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sábado, 5 de junho de 2010

GEHB ** ARTIGO - HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL NA PRIMEIRA REPÚBLICA: o desenvolvimento econômico brasileiro

 


História Livre - História do Brasil - República Velha / Primeira República
HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL NA PRIMEIRA REPÚBLICA:
o desenvolvimento econômico brasileiro
Marcos Faber, Eduardo Severo e Ismael Wolf
Orientador: prof. Dr. André Luís Reis da Silva



Resumo
O objetivo deste artigo é o de analisar o desenvolvimento histórico-econômico do Brasil durante a Primeira República (1889-1930), abordaremos o desenvolvimento nacional como parte integrante da economia mundial, assim como o papel periférico de nossa economia e os saltos desenvolvimentistas que o Brasil teve de se submeter para seu desenvolvimento como uma economia capitalista. Nossa base de argumentação está na hipótese de que o Brasil, até este período, era apenas uma colônia de exploração, tornando-se capitalista somente quando o capitalismo encontrava-se em sua fase imperialista. Nossa análise é feita a partir do referencial teórico marxista, onde adotamos as teorias econômicas de Caio Prado Junior e Celso Furtado aliadas à teoria trotskista do Desenvolvimento Desigual e Combinado. Palavras-chave: História do Brasil, Primeira República, História Econômica, Brasil Capitalista.

Introdução
Neste artigo, abordamos o papel do Brasil dentro da economia mundial durante a Primeira República, ou seja, o período que inicia com a sua proclamação em 1889 e vai até a Revolução de 1930. Deste período abordamos as transformações que ocasionaram na mudança do eixo da economia cafeeira brasileira – e seus investimentos – para o desenvolvimento da indústria nacional. Analisamos os motivos que levaram o Brasil a estar na periferia do desenvolvimento capitalista mundial, pois o país foi durante toda sua História mero fornecedor de matérias primas aos países de capitalismo adiantado.
Para compreendermos o papel colonial brasileiro, torna-se necessária à compreensão do desenvolvimento do capitalismo europeu neste mesmo período e nos períodos anteriores. Portanto, é preciso compreender o desenvolvimento da economia nacional associada ao desenvolvimento capitalista europeu.
Nossa base de argumentação está na hipótese de que o Brasil somente tornou-se capitalista quando o capitalismo se encontrava em sua fase imperialista, antes disso o país tinha bases econômicas pré-capitalistas, vivendo à margem do sistema mundial, ou seja, estava na periferia do desenvolvimento econômico europeu. Não acreditamos num passado feudal brasileiro, tese de Nelson Werneck Sodré, e nem que tenha havido um modo de produção Escravista Colonial, tese de Jacob Gorender. Defendemos, isso sim, que o Brasil era apenas uma colônia de exploração à margem do desenvolvimento capitalista europeu, análise esta que está de acordo com as interpretações da primeira geração de historiadores marxistas brasileiros, como Caio Prado Junior e Celso Furtado, entre outros. Nossa análise será fundamentada na combinação deste referencial teórico e na teoria trotskista do Desenvolvimento Desigual e Combinado.
Como adeptos do referencial teórico marxista, percebemos a necessidade de exploramos o tema, deste que é um período tão importante para o desenvolvimento econômico do país e marca a entrada do Brasil no sistema capitalista. Nossa análise é fruto da percepção de que o tema das estruturas econômicas brasileiras tem sido negligenciado por outras teorias no estudo do período. Neste artigo pretendemos dar somente um vôo sobre a Primeira República, pois somos sabedores de que de forma alguma estamos esgotando o tema, mas desejamos lançar um olhar histórico sobre a economia e o desenvolvimento brasileiro no período a partir dos já citados referenciais teóricos.
O Desenvolvimento Econômico Brasileiro
Antes da análise do período proposto é importante entendermos o desenvolvimento econômico brasileiro dentro da história econômica mundial nos períodos anteriores à Primeira República.
"Quando escrevemos a 'história mundial' dos períodos precedentes, estamos, na realidade, fazendo uma soma das histórias das diversas partes do globo, que, de fato, haviam tomado conhecimento umas das outras, porém superficial e marginalmente, exceto quando os habitantes de uma região conquistaram ou colonizaram outra, como os europeus ocidentais fizeram com as Américas". (HOBSBAWM, 2007, p.79 - 80).
A História do Brasil iniciou dentro da lógica de acumulação primitiva de capital, onde a economia brasileira era apenas uma extensão portuguesa na América. A ocupação portuguesa se deu através da exploração de matéria prima tropical, num primeiro momento com a exploração e retirada do pau-brasil, depois se desenvolvendo a economia açucareira.
Até o século XVIII a forma de capital que dominava a economia mundial era o capital comercial, somente no virada para o século XIX o capital industrial se desenvolverá hegemonicamente. Havendo uma revolta contra os monopólios e a quebra definitiva do Pacto Colonial, levando os Impérios Ibéricos ao declínio. As metrópoles tornam-se parasitas das colônias. Pois:
"O antigo sistema colonial, fundado naquilo que se convencionou chamar Pacto Colonial, e que representa o exclusivismo do comércio das colônias para as respectivas metrópoles, entra em declínio". (PRADO JUNIOR, 2006, p. 123).
O domínio do mercado Atlântico passou definitivamente para as mãos dos ingleses e o Brasil tornou-se colônia britânica na América. Os ingleses estavam num estágio econômico bem mais avançado do que os portugueses. O mercantilismo, forma de acumulação pré-capitalista, havia sido superado pelo capitalismo. A Inglaterra vivia o período de transição entre o capital comercial e o capital industrial. Os resultados destas mudanças não deixaram de contribuir para o desenvolvimento econômico brasileiro, sendo "um primeiro passo nesta grande transformação que se ia operar no país" (PRADO JUNIOR, 2006, p. 131).
Os efeitos desta liberdade comercial gerada pelo estímulo econômico coincidem com a transferência da coroa portuguesa para o Brasil, transferência ocasionada pela ameaça napoleônica ao Estado Português. A Abertura dos Portos leva a economia brasileira a um avanço nunca antes alcançado. A coroa portuguesa, porém, eleva os gastos da colônia. A chegada dos nobres ao Brasil gera uma grande mudança nos hábitos coloniais, causando uma sofisticação das elites locais. Estas transformações geram a elevação dos custos de importações de produtos de luxo. Nisso o Brasil viverá em constante déficit orçamentário que levará à crise do regime servil e o fim do tráfico de escravos. Na verdade com o advento do capital industrial é necessária uma mudança nas estruturas econômicas coloniais, é preciso estimular o comércio interno que só poderá existir com o surgimento de uma classe de trabalhadores livres, ou seja, não há lugar para a mão-de-obra escrava ou servil. Torna-se cada vez mais onerosa a imobilização de capitais representada pela aquisição de escravos, o surgimento de uma classe de trabalhadores livres é essencial para o desenvolvimento do capitalismo. A criação de um campesinato livre e de uma classe proletária, garantirá a base para o surgimento no Brasil de uma burguesia nacional capaz de romper com a hegemonia oligárquica agro-exportadora.
Da segunda metade do século XIX até o final do Império se caracterizou pela aurora burguesa, surgirão e se consolidarão durante este século os ideais burgueses no Brasil. A grande transformação se deu na revolução da distribuição das atividades produtivas (PRADO JUNIOR, 2006). O renascimento agrícola que fora impulsionado pela Abertura dos Portos e, posteriormente, pela emancipação política, desencadeou o processo de consolidação dos ideais liberais no Brasil. A crise do açúcar levou a decadência da força política das oligarquias do norte e nordeste. O sudeste foi favorecido com a cultura do café, artigo que encontrava grande mercado na Europa, os cafeicultores iniciaram um período de acumulação de capitais ainda não visto no país. Aqui cabe um parêntese, pois é no mínimo questionável utilizarmos a expressão "burguesia cafeeira" como alguns historiadores o fazem, pois se tratava de grupos aristocráticos rurais, em grande parte responsáveis pelo acúmulo primitivo de capital que desencadeou o processo de industrialização, mas creio que seja mais correto neste momento caracterizá-los como uma aristocracia cafeeira, pois o café representou a última das três grandes aristocracias do país - senhores de engenho, grandes mineradores e barões do café. Sem dúvida os cafeicultores foram de extrema importância para a industrialização e para a formação de uma burguesia nacional, pois mesmo que tenham aderido aos ideais burgueses, neste estágio, ainda não formavam uma classe consciente de seu papel.
Mas foi esta classe e com estes ideais que levaram a pressão pela abolição e a recrutar-se mão-de-obra na imigração européia. Estas transformações elevaram o Estado de São Paulo a dianteira econômica nacional. O país entrou em franca prosperidade e ativação econômica. Esta nova aristocracia ao contrário das anteriores passou a reinvestir capitais, principalmente na nascente indústria brasileira, pois o café era:
" O produto que permitiria ao país reintegrar-se nas correntes em expansão do comércio mundial; concluída sua etapa de gestação, a economia cafeeira encontrava-se em condições de autofinanciar sua extraordinária expansão subseqüente, estavam formados os quadros da nova classe dirigente que lideraria a grande expansão cafeeira". (FURTADO, 2007, p. 172).
No contexto europeu, o desenvolvimento industrial representou a passagem do capital comercial para o capital industrial, às antigas estruturas monopolistas começam a ruir e a ideologia liberal tomou conta do pensamento econômico europeu. Como não poderia ser diferente, o Brasil, periferia da Europa, adotou o liberalismo como base ideológica econômica. Serão as idéias liberais que desencadearão no processo que levará a queda do Império e propagará as idéias republicanas no país. A indústria capitalista tomou logo tamanho vulto que ofuscou o capitalismo comercial e assumiu cada vez mais o domínio da economia européia. Pondo fim aos monopólios comerciais. (PRADO JUNIOR, 2006, p.124).
A partir de 1850 o Brasil passou a experimentar um grande surto industrial, onde o país se urbanizou. Foram instaladas centenas de fábricas, bancos e diversas companhias de navegação. O financiamento em geral veio do capital cafeeiro e do capital financeiro internacional. O Brasil passou a dar grandes saltos desenvolvimentistas para aderir ao capitalismo. Porém, a economia ainda mantinha-se refém do mercado externo, com a implementação de políticas que garantissem as exportações de gêneros primários. A indústria brasileira, neste momento, produzia basicamente bens de consumo para trabalhadores, o restante era importado, principalmente da Inglaterra (CATANI, 1984, p. 113).
Na virado do século, a indústria nacional passou para o processo de substituição das importações. "A fase da importação de determinado produto começa quando a economia se diversifica a ponto de exigi-lo, e termina quando o mercado cresce tanto que lhe assegura a produção nacional" (DEAN, 1975, p.267). Segundo o brazilianista Warren Dean, a origem da industria brasileira se deu dentro do mercado importador e exportador, tanto os fazendeiros quando os importadores tornam-se os primeiros industriários brasileiros, porém sem deixarem sua atividade original. No caso dos fazendeiros, em geral, seus investimentos industriais se davam dentro do beneficiamento das matérias-primas que produziam nas fazendas, o que lhes garantia a valorização dos mesmos (DEAN, 1975, p.268-269).
Na Europa, a virada do século representará a aurora do imperialismo, o novo estágio do capitalismo. Rosa Luxemburgo conceituava o imperialismo como o estágio em que o capitalismo se apropriava de regiões ainda não pertencentes ao sistema. (HUNT; SHERMAN, 2001, p.159). Apesar da Europa voltar suas atenções para a África e Ásia, a América mantêm-se como fornecedora dos bens primários capazes de fortalecer o desenvolvimento da indústria européia. No caso brasileiro, havia a busca por aderir ao sistema mundial, mesmo que para isso hipotecasse seus ganhos futuros.
Na Europa o ideário liberal entra em declínio e o capital financeiro dá inicio a uma nova fase monopolista.
"O período que se estende do final do século XIX ao princípio do século XX testemunhou a partilha imperialista da maior parte das regiões economicamente subdesenvolvidas do mundo. As populações dessas regiões foram submetidas à mais dura e cruel exploração, em proveito dos lucros das grandes corporações sediadas nos países capitalistas avançados". (HUNT; SHERMAN, 2001, p.162).
Emir Sader escreveu que se o colonialismo havia sido o fenômeno essencial para compreender a história da humanidade nos séculos anteriores, o século XX será o século do imperialismo (SADER, 2000, p.27). O imperialismo forneceu os elementos necessários para o desenvolvimento econômico do Brasil, mas por outro lado, foi acumulando um passivo considerável e tornou cada vez mais perturbadora e onerosa sua ação (PRADO JUNIOR, 2006).
O capitalismo não se desenvolveu naturalmente no Brasil, antes foi imposto pela associação das classes dirigentes nacionais e o capitalismo internacional. Sendo que as classes dirigentes brasileiras sequer formavam uma burguesia nacional coesa, eram, na verdade, representantes de grandes oligarquias rurais que defendiam tão somente seus próprios interesses. A associação destes grupos nacionais se realizou com o capitalismo em sua fase imperialista, ou seja, tratava-se da associação da oligarquia brasileira com o capital industrial e o capital financeiro europeus. O país ficou imerso às regras deste novo modelo. O modelo de desenvolvimento imposto ao Brasil previa que o país passasse pelos mesmos estágios que os países de capitalismo adiantado já haviam passado. Na impossibilidade de se desenvolver autonomamente, coube ao Brasil queimar etapas, dando saltos desenvolvimentistas para acompanhar seus parceiros mais desenvolvidos. O país iniciou um oneroso processo de modernização e industrialização.
" (...) não podendo repetir o seu itinerário anterior: ele 'salta', por assim dizer, as etapas intermediárias do seu crescimento 'normal' e 'orgânico', como o pequeno ofício e a manufatura, e se manifesta imediatamente em sua figura mais moderna e avançada: a grande indústria". (LÖWY, s/d, p. 75).
Na condição de periferia do sistema mundial, coube ao Brasil somente uma forma de mudança das estruturas econômicas, estas modificações estruturais envolveram a necessidade de dar saltos desenvolvimentistas para modernizar a economia nacional, o que se fez possível somente com o advento da República. Foram instaladas indústrias, construíram-se estradas de ferro, modernizaram-se os portos e fundaram-se bancos, porém, à custa de grande dívida contraída aos financistas europeus.
"A economia brasileira, ao instalar-se a República, encontra-se plenamente integrada ao capitalismo internacional através da Divisão Internacional do Trabalho. O modelo agrário-exportador, baseado na monocultura do café, fazia do Brasil um país periférico e dependente do mercado internacional". (VIZENTINI, 1983, p. 12).
A reestruturação tratou de apressar o processo de transformação, realizando a reforma estrutural necessária à economia brasileira, transformação inserida na nova realidade internacional, o país tornou-se definitivamente capitalista.
O capitalismo representou, no Brasil, uma ruptura nas antigas estruturas colônias, pois o capital industrial não possui a mesma lógica do capital comercial. Foram necessárias várias alterações na estrutura econômica nacional. Em primeiro lugar a reestruturação teve que partir da alteração da mão-de-obra, como a viabilização e criação de um proletariado, o que inviabilizava a existência do trabalho servil. Este problema, como vimos, foi parcialmente resolvido com a abolição da escravatura e, posteriormente, com as imigrações européias. Arias Neto afirma que em sua maioria a população de ex-escravos não se viu na necessidade de transformar-se em força de trabalho, a solução foi buscada na imigração européia (ARIAS NETO, 2003, p.201-202). Em segundo lugar, existe a necessidade de mercados consumidores. Problema que foi resolvido, em parte, com a quebra dos monopólios comerciais e com a restrição das importações, que foi possível com a implementação de uma indústria nacional de bens de consumo (CATANI, 1984). Estas alterações atingiram diretamente as antigas aristocracias, principalmente do norte e nordeste, que viram seu poder econômico reduzido, por isso tornaram-se, em grande parte, opositores do novo sistema (PRADO JUNIOR, 2006). Porém, apesar das transformações ocorridas, a economia nacional manteve-se refém do mercado externo, tanto na necessidade de exportação, principalmente de bens primários como o café, como das importações de produtos sofisticados e da indústria pesada (CATANI, 1984).
O salto desenvolvimentista brasileiro, causado pela industrialização do país gerou em um grande êxodo rural, os centros urbanos cresceram enormemente, surgindo uma grande massa de trabalhadores assalariados. Nasceu, nos centros urbanos, um grande exército de mão-de-obra de reserva. É claro que estas mudanças geraram as conseqüências que logo foram sentidas, pois surgiram novas demandas populares, que desencadearam nas reformas trabalhistas de Getúlio Vargas nos anos 1930 e, posteriormente, no populismo.
Conclusão
Este artigo pode ser facilmente rotulado de revisionista e ultrapassado do ponto de vista teórico. Nós, porém, não acreditamos que exista outra forma de interpretação da realidade brasileira. Seria-nos muito fácil e cômodo fazer uma análise historiográfica de gênero ou cultural, fragmentando o conhecimento, mas preferimos nos expor e defendermos a teoria e tese que acreditamos. É possível, e provável, que ao longo de nossa jornada acadêmica venhamos a ter outras posições teóricas, ou mesmo a combinação de várias delas, mas esta é a que defendemos e entendemos como a mais correta em nosso atual estágio de graduação.
Mesmo assim, não somos tão inocentes de acreditar que o período que se estendeu imediatamente após a Revolução de 1930 viu a hegemonia da indústria no Brasil, temos consciência de que não foi tão simples assim. Pois a economia nacional continuou atrelada ao desempenho exportador do café, pelo menos até a década de 1940. Mas acreditamos que foram durante a Primeira República que a indústria brasileira deu seus largos saltos para a ascensão hegemônica na economia do país, porém sua consolidação ocorreria somente a partir da década de 1950. É certo que a Segunda Guerra Mundial garantiu o "boom" industrial brasileiro, mas isso somente ocorreu porque a economia nacional já havia se transformado em capitalista no período anterior. Sem a transformação da sociedade brasileira em uma sociedade burguesa e sem a criação do proletariado nacional, seria impossível o salto econômico dado pelo país nas décadas seguintes.
É por isso que acreditamos que é impossível, do ponto de vista teórico, uma análise econômica do país sem compreendermos o desenvolvimento capitalista mundial e suas influências nas zonas periféricas, no caso o Brasil. Desta forma acreditamos que o Brasil deixou de ser uma colônia de exploração a partir do momento que entendeu ser necessário dar saltos desenvolvimentistas em direção à implantação do capitalismo no país. Este salto, porém, não foi um salto da classe burguesa recém organizada, mas um salto desenvolvimentista dado pelo país como um todo, é claro, estando sob a liderança da burguesia, num primeiro momento aliada ao exército e depois sozinha. Este processo desenvolvimentista não iniciou de uma hora para outra, se iniciou ainda durante o Segundo Império, assim como se tornou hegemônico somente na Era Vargas. Porém, estamos convencidos de que o desenvolvimento econômico e as transformações sociais que possibilitaram tal reestruturação se fizeram presentes na Primeira República.
Porto Alegre, 06 de junho de 2008.
Referências Bibliográficas
AMIN, Samir. Desenvolvimento Desigual: ensaio sobre as formações sociais do capitalismo periférico. São Paulo: Forense Universitária, 1976.
ARIAS NETO, José Miguel. "Primeira República: economia cafeeira, urbanização e industrialização". In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida. O Brasil Republicano: o tempo do liberalismo excludente, vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CASALECCHI, José Enio. A Proclamação da República. São Paulo: Brasiliense, 1981.
CATANI, Afrânio Mendes. O Que é Capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1984.
DEAN, Warren. "Industrialização Durante a República Velha". In: FAUSTO, Boris (org.) História geral da civilização brasileira. Tomo III "O Brasil Republicano", São Paulo: DIFEL, 1975.
FAUSTO, Boris. "Expansão do Café e Política Cafeeira". In: FAUSTO, Boris (org.) História geral da civilização brasileira. Tomo III "O Brasil Republicano", São Paulo: DIFEL, 1975.
FERNANDES, Florestan; PRADO JUNIOR, Caio. Clássicos sobre a Revolução Brasileira. 4a.ed. São Paulo: Expressão Popular, 2005.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 36.ed. São Paulo: Cia. Das Letras, 2006.
GORENDER, Jacob. Gênese do desenvolvimento do capitalismo no campo brasileiro. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.
HOBSBAWM, Eric J. A Era do Capital (1848 – 1875). 12.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
HUNT, E. K.; SHERMAN, Howard J. História do Pensamento Econômico. 20.ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
LÖWY, Michael. A Teoria do Desenvolvimento Desigual e Combinado, Revista Outubro, n. 01, p. 73 – 80. Revista do Instituto de Estudos Socialistas. Disponível em:
<http://www.revistaoutubro.com.br/edicoes/01/out01_06.pdf>. Acesso em: 11 maio 2008.
PRADO JUNIOR. Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2006.
SADER, Emir. Século XX: uma Biografia não Autorizada. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2000.
SAES, Décio. República do Capital. São Paulo: Boi Tempo, 2001.
SODRÉ, Nelson Werneck. Formação Histórica do Brasil. 14.ed. Rio de Janeiro: Graphia Editorial, 2002.
VIZENTINI, Paulo Gilberto Fagundes. Os Liberais e a Crise da República Velha. São Paulo: Brasiliense, 1983.

REFERÊNCIA PARA CITAÇÂO DESTE ARTIGO:
FABER, Marcos; SEVERO, Eduardo; WOLF, Ismael. História Econômicado do Brasil na Primeira
República: o desenvolvimento econômico brasileiro. Disponível em:
<http://www.historialivre.com/brasil/economicorv.htm> Acesso em: 06 de junho de 2008.
Este artigo pode ser utilizado e publicado em outros sites desde que citada a fonte:
Autores: Marcos Faber, Eduardo Severo e Ismael Wolf
Disponível em http://www.historialivre.com/


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    quinta-feira, 3 de junho de 2010

    GEHB ** Chamada de artigos Dossiê Teoria política e social na contemporaneidade

     
    Chamada de artigos – Revista Mediações






    A Comissão Editorial da Mediações, revista semestral do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da Universidade Estadual de Londrina, receberá artigos para o volume 15, número 2, correspondente ao segundo semestre de 2010. Este número trará o dossiê temático:

    Teoria política e social na contemporaneidade

    Rápidas e profundas têm sido as transformações que assolam o mundo contemporâneo. Das novas tecnologias à acentuada mudança dos padrões comportamentais nas últimas décadas, tudo parece mover-se em alta velocidade enquanto imagens cada vez mais céleres e agressivas invadem o cotidiano local e global e alteram nossas percepções do mundo. Diante deste cenário complexo, como as ciências sociais têm lidado com estes novos cenários emergentes? Que respostas a teoria política bem como a teoria social têm oferecido para refletir sobre os novos fenômenos? Como correntes interpretativas contemporâneas de relevo, como o feminismo, o liberalismo igualitário, o comunitarismo, o republicanismo, os estudos culturais, o deliberativismo ou os pós-modernos têm pensado e analisado a realidade de um mundo cada vez mais plural, marcado por concepções de bem abrangentes - por vezes, inconciliáveis – e por uma crescente disparidade de renda entre ricos e pobres em todo o planeta? Jogar luz sobre bem como discutir e aprofundar os desenvolvimentos recentes de teorias normativas e/ou positivas acerca do atual estado do mundo constitui o objetivo deste dossiê que ora se propõe.

    Organizadoras: Raquel Kritsch e Maria José de Rezende



    Além do dossiê, Mediações publica trabalhos sobre temas diversos das Ciências Sociais na Seção Artigos e Resenhas de livros relevantes publicados no último triênio.

    Período para apresentação dos textos: 01 de junho a 30 de agosto de 2010



    NORMAS PARA COLABORAÇÃO

    Mediações publica artigos em português e espanhol. Textos apresentados em outros idiomas serão traduzidos. Os números de Mediações são organizados por dossiês temáticos e seção de temas livres. Os trabalhos enviados são submetidos ao Conselho Editorial, que faz a análise da pertinência das contribuições, segundo a sua adequação ao perfil da revista. A análise de relevância e de mérito é de competência do Conselho Assessor Científico e de pareceristas ad hoc.

    Os textos devem ser inéditos e podem ser apresentados na forma de artigos, resenhas e entrevistas.

    Os artigos, acompanhados de resumo, palavras-chave e título (em português e inglês), devem possuir um volume máximo de 40.000 (quarenta mil) caracteres (com espaços).

    O resumo, com o máximo de 10 (dez) linhas, deverá definir com clareza o objeto da discussão. As palavras-chave deverão ser 4 (quatro) com vistas a identificar de forma clara o objeto de estudo, o tema ou a área de concentração do artigo.

    As resenhas, de livros ou coletâneas publicados no Brasil nos últimos 3 (três) anos ou no exterior nos últimos 5 (cinco) anos, devem tanto apresentar as idéias centrais do(a)s autore(a)s, como as considerações críticas do(a) resenhista sobre o conteúdo do livro ou coletânea. Devem conter no máximo 8.000 (oito mil) caracteres (com espaços).

    A apresentação dos textos deverá ser em word for Windows e seguir o sistema de referência da ABNT. Notas de rodapé devem ser curtas e só serão publicadas se forem essenciais para a compreensão de idéias e conceitos-chave.  Citações ao longo do texto deverão obedecer ao padrão Autor (data, p.).

    Exemplo:
    De acordo com Fernandes (2001, p. 63), "A sociologia, como modo de explicação científica do comportamento social e das condições sociais de existência dos seres vivos, representa um produto recente do pensamento moderno."

    A citação direta ou textual com 40 (quarenta) palavras ou mais deve ser apresentada em parágrafo próprio, sem aspas duplas, iniciando com a linha avançada (equivalente a 5 (cinco) toques) e terminando com a margem direita sem recuo.

    Quando a citação for indireta, abordando conceitos ou idéias do autor em referência, mas redigido com palavras próprias do autor do artigo, o nome do autor de referência deverá constar dentro de parênteses.

    Exemplo:
    A dissonância cultural é um dos condicionantes estruturais que reduz a capacidade totalizadora do Estado. Isto se reflete claramente nos conflitos que surgem da contradição que se estabelece entre os Estados Nacionais e a diversidade cultural das populações no mundo globalizado (MÉSZÁROS, 2002, p. 126).

    Quando se trata de um autor citado por outro autor, deve-se utilizar a forma apud (citado por). Exemplo:
    Para Sartre (1963 apud MÉSZÁROS, 2002).

    Quando houver citação de depoimentos ou entrevistas ao longo do texto, devem estar em itálico. Falas com 40 (quarenta) ou mais palavras devem ser apresentadas em parágrafo próprio, sem aspas duplas, iniciando com a linha avançada (equivalente a cinco toques) e terminando com a margem direita sem recuo.

    Referências Bibliográficas devem vir ao final do artigo com as obras citadas ao longo do texto, de acordo com as normas nos exemplos a seguir:

    Livros: SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

    Capítulos de livros: FRASER, Nancy. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça na era pós-socialista. In: SOUZA, Jessé (Org.). Democracia hoje: novos desafios para a teoria democrática contemporânea. Brasília: Ed. da UNB, 2001.

    Artigos: ALEXANDER, Jeffrey C. Ação Coletiva, Cultura e Sociedade Civil: secularização, atualização, inversão, revisão e deslocamento do modelo clássico dos movimentos sociais. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 3, n. 37, São Paulo, 1998, p.5-31.

    Resultados de pesquisas: CHAGURI, Mariana. Do Recife dos anos 20 ao Rio de Janeiro dos anos 30: José Lins do Rego, regionalismo e tradicionalismo. Dissertação de Mestrado, Sociologia, Universidade Estadual de Campinas, 2007.

    Referências a tradutores e ao número das edições das obras são facultativas.

    Direitos autorais dos textos publicados são reservados a Mediações e publicações posteriores dos mesmos serão permitidas, desde que citada a publicação original.

    Os autores farão constar em arquivo à parte as seguintes informações: nome completo, vínculo institucional, titulação acadêmica, telefone, endereço postal, endereço eletrônico.

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    Departamento de Ciências Sociais/Centro de Letras e Ciências Humanas

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      segunda-feira, 31 de maio de 2010

      GEHB ** SIMPOSIO TEMÁTICO

       
      Prezados informamos que aos simposios temáticos já existente no XII Encontro Regional de História, foi agregado um novo com a temática:

      Temas investigativos no campo do ensino de história
      Profª Drª Márcia Elisa Teté Ramos - UEL
      Profª Drª Sandra Regina Ferreira de Oliveira - UEL

      confira no portal de eventos da anpuh/pr

      http://www.eventosanpuhpr.com/ocs/index.php/irati/

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      GEHB ** concurso professor substituto História Contemporânea.

       


      Assunto: concurso professor substituto História Contemporânea
      Por favor, divulguem o máximo que puderem.

      Concurso para professor Substituto. Área: História Contemporânea. Jornada de 20 horas semanais. Inscriçoes abertas a partir de 28 de maio. Prova didática em 10 de junho.


      Salário, conforme titulação.
      Adjunto (doutorado): R$ 2.282,23
      Assistente (mestrado): R$ 1.839,09
      Auxiliar (graduação): R$ 1.570,29


      EDITAL Nº 02 DE 13 DE MAIO DE 2010.
                              COMISSÃO ESPECIAL  DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
                                         SELEÇÃO DE DOCENTES SUBSTITUTOS


      A COMISSÃO ESPECIAL DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, instituída pela IS PREG nº140, de 12 de maio de 2010 da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o disposto na Lei nº 8.745/1993 e 9.849/1999; na Resolução CD nº9/2007, CAEN nº11/2001, Parecer PROJUR nº 105/2003, Orientação Normativa nº 5/2009/SRH/MP, Nota Técnica nº 494/2009/COGES/DENOP/SRH/MP, Decreto nº 6.944/2009 e Portaria MEC nº 1.134/2009, torna público o presente Edital para seleção de candidatos a Professor Substituto.

      1.CENTRO/CAMPUS/DEPARTAMENTO, ÁREA/SUBÁREA, CARGA HORÁRIA E CLASSE:
      CENTRO/
      CÂMPUS/DEP
      ÀREA/SUBÁREA
      CARGA
      HORÁRIA
      CLASSE
      Câmpus de Três Lagoas/Departamento de Ciências Humanas
      História/História Contemporânea
      20
      Adjunto


      2.DAS CONDIÇÕES GERAIS PARA A INSCRIÇÃO:

      2.1 No ato da inscrição o candidato deverá apresentar cópia autenticada dos seguintes documentos:
      a) Cédula de Identidade ou, no caso de estrangeiro o Registro Nacional de Estrangeiro (RNE) e o Passaporte atualizado;
      b) Título Eleitoral, dispensado no caso de estrangeiro;
      c) Certidão de Quitação Eleitoral obtida por qualquer Cartório Eleitoral ou pela Internet:  www.tse.gov.br (para brasileiros);
      d) Cartão de Cadastro de Pessoa Física (CPF) da Receita Federal;
      e) Comprovação de quitação com o Serviço Militar (para os homens), dispensado no caso de        estrangeiro;
      f) Curriculum vitae com os comprovantes correspondentes;
      g) Para a classe de Professor Adjunto: diploma de graduação, título de doutor.
       - O diploma de graduação poderá ser substituído por certificado/declaração de conclusão do curso, constando que o candidato cumpriu todos os requisitos para a outorga  do grau; se expedido por instituição estrangeira deve  estar validado e reconhecido por IES nacional nos termos da legislação vigente.
      2.2. O candidato será dispensado de apresentar o documento constante da letra ?d?, se na   Cédula de Identidade ou CNH constar o número do CPF de forma legível.
      2.3. Na ausência de cópia autenticada o candidato deverá providenciar a apresentação do original para efeito de autenticação no ato da entrega da cópia, sob pena de não aceitação do documento.
      2.4   Não serão aceitos documentos transmitidos via fax.
      2.5. A inscrição deverá ser efetuada pessoalmente ou através de procuração simples acompanhada da cópia do documento de identidade do procurador, na Secretaria do Departamento de Ciência Humanas/CPTL.
      2.6 Não serão aceitos pedidos de inscrição incompletos, nem em caráter condicional, quanto a documentação, sob pena de exclusão do candidato.
      2.7 No ato da inscrição o candidato deverá declarar que não há impedimentos legais para assumir imediatamente o cargo estipulado no Edital da Comissão Especial, mediante a comprovação por declaração do órgão, identificando o cargo;  sua natureza (nível superior, médio, intermediário, apoio, operacional, básico ou seus equivalentes) e, ainda, se exerce cargo de direção, função comissionada, função gratificada ou de natureza similar.

      3. DOS IMPEDIMENTOS À CONTRATAÇÃO COMO PROFESSOR SUBSTITUTO:
      Situações de impedimento para a contratação de Professor Substituto:
      - caso seja ocupante de cargo público federal integrante da carreira de magistério superior ou de nível fundamental e médio (antigos 1º e 2º graus) de que trata a Lei nº 7.596/1987, mesmo em licença para tratamento de interesses particulares ou qualquer outra licença;
      - caso seja ocupante de cargo, emprego ou função pública federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público, de categoria funcional de nível médio, que não seja de natureza técnica ou científica, inclusive aposentados ou em licença para tratamento de interesses particulares ou licença semelhante;
      - caso já detenha cargo, emprego ou função em regime de dedicação exclusiva;
      - caso tenha acumulação lícita, ultrapasse as sessenta horas semanais na soma do(s) vínculo(s) já existentes e a carga horária do contrato de Professor Substituto;
      - caso tenha sido contratado nos termos da Lei nº 8.745/1993, com as alterações da Lei nº 9.849/1999, e que não tenha decorrido 24 meses do encerramento do último contrato;- caso já detenha dois vínculos com o serviço público, mesmo que a soma das cargas horárias atinja quarenta horas semanais;
      - ter sido professor substituto da UFMS ou ter trabalhado, com contrato temporário, em outro órgão federal nos últimos 24(vinte e quatro) meses, anteriores a data deste Edital.
      - A contratação do professor substituto deverá ser com as qualificações exigidas para o ingresso na classe pertencente à classe do professor substituído, vedada qualquer alteração posterior, independente de eventual titulação superior que possa ter o substituto.

      4. LOCAL E PERÍODO DE INSCRIÇÃO:

      4.1 A inscrição deverá ser efetuada pessoalmente ou através de procuração simples acompanhada da cópia do documento de identidade do procurador, no dia 28/05 no horário das 7h30min as 10h30min  e das 13hs às 16hs.,  para candidatos ?a classe de professor Adjunto, na Secretaria do Departamento de Ciências Humanas/CPTL.
      4.2 Caso não haja candidatos inscritos para a classe de adjunto, poderão inscrever-se no dia 31/05 e 01/06 no horário das 13h30min às 16h30min e das 19h30min às 21h,  candidatos com titulação de mestre;
      4.3 Caso não haja candidatos inscritos para a classe de mestre, poderão inscrever-se no dia 02/06  no horário 7h30min  às 10h30min; e das 13h  às 16hmin, candidatos com titulação de especialista e;
      4.4 Caso não haja candidatos inscritos para a classe especialista, poderão inscrever-se no dia 7 de junho de 2010, no horário das 13h  às l6h30min e das 19h às 21h, candidatos com titulação de graduação;
      4.5 Não serão aceitos pedidos de inscrição incompletos, nem em caráter condicional, quanto a documentação, sob pena de exclusão do candidato..

      5. TIPOS E HORÁRIOS DAS PROVAS:

      5.1 O processo seletivo será realizado através de prova didática e de apreciação de títulos;
      5.2 A relação dos candidatos, horários e programa da prova didática serão divulgados no dia 07/06/2010, na Secretaria do Departamento de Ciências Humanas/CPTL.
      5.3. O sorteio do tema da prova didática dar-se-á às 13h30min do dia 7/06/2010 na secretaria do Departamento de Ciências Humanas, na sala do Departamento do DCH/CPTL;
      5.4 A prova didática será realizada no dia 10 de junho de 2010, a partir das  8 horas;
      5.5 A Ata com o resultado final será divulgada pela Secretaria do Departamento de Ciências Humanas/CPTL, após o término dos trabalhos da seleção.

      6. ANEXO: TEMA E BIBLIOGRAFIA

      PONTOS PARA A PROVA DIDÁTICA

      1) Revolução Francesa: instituições e idéias
      2) Revolução Industrial e a estruturação do sistema capitalista
      3) O pensamento liberal e o imperialismo no século XIX
      4) Revolução Russa: instituições e idéias
      5) Segunda Grande Guerra e a hegemonia estadunidense


      BIBLIOGRAFIA

      CHOMSKY, Noam ? Rumo a uma Nova Guerra Fria: Política Externa dos EUA do Vietnã a Era Reagan. São Paulo: Record, 2007.

      HOBSBAWN, Eric ? A Era do Capital (1848-1875). São Paulo: Paz e Terra, 2002.

      HOBSBAWN, Eric J. ? A Era das Revoluções (1789-1848). São Paulo: Paz e Terra, 2002.

      HOBSBAWN, Eric J. ? A Era dos Extremos (1914-1991). São Paulo: Cia das Letras, 1997.

      HOBSBAWN, Eric J. ? A Era dos Impérios (1875-1914). São Paulo: Paz e Terra, 2002.

      MAYER, Arno J. ? A Força da Tradição: A persistência do Antigo Regime (1848-1914). São Paulo: Cia das Letras, 1987.

      MOTA, Carlos Guilherme ? A Revolução Francesa (1789-1799). São Paulo: Perspectiva, 2007.

      THOMPSON, E.P. ? A Formação da Classe Operária Inglesa. São Paulo: Paz e Terra, 1987.





      __._,_.___
      Atividade nos últimos dias:
          **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                          Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
       
      Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

      GEHB ** "Mulher conquistou seu espaço, mas virou uma máquina de sexo", avalia escritora Mary Del Priori


      "Mulher conquistou seu espaço, mas virou uma máquina de sexo", avalia escritora Mary Del Priori


      Folha Vitória 


      Foto: Bruno Coelho 

      Foi-se o tempo em que a mulher representava na sociedade brasileira aquele símbolo de romantismo e que só fazia sexo com amor. As representantes do sexo feminino, impulsionadas pelas conquistas que tiveram ao longo do tempo, além de buscarem independência financeira e seu espaço no mercado de trabalho, elas agora também querem sentir prazer na relação sexual. E para agradar seus parceiros, segundo a escritora Mary Del Priori, elas passam horas na academia e viraram verdadeiras máquinas de sexo.
      Confira a entrevista na íntegra:
      Folha Vitória: Mesmo com toda essa independência, as mulheres conseguem fazer sexo sem amor e não se sentirem culpadas?
      Mary Del Priori: Acho que toda essa obrigação do prazer faz com que as mulheres fiquem fragilizadas. Falta a elas amadurecimento, hoje a mulher virou uma máquina de fazer gozo. Elas passam horas na academia e acreditam que cada parte do corpo pode ser trabalhada como se fosse uma bunda ou uma coxa. Onde fica o amor, o companheirismo nessas horas? Elas viraram verdadeiras atletas sexuais.
      FV: O que mudou em relação ao amor ao longo da história?
      MDP: Nos 500 anos de história do Brasil as formas de amar mudaram ao longo do tempo. Antigamente os homens choravam sem o menor pudor. O casamento, por exemplo, era visto apenas para procriação e não estava ligado ao amor. As mulheres se satisfaziam com a relação de respeito que existia com seus maridos. Mas com os avanços da tecnologia e a descoberta da pílula isso começou a ser questionado e houve uma transformação no século XX. O carro passou a ser o primeiro motel, o surgimento da escova e a pasta de dente passou a existir o beijo de língua, que até então não existia por questões de higiene. Além disso, já mais recentemente, a entrada da mulher no mercado trouxe também outros desdobramentos que ela precisa enfrentar diariamente.
      FV: A partir de quando houve toda essa mudança no comportamento?
      MDP: Principalmente nos anos 70 e 80. Foi a televisão que começou a mudar o comportamento sexual e provocou mudanças com o aparecimento de movimentos feministas. Hoje as mulheres ganham seu salário, tem a pílula e acham que podem fazer o que querem. Foram 30 anos de mudanças, mas sem educação. As conquistas das mulheres trazem também consequências graves, como o alcoolismo entre os jovens, porque as mães estão muito ocupadas e não está sabendo conduzir as famílias. Estamos pagando um preço muito alto por isso, mas longe de mim dizer que devemos ser que nem nossas avós.
      FV: Apesar dos avanços, você ainda acredita que vivemos em uma sociedade machista?
      MDP: A própria mulher é quem faz a sociedade ser machista quando a mãe não ensina seu filho a lavar uma louça ou a arrumar sua cama. Esse machismo é alimentado basicamente por nós mulheres. Elas adoram ser chamadas de docinhos, cocadinha ou melancia.
      FV: Hoje os relacionamentos estão durando menos. A que se deve esse fenômeno?
      MDP: As práticas amorosas mudaram. Antigamente as pessoas não precisavam se provar para conquistar o outro. Ver a mão de uma mulher ou o pé de cinderela já deixava o homem encantado. Hoje existe uma cultura de beleza perfeita, o homem tem que ter o corpo bombado, alto e musculoso. E a imprensa contribui para manter esse padrão. Com isso, o amor virou um produto de consumo e existe a falta de comprometimento muito grande. A própria independência da mulher acaba fazendo com que as relações fiquem mais líquidas.
      FV: Então é o fim do casamento?
      MDP: O casamento concebido pela Igreja sim, mas acredito que não é o fim da família. E a liquidez desses relacionamentos traz consequências graves porque as pessoas acabam transferindo o afeto para seu cachorro ou um outro animal de estimação.
      FV: As mulheres estão perdidas então com todas essas mudanças?
      MDP: Acredito que falta reflexão para a mulher lidar com todas essas aquisições recentes que ela conquistou como a pílula, o mercado de trabalho. Hoje 45% dos lares são chefiados por mulheres, mas acredito que ao invés de ficar horas na academia podiam estar em casa cuidando mais dos seus filhos. É importante destacar que o amor é lindo, mas com educação é melhor ainda.

      GEHB ** Gazeta do Povo: "Criticidade de manual"

       
      Segunda-feira, 31/05/2010
      opinião do dia 2

      Criticidade de manual

      Publicado em 31/05/2010 | Gustavo Biscaia de Lacerda
      Na realidade pedagógica brasileira inúmeros temas são tratados de maneira rasteira, estereotipada e baseada em interesses facciosos.
      A recente introdução da Sociologia no ensino médio, embora segundo alguns seja um avanço para a "reflexão social crítica", também apresenta um sério risco de criar distorções intelectuais e políticas. A Sociologia, ao contrário de outras disciplinas, como a Matemática ou a Biologia, trata diretamente da organização da nossa sociedade; o que se ensinar em suas aulas terá consequências claras, embora não mecânicas nem imediatas, para a vida coletiva. Dessa forma, problemas em seu ensino resultam em sérios problemas sociais.
      Deixemos claro, antes de mais nada, que não advogamos uma ciência "neutra", asséptica, que se encastele nos bancos escolares e que, no fundo, não tenha serventia social alguma: o que nos preocupa, ao contrário, é que essa disciplina sirva para difundir preconceitos interessados, à direita e/ou à esquerda, isto é, dos marxistas, dos liberais ou dos católicos. Ao difundir preconceitos teóricos, essa disciplina pode legitimar perspectivas e rejeitar outras, ao sabor das conveniências e dos interesses.
      Não afirmo que isso seja a regra: mas, por um lado, a implantação da Sociologia no ensino médio está apenas no início (ou seja, há tempo de sobra para tais distorções firmarem-se). Por outro lado, já temos à disposição exemplos clamorosos que confirmam os temores: basta ver a proposta de diretrizes para Sociologia do estado do Rio de Janeiro (cf. aqui: http://www.schwartzman.org.br/sitesimon/?p=1587〈=pt-br).
      Vejamos outro exemplo, mais sutil e, por isso, mais daninho. No vestibular da Universidade Estadual de Maringá (UEM) de 2009, víamos a seguinte questão na prova de Sociologia: "Sobre o tema conflito social, assinale o que for correto"; entre as várias opções, havia a seguinte: "08) Auguste Comte define o conflito como propulsor da mudança social em direção ao Estado positivo". O formulador da prova considerava que essa afirmação está errada – mas, ao contrário do afirmado pelos preconceitos (interessados ou não) e repetido pelos manuais, isso é incorreto.
      A perspectiva-padrão (e única) dos manuais é que a teoria comtiana é a favor do "consenso", a partir de um organicismo, em que todos os indivíduos e instituições têm de ser pacíficos e obedientes à ordem social vigente; assim, ele seria o arquiconservador, a que se deve opor o "progressivismo" da revolução e dos "conflitos". Ora, deixando de lado a ideologia partidária implícita nessa visão, o fato é que – como minha tese de doutorado em Sociologia Política foi, precisamente, sobre a teoria sociopolítica de Augusto Comte – posso afirmar com segurança que essa teoria não é 1) contra o "conflito", 2) nem organicista, 3) nem a favor do status quo 4) nem "conservadora".
      Recentemente, colaborei na elaboração da apostila do Colégio Positivo para a disciplina de Sociologia no ensino médio, redigindo a parte relativa a Comte: sem dúvida que abordei o tema acima. Todavia, essa é apenas uma única apostila – mesmo que seja uma apostila adotada em centenas de escolas Brasil afora –; outra coisa é a realidade pedagógica brasileira, em que inúmeros temas são tratados de maneira rasteira, estereotipada e, como vimos, baseada em interesses facciosos; ainda outra coisa é a realidade dos vestibulares, que seguem os mesmos preconceitos e erros, seja voluntariamente, seja involuntariamente.
      Como dissemos há pouco, o exemplo acima é sutil, mas seus efeitos intelectuais e práticos não o são. O resultado disso tudo é desastroso sob qualquer perspectiva: os alunos dos manuais são deseducados, os vestibulares incentivam o erro e, no meio do caminho, quem aprender corretamente os conceitos sociológicos poderá ser apenado devido aos estereótipos acadêmicos e políticos.
      * * * * * *
      Gustavo Biscaia de Lacerda, doutor em Sociologia Política, é sociólogo da UFPR e professor da UTP. GBLacerda@ufpr.br
      __._,_.___
      Atividade nos últimos dias:
          **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                          Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
       
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