nordeste”, Freyre fez uma pesquisa sobre a situação dos trabalhadores nas usinas, e as denunciou como sub-humanas. Então propôs ao Sindicato dos Usineiros que se fizesse um inquérito para fornecer a eles subsídios para melhorar a habitação e a alimentação dos cortadores de cana. Essas sugestões deixaram os usineiros indignados. Eles o denunciaram à polícia, onde foi fichado como agitador.
            Mas a partir de 1964, depois de participar da elaboração do programa de governo da Arena (partido que dava sustentação ao governo militar) ele foi acusado de estar a favor da ditadura.

            NERY:
            Freyre foi eleito para a constituinte de 1946. Ele estava bem na cidade de Recife mas tinha poucos votos no interior. Odilon Ribeiro Coutinho foi ao interior e comprou votos para ele. E Freyre se elegeu. Gostou de ser deputado, onde se transformou em um homem de comissões. Quando acabou o mandato, ele se candidatou de novo. Mas a usina de Odilon estava mal e ele não pôde comprar votos para Freyre, que não se reelegeu. Quando os militares deram o golpe e acabaram com as eleições diretas, eles iam a todas as reuniões da Fundação Joaquim Nabuco, inclusive sobre reforma agrária. Quando disseram que não haveria eleição direta, ele pensou que certamente o Marechal Castelo Branco, que era seu amigo, ia indicá-lo à Assembleia Legislativa para o governo do estado. Acontece que o deputado Nilo Coelho oferecia almoços com lagosta todos os domingos e, em um deles, pediu que fosse indicado.
            Por que Freyre, que sempre foi amado ou odiado, agora está virando unanimidade?
            NERY: Ainda há pessoas que não o aceitam. Em Pernambuco há uma professora que publicou um livro acusando Freyre de racista, porque ele criticava os judeus. Ele não era contra coisa nenhuma, era um homem que pretendia entender de tudo na vida. Ele não era anticatólico. Era a-católico. Ele não era antimarxista, mas pós-marxista. Não era contra nada, porque queria entender tudo na vida. “Casa-grande & senzala”, por exemplo, está cheio de elogios a judeus, mas também tem restrições. Por causa delas, ele é considerado antissemita. Quem diz isso estuda isolando frases, para atacar uma pessoa e toda uma obra.
            Durante décadas ele viveu entre a canonização e a excomunhão, segundo seus estudiosos.

            A que atribui isso?
            NERY: Ao fato de ter procurado ser objetivo, nem de extrema direita nem de extrema esquerda, de ter optado pelo equilíbrio. De ter tido a compreensão global, gestaltiana das coisas.
            Além do senhor, que conviveu com ele por longo tempo, e de Odilon Ribeiro Coutinho, outro companheiro de juventude de Freyre foi José Lins do Rego. Pela correspondência entre os dois, parece até que viveram um caso amoroso. O que eles viveram foi amor ou amizade?
            NERY: José Lins conta no prefácio que escreveu para um livro de Freyre o encontro deles. Ninguém os apresentou. Ele lia os artigos de Freyre, ficou impressionado e ficaram amigos. Acho que era uma amizade amorosa que havia entre os dois.
            Tem muita gente estudando Gilberto Freyre, mas provavelmente ainda há muito o que ser desvendado dos seus escritos e estudos, não?
            NERY: Ele é um mundo. Deixou muitos papéis que ainda estão para ser organizados. Ele só não conseguiu escrever o quarto tomo da obra “Introdução à História da sociedade patriarcal no Brasil”, que seria “Jazigos e covas rasas”, dando continuidade a “Casa-grande & senzala”, “Sobrados e mocambos” e “Ordem e progresso”. Eu o ajudei, porque morava no Rio de Janeiro quando ele foi deputado federal. Como a sessão era à tarde, ele passava a manhã na divisão de obras raras da Biblioteca Nacional, fazendo pesquisas para esse livro.
            Por que ele não terminou?
            NERY: Ele não conseguiu, sequer, iniciar. Ele reuniu uma grande documentação. Aí ele não se reelegeu e trouxe a documentação para o Recife. Enrolou tudo em uma toalha vermelha, que desapareceu.
            Ele ficou triste por não concluir o trabalho?
            NERY: Não. Porque não concluía nada. A ideia dele era a seguinte: a História não se conclui. Ela continua, está evoluindo. Ele detestava aquilo que chamam de chave de ouro, a conclusão. “Casa-grande & senzala”, “Sobrados e mocambos” e “Ordem e progresso” são obras inconclusas. A “Introdução à história patriarcal do Brasil” ficou sem o último volume, que seria a conclusão, mas ele não gostava de concluir. Chegava a dizer que deveria ficar para os mais sábios a tarefa certamente mais nobre de concluir.
            Ele também escrevia poemas e pintava. Como o senhor vê esse lado menos conhecido de Freyre?
            NERY: Vou declamar na Flip o poema “Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados”, que ele escreveu em 1926, quando conheceu a Bahia, portanto muito antes da exaltação dos valores baianos feita por Ary Barroso e depois por Dorival Caymmi. É um poema em que se manifestam as duas principais características do estilo literário de Freyre: o magismo e a enumeração caótica.
            A pintura de Freyre parecia ingênua, mas ele levava a arte muito a sério, dizia que ela tinha a ver com sua produção literária. O senhor concorda?
            NERY: Sim. Tinha a ver até com a sociologia dele, porque pintava casas grandes, senhoras de engenho, o capelão da casa-grande, os assuntos eram sempre esses. A pintura foi a continuação de sua obra sociológica.
            O Brasil seria o mesmo sem “Casa-grande & senzala” ou a obra reforçou a identidade nacional?

            NERY:
            O livro foi publicado pela primeira vez em 1933 e em 1934 saíram muitos artigos a seu respeito. Colecionei muitos, quase todos elogiosos, escritos por todos os grandes críticos da época. Lembraria João Ribeiro, que elogiou o livro e fez uma só crítica: não conclui. Freyre respondeu: meu empenho não é concluir, mas interpretar.
            FH destacará atualidade da obra de seu antigo adversário intelectual

            Ex-presidente elogia pioneirismo e pesquisas de Freyre

            Gilberto Scofield Jr.

            SÃO PAULO
            No próximo dia 4 de agosto, quando o expresidente Fernando Henrique Cardoso fizer a conferência de abertura da Flip sobre Gilberto Freyre — com a palestra “‘Casa-grande & senzala’: um livro perene”, num evento que pretende homenagear o sociólogo, antropólogo e escritor pernambucano — os debates não estarão restritos à ótica do conceito de democracia racial, seus flertes com o conservadorismo, sua extraordinária tese sobre a formação da sociedade brasileira através da contribuição de brancos, negros e índios ou mesmo seu apoio ao golpe militar de 64.

            Mais que isso, as discussões provavelmente mostrarão a impressionante atualidade de Freyre e sua inesgotável capacidade de gerar questionamentos, especialmente num momento em que ainda se discute no Brasil a propriedade das ações afirmativas e cotas específicas para negros em empresas e universidades. Nestes casos, diz o ex-presidente, Gilberto Freyre é tanto atual quanto conflituoso, especialmente com o movimento negro no Brasil hoje.

            — Nos anos 30, Freyre foi muito inovador. Rompeu com um tipo de análise social racista na época. Rompeu com a visão evolucionista de (Francisco José de) Oliveira Viana, o ideal do Estado forte. Curiosamente, hoje o movimento negro deve achá-lo racista porque ele era a favor do sincretismo, enquanto hoje eles não são. Todo o movimento negro atual vai na direção da identidade e classificação racial, na base do “tudo o que não é branco é negro”. Mas a teoria de Freyre defende que o Brasil é diferente justamente porque não tem isso. Ele não aceita raça como critério, diz que aqui há um leque de cores e é melhor que seja assim. Simpático com os negros e indígenas, sobretudo com a ideia de miscigenação, e crítico da enorme mortalidade infantil nesses grupos, acho que ele seria simpático a ações afirmativas, mas seria contrário às cotas — diz ele.

            Fernando Henrique Cardoso — que também receberá na Flip, das mãos dos editores da Paz e Terra, o seu novo livro “Xadrez internacional e socialdemocracia” — vai tentar explicar também os fundamentos da já clássica ruptura, nas décadas de 50 e 60, entre o pensador pernambucano e certo grupo acadêmico das áreas de sociologia e antropologia da USP (onde o próprio FH estudava e pesquisava).

            Mais tarde, o meio acadêmico acabou “reabilitando” Freyre, convencido da importância de seu pioneirismo em muitos campos, incluindo a defesa do papel da miscigenação das raças na formação de um Estado menos conflituoso em comparação, por exemplo, aos EUA da época.

            Segundo FH, as críticas iniciais dos professores da USP a frentes: uma relativa ao seu pensamento acadêmico e outra por conta de suas posições políticas conservadoras. Nos anos 50 e 60, diz ele, a época de transformações fazia crescer a importância das teses desenvolvimentistas, especialmente em São Paulo. Aos olhos do grupo da USP, a ideia de romantização da escravidão e a tese da democracia racial, que subestimava os conflitos raciais no país, eram subjetivas demais para serem levadas a sério. Freyre era considerado, com desprezo, um ensaísta pouco objetivo.
            Retirada de patrocínio por sua causa seria ridículo, diz
            Do lado pessoal, condenavam as demonstrações de simpatia do antropólogo pelos ideais salazaristas, pelo golpe militar de 1964 e até pelo luso-tropicalismo, que de alguma maneira foi lido na época como uma justificativa da presença colonial portuguesa na África. Não faltaram sobrancelhas eriçadas em relação ao que consideravam um “saudosismo do patriarcado”, especialmente nas críticas ao seu livro “Ordem e progresso”.

            — Além disso, as pesquisas e estudos de nosso grupo na USP sobre relações interraciais nos mostravam outro panorama.

            Nós não encontrávamos outra coisa senão preconceito e discriminação.

            Minha pesquisa na Região Sul e outras não batiam com a imagem que ficou de “Casa-grande & senzala”, de idealização. É verdade que Gilberto Freyre não fala diretamente em democracia racial, mas a ideologia era bastante endossada oficialmente no Brasil na época, especialmente pelos militares — afirma FH.

            Ele conta que, uma vez, em palestra a empresários e diplomatas estrangeiros sobre seus estudos de negros realizada no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, encomendada pela Unesco, ouviu de um diplomata do Itamaraty, onde ocorria o encontro, que quase o colocara para fora: — Apresentei meus dados dizendo: “tem preconceito no Brasil”. No final, o diplomata me chamou e disse: “eu quase botei você para fora da sala porque você está falando mal do Brasil para estrangeiros”. E o fato é que o governo todo defendia as teses de Gilberto Freyre de que o Brasil era uma democracia racial, sem conflitos. A própria Unesco, quando veio a São Paulo pedir que nós fizéssemos o estudo no Sul vinha com a ideia.

            Eles queriam mostrar ao mundo que o Brasil era um exemplo de democracia racial — conta.

            Explicadas as desavenças, Fernando Henrique tratará de mostrar que, no frigir dos ovos, as idiossincrasias de Gilberto Freyre nunca comprometeram sua genialidade, originalidade e sua contribuição para o entendimento do tecido social brasileiro ontem e hoje. A começar por seu gigantesco domínio da bibliografia e de sua base empírica ampla, o que derruba a tese do “ensaísta subjetivo”. E de como ele influenciou gerações de pensadores brasileiros, incluindo o próprio ex-presidente, que não tinha com o pernambucano uma relação de proximidade — encontrou-se com o pernambucano apenas em três ocasiões —, mas foi a única exceção na lista negra de Gilberto Freyre sobre os “marxistas ideológicos da USP”.

            — Você pode discordar das interpretações de Freyre, mas não da falta de conhecimento dele dos assuntos. Não era um achismo, como se dizia. Seu entendimento de Brasil permaneceu porque, de alguma maneira, se aquilo não era assim, ele e muita gente gostaria que assim fosse. Então há nele um lado mítico, não no sentido negativo de dizer que é uma fantasia, mas no sentido de dizer: “olha, as coisas poderiam ser assim” — afirma.

            Sobre os boatos de que a Petrobras teria cancelado o patrocínio da Flip por conta de sua participação, é taxativo: — Não sei se é verdade, mas se fosse, seria ridículo. Inacreditável essa noção de que tudo é para aproveitamento político, o que reduz os espaços para o debate intelectual. Eu nunca misturo canais. E desde quando Gilberto Freyre é um ícone da esquerda?
            ENCONTRO COM O AUTOR: Quarta, dia 4, às 19h, fará a palestra “‘Casa-grande & senzala’: um livro perene”. Debatedor: Luiz Felipe de Alencastro. Quinta, dia 5, às 13h30m, ele conversará com o escritor Salman Rushdie sobre obras clássicas em encontro promovido pela Companhia das Letras.

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            "A História é o passado ressignificado"
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            Fabrício Augusto Souza Gomes

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            Atividade nos últimos dias:
                  **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                  Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
               
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              GEHB ** Livro de 1859 disponível no site PÁTRIA MINEIRA

               
              Apontamentos da População, Topografia e Notícias Cronológicas do Município da Cidade de São João del-Rei. Província de Minas Gerais. Oferecidos ao Ilustríssimo Sr. Comendador Antônio Simões de Sousa é livro da autoria
              de José Antônio Rodrigues.
              • O livro foi impresso na Tipografia de J. A. Rodrigues, em 1859, e talvez seja a primeira edição impressa na cidade de São João del-Rei - MG (Brasil).
              • O autor, natural de São João del-Rei, Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa, Promotor Público da Comarca do Rio das Mortes e Inspetor Municipal da Instrução Pública, homem ilustrado de sua época, produziu informações interessantes, chegando a ser citado pelo viajante Richard Burton, que dos Apontamentos se serviu francamente em sua obra Viagens aos Planaltos do Brasil.
              • A obra possui méritos, sobretudo pela singularidade do contexto, todavia, na nossa interpretação, algumas assertivas carecem de elementos comprobatórios.
              • A captura desta obra foi possível graças aos esforços do Sr. Silvério Parada, confrade do IHG de SãoJoão del-Rei.
              Veja os fac-símiles em:


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                sábado, 31 de julho de 2010

                GEHB ** IV MUN TEMPO - de 9 a 13 de agosto - IFCS/UFRJ

                 
                IV MUN TEMPO - de 9 a 13 de agosto - IFCS/UFRJ
                Inscrições prorrogadas até 05/08/2010
                Inscrições e contato: muntempo@yahoo.com.br
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                O Model United Nations (MUN) é um projeto que visa propagar as práticas das Organizações Internacionais e seus princípios constitutivos, aproximando-os da realidade de estudantes e demais pesquisadores. Sob coordenação da Profa. Sabrina Medeiros foi criado na qualidade de atividade anual do grupo de estudos Fluxos Internacionais, do Laboratório de Estudos do Tempo Presente, da UFRJ, com a organização de uma parte dos pesquisadores do grupo, dentre estudantes de graduação e pós-graduação (latu e strictu sensu), inserindo-se aí mestrandos, alunos de MBA's e doutorandos.

                Um modelo de organizações internacionais é a simulação, geralmente anual com duração média de cinco dias, realizada por estudantes secundários ou universitários, de organismos das Nações Unidas ou de outras organizações internacionais. Esses modelos também são conhecidos como Modelos das Nações Unidas ou por seu nome original em inglês, MUNs e seus participantes, comumente chamados de MUNers, modeleiros ou modelistas. A rigor, a concepção do que é um "MUN" perpassa a idéia de um laboratório prático das ciências sociais, sendo diretamente relacionado ao Direito internacional, a Ciência Política e a disciplina das Relações Internacionais, mas a sua possibilidade de escopo multidisciplinar pode ser ampliada ao abordar especificamente questões de segurança nas simulações em questão, se relacionando às teorias da guerra e das diversas formas de conflito inter-estatal e supra-estatal.

                Apesar de recente no Brasil, a prática de MUNs remonta ao inicio do século XX, onde estudantes universitários das áreas de Ciências Humanas dos Estados Unidos e Europa simulavam a extinta Liga das Nações, objetivando encontrar formas cada vez mais realistas de passar a seus estudantes a estrutura e o funcionamento de uma Organização Internacional. Com a criação das Nações Unidas (1945) a prática de MUNs foi difundida, aproximando a sociedade civil dos princípios das Nações Unidas e o funcionamento da Organização. Hoje, podemos encontrar Modelos e Simulações – MUNs – em todos os continentes, simulando as mais diversas Organizações Internacionais e agrupando alunos de Ensino Médio, estudantes e pesquisadores do Ensino Superior.

                Com isso, entendemos que estudar e simular o funcionamento de uma Organização Internacional não é somente aprender e nos aprofundar sobre seus aspectos funcionais, mas sim, entender como esta Organização atua, juntamente com os demais atores, dentro do Sistema Internacional. Assim, acreditando que as relações internacionais são mediadas por interesses e comportamentos diversos e, na necessidade da observação do mundo ordinário de amplo campo conjuntural, estão ainda presente elementos como o gerenciamento da crise e da iminência de conflito de interesses, foco na proposição da própria coletividade exponencial observada na contemporaneidade.

                Não menos importante, vale comentar que o MUN não necessariamente está associado a uma percepção idealista da política internacional - cuja origem está voltada para a harmonização de interesses de forma pacífica e democrática em última instância. O MUN pode e deve considerar, impreterivelmente, a franca e sempre presente possibilidade de conflito aberto, que faz diminuir a preponderância da situação de paz na mediação das relações entre os atores.

                Por último, além do fator sistêmico da simulação, pesa a resposta analítica derivada de cada simulação. No caso do MUN-TEMPO, progressivamente, estamos agregando objetivos analíticos que viabilizam a confecção de um relatório-geral por cada evento que exprima um cenário possível da causa escolhida como tema do ano. O primeiro Modelo Nações Unidas do TEMPO (MUN-TEMPO), que teve como sede a UFRJ e explorou o tema da legalização do trabalho temporário, questão da ordem do dia para a segurança dos Estados, dos interesses comerciais e dos indivíduos; o segundo, teve como tema o Tráfico de Drogas, outro tema de crescente relação com o hiper-crime, o hiper-terror, a devastação ambiental, a violência urbana e um amplo espectro de ações ilícitas marginais à institucionalidade da sociedade ocidental, sendo sede a EGN, quando firmada a cooperação entre as instituições.
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