Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

** Convite e Programa Ato Lançamento do COLETIVO RJ Memória, Verdade e Justiça dia 15 agosto segunda OAB RJ 18h

Abaixo o convite e o programa do lançamento público do Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça.

Este Coletivo reúne entidades da sociedade civil e pessoas que se propõem a contribuir para o avanço no campo da reparação dos afetados pela violência de Estado, considerando a dívida histórica do Estado brasileiro de esclarecer e reconhecer oficialmente para o conjunto da sociedade o que ocorreu
durante o período ditatorial e fazer justiça.

FAVOR DIVULGAR
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** Mesa-redonda e lançamento de livro sobre a renúncia de Jânio Quadros

 
No próximo dia 25/08/11 haverá mesa-redonda com os professores Valter Duarte Ferreira Filho (IFCS/UFRJ), Pedro Senne (UERJ) e Luitgarde Cavalcanti Barros (UERJ) sobre a Renúncia do Presidente Jânio Quadros.

Durante o evento, será lançado livro sobre o tema, publicado pelo Professor Valter Duarte.

Horário: 18:30h

Localização: IFCH/UERJ - 9° Andar/ Bloco F/ RAV 94

Serão fornecidos certificados aos inscritos.

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Fabrício Augusto Souza Gomes

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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
    Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

    ** Convite: conferência internacional

     

    Caros colegas e alunos,

    no dia 17, as 15:00 no auditório Paulo Freire,
    o Professor Augusto Nascimento apresentará a conferência intitulada:

    "As diferenças e as similitude dos percursos históricos de São Tomé e Príncipe e de Cabo Verde: do colonialismo ao pós-independência"
    Esperamos encontrá-los lá.

    Atenciosamente,
    Fabiane Popinigis



    --


    Fabiane Popinigis

    Departamento de História - 

     
    UFRRJ 




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      ** Convite: Sertão e Nação

       

      Bom dia pessoal!
      Estou convidando para este evento sobre Canudos, e também para, no dia 25, portanto dois dias depois deste, para outro evento, organizado pelo Núcleo de Dinâmicas Societárias – DCS, IFCH. Este último se realizará na RAV 92,  a partir das 18:30. Faremos uma mesa-redonda com os professores: Valter Duarte – UERJ/UFRJ,  Pedro Senne – UERJ e  Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros – UERJ,  versando sobre o contexto histórico da Renúncia do Presidente Jânio Quadros. Durante o evento será lançado livro sobre o tema, publicado pelo Professor Valter Duarte.
      Os dois eventos estarão registrados em Atividades Culturais Complementares, para o que fornecerão certificados aos inscritos. Por favor, peço divulgação, porque estarei num congresso na Bahia, de 15 a 21 deste mês, não podendo divulgar melhor.
      Contando com a presença de vocês, agradeço pela participação.
      Ciao, Luitgarde


      http://xa.yimg.com/kq/groups/15638704/sn/2079565761/name/Canudos+18h30+300dpi.jpg






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        ** Moniz Bandeira: ''Governo JQ foi funesto para o Brasil"

         

        ''Governo JQ foi funesto para o Brasil'


        14 de agosto de 2011 | 0h 00

        Wilson Tosta - O Estado de S.Paulo
        ENTREVISTA
        Luiz Alberto Moniz Bandeira, historiador
        RIO
        O historiador e cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira testemunhou, como editor de Política do jornal carioca Diário de Notícias, a viagem de Jânio Quadros, ainda candidato, a Cuba, em 1960, e seu encontro com Che Guevara. Para o intelectual, que vive atualmente na Alemanha, o presidente brasileiro "de um lado favorecia os interesses do grande capital, do outro tratava de seduzir a esquerda com a política externa independente que manipulou, teatralmente". A seguir, trechos do seu depoimento ao Estado.
        Como foi a viagem de Jânio a Cuba, que o sr. Acompanhou?
        A visita de Jânio a Cuba não foi inusitada. Assisti à decisão da viagem, tomada na residência de Carlos Castilho Cabral, no Rio. Quem mais argumentou a favor da ida foi João Dantas, o diretor do Diário de Notícias. Dantas, o senador Affonso Arinos de Mello Franco - que seria depois seu chanceler - e Castilho, que presidia o Movimento Popular Jânio Quadros (MPJQ), entenderam que Jânio não poderia se caracterizar como candidato das classes conservadoras. Jânio não era conservador nem esquerdista. Era um oportunista, assumia qualquer posição, conforme as conveniências. Em Havana, afirmou que, se o que Fidel Castro estava a promover em Cuba fosse comunismo, Cristo, se voltasse à Terra, viria empunhando a foice e o martelo.
        O que explica um ato tão brusco como a renúncia?
        Na campanha eleitoral, Jânio afirmou que processaria o Congresso perante o povo como responsável pela situação do País, se não lhe dessem condições para governar. Após a eleição, tratou de cooptar Leonel Brizola, governador gaúcho, com o argumento de que, "com aquele Congresso", não poderia tomar iniciativas como a limitação das remessas de lucros, a lei antitruste e a reforma agrária. Era necessário ter poderes extraordinários. Com Carlos Lacerda, a conversa era outra mas a conclusão era a mesma: "com aquele Congresso" não poderia governar sem fazer "concessões às esquerdas". Seu objetivo era romper os limites constitucionais com um golpe aceito pelo consenso nacional.
        Qual foi a importância do governo Jânio?
        O governo de Jânio foi funesto para o Brasil. Ele renunciou não por pressão das Forças Armadas, e sim para dar um golpe de Estado. Imaginou que as multidões protestariam nas ruas, como aconteceu quando Vargas se suicidou em 1954. E, também, que os ministros militares não permitiriam a assunção ao governo de João Goulart. Assim, ele exigiria do Congresso, para voltar, a delegação das faculdades legislativas.

        Condecorar visitantes era rotina e Che levou medalha de 2ª classe

        Ordem do Cruzeiro do Sul ao líder cubano foi 'um ato midiático' de Jânio que, para analistas, acabou supervalorizado
        14 de agosto de 2011 | 0h 00

        Wilson Tosta - O Estado de S.Paulo
        BRASÍLIA
        Foi, ironicamente, um ato quase de rotina. A concessão da Ordem do Cruzeiro do Sul, em qualquer dos seus graus, a visitantes estrangeiros, era comum na diplomacia brasileira dos anos 50 e 60. Antes de Che Guevara, pelo menos dois representantes do governo revolucionário cubano, o presidente Oswaldo Dorticós e o chanceler Raúl Roas, tinham sido agraciados com a comenda, em 1960, ainda no governo Juscelino Kubitschek.
        Eram apenas novos homenageados, em uma lista que incorporaria nomes como o do presidente Leopold Senghor, do Senegal, condecorado em decreto do mesmo dia de Che. Senghor, aliás, recebeu a medalha no grau máximo, Grande Colar, enquanto o guerrilheiro foi homenageado apenas com a Grã-Cruz, segunda mais importante.
        A Ordem do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração do Brasil, surgiu no Império, criada por Dom Pedro I, foi extinta pela Constituição da República, em 1891, e recriada em 1932 por Getúlio Vargas.
        "Jânio quis fazer uma simbologia", interpreta o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Paulo Vizentini. "Poderia dar a medalha entre quatro paredes e não fazer alarde. Ou poderia chamar a imprensa e dizer que estava dando alguma coisa muito especial. Às vezes, a política tem algum incidente, que é minimizado. Se não há crise por trás, se não há ninguém interessado em explorar, o fato em si não é tão sério. Agora, quando há um acumulado de tensões, às vezes uma coisa pequena desencadeia o processo."
        A professora Maria Celina D"Araújo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), insere o gesto de Jânio no cenário internacional e nacional do período. "Jânio se vestia como (Gamal Abdel) Nasser (presidente egípcio que nacionalizou o Canal de Suez em 1956), o Nasser era o herói da época", diz ela, referindo-se ao hábito do presidente de usar conjuntos do tipo safári, assemelhados a fardas.
        "Tem esse lado dele, de querer ser uma dessas celebridades autoritárias e personalistas. Ele apostou que ia fazer aqui o que se estava fazendo no Egito." Segundo a pesquisadora, Jânio apostou que os militares e o Legislativo, após a renúncia, o reconduziriam ao poder, por medo do "esquerdista" João Goulart, mas o Congresso, diz, estava "doido para se livrar" do presidente, que perdera também a confiança da caserna. "A condecoração de Che Guevara entra no pacote de querer ser um líder terceiro-mundista e fazer uma política midiática", explica. Já durante a campanha eleitoral, Jânio havia visitado Cuba e estivera com Guevara e Fidel Castro.
        Udenistas. Outro problema, para Maria Celina, foi a própria UDN, o único partido grande, de expressão nacional, a apoiar a eleição de Jânio, em 1960, em uma aliança também integrada por PTN, PDC, PR e PL, legendas pequenas e de expressão política apenas local.
        Os udenistas logo perceberam, afirma, que tinham ganhado, mas não levado, embora a política externa independente fosse conduzida por um udenista histórico, Affonso Arinos de Mello Franco. "O que preocupava Lacerda é que a UDN não controlava o governo, e Jânio era uma liderança concorrente de Lacerda."
        Após a renúncia, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, mobilizou a "Cadeia da Legalidade", grupo de rádios que transmitiam, a partir do Palácio Piratini, pronunciamentos em favor do cumprimento da Constituição e da posse de Goulart. Filiado ao PTB e tido como homem de esquerda,, à época, estava na China, em missão diplomática, e não era aceito como novo presidente pelos ministros Silvio Heck, da Marinha, Odílio Denys, do Exército, e Grün Moss, da Aeronáutica.
        Atribui-se a oficiais da Força Aérea Brasileira a organização da "Operação Mosquito", na qual jatos abateriam o avião presidencial com Jango a bordo, quando voltasse. Uma emenda instituindo o parlamentarismo foi votada rapidamente, e em 7 de setembro de 1961 Goulart assumiu apenas como chefe de Estado, ficando a chefia de governo com Tancredo Neves (PSD), sucedido por Brochado da Rocha e Hermes Lima. O parlamentarismo foi revogado por plebiscito em janeiro de 1963, quando Goulart recuperou os poderes presidenciais.

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        Fabrício Augusto Souza Gomes

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          ** Estudioso vê renúncia de Jânio como ''pedagógica''

           

          Estudioso vê renúncia de Jânio como ''pedagógica''

          Para autor de biografia de João Goulart, ''sociedade aprendeu a valorizar a democracia''

          14 de agosto de 2011 | 0h 00
          Gabriel Manzano - O Estado de S.Paulo
          A renúncia do presidente Jânio Quadros, somada aos três anos de turbulência política que desembocaram no golpe militar de 1964, teve um "efeito pedagógico" na história política do País, constata o historiador e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jorge Ferreira. "O saldo mais importante foi que a sociedade brasileira aprendeu a valorizar a democracia. Hoje o Brasil vive conflitos políticos, sim, mas ninguém fala em fechar o Congresso, em destituir um presidente."
          Não é só pelos 50 anos da renúncia de Jânio que Ferreira diz isso. É que, como veterano estudioso da política brasileira daquele período, ele passou dez anos pesquisando e acaba de concluir o livro João Goulart - Uma Biografia, um estudo sobre o presidente deposto que "não se concentra naqueles dois dias finais de seu governo, 31 de março e 1.º de abril". Com 714 páginas, o livro (pela ed. Civilização Brasileira) será lançado nesta terça-feira, no Rio (na livraria Blooks/ Unibanco Arteplex), e dia 31 em São Paulo (na Casa do Saber).
          "Jango ficou, nos livros e na memória de muitos, encapsulado naqueles dois dias, seja nos aspectos negativos e nos positivos", ressalta o historiador. Ele rejeita a "confluência de interesses para desqualificar sua imagem" - de incompetente e despreparado, no dizer da direita, e de burguês e populista, nos manuais da esquerda.
          Ferreira procura mostrar que Jango foi muito mais que isso. Que era um grande articulador, um líder da causa das reformas, o herdeiro político de Getúlio Vargas. Foi deputado estadual, federal, presidente do PTB (então um dos dois maiores partidos do País), ministro do Trabalho, presidente do Senado, duas vezes vice-presidente e, por fim, presidente. Tinha uma enorme popularidade. Juscelino foi eleito presidente com 3 milhões de votos, Jango se elegeu vice com 3 milhões e 600 mil votos. O problema é que ele não teve êxito na difícil tarefa de recuperar um País que herdou "em completo descalabro financeiro". Mais que isso, "num agudo processo de radicalização entre a direita e a esquerda" que as levou ao confronto e ao golpe militar de 1964.
          A biografia, no entanto, não se detém nesses três ingratos anos na Presidência: a obra traz à luz um Jango cuja infância ou adolescência ninguém conhece, e que, depois da queda, enfrentou dias terríveis no exílio, impedido de voltar ao País. "Fiz um esforço para evitar admirá-lo ou desprezá-lo, apenas compreendê-lo", avisa o autor.

          Uma gestão movida à base de bilhetinhos

          De temas importantes a reclamações sobre notícias de jornal, mensagens de Jânio estão no acervo do Fundo José Aparecido
          14 de agosto de 2011 | 0h 00

          Wilson Tosta - O Estado de S.Paulo
          ENVIADO ESPECIAL/ BELO HORIZONTE
          Em data indeterminada de 1961, o secretário particular do presidente Jânio Quadros, José Aparecido de Oliveira, recebeu do chefe um dos bilhetinhos manuscritos que eram marca do autor desde sua época de prefeito de São Paulo. "Leio a um jornal que o ministério está em crise... Veja se a localiza para mim", pedia, irônico, o presidente.
          E prosseguia: "Leio, também, que recebi, da Fazenda, um bilhete "enérgico". Desminta. O ministro é educado, bastante, para não escrevê-lo ao presidente. E o presidente não é educado, bastante, para receber tal bilhete". Em 10 de março de 1961, o ministro da Fazenda, Clemente Mariani, registrou uma ordem datilografada - e inusitada - de Jânio."1) Recolher ao Tesouro cédula em anexo, de um dólar, enviada pelo estudante Carlos Alberto Allgayer, do Rio Grande do Sul. 2) Já agradeci."
          Tanto o bilhete escrito à caneta azul, em papel da Presidência, sem data nem assinatura, como o texto batido à máquina e assinado com o característico "J. Quadros" hoje integram o acervo do governo Jânio Quadros recolhido ao Arquivo Público Mineiro, como parte do Fundo José Aparecido, em Belo Horizonte. O material foi passado à instituição pela família de Aparecido após sua morte em 2007. São centenas de mensagens, algumas tratando de assuntos importantes, como obras, medidas econômicas e relações com outros países , outras abordando questões pequenas - pedidos de funcionários, reclamações, notícias de jornal. Pouco mais de 20 estão escritas na caligrafia de Jânio; a maioria é formada por cópias dos memorandos, batidas à máquina.
          "Usar bilhetes não era exclusividade de Jânio, Getúlio Vargas também fazia isso", explica a pesquisadora Maria Celina D"Araújo, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). "A novidade era que a mídia ficava correndo atrás (dos bilhetes). Jânio descobriu isso. E a mídia começava a tratar a política de outra forma, como um produto a ser vendido, feito por celebridades."
          Aparentemente, as mensagens, muitas vezes, não respeitavam os trâmites usuais - o presidente se dirigia diretamente a uma autarquia, por exemplo, sem passar pelo ministro. Uma delas sem data, era dirigida ao Instituto Brasileiro do Café (IBC). "Excelência. 1. Rever a norma que manda distribuir somente às torrefações o café do IBC destinado aos municípios do Pará. Estou seguramente informado de que são as torrefações que desviam o café em grão para o contrabando e o mercado negro, onde alcança o preço de até Cr$ 10.000,00 o saco. O povo paga o quilo a Cr$ 400,00. (...)
          "Denúncia idônea". Os assuntos dos bilhetes eram os mais diferentes. Um determinava que o ministro do Trabalho, Francisco Castro Neves, enviasse uma equipe de fiscais do ministério e do Instituto de Previdência e Assistência dos Industriários (IAPI) a Caraguatatuba (SP). O objetivo seria checar "denúncia idônea" de violação de leis trabalhistas". "2. Quero informações precisas e notícia das providências adotadas", determina o presidente, que arremata: "3.Prazo de dez dias." Outro ordenava ao ministro da Educação, Brígido Tinoco, a nomeação do crítico José Roberto Teixeira Leite como diretor do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), "para renová-lo e dinamizá-lo".
          Uma das mensagens mais curiosas, dirigida ao ministro Tinoco, mandava constituir um grupo de trabalho para traduzir palavras de uso corrente "em diversos ramos do conhecimento científico e técnico, até hoje sem correspondentes na língua portuguesa". A comissão, explicou, poderia organizar um glossário, para ser oficializado pelo MEC. "2.Inclua no grupo os escritores e filólogos Antenor Nascentes, Paulo Rónai, Aurélio Buarque de Holanda e Cavalcanti Proença", determinou.
          Em outro, de 28 de março de 1961, o presidente determinava a revisão de verbetes supostamente ofensivos a "raças, povos e religiões". Quis saber, também, que o minisgtro da Agricultura instaurasse sindicância na Escola Naconal de Veterinária, para apurar as causas na mudança de seu horário de funcionamento.
          Em 3 de março, depois de ler no Correio Braziliense uma notícia sobre um médico com dois empregos públicos, dirigiu-se ao prefeito de Brasília. "Verifique se a notícia é verdadeira. Se o for, o médico escolha: trabalha em um lugar, trabalha em outro, ou não trabalha em nenhum."
            

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          Fabrício Augusto Souza Gomes

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            domingo, 14 de agosto de 2011

            ** Papéis revelam cobranças de Jânio a Fidel e apoio a anticastristas presos

             

            Papéis revelam cobranças de Jânio a Fidel e apoio a anticastristas presos

            Por trás da ''política externa independente'' e da aproximação com Cuba, documentos expõem divergências entre Brasília e Havana em 1961

            14 de agosto de 2011 | 0h 00

            Wilson Tosta - O Estado de S.Paulo
            ENVIADO ESPECIAL/BRASÍLIA
            Álbum Luiz Alberto Moniz Bandeira
            Álbum Luiz Alberto Moniz Bandeira
            Tensão. Entre Márcio Moreira Alves e Rubem Braga, Jânio conversa com Che Guevara, em visita a Cuba em 1960: condecoração de líder teria sido 'jogada de mídia'
            Meio século depois da renúncia de Jânio Quadros à Presidência da República, na crise aberta por sua decisão de condecorar o líder revolucionário Ernesto Che Guevara em 19 de agosto de 1961, documentos arquivados no Ministério das Relações Exteriores revelam uma relação Brasil-Cuba surpreendentemente tensa na época e forte ativismo brasileiro em defesa de anticastristas presos.
            Diferentemente da imagem de aliança incondicional divulgada por conservadores excitados pela Guerra Fria que ficou na história, a correspondência com a embaixada em Havana comprova que, mesmo próximos, os dois governos discutiam divergências sérias na relação bilateral - como a concessão de asilo a oposicionistas na representação na capital cubana - e diferenças de outros países com a ilha. Esses foram assuntos tratados por Che e Jânio no encontro em que o guerrilheiro ganhou a Grã-Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul, mostra documentação obtida pelo Estado.
            "O presidente da República, ao receber em Brasília o sr. Guevara, falou-lhe do desagrado com que vemos o fato de não haver sido resolvido o caso dos nossos asilados e fez-lhe entrega de carta sua a esse respeito ao doutor Fidel Castro", relata o MRE em telegrama à embaixada, em 21 de agosto de 1961 - exatos quatro dias antes da renúncia. "Na conversa com Guevara, o presidente transmitiu-lhe o apelo que nos foi formulado pelo encarregado de Negócios do Vaticano aqui no sentido de ser modificado o tratamento hostil que vem sendo dado aos católicos em Cuba, cujos pontos mais graves podem ser assim sintetizados: 1) apropriação pelo Estado das escolas privadas católicas; 2) expulsão em massa de religiosos e religiosas estrangeiros; 3) proibição de comunicações entre os bispos e os fiéis de suas dioceses através de pastorais ou outros documentos eclesiásticos normais. Guevara revelou muita simpatia pela gestão."
            Até hoje era sabido que, na "visita de cortesia" de Che a Jânio, a questão dos asilados havia sido debatida, mas não fora revelada contrariedade do presidente brasileiro nem sua carta a Fidel. Falava-se também que Jânio pedira a libertação de 20 padres espanhóis, mas não das gestões brasileiras, a pedido do Vaticano, para modificação da relação entre Igreja Católica e Cuba.
            Realizada em momento delicado, poucos meses após a tentativa de desembarque de anticastristas na Baía dos Porcos, a condecoração de Che foi amplamente explorada pelo então governador da Guanabara, Carlos Lacerda (UDN), e agitou militares anticomunistas. Em 24 de agosto, Lacerda declarou ter sido convidado pelo ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, em nome de Jânio, a dar um golpe. No dia seguinte, ocorreu a renúncia. Com o vice, João Goulart, em viagem à China, a crise se aprofundou.
            Para o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Paulo Vizentini, as contradições entre a postura pública do Brasil, de solidariedade a Cuba, e sua ação diplomática nos bastidores, de discreta tensão com os cubanos, podem ser explicadas pela política externa independente adotada pelo Brasil. "Jânio (com a condecoração a Che) quis fazer uma jogada de mídia, mostrando que o Brasil também não estava contente", diz ele. "Veja bem, não é apoio à revolução cubana, era o direito de Cuba escolher seu caminho. Uma posição um pouco em cima do muro."
            Asilo. O problema dos asilados na embaixada em Havana tornara-se ponto relevante na relação. Assim como Argentina, Venezuela e outros países, o Brasil abrigava cubanos temerosos de perseguição - em certa época, chegaram a 127, segundo relatos do encarregado de negócios, Carlos Jacyntho de Barros. Ali havia tanto adeptos do ditador deposto, Fulgêncio Batista, como ex-castristas rompidos com o governo.
            "Como consequência do desmantelamento da rede contrarrevolucionária que operava no país, agravou-se mais do que nunca o problema do asilo", relatou o encarregado de Negócios em 28 de abril de 1961. "(...) Mandei colocar grades nos pontos mais vulneráveis da embaixada e acabo de pedir ao ministério melhor distribuição da guarda policial para proteger os fundos (...). Outrossim, estou insistindo junto a esse governo para a mais rápida saída de 50 pessoas, que no momento atual gozam de nossa proteção." Paralelamente à concessão de asilo diplomático, o governo brasileiro agia para tentar libertar ou, pelo menos, evitar a condenação e fuzilamento de oposicionistas do regime.
            Em 19 de agosto, mesmo dia em que Jânio condecorou Che, "Exteriores" (como o Itamaraty assinava os comunicados) informou à embaixada em Havana que o próprio chanceler Affonso Arinos de Mello Franco interviera em favor de anticastristas à beira do julgamento. "O ministro (...) dirigiu hoje apelo ao ministro Raúl Roa, pedindo clemência para o estudante Alberto Müller e seus 43 companheiros, que devem ser julgados na próxima segunda-feira", diz o texto.
            Outros telegramas determinavam que a embaixada brasileira interviesse em favor de opositores ou desaparecidos. Telegrama de 6 de maio de 1961 dá instruções claras nesse sentido. "Rogo formular apelo a esse governo, no sentido de se atender ao pedido contido na seguinte comunicação (...)." E relatava o caso de um correspondente da Associated Press, Roberto Berrelez, "de nacionalidade norte-americana, ainda detido pelas autoridades cubanas". Seria o único jornalista estrangeiro mantido preso.
            A postura brasileira de manter proximidade com Cuba e ao mesmo tempo respeitar as convenções internacionais de asilo gerou protestos contra o Brasil em Havana. Em telegrama de 2 de março de 1961, Carlos Jacyntho de Barros descreveu uma manifestação na porta da representação, feita por cerca de cem pessoas. "(...) Em cartazes, os manifestantes diziam que "enquanto o presidente Jânio Quadros faz uma política progressista, a Embaixada do Brasil concede asilos a sabotadores criminosos"".


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            Fabrício Augusto Souza Gomes

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            Atividade nos últimos dias:
                  **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                  Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
               
              Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

              ** ENGENHOS E FAZENDAS DO SUBÚRBIO CARIOCA - Pesquisa.

               

              ENGENHOS E FAZENDAS DO SUBÚRBIO CARIOCA

              Prezados amigos, moradores e apaixonados pelos Subúrbios da Cidade do Rio de Janeiro.
              O GRUPO DE PESQUISA DO SUBÚRBIO CARIOCA (GPSC), composto pelos pesquisadores e professores MAURÍCIO THOMAZ (Irajá), JORGE FURMAN (Madureira), PAULO CLARINDO (São João de Meriti), CARLOS MEDA (Madureira) e JUBER DECCO (Maria da Graça), desenvolve uma pesquisa de mapeamento e identificação dos engenhos e fazendas que existiram entre os séculos XVII e XIX nos Subúrbios do RJ, mais precisamente nas outroras freguesias de N. S. da Apresentação do Irajá e São Tiago de Inhaúma.
              Se alguém puder colaborar com alguma informação sobre o assunto, por favor, entre em contato conosco pelos e-mail' s abaixo:
              Cordialmente,
              Paulo CLARINDO
              GRUPO DE PESQUISA DO SUBÚRBIO CARIOCA
              (21) 2333-1390 ou 9765-6038
              professorcla@hotmail.com










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              Atividade nos últimos dias:
                    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
                 
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                ** CHAMADA DE ARTIGOS REVISTA DO AGCRJ

                 
                REVISTA DO AGCRJ, N.6, 2012: ARTIGOS de até 20 págs. Fonte 12, Times New Roman, entrelinhas 1,5. Solicitamos um resumo e 3 palavras-chave, Mais informações na nossa página www.rio.rj.gov.br/arquivo. Editais. Pode ser entregue até março de 2012. Temática: Rio de Janeiro

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                Atividade nos últimos dias:
                      **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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