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terça-feira, 15 de junho de 2010

GEHB ** Livro do Exército ensina a louvar ditadura

Livro do Exército ensina a louvar ditadura
Colégio militar usa material de história com perfil diferente do indicado pelo MEC
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA
A história oficial contada aos alunos dos 12 colégios militares do país omite a tortura praticada na ditadura e ensina que o golpe ocorrido em 1964 foi uma revolução democrática; a censura à imprensa, necessária para o progresso; e as cassações políticas, uma resposta à intransigência da oposição.
É isso que está no livro didático "História do Brasil -Império e República", utilizado pelos estudantes do 7º ano (antiga 6ª série) das escolas mantidas com recursos públicos pelo Exército.
Nelas, estudam 14 mil alunos, entre filhos de militares transferidos ou de civis aprovados em concorridos vestibulinhos. De cada aluno é cobrada uma taxa mensal de R$ 143 a R$ 160, da qual estão isentos os que não podem pagar. Mas 80% das despesas são custeadas pelo Exército.
As escolas militares poderiam utilizar livros gratuitos cedidos pelo Ministério da Educação a todas as escolas públicas. Mas, para a disciplina de história, optaram pela obra editada pela Bibliex (Biblioteca do Exército), que deve ser adquirida pelos próprios alunos. Na internet, o preço é R$ 50, mais um caderno de exercícios a R$ 20. O Exército afirma que o material "atende adequadamente às necessidades do ensino de História no Sistema Colégio Militar".
O livro de história mais adquirido pelo MEC para o ensino fundamental, da editora Moderna, apresenta a tomada do poder pelos militares como um golpe, uma reação da direita às reformas propostas por João Goulart (1961-64). A partir disso, diz a obra, seguiu-se um período de arbítrio, com tortura e desaparecimentos, em que a esquerda recorreu à luta armada para se manifestar contra o regime.
Já a obra da Bibliex narra uma história diferente: Goulart cooperava com os interesses do Partido Comunista, que já havia se infiltrado na Igreja Católica e nas universidades.
Do outro lado, as Forças Armadas, por seu "espírito democrático", eram a maior resistência às "investidas subversivas".
No caderno de exercícios, uma questão resume a ideia. Qual foi o objetivo da tomada do poder pelos militares? Resposta: "combater a inflação, a corrupção e a comunização do país".
TORTURA
A obra não faz menção à tortura e ao desaparecimento de opositores ao regime militar. Cita apenas as ações da esquerda: "A atuação de grupos subversivos, além de perturbar a ordem pública, vitimou numerosas pessoas, que perderam a vida em assaltos a bancos, ataques a quartéis e postos policiais e em sequestros".
A censura é justificada: "Nos governos militares, em particular na gestão do presidente Médici [Emílio Garrastazu, 1969-1974], houve a censura dos meios de comunicação e o combate e eliminação das guerrilhas, urbana e rural, porque a preservação da ordem pública era condição necessária ao progresso do país."
As cassações políticas são atribuídas à oposição do MDB (Movimento Democrático Brasileiro). "Embora o governo pregasse o retorno à normalidade democrática, a intransigência do partido oposicionista motivou a necessidade de algumas cassações políticas", diz trecho sobre o governo Ernesto Geisel (1974-79).
Para o historiador Carlos Fico, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o livro usado nos colégios militares é problemático tanto do ponto de vista das informações que contém como pela forma como conta a história.
"O principal motivo do golpe foi o incômodo causado pela possibilidade de que setores populares tivessem uma série de conquistas."
Mas, para Fico, mais grave ainda é a forma como o livro narra o período, com uma "história factual" carente de análise, focada apenas na ação dos governos. "Trata-se de uma modalidade desprezada inclusive pelos bons historiadores conservadores", avalia.
A "história oficial" e os argumentos interessados
HÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA
Permanece aberta a questão do estatuto epistemológico da história. Definir se ela é uma ciência e o grau de objetividade de seus juízos envolve uma controvérsia que dificilmente vai se resolver antes do fim dos tempos.
Numa linha mais pragmática, pode-se afirmar que é do confronto entre diferentes concepções de historiografia e de como ela se relaciona com os fatos que se forja a visão que cada época elabora de seu próprio passado. Assim surge a história oficial, que sempre poderá ser revista de acordo com novas interpretações, numa demonstração de que às vezes nem o passado é imutável.
Essa frouxidão epistêmica, típica das chamadas ciências do espírito, está longe contudo de significar um vale-tudo. Por mais difícil que seja depurar a ideologia constante de qualquer discurso, enquanto a linguagem conservar algum valor, haverá narrativas mais ou menos precisas e relatos mais ou menos honestos.
É perfeitamente razoável debater, por exemplo, os rumos que tomava o governo de João Goulart. Pode-se também discutir o alcance e o significado social do chamado Milagre Brasileiro. São questões que comportam legitimamente interpretações mais à esquerda ou à direita.
A argumentação politicamente interessada, porém, através de eufemismos, omissões ou falsificações, pode dar lugar a crimes de lesa-historiografia. É o que faz o livro adotado pelo Exército quando deixa de informar que a "Revolução levada a efeito, não por extremistas, mas por grupos moderados e respeitadores da lei e da ordem" derrubou pelas armas um regime democraticamente eleito -o que, em bom português é golpe de Estado.
Ainda pior, a obra simplesmente deixa de mencionar que setores ligados às Forças Armadas se valeram de tortura para desbaratar os grupos de esquerda, o que, independentemente das intenções dos militantes, era proibido pelas leis editadas pelo próprio regime militar.
Em 2007, setores da mídia conservadora protestaram com razão contra os excessos esquerdistas de um livro didático, "Nova História Crítica", que foi distribuído para algumas escolas pelo MEC. Será curioso observar como reagirão agora ao mesmo erro com sinal invertido.
Não há juízo de valor, afirma comandante
DE BRASÍLIA
O coronel Silva Alvim, comandante do colégio militar de Brasília, o maior do Exército, afirma que as escolas militares abordam "apenas o fato histórico", sem juízos de valor sobre o regime militar.
Questionado sobre a omissão dos torturados e desaparecidos no livro do 7º ano, diz que se trata de um tema proibido. "Dentro desse culto aos valores e tradições do Exército, esse tipo de assunto [tortura e desaparecidos] nós buscamos não tratar. Até porque, no âmbito do Exército brasileiro, essas questões não são permitidas", diz.
Curiosamente, no ensino médio, a apostila adotada pelo colégio militar de Brasília, feita pelo sistema Poliedro, fala em "ditadura" e "tortura". Mas "não enfaticamente", responde o coronel ao ser indagado sobre a diferença de abordagem.
Questionado sobre o livro, o Centro de Comunicação Social do Exército afirmou apenas que a linha didático-pedagógica da obra, adotada desde 1998, "atende adequadamente às necessidades do ensino de História no Sistema Colégio Militar".
O Ministério da Defesa disse, via assessoria de imprensa, que o teor do livro "será levado ao conhecimento das autoridades competentes".

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Fabrício Augusto Souza Gomes

GEHB ** Capítulos de História do Império - Sérgio Buarque de (Prosa e Verso, O Globo, 12/06/2010)

Monumento inacabado

Livro reúne manuscritos inéditos de Sérgio Buarque de Holanda sobre o Império

Guilherme Freitas
Diz muito sobre o perfeccionismo de Sérgio Buarque de Holanda o fato de ele considerar que "Do Império à República", estudo modelar sobre a decadência da monarquia publicado em 1972, precisava ser melhorado. Conhecido pelo esmero com que escrevia — e reescrevia — seus textos, ele trabalhou por anos na nova obra, mas ao morrer, em 1982, deixou-a inacabada, com cerca de 150 páginas datilografadas.
Este material é reunido agora pela primeira vez em "Capítulos de história do Império" (Companhia das Letras, organização de Fernando A. Novais), que será lançado, junto com uma nova edição de "Visão do Paraíso — Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil" (Companhia das Letras), nesta segundafeira, às 16h30m, na Biblioteca Nacional, com debate reunindo os historiadores Evaldo Cabral de Mello, Ronaldo Vainfas, Laura de Mello e Souza e Lilia Schwarcz.

Em "Capítulos de história do Império", Sérgio Buarque desenvolve um dos temas centrais de "Do Império à República", editado originalmente como parte da coleção "História geral da civilização brasileira", que abordou os períodos colonial, imperial e republicano em 11 volumes coordenados por ele e pelo historiador Boris Fausto nas décadas de 1960 e 1970. Naquela obra, o autor critica o uso feito por D. Pedro II do poder moderador e atribui a seus excessos a derrocada do regime (ficou famosa sua descrição do imperador como tendo "lastro demais para pouca vela"). Os textos reunidos no novo livro mostram que essa premissa conduziria a uma análise ampla da história política do Império, dividida em três partes: a primeira, mais desenvolvida, tem 104 páginas e quatro capítulos ("Para uma préhistória do Império no Brasil", "A nação e os partidos", "Entre a Liga e o Progresso" e "Por graça de Deus..."); a segunda tem 14 páginas intituladas "Crise do regime"; e a terceira tem 37 páginas de anotações.
Clássico "Visão do Paraíso" também ganha nova edição
Organizador de "Capítulos de história do Império", o historiador Fernando Novais comemora o resgate de uma obra que, como escreve na introdução à nova edição, comprova que o trabalho de Sérgio Buarque se aproxima do modelo ideal de reconstrução histórica, por "inserir o particular no geral, sem perder sua especificidade; mobilizar o geral para a compreensão do particular, sem dissolvê-lo no seu interior".
— A publicação de "Capítulos de história do Império" tem enorme importância, porque "Do Império à República" não teve na sua época a repercussão merecida. A nova edição, com um posfácio de Evaldo Cabral de Mello, que faz uma leitura vertical do estudo, possibilita uma análise jamais feita sobre esse aspecto da obra de Sérgio Buarque — diz por telefone Novais, pesquisador do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Professora do departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP), Lilia Schwarcz diz que o livro inacabado ilumina o método de trabalho de um historiador que sempre preferiu delinear problemas a propor soluções: — Este livro mostra o trabalho de um pesquisador minucioso, que abriu caminho para uma história cultural e das mentalidades no país. Um escritor muito cioso de pequenos detalhes que iluminam grandes estruturas. Um intelectual que não se contenta apenas com estruturas politicas e explora diversos ângulos da historiografia — diz Lilia por telefone.
Um dos maiores exemplos desta busca por novos ângulos da história, aponta Lilia, está em "Visão do paraíso", reeditado agora. Publicado em 1959, num momento em que predominavam na academia nacional análises históricas e sociológicas de viés economicista, o estudo concentrava-se num campo até então nunca explorado: o imaginário dos colonizadores.
— Sérgio Buarque nos deixou um exemplo de pioneirismo. Em "Visão do Paraíso", ele trata de uma representação construída num determinado período, mas com a qual convivemos até hoje: a ideia de uma natureza edenizada, de um lado, e de uma humanidade pervertida, de outro — observa Lilia, organizadora da edição comemorativa dos 70 anos de "Raízes do Brasil" lançada pela Companhia das Letras em 2006.
Autor de um dos posfácios da nova edição de "Visão do paraíso" (o outro é de Laura de Mello e Souza), Ronaldo Vainfas destaca em seu texto a influência da historiografia alemã e italiana sobre o pensamento de Sérgio Buarque, em detrimento da francesa, cuja presença na obra seria apenas "modesta".
Vainfas lembra que o livro — "muito elogiado, mas pouco lido, citado ou discutido" em seu tempo — foi revalorizado por uma série de estudos desenvolvidos no Brasil a partir da década de 1980 sobre a história das mentalidades.
Professor do departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vainfas destaca o exemplo deixado por Sérgio Buarque não só para os historiadores, mas para todos os intelectuais dedicados ao estudo dos temas brasileiros.
Em entrevista por e-mail, descreveo como "um intelectual que demonstrou que a produção do conhecimento é inseparável da liberdade de pensamento e que nunca se deixou levar por modismos e dogmatismos de nenhum tipo": — A maior lição de Sérgio Buarque, além da excelência da vasta obra, em si mesma, é a de que o trabalho do historiador não deve se confinar nesse ou naquele campo específico, apesar da crescente especialização que hoje marca a pesquisa histórica no Brasil e no mundo.
Sérgio Buarque fez história socioeconômica, cultural, social e política sem nenhum parti pris de que esta ou aquela era melhor ou explicava melhor a sociedade brasileira. Sérgio Buarque fazia história e ponto.
"DESDE QUE FOI PRECIPITADA A maioridade legal do segundo imperador, porque até pouco antes faltaram no Brasil condições para que se formassem governos de partido, começou a suscitar-se a crença de que na origem de todos os vícios de nosso sistema político se achavam as contendas entre as facções e a acirrada disputa pelas posições, a animarem constantemente o vaivém das situações movediças.
Essa crença que, em épocas mais tardias, irá parecer de todo alheia aos verdadeiros princípios democráticos, não constituía então uma novidade nem era especificamente brasileira. Até num país como os Estados Unidos, que, para muitos dos nossos homens públicos, oferecia o modelo de um regime liberal e da autêntica democracia, havia prevalecido durante longo tempo o ponto de vista de que as competições políticas são intrinsecamente imorais e de que uma sociedade perfeita há de ser feita de unidade e consenso, guiados pelos chefes eleitos da nação. O tempo, no entanto, já tinha varrido ali e em muitas partes essa confiança sagrada nas virtudes da unanimidade e do consenso, relegando-as cada vez mais para o rol das velharias decrépitas, só acariciada ainda pelos absolutistas empedernidos.
No Brasil, essa animosidade contra a existência atuante dos partidos políticos, que chegará a andar em moda nas duas décadas imediatas à maioridade, quando assume, não raro, matizes liberais, só reaparecerá depois entre uns poucos que abertamente hão de optar pelos sistemas autocráticos e militaristas. São exceção os casos como o de um inimigo confesso de tais sistemas que, ainda em 1877, quando a monarquia, entre nós, começa a beirar o colapso, dá respostas negativas a estas perguntas que ele mesmo se propõe: "Deveras serão necessários os partidos políticos em uma sociedade democrática? Serão um bem ou um mal? Serão legítimos ou ilegítimos?"
Trecho do livro "Capítulos de história do Império", de Sérgio Buarque de Holanda

Fabrício Augusto Souza Gomes

GEHB ** Lançamento da Revista Tempo e Argumento (ISSN 2175 - 1803)

 
Prezados Senhores


O Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade do Estado de Santa Catarina, comunica o lançamento de mais um número da Revista Tempo e Argumento  "Dossiê: História e Testemunhos" - volume 02, número 01, jan. / jun. 2010. A revista encontra-se publicada no seguinte sítio eletrônico: http://www.periodicos.udesc.br/index.php/tempo




Silvia Maria Fávero Arend
Comissão Editorial



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Revista Tempo e Argumento
Setor de Publicações - DPPG
PPGH/FAED/UDESC


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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

GEHB ** [Favor divulgar] I Encontro Nacional de Pesquisadores em História das Ciências]

 
I Encontro Nacional de Pesquisadores em Histórias das  Ciências
ENAPEHC 2010
22, 23 e 24 de setembro
Belo Horizonte - MG
Fafich/UFMG

Com intuito de fortalecer espaços de interação entre grupos e pesquisadores em História das ciências, o Programa de Pós-Graduação em História da UFMG – PPGHIS e o Grupo Scientia – Grupo de Teoria e História da Ciência da UFMG realizarão, com apoio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – Fafich/UFMG, o I Encontro Nacional de Pesquisadores em História das Ciências – ENAPEHC.

O ENAPEHC ocorrerá nos dias 22, 23 e 24 de setembro de 2010, em Belo Horizonte, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – Fafich/UFMG.

Serão apresentadas Mesas-Redondas e Conferências com importantes pesquisadores em História das ciências de todo o Brasil. Os interessados poderão se inscrever nas modalidades: Simpósio Temático (doutores e doutorandos), Comunicação (titulação livre) e Ouvinte. Haverá publicação de anais eletrônicos (com ISBN) e entrega de certificados emitidos pelo Centro de Extensão – CENEX/UFMG.

Inscrições para Simpósios Temáticos: de 01 de junho a 01 de julho.
Inscrições de Comunicações: de 15 de julho a 15 de agosto.
Resumos deverão ser enviados para o email: enapehc.ufmg@gmail.com

A programação do evento, bem como as informações referentes às inscrições e diretrizes para colaboradores, estará disponível no site: www.fafich.ufmg.br/enapehc

Cordialmente,

Comissão Executiva do I ENAPEHC


Realização:
Grupo Scientia – Grupo de Teoria e História da Ciência da UFMG

Programa de Pós-Graduação em História da UFMG – PPGHIS/UFMG


Apoio:
Fafich/UFMG

 
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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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GEHB ** Novas teses questionam História ( Novos estudos reformulam a História do Brasil da Globonews - Muito interessante)

Pesquisadores que tiveram acesso a documentos, antes secretos, produziram novas teses sobre a História do nosso país. O historiador Marco Antônio Villa e o jornalista Leandro Narloch falam sobre o assunto.


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C L A R I N D O
(Paulo Clarindo)
(21) 2261-0012 / 2656-9810 / 9765-6038
AMIGOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL








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sábado, 12 de junho de 2010

GEHB ** Pesquisas reescrevem história da escravidão no Brasil

 
Pesquisas reescrevem história da escravidão no Brasil
Fonte: UnB Agência  Sáb, 12 de Junho de 2010
escravosA imagem retratada pelos livros de história e obras artísticas brasileiras de centenas de escravos negros trabalhando nas lavouras de açúcar e café não traduz com fidelidade a realidade da escravidão no Brasil. Apenas 27 dos 25 mil proprietários de negros escravizados registrados oficialmente nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Piauí, no ano de 1873, tinham mais de 100 escravos. Mais da metade deles tinham até 4 escravos e pelo menos 10 mil eram proprietários de apenas um.

A escravidão não foi exclusividade dos grandes latifundiários. Mais que isso. A grande maioria dos escravos identificados nos registros da época não estava nas grandes lavouras e sim nas casas de famílias comuns de brancos e também em pequenas propriedades rurais. Em Pernambuco, por exemplo, mais da metade dos senhores identificados em 3.993 inventários, durante quase um século de escravidão, tinham menos de 20 escravos.

Os números constam de duas pesquisas apresentadas na Universidade de Brasília (UnB) no último dia 10 de junho, em seminário organizado pelo Núcleo de Estudos Comparados do Escravismo Brasileiro da universidade. Um delas, foi desenvolvida pela UnB e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A outra, pela Universidade de São Paulo (USP). Os estudos fazem parte de um projeto ainda maior, que durou cinco anos e envolve outras duas universidades, de Sergipe (UFS) e do Rio Grande do Sul (UFRGS).

VENTRE LIVRE - Para chegar a conclusão de que apenas 27 senhores tinham mais de 100 escravos, demonstrando que se tratavam de grandes latifundiários, o professor Renato Marcondes, da USP, analisou as matrículas e classificações de escravos feitas pelo Império em cinco estados diferentes, abarcando 14 províncias. Para os 25 mil senhores haviam 100 mil negros. O ano escolhido para a coleta dos dados foi o de 1873, porque foi quando se deram os registros por exigência da Lei do Ventre Livre.

"Os dados contrariam a imagem que tínhamos de que a posse de escravos predominava no grande latifúndio", afirmou o professor Renato Marcondes, da USP, pesquisador responsável pelo estudo. "Evidenciam uma outra realidade da escravidão, diferente do que se via nos modelos consagrados. A escravidão era muito mais integrada a realidade brasileira", completou.

INVENTÁRIOS - A pesquisa conduzida pelos economistas Flávio Versiani, da UnB, e José Vergolino, da UFPE, confirmam que a maioria dos escravos trazidos ao Brasil não estavam nos grandes latifúndios, mas em pequenas propriedades. Os dois professores coordenaram o levantamento dos 3.933 inventários, registros pessoais de bens originários de cartórios de todo o estado de Pernambuco. A pesquisa abrange o período de 1800 a 1888. "Os dados não consideram, entretanto, pessoas que não tinham bens suficientes para fazer um inventário", pondera Flávio.

Os dois estudos mostram, ainda, que os senhores de poucos escravos exerciam praticamente todas as atividades profissionais, entre eles lavradores, comerciantes e até artesãos.

A apresentação dos estudos na UnB teve como objetivo colher impressões de outros especialistas no tema para aprimoramento. Alguns pesquisadores apontaram a necessidade de ajustes nos dados. Os resultados das pesquisas serão reunidas em uma publicação que será lançada em dois volumes. O projeto é financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).

UnB Agência

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

GEHB ** Lançamento nº 3 e chamada de artigos - Revista Contra a Corrente [1 Anexo]

 
[Anexos  abaixo]
Circular Pública: (Junho-2010)
Revista Contra a Corrente

Chamada de artigos para 2010

Está aberto o período de recebimento de artigos, ensaios, entrevistas e resenhas para as edições da revista Contra a Corrente a serem publicadas em 2010. Pelo menos dois dossiês temáticos foram planejados para 2010 visando, nos dois casos, um debate mais aprofundado e politicamente qualificado a respeito de questões fundamentais para a esquerda e para o marxismo contemporâneo. Dessa forma, procuramos cumprir nossos principais objetivos, ou seja, funcionar como espaço tanto de reflexão teórica e militante como de debates no campo das Ciências Humanas e Sociais.

Embora as duas próximas edições se estruturem em dossiês, também estaremos recebendo ao mesmo tempo textos que discutam outros temas, de forma que a revista continue com seu foco interdisciplinar e procurando refletir a respeito dos mais variados temas, com ênfase na contemporaneidade e na necessidade de transformações sociais profundas e anticapitalistas.
Os temas dos dossiês são os seguintes:
Edição n. 4 – Dossiê "O Partido dos Trabalhadores e a crise da esquerda"
Prazo para envio de artigos: 28 de agosto de 2010

Edição n. 5 – Dossiê "Ecologia e marxismo". Prazo: 1 de novembro de 2010


___________________Regras para envio de textos:____________________

1. Tamanho do artigo. O texto deve ter até 30 mil caracteres (contando tudo), para artigos, e até 15 mil, para resenhas, fonte Times New Roman 12, e o original deve ser enviado para o e-mail: revistacontraacorrente@yahoo.com.br
2. Bibliografia; referências. Notas bibliográficas completas devem constar ao final do texto e não em rodapé. Referências no corpo do texto devem obedecer ao sistema autor-data (MARX, 2005, p.12).
3. Rodapés devem ser reduzidos ao mínimo possível, apenas para esclarecimentos ou outras necessidades fundamentais.
4. Citação de outros textos com até 3 linhas irá entre aspas duplas no corpo do texto. Citações de mais de 3 linhas devem ser destacadas com recuo de 1 cm (7 toques) da margem esquerda, com fonte menor que a do texto utilizado (fonte 11, no caso) e sem as aspas. Mais detalhes na última página da CaC n.2.
5. Deve ser enviada declaração autorizando a publicação do artigo em CaC. A revista não exige dos autores a exclusividade da publicação e, igualmente, não compra artigos, resenhas ou textos afins; portanto, o interessado deverá encaminhar o texto por e-mail, juntamente com uma declaração de publicação (modelo abaixo), onde conste a autorização para a publicação e a afirmação de autoria e responsabilidade integral pelos direitos autorais por parte do autor. Modelo de declaração do autor: "Eu, fulano de tal, declaro que assumo total responsabilidade pela autoria do texto tal, cujos direitos autorais são meus e, portanto, estou livre para publicar o mesmo texto em outras publicações, assinado, fulano de tal. Data e local".
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Contra a Corrente na Internet: os sumários da revista Contra a Corrente podem ser encontrados no site http://www.revistaantitese.com/contra_a_corren_13.html
Também podem ser encontrados no site HTTP://dflivros.blogspot.com
Informamos que a revista CaC, por enquanto, ainda não está disponível na web.




_____________Para adquirir números anteriores da revista:______________
Entre em contato com Lúcia, de Brasília; basta telefonar para 61-92921965 ou preferencialmente pelo e-mail: dflivros.lucia@gmail.com As revistas serão imediatamente enviadas ao preço total (já incluída a postagem) de 15 reais cada revista, mediante depósito em conta corrente.


Assinaturas
A assinatura de Contra a Corrente abrange cinco números (corresponde a aproximadamente 1 ano e meio). Para assinar, comunique-se com Lucia (e-mail: dflivros.lucia@gmail.com) avisando que pretende fazer a assinatura, deposite a quantia de R$ 60,00 (já inclui postagem) na conta indicada por ela e passe a receber Contra a Corrente durante 5 números.

















Nos estados onde mora, você pode entrar em contato com membros da equipe de Contra a Corrente, a exemplo de:
Michel Silva (SC) = michelgsilva@yahoo.com.br
Murilo Leal (São Paulo) = mlealpereira@hotmail.com
Alexandrina Luz (SE) = aluz@oi.com.br










Números anteriores de CaC:___________________________________________


Sumário:
Dossiê - Crise Econômica Internacional
Crise econômica internacional: Começou o segundo capítulo? PAULA BACH; China, Brasil, América Latina e a esquerda no contexto da atual crise econômica mundial (Entrevista: de Guillermo Almeyra concedida a Murilo Leal) MURILO LEAL; A um ano da posse: Obama frente al desgaste de su gobierno CLAUDIA CINATTI; A crise econômica global e a ação do Estado ZILAS NOGUEIRA DE QUEIROZ; A grande crise do capital RODRIGO DANTAS; O capitalismo em crise histórica e suas tentativas de escapar da depressão GILSON DANTAS; Crise, "pós-crise" e a centralidade política do trabalho FERNANDO PONTE DE SOUSA; Washington D. C. e as ilusões da Obamania: contradições do capitalismo no coração do império WELLINGTON FONTES MENEZES; La crisis internacional, sus perspectivas y el programa de los revolucionários (Resenha) ALEXANDRINA LUZ CONCEIÇÃO; ARTIGO: Burocracia e Socialismo em Weber e Trotski (II Parte) EDISON URBANO; Projeto, utopia e revolução: introdução ao debate entre "urbanistas" e "desurbanistas" soviéticos IRALDO ALBERTO ALVES MATIAS; Um Brasil mais injusto e decadente: redução da mobilidade social e crise da educação pública durante o governo Lula VALÉRIO ARCARY; A transnacionalização das empreiteiras brasileiras e o pensamento de Ruy Mauro Marini PEDRO HENRIQUE PEDREIRA CAMPOS; Revolução e socialismo: notas teóricas MICHEL GOULART DA SILVA; Conhecimento sócio-histórico HÉLIO F. L. N. DA GAMA; A produção do espaço e da escala pelo capital LUCAS GAMA LIMA / ALEXANDRINA LUZ CONCEIÇÃO; RESENHA: Século XXI: fim da sociedade do trabalho ou intensificação da jornada? (Livro: Mais trabalho!) JOSÉ DE LIMA SOARES; APELO: Vamos manter viva a universidade dos trabalhadores! JOSÉ ARBEX JR.; CINEMA: Benjamin Button, uma vida ao contrário, e na direção errada DANIEL M. RUFINO; Avatar: considerações preliminares FERNANDO SIMÃO VUGMAN









David Harvey, crise, imperialismo e luta de classes MATIAS MAIELLO; István Mészáros: da crise do capital à alternativa hegemônica do trabalho RODRIGO DANTAS; Crise financeira ou crise histórica do capitalismo? GILSON DANTAS; A crise de 1929 e a grande depressão da década de 30 [Segunda Parte] OSVALDO COGGIOLA; Entrevista: A Comuna de Oaxaca dois anos depois SANDRA ROMERO; Sarney e a vanguarda da dominação burguesa no Brasil DAVID MACIEL; Trotski, Rosa Luxemburgo e o mito da "teoria leninista da organização" MURILO LEAL PEREIRA NETO; Ponto de partida para o debate sobre a desigualdade social, pobreza, questão social e direitos sociais: uma abordagem a favor da emancipação humana HÉLIO RODRIGUES; Mesmo para fazer reformas, revoluções passaram a ser necessárias: notações históricas sobre as forças de pressão da inércia reacionária contemporânea VALÉRIO ARCARY; Juventude, marxismo e revolução MICHEL SILVA; Resenha: Incontornável Marx LINCOLN DE ABREU PENNA; Resenha: O cinema como práxis educativa MARIANA SILVEIRA DOS SANTOS ROSA; A miséria, o espetáculo e suas perversidades - (Comentário sobre o filme "Quem quer ser um milionário") DANIEL M. DELFINO; Música: 1959: Memórias de um ano musical CARLITO MANTOANI.







Cinco perguntas importantes sobre a crise capitalista mundial PAULA BACH; Os pacotes econômicos de Obama: o agravamento da recessão mundial GILSON DANTAS; A crise capitalista de 1929 (I Parte) OSVALDO COGGIOLA; Brasil na conjuntura DAVID MACIEL; Entrevista: Geografia, David Harvey e capitalismo ALEXANDRINA LUZ; Gramsci, os intelectuais e a prática política MICHEL SILVA; O direito social à assistência é o todo único dos direitos sociais: um exame crítico das normas constitucionais HÉLIO RODRIGUES; Por que o espectro de Trotski continua rondando o mundo? MÁRIO MAESTRI; Max Weber e Leon Trotski EDISON URBANO; Entrevista: Caio Prado Júnior: a "nacionalização" do marxismo? DANIEL ALFONSO; Hobsbawm, Fougueyrollas e Marx em debate: entrevista com o professor JORGE NÓVOA, da UFBa; Crítica ao filme Che, o argentino DIEGO DALAI E DEMIAN Paredes; Música: uma opinião Carlito MANTOANI.











Linha Editorial
Contra a Corrente - Revista Marxista de Teoria, Política e História Contemporânea (CaC) é um espaço de abertura teórica, política e acadêmica, que procura integrar-se à luta pela transformação da sociedade. Nessa perspectiva, a revista propõe-se a refletir sobre temas de história e política contemporânea, como a crise do capitalismo, as questões teóricas e práticas como democracia e socialismo, conflitos e antagonismos sociais, direitos e políticas públicas e a construção dos instrumentos políticos de organização independente e autônoma da classe trabalhadora em relação à patronal capitalista. A revista funcionará com artigos de foco contemporâneo, de natureza política, teórica ou científica, e também com resenhas, dossiês sobre temas específicos, além de entrevistas, notas de leitura e documentos relacionados ao Centro de Estudos e Pesquisas Sociais de Brasília (CEPESB). Contra a Corrente se constitui, de certa forma, em um espaço que não existe no Distrito Federal para esse tipo de preocupação política e, neste sentido, convida estudantes, professores, trabalhadores em geral para que dela participem. Existe toda uma comunidade de revistas marxistas pelo Brasil afora na qual Contra a Corrente se inclui e com a qual dialogará. Não obstante, CaC adota sua própria linha editorial que naturalmente a aproxima mais de periódicos de perfil marxista como História e Luta de Classes (Paraná), Outubro (São Paulo), Antítese (Goiânia) etc, ao mesmo tempo em que adota especial convergência com a postura teórica inovadora da revista Iskra (São Paulo), com seu declarado empenho em estabelecer a justa e necessária crítica a uma certa tradição dominante no marxismo brasileiro. Aliás, espera-se que assim que se apresente a oportunidade possam ser tomadas iniciativas e formas de cooperação com tais publicações, inclusive com outros periódicos não mencionados aqui e outros que surgirão dentro de semelhante perspectiva.


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Anexo(s) de Michel Silva
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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 

GEHB ** Programa completo de V JORNADAS DE TRABAJO sobre HISTORIA RECIENTE, 22 al 25 de junio de 2010, Universidad Nacional de General Sarmiento, Los Polvorines, Provincia de Buenos Aires, República Argentina. [1 Anexo]

 
[Anexos incluídos abaixo]
Estimados todas/os: se adjunta el programa completo de V JORNADAS DE TRABAJO sobre HISTORIA RECIENTE ,  22 al 25 de junio de 2010 , Universidad Nacional de General Sarmiento , Los Polvorines, Provincia de Buenos Aires , República Argentina.

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GEHB ** V Congresso de Professores e Pesquisadores da História da Baixada Fluminense [1 Anexo]

 
Prezad@s


Segue anexo o Boletim Informativo do V Congresso de Professores e Pesquisadores da História da Baixada Fluminense, com o tema   "Baixada Fluminense: História, Patrimônio e Cidadania", a ser realizado no Campus Nova Iguaçu, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, nos dias 08 e 09 de outubro de 2010.


Contamos com a participação de tod@s.




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C L A R I N D O
(Paulo Clarindo)
(21) 2261-0012 / 2656-9810 / 9765-6038
AMIGOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL








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quinta-feira, 10 de junho de 2010

GEHB ** FLORA BRASILEIRA - HISTÓRIA, ARTE & CIÊNCIA

 

Ciência & arte

Textos, ilustrações, pinturas e fotografias da flora nacional transcendem a natureza para evidenciar uma das marcas registradas da brasilidade
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Joaquim Insley Pacheco/divulgação
Dom Pedro II posou entre folhagens para as lentes de Joaquim Insley Pacheco
É verdadeiro deleite para os olhos o recém-lançado livro Flora brasileira – História, arte & ciência (Casa da Palavra). Organizado pela jornalista Ana Cecília Impellizieri Martins, reúne textos de quatro autores sobre diferentes aspectos da riqueza botânica do Brasil, desde as primeiras pesquisas científicas realizadas no país. Não bastasse a qualidade das informações, a obra é recheada com centenas de belas ilustrações e fotos de épocas e vertentes distintas.

Cruzamento de arte, história e ciência, o livro reúne pesquisadores que são referência em se tratando da riqueza de plantas brasileiras. Começa com Lorelai Kury e Magali Romero Sá, ambas historiadoras e professoras da Fundação Oswaldo Cruz. Elas se aprofundam na análise do que fizeram os cientistas e viajantes brasileiros e estrangeiros que por aqui passaram e em como isso determinou a produção de conhecimento no país nos anos seguintes.

Diretor-executivo da ONG Conservação Internacional do Brasil e professor do Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fábio Rubio Scarano traça, na sequência, útil panorama da flora nacional, passeando pelos principais biomas do país: Amazônia, caatinga, cerrado, Pantanal, mata atlântica, pampa e mar.

O historiador José Augusto Pádua assina interessante texto sobre a importância da flora na formação da identidade brasileira. Por fim, a historiadora Vera Beatriz Siqueira evidencia a influência do rico cenário natural brasileiro em diferentes movimentos artísticos que tiveram lugar no Brasil.

Para ver Por suas quase 170 páginas é possível encontrar reproduções de obras de artistas e documentos de artistas e pesquisadores de todas as épocas: de Debret, Rugendas, Taunay e Von Martius à pintora carioca Beatriz Milhazes. Também foram contemplados Marc Ferrez, Marcel Gautherot, Cícero Dias, Almeida Júnior, Oswaldo Goeldi, Burle Marx, Margaret Mee, Frans Krajcberg, Guignard e Iberê Camargo, entre outros.

A vista do Corcovado e da Lagoa Rodrigo de Freitas observada da Boa Vista da Gávea, pintura de Louis Bouvelot, é simplesmente linda, bem como as representações das espécies Abutilon rufinerve e Caryocar brasiliense, incluídas em publicações de Saint-Hilaire, com grande riqueza de detalhes. Há, ainda, impressionantes imagens extraídas de Flora brasiliensis, de Von Martius: a clássica visão de índios abraçando gigantesca árvore amazônica está lá, bem como a de uma cachoeira na região de Sabará.

Há menos fotografias que ilustrações, mas elas marcam presença notável. Vale mencionar as imagens feitas pelo norte-americano Dana Merril na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Rondônia; o belíssimo retrato de dom Pedro II sentado em meio às plantas, feito pelo fotógrafo português Joaquim Insley Pacheco; e o grafismo hipnotizante da foto de uma folha de carnaúba feita por Marcel Gautherot.
http://www.casadapalavra.com.br/_img/capas/393/1.jpg

FLORA BRASILEIRA – HISTÓRIA, ARTE & CIÊNCIA            
De Ana Cecília Impellizieri Martins
Casa da Palavra, 168 páginas, R$ 120

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