Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

terça-feira, 7 de junho de 2016

A antropologia física dos “vis aimorés”.

Estudo que busca desvendar a origem dos índios botocudos coloca em dúvida a tese de que eles seriam descendentes diretos de uma primeira e hipotética migração para as Américas ( Foto: Índios botocudos, Santa Leopoldina (ES)/ Walter Garbe, 1909/Biblioteca Nacional Digital )

Fonte: Peter Moon | Agência FAPESP – Um dos principais mistérios da Antropologia Física brasileira – e que já dura 150 anos – está prestes a ser elucidado. Afinal, quem eram os índios botocudos? Seriam eles descendentes diretos de uma primeira onda migratória de paleoíndios com traços negroides que teria povoado a América do Sul há 13 mil anos, no final da Idade do Gelo? Ou seriam os botocudos uma etnia diferente de todas as demais etnias brasileiras, por possuirem DNA polinésio no seu caldo hereditário? Ou carregariam injustamente a pecha de “primitivos” desde os tempos do Brasil Colônia, já que seriam descendentes da mesma migração humana que derivou em todas as etnias indígenas do Novo Mundo?

Em um trabalho publicado em 2015 no American Journal of Physical Anthropology, os antropólogos físicos André Strauss, pesquisador associado do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos e do Laboratório de Antropologia Biológica do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, Alemanha;Danilo V. Bernardo, da Universidade Federal do Rio Grande; e Mark Hubbe, da Universidade Estadual de Ohio, em Columbus, Estados Unidos, entre outros, se propõem a eliminar uma daquelas possibilidades. No caso, a que prega que os botocudos seriam descendentes diretos de uma primeira e hipotética migração para as Américas. A pesquisa teve apoio da FAPESP nas modalidadesbolsa de doutorado e mestrado.
A onda migratória da qual os botocudos seriam os seus herdeiros modernos é simbolizada pelo chamado “Povo de Lagoa Santa”, nome coletivo dado aos 30 esqueletos fossilizados de paleoíndios descobertos pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund em uma gruta inundada de Lagoa Santa, Minas Gerais, em 1844.
A hipótese de que os crânios dos botocudos teriam uma morfologia distinta da dos tupis, e talvez parecida com a do homem de Lagoa Santa, foi levantada pela primeira vez por antropólogos do Museu Nacional do Rio de Janeiro ainda nos idos de 1870.
Desde então, a busca de uma resposta para a questão tem impulsionado as investigações arqueológicas em Lagoa Santa. Um dos pontos altos desta pesquisa foi a missão franco-brasileira que encontrou, nos anos 1970, um crânio com cerca de 12.500 anos, apelidado carinhosamente de Luzia, a “primeira brasileira”, por Walter Neves, do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP.
Outro ponto alto da pesquisa foram as escavações realizadas entre 2003 e 2009 em diversas grutas e abrigos da região de Lagoa Santa. O trabalho foi liderado pelo próprio Neves, com apoio da FAPESP, no âmbito do Projeto Temático “Origins and microevolution of man in the Americas: a paleoanthropological approach”. Durante o trabalho de campo, Neves, que foi orientador de Strauss e Hubbe, escavou 23 crânios de paleoíndios com idades de até 8 mil a 10 mil anos. Foram esses crânios que forneceram a base principal de comparação para o estudo agora publicado.
A análise multivariada consistiu na comparação dos 32 crânios de botocudos da coleção do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro com a morfologia craniana de 3 mil crânios humanos modernos e pré-históricos de todo o mundo (incluídos aí 19 crânios de paleoíndios de Lagoa Santa e 66 de paleoíndios da Colômbia).
O objetivo dos pesquisadores foi chegar a um veredicto sobre a pretensa ancestralidade dos botocudos. O resultado comprovou o que os estudiosos do século 19 suspeitavam. “Nosso artigo confirma que a morfologia craniana dos botocudos era mais parecida com a dos crânios de Lagoa Santa do que com a dos tupis,” afirma Strauss.
O estudo sugere que a morfologia dos antigos paleoíndios foi conservada por milhares de anos nos ancestrais dos botocudos e sobreviveu até o século 19, apesar da existência de grupos tupis-guaranis ocupando a mesma região.
Daí se infere que a baixa afinidade morfológica entre os tupis-guaranis e os botocudos é sinal de um fluxo genético muito limitado entre os dois grupos. Em outras palavras, apesar de ocuparem as mesmas regiões por milhares de anos, praticamente não houve cruzamento entre os ancestrais dos botocudos e os dos tupis-guaranis.
Indo além, o fato de haver dois componentes genéticos, os ancestrais dos botocudos e os dos tupis, indicaria a existência de duas ondas migratórias distintas que teriam povoado o nosso continente – hipótese defendida por Neves desde os anos 1980.
Polinésios nas Américas?
Em 2014, um estudo internacional realizado a partir de DNA extraído dos crânios de botocudos do Museu Nacional e publicado noCurrent Biology, chegou a conclusões surpreendentes. Entre os crânios estudados, dois deles (os de números 15 e 17) revelaram ser 100% polinésios, enquanto os demais crânios da coleção eram 100% ameríndios.
A hipótese mais aceita para o povoamento das Américas prega que os primeiros grupos humanos que adentraram o Novo Mundo o fizeram através de uma ponte terrestre, hoje submersa, que existia no estreito de Behring. Essa ponte ligou a Ásia ao Alasca durante a Idade do Gelo, quando o nível dos mares era 130 metros mais baixo do que o nível atual.
Desde os tempos da expedição Kon-Tiki, do norueguês Thor Heyerdahl, que saiu do Peru em 1947 numa jangada para, três meses depois, atingir a Polinésia francesa, especulava-se se o povoamento das Américas teria ocorrido no sentido contrário, da Polinésia para o Novo Mundo.
Os autores do estudo entendem a surpresa do achado e procuram explicá-la por meio das seguintes suposições: o DNA polinésio poderia ter se imiscuído nas tribos dos botocudos do tempo do Império pelo tráfico de escravos entre a Polinésia e o Peru, ou entre Madagascar e o Brasil. Outras possibilidades seriam a vinda de polinésios ao Brasil como tripulantes de navios europeus – ou via travessias oceânicas realizadas pelos próprios polinésios.
“Como explicar que, à exceção daqueles dois crânios com DNA francamente polinésio, todos os demais possuem DNA ameríndio?”, questiona Strauss. “Como explicar DNA polinésio na costa atlântica do Brasil se jamais se encontrou nenhuma evidência neste sentido em nenhum outro ponto da América do Sul?”, complementa Hubbe. Se houvesse de fato ocorrido uma antiga migração polinésia para as Américas, por menor que esta fosse, seria de esperar que todos, ou pelo menos uma parte considerável dos crânios pesquisados, tivessem traços genéticos polinésios, o que não acontece.
Para Strauss e Hubbe, uma vez eliminadas todas as possíveis explicações para a chegada do DNA polinésio no Brasil, a única probabilidade que resta, e que deve ser verdadeira, é o fato de aqueles dois crânios com DNA polinésio não serem de botocudos. Em outras palavras, em algum momento nos últimos 150 anos ocorreu um erro no registro daqueles crânios.
“Fui ao Museu Nacional, pesquisei o tombo da coleção. Pude verificar que mais ou menos na mesma época da aquisição dos crânios de botocudos, na década de 1870, também foram adquiridos crânios da Polinésia para a montagem de uma exposição antropológica”, afirma Strauss. “Como o tombo do museu como conhecemos hoje só foi feito 30 anos mais tarde, já no início do século 20, tudo leva a crer que possa ter ocorrido um equívoco no registro daqueles dois crânios polinésios, que inadvertidamente acabaram rotulados como botocudos.”
Pesquisador com múltipla formação, Strauss irá concluir na Alemanha em 2016 um duplo doutorado em evolução humana, em Leipzig, e arqueologia, na Universidade de Tübingen. “Em museus alemães já vi crânios de gorilas classificados como sendo de chimpanzés. Esse tipo de troca pode ter ocorrido no Museu Imperial de Dom Pedro II no século 19.”
Com a palavra o geneticista Sergio Danilo Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais, um dos líderes do trabalho com DNA polinésio. “No nosso artigo tínhamos como coautores excelentes antropólogos cranianos, como o próprio Walter Neves, e provavelmente o maior especialista mundial na origem dos polinésios, Mark Stoneking. Nenhuma pista deixou de ser investigada”, afirma Pena. “É lógico que a possibilidade de troca no Museu Nacional foi extensivamente investigada, mas nenhuma evidência a seu favor foi encontrada.”
A suspeita de erro no tombo dos crânios faz sentido, porém jamais poderá ser comprovada. Não há forma de saber com certeza a origem e a real identidade daqueles dois crânios polinésios. O que é possível, e que está de fato em vias de ser conhecida, é a real ancestralidade dos índios botocudos.
Desde 2011, Strauss dá continuidade aos trabalhos iniciados por Neves na Lapa do Santo, dirigindo as escavações arqueológicas naquele abrigo rochoso. Ele revela que foram achados mais cinco crânios antigos, dos quais se procura, neste exato momento, extrair material genético no Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva – a instituição responsável por inventar as técnicas que revolucionaram o estudo de DNA fóssil e onde foi sequenciado o genoma dos neandertais. De acordo com Strauss, os resultados parecem promissores.
Afinal, quem eram os botocudos?
Os índios botocudos, também conhecidos como aimorés ou aimberês, eram assim chamados pelos colonizadores portugueses por causa dos discos de madeira (os botoques) que costumavam usar no lábio inferior e nas orelhas. No início do século 19, as tribos de botocudos viviam no vale do rio Doce, entre o Espírito Santo e a Bahia. Não eram tupis, mas pertencentes ao grupo linguístico macro-jê. Guerreiros, eles evitavam o contato com o colonizador branco, daí terem recebido a alcunha de “índios ferozes” ou “de vis aimorés”, como declama o poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias.
Em 1808, Dom João VI transferiu a sua Corte de Lisboa para o Rio de Janeiro. No mesmo ano, além de fundar o Banco do Brasil, a Casa da Moeda e o Jardim Botânico, o monarca assinou duas cartas régias deflagrando uma guerra ofensiva contra os botocudos. A primeira carta permitia o cativeiro de indígenas por até dez anos, ou enquanto durasse a “fereza” e a “antropofagia” entre eles. A segunda afirmava a intenção de colonizar o vale do rio Doce graças à guerra, tornando os territórios conquistados terra devoluta, própria para distribuição aos novos colonos.
A campanha militar contra os botocudos se estendeu por todo o século 19. Os que conseguiram sobreviver ao massacre fugiram para os vales do Mucuri e do Jequitinhonha. Os pouquíssimos remanescentes só foram declarados oficialmente pacificados em 1912.
Ao longo de um século de perseguição, que resultou no extermínio dos botocudos, a alcunha conferida a eles como sendo índios “ferozes” foi aos poucos virando sinônimo de feiúra, de seres primitivos. A partir daí, foi natural os botocudos despertarem o interesse científico dos antropólogos do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
O artigo, assinado por André Strauss, Mark Hubbe, Walter A. Neves, Danilo V. Bernardo e João Paulo V. Atui, The cranial morphology of the Botocudo Indians, Brazil, publicado no American Journal of Physical Anthropology, está acessível no endereço: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajpa.22703/abstract;jsessionid=60C5158D2873DCB73B13B0E4CB603A7D.f04t04

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Atrás da coxia, o Rio de Janeiro da Belle Époque.

Fonte: FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro 

Aline Salgado
Irmão de Aluísio Azevedo, autor de O Cortiço, Artur foi 
jornalista e dramaturgo (Foto: Reprodução)
Um rico recorte histórico e um personagem pouco conhecido do grande público. Esses sãos os ingredientes da etnografia contada pela pesquisadora em Antropologia Social e professora de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Tatiana Oliveira Siciliano. Pelas páginas de O Rio de Janeiro de Artur Azevedo: cenas de um teatro urbano (Edit. Mauad X, p.333), Tatiana leva os leitores a uma viagem de volta à capital do Brasil no final do século XIX e início do XX, quando a República dava seus primeiros passos e os ares de modernização se misturavam aos anseios de uma sociedade que buscava deixar para trás um passado de atraso, vinculado ao tempo de colônia e escravidão. 
A obra é uma adaptação da tese de doutorado da pesquisadora, defendida em 2011, no programa de pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN/UFRJ), sob orientação do antropólogo e pioneiro nos estudos sobre Antropologia Urbana, Gilberto Velho – que faleceu em 2012. Por meio do Auxílio à Editoração (APQ 3) da FAPERJ, Tatiana Siciliano conseguiu recursos para publicar sua análise socioantropológica do universo ficcional de Artur Azevedo e, assim, difundir para o público essa rica figura intelectual.
Irmão de Aluísio Azevedo, autor de O Cortiço, e colega de repartição de Machado de Assis no Ministério da Viação, Artur Azevedo é o que hoje chamaríamos de "comunicador de massas". É assim que define a própria pesquisadora. Segundo Tatiana, Artur Azevedo foi um intelectual antenado à cultura de massas emergente. Um escritor de plateias amplas e heterogêneas, de letrados a analfabetos, que analisava com humor as virtudes e os vícios das transformações políticas, sociais e culturais pelas quais passava a capital da nova República. 
“Artur Azevedo queria ser entendido por todos os tipos de pessoas, até mesmo por aquelas que liam sobre os ombros dos outros. É importante lembrar que aquele era um tempo em que, apesar de a maior parte da população ser analfabeta, os jornais circulavam e quem lia contava o que lia aos outros”, salienta Tatiana, que escolheu como recorte histórico para seu estudo o período de 1902 a 1908, ano da morte do intelectual. 
    Tatiana assina autógrafos na noite
    de lançamento 
(Foto: Arquivo Pessoal)
Membro fundador da Academia Brasileira de Letras (1897), o jornalista e dramaturgo Artur Azevedo foi colaborador de diversos jornais da época, como O País, O Diário do Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Novidades, Vida Moderna (que ajudou a fundar), O Álbum (que dirigiu), A Estação (no qual era redator na mesma época em que Machado de Assis publicou alguns de seus contos e romances), A NotíciaO MequetrefeCorreio da Manhã e O Século.
Como dramaturgo, escreveu peças de teatro, crônicas, contos e sainetes (pequena peça alegre do teatro espanhol, que passou a designar um gênero para o qual se usa hoje a palavra esquete), publicados em dezenas de folhas, que tinham como temática preferida o cotidiano da cidade e o choque entre o novo e o arcaico, seja no que diz respeito aos costumes, seja em relação às novas tecnologias, tais como os automóveis, os bondes, a energia elétrica e o cinematógrafo. “Artur Azevedo era conhecido pelas peças que escrevia para o teatro ligeiro musicado, no qual se inseriam as revistas de ano, maior produção do autor. Essas revistas eram retrospectivas satíricas, cantadas e dançadas, sob a forma de esquetes”, diz Tatiana.
Cabe lembrar que o pano de fundo das produções de Artur Azevedo é o Rio de Janeiro da belle époque, uma cidade em ebulição, com as expectativas de modernização e progresso que se seguiram ao fim da Guerra do Paraguai, ao movimento republicano, à intensificação da imigração europeia, à abolição da escravidão e ao fim do Império, além das reformas urbanas empreendidas na então capital federal por Pereira Passos e as campanhas de urbanização e higienização que tanto desafiaram os costumes nacionais na gestão de Rodrigues Alves (1902-1906).
A obra foi lançada em 2014
pela 
editora Mauad X 
No meio político, Artur Azevedo se destacou como defensor do Theatro Municipal, inaugurado um ano após sua morte. “O intelectual defendia a criação de um teatro nacional que formasse atores e dramaturgos. Um espaço patrocinado pelo Estado, a exemplo da Comédie-Française. Para Artur Azevedo, o País precisava desenvolver uma indústria cultural que remunerasse atores e dramaturgos. Só assim, segundo ele, o País conseguiria ter talento e inovação nas produções nacionais”, afirma Tatiana.
Mas tal concepção de espaço voltado à dramaturgia foi deturpada pelas decisões de políticos da época. Conforme nos conta a pesquisadora em seu livro, apesar de aprovado por lei desde 1895, o teatro nacional só foi inaugurado em 1909, com outra concepção: dirigido por companhias internacionais e destinado a grandes espetáculos. Apenas a partir dos anos 1930, na gestão de Getúlio Vargas, o Theatro Municipal viria a ser patrocinado pelo governo.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Conferência em homenagem ao Dia Internacional Dos Arquivos: ARQUIVOS, TRANSPARÊNCIA E ACESSO À INFORMAÇÃO.

Conferência em homenagem ao Dia Internacional Dos Arquivos: ARQUIVOS, TRANSPARÊNCIA E ACESSO À INFORMAÇÃO.





Responder através da web através de email Adicionar um novo tópico Mensagens neste tópico (1)
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

Yahoo! Grupos

terça-feira, 31 de maio de 2016

Passagens: Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica publica nova edição

Caros leitores,


A revista Passagens: Revista Internacional de História Política e Cultura
Jurídica acaba de publicar seu último número, disponível em

no sumário da revista para acessar os artigos e outros itens de seu
interesse.

Agradecemos seu interesse e apoio contínuo em nosso trabalho,
Gizlene Neder
Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

Passagens: Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica
Vol. 8 - No. 2 - Maio a Agosto (2016)
Sumário

Editorial
--------

Vol. 8 - No. 2 - Maio a Agosto (2016) (203-205)
Gizlene Neder, Gisalio Cerqueira Filho

Artigos
--------

Sobre a fundamentação de sentenças e o arbítrio judicial. Um estudo
acerca da trajetória até a codificação na Cidade do México (Século
XIX) (206-232)
Graciela Flores Flores
Indisciplina, vigilância e produção da ilegalidade na cidade-corte do
império do Brasil (décadas de 1820 e 1830) (233-251)
Luciano Rocha Pinto
Legislação e Políticas Públicas voltadas à Imigração no Brasil
(252-274)
Luiz Orencio Figueredo, João Henrique Zanelatto
Migrações internacionais (Soberania, Direitos Humanos e Cidadania)
(275-292)
Marli Marlene Moraes da Costa, Patrícia Thomas Reusch
O positivismo como cultura (293-307)
Vera Malaguti Batista
Sociedade de risco e desamparo: enchente do Rio Madeira (308-330)
Maria Jarina de Souza Manoel
Dostoiévski, Machado de Assis e o “Que fazer” do fim da servidão e da
escravidão (331-354)
Ana Carolina Huguenin
O racismo em Monteiro Lobato segundo leituras de afogadilho (355-407)
Aluizio Alves Filho

Resenha
--------

LITURATERRA  [Resenha: 2016,2]  Os cruzados da ordem jurídica: a atuação
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 1945-1964, de Marco Aurélio
Vannuchi (408-416)
Jonathan Marcel Scholz

Colaboradores deste Número
--------

Colaboradores deste número (417-420)


________________________________________________________________________
Passagens




--
Gizlene Neder
Universidade Federal Fluminense
Laboratório Cidade e Poder



__._,_.___


Responder através da web através de email Adicionar um novo tópico Mensagens neste tópico (1)
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

terça-feira, 24 de maio de 2016

A revolução tecnológica abortada da cafeicultura brasileira

FONTE: José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Durante aproximadamente um século, o café definiu a imagem interna e externa do Brasil. Principal produto de exportação de um país que, desde o início da colonização, teve sua economia voltada para o mercado externo, a semente do fruto do arbusto da família Rubiaceae determinou todo um perfil econômico, social, político e cultural.
No final do século XIX, com uma produção anual de 9,3 milhões de sacas, o Brasil atendia a dois terços do mercado internacional. A produção brasileira elevou-se para 19,9 milhões de sacas na safra de 1906-1907. E atingiu a cifra de 28,9 milhões de sacas na safra de 1929-1930.
Esse crescimento desmedido, que excedia a capacidade de consumo, bem como as políticas econômicas que viabilizavam o cultivo ao longo da Primeira República (1889-1930) entraram em colapso em uma quinta-feira que ficou na história. Foi no dia 24 de outubro de 1929, quando a quebra da Bolsa de Nova York arrastou toda a economia capitalista mundial para a Grande Depressão.
As consequências econômicas, sociais e políticas desse episódio no Brasil são bem conhecidas: crise de superprodução, fim da hegemonia da oligarquia cafeeira paulista, Revolução de 1930, ascensão de Getúlio Vargas ao poder. Menos conhecido foi o ato posterior de Vargas para compensar o Estado de São Paulo pela derrota sofrida na chamada “Revolução Constitucionalista” de 1932 e ao mesmo tempo fortalecer o controle federal sobre a produção cafeeira, com a criação da Estação Experimental de Café de Botucatu, no oeste paulista, em 1934.
Essa história, com suas causas, contexto, principais componentes e consequências, está sendo contada agora pelo livro A encyclopédia viva da moderna cultura cafeeira no Brasil, de Jefferson de Lara Sanches Júnior, publicado com apoio da FAPESP.
O livro resultou da dissertação de mestrado de Sanches Júnior, orientada por Cristina de Campos, professora do Departamento de Política Científica e Tecnológica, do Instituto de Geociências, da Universidade Estadual de Campinas (IG-Unicamp).
“O trabalho é bastante original porque quase toda a historiografia produzida no Brasil sobre o café se concentra nos aspectos econômicos, sociais e políticos, mas há bem poucos estudos sobre as tentativas de inovação científica e tecnológica. Apesar de Jefferson ter feito uma pesquisa exaustiva e abrangente, seu livro enfatiza exatamente esse aspecto, quase sempre negligenciado”, disse Campos à Agência FAPESP.
Como fontes primárias, Sanches utilizou os relatórios produzidos na Estação Experimental de Café de Botucatu no período de 1934 a 1945. E também artigos e livros escritos pelos idealizadores dessa instituição, bem como boletins do Ministério da Agricultura e periódicos publicados na cidade de Botucatu no período. Além disso, como fontes secundárias, ele percorreu a vasta bibliografia produzida sobre o café no Brasil.
Segundo o historiador, atualmente doutorando na Unicamp em História Social da Ciência e Tecnologia no Programa de Pós-Graduação de Política Científica e Tecnológica, o objetivo principal da Estação Experimental de Café de Botucatu foi promover a melhoria da cafeicultura brasileira, pois, apesar da liderança mundial do país em termos quantitativos, o produto oferecido pelo Brasil aos consumidores internacionais era bem inferior ao de algumas nações concorrentes, como a Colômbia, por exemplo.
“A estação buscava atender especialmente as novas lavouras surgidas no Estado de São Paulo, nas áreas alcançadas pelas ferrovias da Alta Sorocabana, da Alta Paulista e da Noroeste, abarcando as regiões de Botucatu, Bauru, Ourinhos, Marília, Assis, Presidente Prudente, rumo às barrancas do rio Paraná, a oeste, e do rio Paranapanema, a sudoeste. O café produzido nessas regiões, em propriedades pequenas e médias, era pior do que o das regiões mais antigas, da Baixa Paulista e da Mogiana, especialmente Ribeirão Preto e Franca. Essas áreas de cafeicultura antiga, dominadas pelas grandes propriedades, já eram atendidas pelo Instituto Agronômico de Campinas”, afirmou.
A estação havia sido pensada na Primeira República, nos anos 1920. Mas só foi realmente efetivada na década de 1930, após o crack da Bolsa, a crise de superprodução, a queima de 40% da produção de café para sustentar o preço no mercado internacional, também conhecida como “cota de sacrifício”, e o processo de centralização do poder empreendido por Vargas após a Revolução de 1930 e a derrota da oligarquia paulista em 1932.
Para viabilizar o projeto, o governo federal adquiriu duas das muitas fazendas que haviam pertencido ao Barão de Serra Negra, um dos maiores cafeicultores do Segundo Reinado, datadas da década de 1880. Inaugurada com grande publicidade pelo ministro da Agricultura Odilon Braga (1894 – 1958) em 1934, a estação iniciou suas atividades no ano seguinte, e continuou a funcionar até 1972, quando seu espaço físico passou a abrigar o campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu.
“Além do grave revés sofrido pela cafeicultura brasileira com o crack da Bolsa, o contexto caracterizava-se também pela decrepitude dos cafezais da Baixa Paulista e da Mogiana. A chamada ‘vida útil’ de um cafezal, sua fase mais pujante, é da ordem de 20 anos. A planta começa a produzir com cinco e produz de forma constante até os 25. A partir dessa idade, inicia-se o processo de senescência”, informou Sanches.
“Esses cafezais antigos remontavam à década de 1870. E havia a necessidade de reparos e replantio. Ademais, depois da crise de 1929, muitas lavouras de café antigas foram substituídas por outras culturas agrícolas, como o algodão e os cítricos. Então, enquanto no ‘oeste histórico’ do Estado de São Paulo começava a ocorrer uma diversificação da agricultura, o polo dinâmico da cafeicultura deslocou-se para o ‘novo oeste’”, prosseguiu.
Esse “novo oeste”, situado naquilo que era considerado a “boca do sertão”, onde terminava a “civilização do homem branco” e começavam as “terras dos índios”, e integrado ao território nacional pela rede ferroviária, passou a concentrar as esperanças da cafeicultura brasileira. Mas, para melhorar a qualidade do café nele produzido, era necessário um processo de inovação tecnológica.
“Criou-se muita euforia em torno do projeto da estação experimental, que definiu um modelo baseado na experiência da Colômbia. Foram testadas técnicas de hibridação das plantas e prosperou a ideia do sombreamento dos cafezais, para que pudesse ser colhido o fruto maduro, chamado de ‘cereja’ devido à sua cor vermelha. A expectativa era que, colhido maduro, despolpado e processado, o café de tipo arábica produzido nas novas regiões proporcionaria uma ‘bebida mole’, isto é, uma bebida de acidez equilibrada e mais palatável, como a derivada do café colombiano, o favorito dos consumidores norte-americanos”, detalhou Sanches.
Além da melhoria do produto, havia a perspectiva de combate à broca-de-café, um parasita que se instalou nos cafezais paulistas na década de 1920 e fazia com que, muitas vezes, uma saca de 60 quilos só contivesse 17 quilos de grãos aproveitáveis.
Mas a inovação pretendida não ia além desse ponto. O beneficiamento do café exportado cumpria as seguintes etapas: colheita, secagem nos grandes terreiros, descascamento, lavagem e torra. O restante do processo, que incluía a moagem, o porcionamento e o empacotamento, era realizado nos países compradores.
Produção sem inovação
Mesmo limitadas, as mudanças pretendidas teriam configurado uma verdadeira revolução tecnológica na cafeicultura. Mas – e este não foi um caso isolado na história do Brasil – não chegaram a ser implementadas.
Não foram porque a inovação tecnológica produz frutos no médio e longo prazos, enquanto que medidas macroeconômicas, como corte de impostos e rebaixamento do câmbio, geram resultados praticamente imediatos. Em 1937, logo após a instalação do Estado Novo, houve uma revisão dos impostos sobre o café. Isso incentivou os cafeicultores a tocar os negócios como antes, sem investir em tecnologia.
“Ademais, em 1941, com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, o governo norte-americano passou a implementar a chamada ‘Política da Boa Vizinhança’, visando cooptar os países latino-americanos para o esforço de guerra”, disse Sanches.
“No caso brasileiro, um dos aspectos dessa política foi a assinatura de acordo comercial para a compra do café. Com a venda garantida, os cafeicultores desinteressaram-se ainda mais pela inovação. E isso inviabilizou de vez a introdução de ciência, tecnologia e inovação na cafeicultura durante aquele período”, completou.
Quanto à Estação Experimental de Botucatu, passada a euforia inicial, a proposta esmoreceu. Chamada de “a encyclopédia viva da moderna cultura cafeeira no Brasil” pelo ministro Odilon Braga por ocasião de sua inauguração, frase transformada no título do livro em pauta, a instituição foi perdendo paulatinamente importância. E, já no final do Primeiro Governo Vargas, em 1945, precisou diversificar o seu foco, passando a tratar também de outros produtos, como arroz, essências florestais e óleos essenciais.
Apesar da revolução abortada, a cafeicultura brasileira continuou a dominar o mercado internacional. “Como lembrou o pesquisador norte-americano Steven Topik, o país foi líder inconteste até o ano 2000”, ressaltou a professora Cristina de Campos.
De fato, com uma produção de 43,2 milhões de sacas de 60 quilos em 2015, o Brasil permanece o primeiro produtor mundial, seguido do Vietnã (27,5 milhões de sacas), Colômbia (13,5 milhões de sacas), Indonésia (11 milhões de sacas) e Etiópia (6,4 milhões de sacas) – dados da Associação Brasileira da Indústria de Café. Mas, só em época relativamente recente, e visando atender novos nichos de mercado no país e no exterior, caracterizados por padrões exigentes, é que alguns produtores passaram a investir em café de alta qualidade.


A encyclopédia viva da moderna cultura cafeeira no Brasil
Autor: Jefferson de Lara Sanches Júnior
Editora: Editora UFABC
Ano: 2015
Páginas: 222
Preço: R$ 39,90 Mais informações: http://editora.ufabc.edu.br/index.php/ciencias-sociais/22

quinta-feira, 12 de maio de 2016

REVISTA DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE AS AMÉRICAS


CHAMADA PARA DOSSIÊ TEMÁTICO
Debates Caribenhos 
Prazo: 30 de junho de 2016

A história político-social do Caribe revela o papel significativo que a região desempenhou nas lutas coloniais contra as potências europeias desde o século XV e, no século XX, o Caribe teve participação significativa na Segunda Guerra Mundial, na onda de descolonização durante o período pós-guerra e na tensão entre Cuba comunista e os Estados Unidos. Temas como genocídio, escravidão, imigração, racismo, religião dentre outros faz do Caribe uma região importantíssima para os estudos latino-americanos. Esta pequena região do mundo cataliza uma enorme diversidade de países, com desenvolvimentos socio-economicos diferentes, e é berço dos grandes pensadores críticos da subordinação vivida pelos países do continente.
Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas propõe, com essa edição, abrir um espaço para o debate científico e interdisciplinar sobre a região que compõe o Caribe, especificamente voltados para sua relação com os outros países e regiões das Américas. São de interesse da revista pesquisas inéditas e que contribuam para o debate teórico-metodológico no nosso continente.
Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas (ISSN 1984-1639),  está indexada em bases de dados Nacionais e Internacionais, como o LATINDEX, DOAJ, Sumários e periódicos CAPES. Na classificação QUALIS da CAPES está situada como B1 na área Interdisciplinar. A revista aceita artigos em espanhol, inglês e português.
Prazos
Os artigos para esse dossiê devem ser submetidos  através do e-mail:  revistaceppac@gmail.com ou diretamente enviados pela webpage da revista: http://periodicos.unb.br/index.php/repam/author/submit/1
Diretrizes para os autores
As informações sobre referências bibliográficas, normas de citações e diretrizes para os autores podem ser obtidas no site da Revista de Estudos e Pesquisas Sobre as Américas:   http://seer.bce.unb.br/index.php/repam
Dúvidas sobre a chamada poderão ser esclarecidas através do e-mail: revistaceppac@gmail.com


REVISTA DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE AS AMÉRICAS

Convocatoria de artículos

Llamada para Dossier Temático

Debates Caribeños

Plazo: 30 de junio de 2016


La historia político-social del Caribe revela el papel significativo que la región desempeñó en las luchas coloniales contra las potencias europeas desde el siglo XV y, en el siglo XX, el Caribe tuvo participación significativa en la Segunda Guerra Mundial, en la ola de descolonización durante el período post-guerra y en la tensión entre la Cuba comunista y los Estados Unidos. Temas como genocidio, esclavitud, migraciones, racismo, religión, entre otros, hace del Caribe una región importantísima para los estudios latinoamericanos. Esta pequeña región del mundo alberga una enorme diversidad de países, con desarrollos socioeconómicos diferentes, y es la cuna de los grandes pensadores críticos de la subordinación vivida por los países del continente.

La Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas propone, con esta edición, abrir un espacio para el debate científico e interdisciplinario sobre la región que compone el Caribe, específicamente orientado a su relación con los otros países y regiones de las Américas. Son de interés de la revista investigaciones inéditas que contribuyan para el debate teórico-metodológico en nuestro continente.
La Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas (ISSN 1984-1639), está indexada en bases de datos Nacionales e Internacionales, como el LATINDEX, DOAJ, Sumários y Periódicos CAPES. En la clasificación QUALIS de la CAPES está situada como B1 en el área Interdisciplinar. La revista acepta artículos en español, inglés y portugués.

Plazos
Los artículos para este Dossier deben ser sometidos a través del e-mail: revistaceppac@gmail.com o directamente enviados por el portal electrónico de la revista: http://periodicos.unb.br/index.php/repam/author/submit/1

Directrices para los Autores
Las informaciones sobre referencias bibliográficas, normas de citación y directrices para los autores pueden ser obtenidas en el portal de la Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américashttp://seer.bce.unb.br/index.php/repam

Dudas sobre la convocatoria podrán ser aclaradas a través del e-mail: revistaceppac@gmail.com



THE AMERICAS RESEARCH AND STUDIES JOURNAL

CALL FOR PAPERS 
Thematic Dossier: CARIBBEAN DEBATES 
Deadline: June 30th 2016

The political and social history of the Caribbean reveals the substantial role of the region in anti-colonial struggles since the 15th century until the present. The region had a decisive participation in World War II, in the decolonization waves of the post-war era and the 20th century tensions between communist Cuba and the United States. Issues like genocide, slavery, migrations, racism, religion and others make the Caribbean a fundamental area of studies for all Latin American studies. This rather small area has an enormous diversity of countries, with different socio-economical developments and its the birthplace of the most important critical thinkers of the subordination lived by all countries of the continent.
The Americas Research and Studies Journal “Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas” aims with this thematic dossier to open a space for the scientific and interdisciplinary debate about the Caribbean region specifically oriented to its relation with other countries and regions of the Americas. We highly encourage unpublished research that contributes to the theoretical and methodological debate of the continent.
The journal is part of the Graduate and Research Center for the Comparative Studies of the Americas of the Social Sciences Institute at the University of Brasilia. It is indexed (ISSN 1984-1639) in national and international databases like LATINDEX, DOAJ and CAPES. We accept manuscripts in Spanish, Portuguese, French and English.
Questions and articles for the dossier must be sent to revistaceppac@gmail.com or directly uploaded to our electronic portal:http://periodicos.unb.br/index.php/repam/author/submit/1
Author and General Submission Rules
Information about bibliographical references, citation norms and author guidelines can be obtained at: http://seer.bce.unb.br/index.php/repam


__._,_.___

    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

Arquivo do blog

Seguidores do Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB.