Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

New York Times cobriu ditadura do Brasil de modo tendencioso.

New York Times cobriu ditadura do Brasil de modo tendencioso

A pesquisa selecionou 25 matérias do jornal que davam relevância ao Brasil
A cobertura que o jornal New York Times fez do período ditatorial brasileiro oscilou junto com as relações econômicas e diplomáticas entre os Estados Unidos e o Brasil. A filósofa Renata Fortes Itagyba analisou matérias e estudou a história do jornal e as relações entre os países na época em sua pesquisa de mestrado na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.
“O tom do jornal muda junto com tom do relacionamento entre os dois países”, explica Renata, que analisou os 21 anos de ditadura nas páginas do jornal norte-americano. Separando em períodos, ela pode perceber este movimento de aproximação e distanciamento tanto na política, como na imprensa, representada pelo NYT. Um exemplo disto é que, no dia em que o governo de João Goulart sofreu o golpe, em abril de 1964, o veículo não o chamou mais de “mister” (senhor), tratamento dado aos presidentes, ainda que não estivesse oficializado que Goulart não seria mais o presidente do país. É fato que os Estados Unidos também não estavam contentes com o rumo à esquerda tomado pela política de Jango.
Nos anos iniciais de governo militar, o jornal não dava o nome de “ditadura” em seus textos. Somente em 1977, quando o Milagre Econômico já havia ocorrido e o endividamento externo brasileiro era grande, o NYT classificou o governo brasileiro como uma “ditadura que se iniciou há 13 anos”. A filósofa também conta que, quando o relacionamento entre os países estava bom, o jornal referia-se aos militares como presidentes, mas quando as relações, principalmente econômicas, eram piores, apenas tratava como “chefes” ou “líderes”.

Manchete veiculada no New York Times em 1º de abril de 1964, dia em que culminou o golpe de Estado promovido pelos militares (Imagem cedida pela pesquisadora)
A publicação noticiava todas as violações aos direitos humanos promovidas pelo governo brasileiro, mas não citava o envolvimento norte-americano nestas questões. “Na hora que você está lendo, parece inofensivo, mas, de fato, mostra alguma tendência”, segundo Renata, que defendeu seu mestrado em novembro de 2013 na ECA.
Seleção dos textos
“Quando o jornal coloca na primeira página, representa a fala dele”, comenta Renata, justificando os critérios que usou para selecionar as reportagens e artigos analisados. De todas as matérias que incluíam o termo “Brazil”, de 1964 a 1985, ela selecionou apenas as que estavam na capa, abordavam as temáticas de política e cultura e tinham foco na interligação entre os dois países. Ao final da seleção no acervo online da publicação, sobraram 25 artigos.
Antes de fazer a análise, a filósofa estudou dois pensadores que tinham visões opostas sobre a atuação dos Estados Unidos na ditadura militar brasileira. Para Carlos Fico, essa interferência foi negativa, já que, entre outros motivos, o país colaborou com o golpe de Estado em 1964. Já James Green acredita que a intervenção positiva, representada pela ajuda no retorno à democracia empreendida pelo presidente Jimmy Carter, predominou. “Eu balanceei referências históricas positiva e negativa para ter uma base histórica neutra”, explica.
A pesquisa, de título O Brasil ditatorial nas páginas do New York Times (1964-1985), foi orientada pela professora Sandra Reimão. A dissertação, defendida em novembro de 2013, foi recomendada para publicação em livro pela banca avaliadora. O link para visualização completa da dissertação deve ser disponibilizado em breve pelo Banco de Teses da USP.
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Mais informações: email renataitagyba@gmail.com


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    domingo, 1 de dezembro de 2013

    Pré-lançamento de livro sobre a teoria política de Augusto Comte.

     

    Autor: 
    Gustavo Biscaia de Lacerda
    Coleção: 
    Série Filosofia, Positivismo e Educação
    Ano: 
    2013
    Formato: 
    eBook
    Assunto: 
    Filosofia, Teoria Política
    ISBN: 
    978-85-61210-37-3
    Preço: 
    Pré-lançamento
    Sinopse:

    Este livro reúne seis artigos escritos por Gustavo Biscaia de Lacerda ao longo dos últimos vários anos a respeito da teoria política positivista, o que naturalmente equivale a dizer "teoria política de Augusto Comte". Esses artigos em alguns casos têm um caráter mais polêmico e em outros um aspecto mais sóbrio (por assim dizer mais "acadêmico"); em todo caso, o princípio que os orienta é a preocupação com a letra e o espírito da obra de Augusto Comte, percebida em sua integridade.


    Na verdade, ainda que o termo "naturalmente" é lançado ao se referir à obra de Augusto Comte e a esfera da teoria política positivista, o autor também nota que não é tão "naturalmente" que se faz tal associação. A despeito de Augusto Comte ter criado a palavra "positivismo" para referir-se explicitamente ao seu próprio sistema filosófico, político e religioso, os hábitos acadêmicos ampliaram significativamente o sentido da palavra; essa ampliação foi tão grande e tão ampla que ocorreu o vício teórico que o cientista político ítalo-estadunidense Giovanni Sartori chamou de "conceptual stretching", ou "estiramento conceitual", em que se amplia cada vez mais o conceito até que o resultado final não corresponda mais, ou corresponda de maneira muito imperfeita e inadequada, ao sentido original. Isso se pode perceber pelo fato – simples em si, mas pleno de conseqüências – de que com freqüência as palavras "positivismo" e "positivista" são usadas em sentido negativo (como uma forma de xingamento intelectual) e/ou para descrever práticas, métodos e idéias que, não raro, têm pouco ou nada a ver com as propostas de Comte.
    Por outro lado, a expressão "teoria política" apresenta uma interessante ambigüidade, pois pode referir-se tanto ao que a literatura político-sociológica chama de "teoria política normativa" quanto ao que chama de "teoria política empírica". Assim, as idéias e propostas comtianas ao mesmo tempo (1) apresentam critérios e definições do que é bom, belo e justo ("Filosofia Política") e (2) oferecem modelos e parâmetros para o estudo científico da realidade social e moral humana ("Sociologia Política").
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      quarta-feira, 27 de novembro de 2013

      Lançamento de livro com palestra Histórias de Conflitos no Rio de Janeiro Colonial: da carta de Caminha ao contrabando da camisinha.



      Informativo ASA
      Lançamento de livro com palestra
            A ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação (www.asa.org.br) tem o prazer de convidar para o lançamento do livro Histórias de Conflitos no Rio de Janeiro Colonial: da carta de Caminha ao contrabando da camisinha (editora Civilização Brasileira). É a obra mais recente de Nireu Cavalcanti, que conta histórias fascinantes do modo de vida dos habitantes cariocas e fluminenses no Brasil colônia. Dia 1 de dezembro, domingo, às 18 horas, na sala de vídeo (rua São Clemente, 155), com entrada franca. O autor fará uma palestra, recheada de causos que aparecem no livro, que estará à venda e será autografado.
      Nireu Cavalcanti é arquiteto e urbanista.  Autor de diversos artigos e livros, com destaque para a história do Rio de Janeiro, é professor da Pós-Graduação da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF.





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      segunda-feira, 25 de novembro de 2013

      Revista História e Luta de Classes

      Colegas,
      Divulgo abaixo o link com os resumos dos artigos publicados no número 16 da revista História e Luta de Classes. Como sou do Conselho Editorial da revista doei um exemplar e vou doar outro esta semana, para a biblioteca do ESR.
      Para ter acesso aos outros números:
      Prof. Dr. Luiz Claudio Duarte
      ___________________________________________________
      Curso de História do ESR/UFF
      ___________________________________________________
      Universidade Federal Fluminense
      Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional
      Rua José do Patrocínio, 71 – Centro – Campos dos Goytacazes (RJ) – CEP 28010-385
      Tel: 55 22 2733-0310 = 2733-0319 – 2722-0622 – 2722-0334
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        sábado, 16 de novembro de 2013

        Bolsa para Pós-Doutorado. Programa de Pós-Graduação em História da UERJ.


         O Programa de Pós-Graduação em História Política da UERJ selecionará um candidato de pós-doutorado no âmbito do Programa Nacional de Pós-Doutorado – PNPD (Portaria CAPES n. 86, de 03 de julho de 2013), de acordo com o Edital de Seleção de Projeto de Pós-Doutorado, disponível em:http://www.ppghistoria.com.br: Edital de Pós-doutorado 2014. O Edital prevê a concessão de 1 (uma) bolsa.


        Período de inscrições: até 20 de novembro de 2013.



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        Att,

        Secretaria da Anpuh-Rio
        www.rj.anpuh.org

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          sexta-feira, 15 de novembro de 2013

          Pesquisa em cidades do Vale do Paraíba propõe novos dados sobre a escravidão




          Pesquisa em cidades do Vale do Paraíba propõe novos dados sobre a escravidão


          Fonte: FAPERJ - Vinicius Zepeda

               Marc Ferrez/ Acervo IMS
                  
               Escravos  trabalham na colheita do café em 
                fazenda do Vale do Paraíba do século XIX
          Enquanto, nos anos de 1850, a interrupção do tráfico negreiro fazia declinar o número de escravos na maior parte do país, e, em 1871, esse número diminuía ainda mais com a promulgação da lei do Ventre Livre, na contramão dessa tendência, em algumas localidades do Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro, a escravidão ainda se encontrava em expansão, ainda que em ritmo menos acelerado. Segundo o historiador Ricardo Henrique Salles, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), em municípios fluminenses, como Vassouras, Piraí e Bananal, no norte paulista, a atividade econômica continuava nas mãos dos grandes e mega proprietários – ou seja, aqueles que possuíam entre 50 e 99 cativos, e os que tinham acima de 100 escravos. "Estamos recuperando, digitalizando e catalogando documentos que podem jogar novas luzes sobre a história da ordem escravista na região no século XIX", afirma Salles. "Vale lembrar que, já nos anos de 1850, a região do Vale do Paraíba era a maior exportadora mundial de café, o que representava 60% das exportações do País. Daí a importância de repensarmos, com base nesses novos dados, o papel dos grandes fazendeiros junto à ordem econômica e sua articulação com a política local", complementa o pesquisador.
          Ricardo Salles coordena um grupo de pesquisadores de diferentes instituições, como a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio ), Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade de São Paulo (USP), além de parcerias públicas e privadas, como o Museu de Hera e a Universidade Severino Sombra, em Vassouras, e o Arquivo Histórico Municipal de Piraí, que tem contribuído com seu acervo para ajudar na elaboração de um banco de dados digitalizado da região que abrange as cidades de Vassouras, Piraí e Bananal. O projeto conta com recursos do programa Apoio a Núcleos Emergentes de Pesquisa (Pronem), da FAPERJ. "Atualmente estamos comparando documentos de posse de terra de fazendeiros nos anos 1820 com seus inventários post-mortem de 1850 e 1860", explica Salles. Como conta o pesquisador, com os recursos da Fundação foram comprados equipamentos, como máquinas fotográficas, uma mesa para higienização de documentos, computadores e servidores para equipar os acervos, e duas mesas para digitalização de documentos.
          O pesquisador chama atenção para alguns dados já encontrados. Entre 1820 e 1880, o Brasil viveu a expansão e a decadência da economia cafeeira de base escravista no Vale do Paraíba. Segundo explica o pesquisador, na década de 1840, já existia em Piraí um número significativo de proprietários com mais de duas ou três centenas de escravos, enquanto em Vassouras, município tradicionalmente conhecido como o de maior poder econômico e político da região, isso só viria a acontecer, e em menor escala, na década de 1860. "Já na década de 1820, encontramos em Piraí grandes fazendeiros, com uma exploração de café bem desenvolvida. No final da década, quando o administrador da Fazenda Nacional de Santa Cruz contesta sobre as terras que ocupavam e que pertenceriam à fazenda, eles se organizam e enviam uma petição à Assembleia Nacional para garantir seu direito à propriedade. No documento, eles descrevem quanto cada um produzia de café e quantos escravos tinha cada proprietário", explica Salles.
          Divulgação/UniRio 
              
             Ricardo Salles (D), e parte da equipe responsável
                      pela digitalização dos documentos
          Os dados recolhidos mostram que, em Vassouras e Bananal, entre 1820 e 1880, a atividade escravista era extremamente concentrada. "Ali, grandes e mega proprietários respondiam por cerca de 70% dos escravos das duas localidades. Em Piraí, ainda estamos analisando os dados, mas tudo indica que a concentração já existia desde as décadas de 1830 e 1840, e que devemos encontrar um número expressivo de proprietários com mais de 500 escravos, o que pode nos levar a criar até uma nova categoria de qualificação para descrevê-los", explica Ricardo Salles.
          Segundo o pesquisador, em Piraí, já havia tecnologias sofisticadas, como máquinas de café movidas a energia hidráulica, além de máquinas de processamento a vapor. Ele acrescenta que, na década de 1860, Vassouras contava com uma comunidade de escravos em vias de se estabilizar e se reproduzir naturalmente. Ali havia uma proporção maior de famílias com filhos escravos, o que também significava um aumento do número de crianças e equilíbrio entre homens e mulheres. "Se somarmos o número de filhos de escravos nascidos depois da lei do Ventre Livre – os chamados ingênuos – com o número de escravos em 1883 e compararmos com os dados de 1874, descontando os casos de morte e de alforria, chegamos a um equilíbrio demográfico que se mostrava propenso à estabilização", explica o historiador. Ao se comparar esses dados com aqueles que vêm sendo encontrados em Piraí, os pesquisadores acreditam que os resultados deverão ser semelhantes. "Assim, a resistência dos fazendeiros do Vale do Paraíba à abolição da escravidão, muito mais do que conservadorismo político, era uma tentativa de manter os negócios num modelo que, diferente do resto do País, ainda se encontrava com força, o que contraria o que tem sido escrito sobre a história do Vale do Paraíba até então", afirma.
          Até o final do primeiro semestre de 2014, Ricardo Salles espera encerrar o projeto e apresentar todos os resultados dos estudos num livro, fruto de um seminário de apresentação de resultados com os envolvidos no projeto. "Precisamos chamar atenção para a riqueza histórica da região, as grandes fazendas que ainda existem ali, os diversos monumentos históricos e descobrir o passado de uma região rica em cultura, mas ainda muito pouco conhecida, sobretudo quando se trata das manifestações afro-brasileiras. Estamos trabalhando com informações quantitativamente importantes para conhecer melhor nossa própria identidade. Em Vassouras, estamos delimitando o perfil de cerca de 28 mil escravos, de outros 10 mil em Bananal, e de cerca de 30 mil em Piraí", destaca Salles. "Além de servir de material para futuras pesquisas, nosso banco de dados pode ainda orientar os governos com informações que contribuam para incentivar ainda mais o potencial do turismo histórico local, ainda pouco explorado", conclui.


          © FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

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            Exumação de Jango e a verdadeira história do Brasil, por Carlos Tautz

            Exumação de Jango e a verdadeira história do Brasil, por Carlos Tautz



            Começa nesta quarta a exumação, no Rio Grande do Sul, do corpo do ex-presidente João Goulart. Seus restos mortais serão levados de São Borja a Brasília, onde uma equipe internacional de peritos investigará se de fato Jango morreu de "doença", como diz o atestado feito na Argentina, onde o ex-presidente brasileiro se encontrava, ou se foi envenenado pela Operação Condor quando se preparava para retornar ao Brasil em 1976.
            Se se consumassem, a volta de Jango e o exercício dos seus direitos políticos retomados dariam um xeque-mate na ditadura empresarial-militar que o depôs em 1 de abril de 64 e nove dias depois o cassou por 10 anos.
            Ao se abrir o caixão pela primeira vez (a urna chegou lacrada, sem que a própria família pudesse ver Goulart), dúvidas cruciais poderão ser sanadas. Há de fato um corpo dentro da urna funerária? É o de Jango? Ele foi assassinado pela Condor, uma rede de repressão política que os governos do Cone Sul montaram com apoio dos EUA?

            João Goulart (Jango), ex-presidente do Brasil

            Porém, por mais importantes que sejam as respostas a estas perguntas, elas ainda estão longe de esgotar as questões levantadas pela morte de Goulart. À Justiça cabe autorizar o interrogatório no presídio de segurança máxima em Charqueadas (RS), onde se encontra há mais de 10 anos, de Mário Neira Barreiro, do ex-agente secreto uruguaio que diz ter informações sobre a morte de Jango.
            O Judiciário também precisaria inquirir, nos EUA, o ex-Secretário de Estado Henry Kissinger e os agentes da CIA Frederick Latrash e Michael Townley, que alimentaram a caça articulada aos opositores políticos na América do Sul. E à Dilma cabe solicitar aos Estados Unidos os documentos secretos daquele país que ajudem a explicar a morte de Goulart.
            Movimentos do mesmo naipe fez o juíz espanhol Garzón, que mandou prender o ex-ditador chileno Pinochet pelas mortes de cidadãos espanhóis após o golpe que assassinou Allende no Chile. O general desfrutava na Inglaterra das benesses proporcionadas pela corrupção que engordou toda a alta cúpula militar das ditaduras da região.
            E, para realmente seja consequente uma ampla revisão da historiografia e da Lei que Anistiou os torturadores do Estado, deve-se exumar também o corpo de outro presidente, Juscelino, que em agosto daquele fatídico 1976 faleceu em um mal esclarecido acidente automobilístico.
            Urge, portanto, caminhar a passos largos para desmentir a história oficial de que o golpe foi dado por militares com apoio civil; que começou naquele 64; e que foi tramado por nacionalistas.
            Documentação farta prova que empresas participaram da concepção do golpe e do financiamento à tortura e que golpistas se articulavam desde 54; pesquisas de opinião agora reveladas indicam apoio popular a Jango superior a 60%; e documentos desclassificados como secretos nos EUA mostram que Lyndon Johnson e seus maiores grupos econômicos foram tão protagonistas dessa história quanto Castelo Branco e a Fiesp.

            Carlos Tautz, jornalista, é coordenador do Instituto Mais democracia – Transparência e controle cidadão de governos e empresas.

            Fabrício Augusto Souza Gomes
            Enviado via iPad
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              quarta-feira, 13 de novembro de 2013

              Lançamento do livro "Planejamento, modernização e cultura política "



              capa_divulgacao


              Será lançado no dia 26 de novembro o livro "Planejamento, modernização e cultura política em Santa Catarina", de Michel Goulart da Silva. O livro é produto de dissertação de mestrado defendida em 2012, no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). O lançamento do livro ocorrerá a partir das 18h, na Livraria Livros e Livros, localizada no câmpus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.



              O livro discute o impacto do período conhecido como "milagre brasileiro" em Santa Catarina, centrando a análise na administração do governador Colombo Machado Salles (1971-1975) e no seu plano de governo, entitulado Projeto Catarinense de Desenvolvimento (PCD). Prioriza-se no livro a elaboração do plano, discutindo a cultura de planejamento que o engendrou, a situação econômica e social pela qual passava o país e a atuação de intelectuais e administradores nesse processo.



              O livro também destaca a relação estabelecida entre civis e militares na administração público do período, especialmente o papel desempenhado pela Escola Superior de Guerra na realização de cursos de divulgação de sua doutrina junto à parcela civil que apoiava a ditadura militar iniciada com o golpe de 1964.



              O professor Reinaldo Lohn, da UDESC, destaca no prefácio do livro: "O autor demonstra que, no que diz respeito às formas assumidas nas unidades da federação, a ditadura militar contou com segmentos políticos e burocráticos que não pouparam esforços em apropriar-se das linhas básicas formuladas pela Escola Superior de Guerra e introduziram, nas práticas administrativas e na gestão pública, as prioridades e os procedimentos que levariam o país a um processo de acelerado crescimento econômico ao preço de uma brutal concentração de renda, num desenvolvimento pautado pelo aviltamento da força de trabalho e os baixos salários".



              Michel Silva é historiador formado pela UDESC e, atualmente, realiza pesquisa no doutorado em História da UFSC. O autor também é servidor público no Instituto Federal Catarinense (IFC).





              Serviço:



              Título: Planejamento, modernização e cultura política em Santa Catarina
              Autor: Michel Goulart da Silva
              Editora: Paco Editorial
              Preço: R$ 31,90
              Lançamento: 26/11/2013, às 18h
              Local: Livraria Livros e Livros, UFSC, Florianópolis-SC





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                terça-feira, 12 de novembro de 2013

                Site Brasiliana




                Site Brasiliana
                A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP lançou o seu site. Nele é contada a história da criação deste centro de cultura e pesquisa sobre o Brasil e disponibilizadas as informações e recomendações necessárias para que o público interessado possa usufruir de todos os serviços oferecidos pela Biblioteca.
                Em Consulta ao Acervo, os usuários encontram as instruções para realizar pesquisas no catálogo da Biblioteca Mindlin e o formulário de solicitação de consulta de obras do acervo. Após seu preenchimento e envio, o setor responsável entrará em contato com o interessado para agendar a pesquisa aos itens pedidos. Para solicitar a reprodução de imagens do acervo, agendar atividades com o Setor Educativo da biblioteca e requerer o uso do Auditório István Jancsó, consulte as recomendações disponíveis no menu Serviços.


                Mais informações: site http://mindlin.usp.br

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                                                                                                                      Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
                   
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                  segunda-feira, 11 de novembro de 2013

                  Mário Maestri - Os Senhores do Litoral

                   



                  59º Feira do Livro Porto Alegre
                  Mário Maestri
                  Os Senhores do Litoral
                  A Conquista Portuguesa e a Agonia Tupinambá
                  no Litoral Brasílico – século 16
                  Prêmio Açorianos Ensaios 1995
                  3ª edição revista e ampliada
                  Editora da UFRGS
                  editora@ufrgs.br
                  tel. 51.33085645



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                  Atividade nos últimos dias:
                       **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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