Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

** SImpósio Internacional HISTÓRIA AMBIENTAL E DESASTRES

 
SIMPÓSIO INTERNACIONAL
HISTÓRIA AMBIENTAL E DESASTRES
26 a 28 de outubro de 2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE (UNICENTRO)
GUARAPUAVA-PARANÁ-BRASIL
http://eventos.unicentro.br/historiaedesastres2011


Apresentação:
Desastres ambientais têm dimensões interpretativas e conceituais diversas. São eventos presentes em registros científicos e não científicos, datados e historicamente contingentes, que constroem narrativas e experiências, e que são abundantes, mas dispersos. Embora saibamos que os instrumentos científicos de mensuração e aferição desses eventos são muito recentes, não passando além da primeira metade do século XX, é imprescindível pensar desastres na relação passado-presente. Essa pluralidade inerente aos desastres demonstra a necessidade de pensá-los numa dimensão histórica das relações entre humanos e mundo natural. Nesse sentido, este simpósio está desenhado para propor leituras históricas que tratem não só da dimensão objetiva de desastres ambientais, mas também do papel que a subjetividade desempenha
neles, partindo da interdisciplinaridade inerente à história ambiental.


Modalidades de participação:
Participantes com apresentação de trabalho completo (exigência mínima: graduados):
Inscrições até 15 de setembro de 2011. Valor: R$100,00.
Participantes sem apresentação de trabalho:
Inscrições até 10 de outubro de 2011. Valor: R$40,00.
Participantes com apresentação de painel de iniciação científica:
Inscrições até 10 de outubro de 2011. Valor: R$40,00.


Simpósios temáticos:
1. História, desastres e refugiados ambientais.
2. Formas históricas de previsão, mitigação e reação a desastres.
3. História ambiental e desastres naturais.
4. História ambiental e tecnodesastres
5. Desastres: percepções


Conferencistas confirmados:
Dr. Paul Robert Josephson, especialista em história da ciência e da tecnologia, e Professor de História da Rússia e da União Soviética, com pesquisa voltada aos desastres e uso de recursos naturais. Tem larga experiência na área de História e Ambiente, com vasta publicação de livros e artigos em diversos países.


Dra. Eunice Sueli Nodari, especialista em história ambiental, coordenadora do Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental da UFSC, e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da mesma instituição. Tem larga experiência na área de História Ambiental e Migrações, com vasta publicação na área.


Maiores informações:
Prof. Dr. Jó Klanovicz (coordenador do evento)
UNICENTRO – Guarapuava (42)8824-1313 klanov@gmail.com
APOIO:
FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA E UNICENTRO
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
    Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

    ** Debates de lançamento das Memórias, de Gregório Bezerra. Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

     

    Debates de lançamento das Memórias, de Gregório Bezerra

    A Boitempo Editorial convida para uma série de debates gratuitos (sem necessidade de inscrição prévia) em torno do livro Memórias, autobiografia do lendário líder camponês Gregório Bezerra. Os eventos marcam o lançamento da nova edição da obra que inspirou gerações de militantes em todo o Brasil.
    Todos os eventos são gratuitos e não há inscrição prévia.
    Haverá sorteio e venda dos livros da Boitempo com descontos.

    Acompanhe a página do evento no Facebook Debate de lançamento de Memórias
    Programação completa
    01/09 - 18h - Recife (PE)
    Auditório Sala Aloisio Magalhães da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ)
    R. Henrique Dias, 609 – 1º andar


    Debate com Anita Leocadia Prestes (apresentação do livro), Eduardo Campos (Governador de Pernambuco – PSB), Fernando Freire (Presidente da Fundaj), Ivana Jinkings (editora da Boitempo), Ivan Pinheiro (Secretário Geral – PCB), João da Costa (Prefeito do Recife – PT), Jurandir Bezerra (filho de Gregório) e Roberto Arrais (orelha do livro).
    Realização: Prefeitura do Recife, PCB e Boitempo Editorial.
    Apoio: Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Fundação Dinarco Reis, Associação de Presos e Anistiados Políticos (APAP) e Associação Cultural Brasil x Cuba – Casa Gregório Bezerra.


    13/09 - 10h - Rio de Janeiro (RJ)
    Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ
    Largo São Francisco, 01 – Centro
    Debate com Anita Leocadia Prestes (PPGHC/UFRJ e ILCP), Ivan Pinheiro (PCB), Joba Alves (MST) e Leonilde Servolo de Medeiros (CPDA/UFRRJ).
    Realização: Arquivo da Memória Operária do Rio/UFRJ, Instituto Luiz Carlos Prestes, Programa de Pós-Graduação em História Comparada/UFRJ e Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia/UFRJ.
    Apoio: Boitempo Editorial


    14/09 - 18h - São Paulo (SP)
    Sala 8 - Filosofia - FFLCH/USP
    Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 - Cidade Universitária - (11) 3091-8592
    "Gregório Bezerra e a história do comunismo no Brasil" – integrando a programação do IV Colóquio Marx e os Marxismos
    Debate com Antonio Carlos Mazzeo (Unesp e PCB), Francisco de Oliveira (USP), João Quartim (Unicamp) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).
    Realização: Laboratório de Estudos Marxistas da Universidade de São Paulo (LeMarx-USP) e Boitempo Editorial.
    --------------------------------------------------------------------------------
    __._,_.___
    Atividade nos últimos dias:
          **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                          Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
       
      Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

      segunda-feira, 22 de agosto de 2011

      ** Temática indígena nas escolas

       

      Livro para professores do 
      ensino fundamental e médio 
      aborda a questão indígena e 
      suas representações nas 
      escolas brasileiras. 
      Lançamento será no dia 23/8, 
      em Campinas (reprodução livro)

      URL: agencia.fapesp.br/14365
       

      Temática indígena nas escolas

      22/08/2011
      Por Mônica Pileggi

      Fonte: Agência FAPESP – A escola foi, desde o início, o elemento principal na conformação das imagens sobre os indígenas. Somente nos últimos anos é que houve a inclusão da pluralidade como um valor positivo e o consequente reconhecimento dos indígenas como parte importante da sociedade e cultura brasileira. É o que conclui o livro A temática indígena – subsídio para os professores, que será lançado no dia 23 de agosto, em Campinas.
      De autoria do arqueólogo e professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Pedro Paulo Funari e da pesquisadora da Universidade Complutense de Madrid (Espanha) Ana Piñón, o livro foi elaborado a partir de uma pesquisa de mestrado, seguido de doutorado, da coautora, além de outros estudos apoiados pela FAPESP.
      A obra tem como público-alvo professores dos níveis fundamental e médio. "O livro tem uma apresentação teórica, histórica e cultural, assim como uma pesquisa empírica sobre a percepção dos alunos do ensino fundamental. Isso contribui para um diagnóstico de desafios, o que permite propostas de soluções no âmbito da escola e na formação dos professores", disse Funari à Agência FAPESP.
      De acordo com o autor, o livro surgiu da necessidade, tanto dos professores como dos alunos, de informações mais aprofundadas sobre os índios.
      "Muitos jovens mencionam que têm parentes e/ou antepassados indígenas. Mas, ao mesmo tempo, ainda localizam o índio longe: no passado e no mato. Os índios, às vezes, aparecem como um indivíduo, ao lado de uma oca, sem seu contexto social e coletivo", pontuou.
      Ao longo de 128 páginas, os autores discorrem sobre a questão indígena e suas representações nas escolas brasileiras. No primeiro capítulo, Funari e Piñón abordam como se formam e se transformam as identidades sociais e a relação com os índios.
      Em seguida, observam os modos de se estudar os índios, na chamada experiência etnográfica – para os autores, a melhor forma de se conhecer um grupo humano, em particular uma comunidade indígena, é imergir em seu mundo, no seu cotidiano. Depois, seguem pela trajetória histórica desses habitantes no continente americano e a situação atual dos índios no país.
      Nos demais capítulos, o livro trata da temática indígena utilizada pela escola desde os tempos dos jesuítas até a escola republicana como projeto político, passando pela idealização dos índios no século 19, no âmbito da corte imperial do Rio de Janeiro.
      Os autores examinam a influência da administração indígena pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) – criado em 1910, operou em diferentes formatos até 1967, quando foi substituído pela Fundação Nacional do Índio (Funai) – e finalizam com as transformações nas formas de inclusão da temática nas salas de aula.
      Funari considera que, além de estereotipado, o ensino sobre o tema nas salas de aula está defasado, com o indígena retratado de forma distante, tanto no espaço como no tempo.
      "Isso transparece na sua presença na maior parte das vezes referente à pré-história do Brasil. A legislação brasileira reconhece direitos aos indígenas, do uso da língua até suas terras. Na constituição e na legislação há uma ênfase grande na valorização da diversidade, contudo, tais avanços chegam à escola ainda de forma parcial", ressaltou.
      Formação mais ampla
      "A temática indígena ainda é tratada de maneira incipiente e marginal em cursos de licenciatura em história, geografia e português; as que mais tratam do tema. Faltam nesses cursos disciplinas que tratem da pré-história do Brasil e da América, história indígena, da etnologia indígena e línguas indígenas, e que façam parte do currículo obrigatório", disse Funari.
      "Dessa forma, os futuros professores terão condições de aprofundar seus conhecimentos sobre os índios, aproveitar melhor a informação dos livros didáticos e ensinar de forma mais adequada aos alunos", destacou.
      O antropólogo ressalta que o livro poderá contribuir para uma formação mais ampla e variada dos atuais e futuros professores, pois apresenta aspectos históricos e culturais não só dos indígenas, mas do Brasil de forma geral. "A obra fornece, também, indicações de leituras que permitem ao leitor se aprofundar nos diversos temas tratados", completou.
      O livro será lançado no dia 23 de agosto, às 18h30, na Livraria Cultura do Shopping Center Iguatemi, localizado na Av. Iguatemi, nº 777, Vl. Brandina, Campinas. No evento, ocorrerá o debate "A Temática Indígena nas Escolas – Desafios para Educadores e Estudiosos", com a participação dos autores.
      Título: A temática indígena na escola: subsídio para os professores
      Autores:
      Pedro Paulo Funari e Ana Piñón
      Lançamento:
      2011
      Preço:
      R$ 29,90
      Páginas:
      128  
      Mais informações: www.editoracontexto.com.br



       
      Conheça nosso perfil no Faceboock
      __._,_.___
      Atividade nos últimos dias:
            **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                            Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
         
        Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

        ** Revista Histórica - edição 49

         

        Informamos a publicação da 49ª edição da revista Histórica – publicação on-line do Arquivo Público do Estado de São Paulo.
        Acesse http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/
         
         
        Submissão de artigos para a próxima edições:
        Edição 50 – Outubro
        Tema: Cultura e Religião
        Prazo de envio: 8 de setembro

        __._,_.___
        Atividade nos últimos dias:
              **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                              Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
           
          Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

          domingo, 21 de agosto de 2011

          ** PROGRAMAÇÃO CICLO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM HISTÓRIA MILITAR SETEMBRO [1 Anexo]

           
          Prezados pesquisadores,


          Em anexo, programação de setembro do I CICLO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM HISTÓRIA MILITAR. Para se inscrever, deverá enviar NOME, GRAU DE ESCOLARIDADE, INSTITUIÇÃO QUE REPRESENTA E INDICAR MESAS E DATAS que desejar participar. Certificador entregue no dia.


          Att,


          Renato Restier
          __._,_.___


          Atividade nos últimos dias:
                **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
             
            Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

            sábado, 20 de agosto de 2011

            ** 50 anos da renúncia de Jânio Quadros

             
            Um ótimo material...

            Os 50 anos da renúncia de Jânio Quadros

            http://veja.abril.com.br/tema/50-anos-da-renuncia-de-janio-quadros


            --


            Fabrício Augusto Souza Gomes

            E-mail   I   Twitter   I   Facebook   I   Blog   I   Lattes



            __._,_.___
            Atividade nos últimos dias:
                  **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                  Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
               
              Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

              ** Fernando Novais, fHist e loja virtual

               

              Boletim eletrônico da Revista de História da Biblioteca Nacional

              A boa e velha Nova História

              Nesse dia do historiador, publicamos uma entrevista exclusiva com os professores Fernando Novais e Rogerio Forastieri da Silva, que estão lançando o livro "Nova história em perspectiva". Na conversa, eles abordam temas que mexem com o cotidiano da profissão, como as mudanças da escrita da história, a importância da profissão, do profissional e da teoria no cotidiano, e o diálogo com outras ciências humanas. [Leia mais]

              Inscrições abertas para o fHist

              Estão abertas as inscrições para Festival de História (fHist), que vai acontecer de 7 a 12 de outubro em Diamantina (MG). No festival, já estão confirmadas as presenças de historiadores e pesquisadores como Boris Fausto, Caio Boschi, Ronaldo Vainfas, Laura de Mello e Souza, Santuza Cambraia, Luiz Mott, entre outros. Entre os temas debatidos na tenda oficial estão: “Meio ambiente”, “Cláudio Manuel da Costa”, “Prestes e Olga”, “Patrimônio e pol iacute;tica”, “Chica da Silva”, “Comer, beber e rezar”, “Biografia sem cadáver”, “Walt Disney e Monteiro Lobato: o sonho das crianças tem cor?”, “Inquisição e fé”, "Lampião", "Comida". [Leia mais]

              Arqueologia em debate

              O próximo “Biblioteca Fazendo História” vai discutir o tema da capa da Revista de História da Biblioteca Nacional, de agosto: arqueologia.  A professora do Museu Nacional, UFRJ Tania Andrade Lima, e o também professor do Museu de Arqueologia e Etnologia, USP Astolfo Gomes de Mello Araújo são os convidados desta edição. [Leia mais]

              Loja virtual

              Já está no ar a Loja virtual da Revista de História. Lá você pode assinar a revista por um ou dois anos, além de comprar exemplares da revista História da Ciência, assim como a coleção História no Bolso. [Confira]
              __._,_.___
              Atividade nos últimos dias:
                    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
                 
                Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

                ** A boa e velha Nova História - Entrevista com Fernando Novais e Rogerio Forastieri

                 

                A boa e velha Nova História

                No dia do historiador, publicamos uma entrevista exclusiva com os professores Fernando Novais e Rogerio Forastieri da Silva, que estão lançando um livro sobre o tema da Nova História

                Revista de História

                Uma pesquisa com o nome de Fernando Novais no site da Revista de História mostra a sua importância. Seu "Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808)" se tornou uma referência para uma geração de historiadores que hoje são, eles mesmos, referências.
                Ao lado de Rogerio Forastieri da Silva, formado em Ciências Sociais pela USP e aluno do professor Novais da graduação ao doutorado, Novais interrompeu um hiato de publicações para, este ano, organizar o volume "Nova história em perspectiva" (Cosacnaify). Na volumosa obra são publicados textos clássicos e os mais recentes sobre, como o título entrega, essa forma relativamente recente de se estudar a matéria história. Recente, sim, porém já com um lastro onde os historiadores podem se apoiar para fazer o que mais sabem: vasculhar o passado e a memória. Ou como os autores explicitam logo na primeira frase do substancioso prefácio: "Lenta e imperceptivelmente, também a Nova História vai se tornando História, e portanto se constituindo objeto da historiografia."
                Nesse dia do historiador, nada melhor que ler uma entrevista exclusiva com ambos os autores em que se aborda temas que mexem com o cotidiano da profissão, como as mudanças da escrita da história, a importância da profissão, do profissional e da teoria no cotidiano, o diálogo com outras ciências humanas, e a "utilidade" da prática.
                Antes de partir diretamente para a entrevista, cabe ainda ressaltar que o professor Novais é outro a confirmar a presença no Festival de História (fHist), que acontece entre 7 e 12 de outubro, em Diamantina. Sua participação, que fechará o evento, se dará exatamente em uma mesa que se discutirá a participação do historiador na construção da cidadania. Porque, como bem salientou Novais sobre a indispensabilidade em relação à matéria, "a História-discurso decorre da necessidade de constituição da memória social."
                Qual é a contribuição do livro "Nova história em perspectiva", para o estudo da História, hoje em dia?
                Fernando Novais – Quanto à contribuição do livro, transferimos essa tarefa para o leitor. É ele que deve julgar se conseguimos dar uma contribuição; de toda maneira, foi nosso intento. Sobre o momento da Nova História, essa escola historiográfica tem, sim, um grau de amadurecimento, que já promoveu muita discussão. Aliás, a história da historiografia é sempre um balanço das escolas historiográficas. Certamente, a Nova História se tornou establishment – e isto é abordado em vários textos antologizados, e discutido na Introdução. Esse debate é um exame de consciência do historiador.
                Rogerio Forastieri da Silva – Pretendemos contribuir para a historiografia da Nova História. Para tanto, selecionamos 41 textos sobre este tema, distribuídos em três rubricas, a saber, Propostas, Desdobramentos e Debates; a Introdução tenta uma reflexão geral sobre os textos; procuramos dessa maneira aprofundar o diálogo da História com as Ciências Sociais.Os textos relativos aos Debates constituirão o segundo volume a ser editado (brevemente, esperamos).Por esta via a obra apresenta igualmente um caráter didático, no sentido de oferecer subsídios para um curso sobre a historiografia contemporânea, uma vez que se trata da tendência dominante nos meios acadêmicos, e de apresentar textos de autoria de um número variado de autores de diversas origens e formações, traduzidos para o nosso idioma, que normalmente estão dispersos e são de difícil acesso.
                Conforme destacamos em nossa Introdução, pareceu-nos oportuno questionar o "relato fundador" da Nova História, normalmente tratada como a mais importante contraposição à chamada "Escola Positivista", em seguida à fundação dos Annales (1929). Propomos definir esta tendência historiográfica em um quadro de referências mais apropriado, mais amplo, que é considerá-la do ponto de vista da história geral da historiografia.
                A Nova História data da fundação dos Annales (1929), reportando-se portanto aos seus responsáveis, Marc Bloch e Lucien Febvre. Outros associam-na à chamada 'segunda geração' que se segue aos fundadores, portanto, neste caso, a Nova História liga-se diretamente a Fernand Braudel; enquanto para outros ainda, a Nova História vincula-se à chamada "terceira geração", que corresponde aos sucessores de Braudel na condução dos Annales, entre os quais, destacam-se Jacques Le Goff e Pierre Nora. A Introdução questiona este debate, procurando ultrapassá-lo.
                Em qualquer perspectiva, tomando como referencial os cursos de graduação e pós-graduação de História, pelo menos nos grandes centros universitários do mundo ocidental, a resposta é afirmativa, isto é, a Nova História é efetivamente establishment. Isto significa dizer que a tradicional organização dos cursos de História, associada a grandes períodos ou grandes temas, de uma maneira geral, cedeu lugar a cursos de caráter monográfico, mais circunscrito, bem como temáticas mais específicas.
                A "novidade", na historiografia atual, consiste, precisamente, neste debate a que nos referimos e do qual participamos.
                 

                Há quem pense que a história tenha perdido espaço e importância de 
                influência na sociedade. Outros se posicionam de maneira inversa. 
                Qual a posição dos senhores frente ao cenário atual?

                Fernando Novais – A questão da importância e da influência de um tipo de discurso ou de um domínio de saber possui várias dimensões. Comecemos pela mais simples: qual a posição da História em relação às demais Ciências Humanas, por exemplo, nos exames vestibulares? Em termos de prestígio, nos anos 60 e 70 do século XX, das Ciências Sociais, a que tinha maior importância era a Sociologia. Nos anos 80 e 90 passou a ser a Economia. Hoje, a Antropologia e sobretudo Comunicação e Artes. A História se manteve num ponto intermediário, há uma certa estabilidade. Não estamos particularmente ameaçados pelo desemprego. Não há chômage historique à vista. Mais relevante é a questão teórica. Os historiadores, sobretudo os da Nova História, tendem a dizer que, a partir do século XIX, as Ciências Sociais influenciam a História, mas que hoje é a História que influencia as Ciências Sociais. Os cientistas sociais, por sua vez, não compartilham esta opinião. Na Introdução, tentamos ultrapassar os termos deste debate que tem se circunscrito a questões de importância, abrangência, prestígio. Esperamos tê-lo conseguido.
                Rogerio Forastieri da Silva - A História, como discurso, está associada a uma das dimensões fundamentais da condição humana – a temporalidade, e portanto, à construção da memória coletiva, que é, por sua vez, uma componente fundamental de nossa identidade. Nesta perspectiva, a História não perde "espaço ou importância", na tradição ocidental, qualquer que seja o "cenário".
                Se tomarmos como referencial que o "ofício do historiador" está associado à "construção da memória coletiva" não há porque afirmar o "desprestígio do ofício". Na sociedade contemporânea, graças, entre outros fatores, à presente revolução tecnológica, é possível afirmar que não há falta de informação. Elas estão disponíveis de forma abundante. Mas isto não é suficiente. Podemos ser afogados em informações sem que isto possa acrescentar algo que venha modificar para melhor ou pior as nossas vidas. O historiador precisamente contextualiza as informações no tempo e no espaço. Desta contextualização não podemos prescindir. Por esta via "o aparecimento da Nova História" não está associada ao "desprestígio do ofício", mas sim ao estabelecimento do diálogo entre a História e as Ciências Sociais.
                Rogerio Forastieri da Silva (continuação) - O fato de se constatar a antiguidade da história como forma de narrativa nada tem a ver com que, no século XIX, aspirou-se a transformá-la em ciência. Desde os gregos, os romanos, passando pelo mundo medieval e moderno, existiram o que foi chamado alhures de "empenhos historiográficos", ou seja, não se tratava propriamente de existir a historiografia como uma área específica do conhecimento, mas havia um esforço dos historiadores – conforme assinalamos, desde os gregos – de lerem e avaliarem as narrativas históricas que lhes antecederam e fazerem os reparos que consideravam pertinentes. Nestes termos, os esforços de historiadores do século XIX em transformar sua disciplina em "ciência" tinha por finalidade contrapor-se à forma de narrativa histórica que foi marcante no século XVIII, à qual alguns historiadores da historiografia chamaram de "historiografia racionalista" e outros de "história filosófica" (Cf. Fueter e Burrow) que consistia, entre outros aspectos, em construir uma narrativa que procurava "extrair lições" para os coevos. Tais narrativas por vezes extrapolavam em seu papel de "construção da memória coletiva". A historiografia que se lhe segue no século XIX – especialmente no interior das tradições culturais germânica e francesa – questiona a "história filosófica", reitera que a narrativa histórica possui um compromisso com a verdade e que, por esta razão, deve cingir-se às "evidências", entendidas naquela época como os "documentos escritos", e adota alguns métodos e técnicas então utilizados pelas ciências, daí o caráter dito "científico" da produção historiográfica daquele período.
                O que distingue a narrativa histórica da narrativa mítica não é o fato da primeira ser verdadeira e a segunda falsa, mas sim, de que a primeira se ancora na temporalidade e a segunda se situa na eternidade - Novais
                O diálogo, a articulação da história com as demais ciências humanas, nos dias de hoje, tem se desenvolvido satisfatoriamente? Com o advento das tecnologias da informação há espaço para um diálogo com demais ciências que não oriundas das humanas?
                Fernando Novais – Não sei se isso abre espaço para outro tipo de diálogo. Das ciências exatas tenho pouca noção. O que eu costumo dizer a respeito das ciências exatas não vai contribuir para esse diálogo. As ciências exatas são, para mim, um tanto quanto monótonas. Tratam de objetos simples, da natureza. E o ser humano se distingue da natureza por ter história: "el hombre no tiene naturaleza, tiene historia" (Ortega y Gasset). De forma que a relação entre as duas (ciências humanas e desumanas) é obviamente muito complexa. A objetividade não é a mesma, para dizermos uma platitude. Mas, o que importa atentar, no caso da História, é que ela é específica do humano. Não há história da natureza. Como se vê, dissentimos fundamente de M. Le Roy Ladurie.
                Rogerio Forastieri da Silva: É possível afirmar que ao longo do tempo em que se estabeleceu este diálogo ocorreram diferentes ênfases em relação às várias Ciências Sociais – Economia, Sociologia, Antropologia, por exemplo – e quanto ao resultado efetivo nos planos da pesquisa e dos trabalhos, estes dependeram bastante da erudição e do talento de cada profissional envolvido. Não é possível generalizar sobre esta questão. Deve-se assinalar igualmente a expansão das ciências sociais retrospectivas.
                Uma das características da historiografia contemporânea envolve justamente a inter e a transdisciplinaridade; aí estão portanto contempladas outras áreas do conhecimento para além das ciências humanas. Alguns dos textos antologizados apontam nesta direção.
                Os senhores escrevem que a história era vista como um gênero literário até o crescimento das demais ciências humanas. Citaram, inclusive, a consequente diminuição da importância com a forma, afirmando que o historiador, hoje, via de regra, "escreve mal". Como o historiador pode voltar a "escrever bem"?
                Fernando Novais – O que nós fizemos foi estabelecer uma distinção entre dois momentos na história geral da historiografia. O século XIX marca o advento das Ciências Humanas, impondo-se o diálogo entre a História persistente e as novas ciências emergentes. Lembremos en passant que isto permite caracterizar como "tradicional" a historiografia anterior ao século XIX e "moderna" a posterior; não é preciso dizer a razão pela qual a primeira carecia deste diálogo... Isto tem a vantagem, a nosso ver, de evitar o abuso pejorativo do termo "historiografia tradicional". Mas teve a desvantagem de que os historiadores, por desejarem-se cientistas, descuidaram-se da boa escrita, passando muitas vezes a escrever mal. Veja-se bem, insistimos em dois pontos: primeiro, o diálogo se impôs, o aparecimento das Ciências Sociais estabelece necessariamente o diálogo; segundo, esta periodização não implica um corte epistemológico no fazer da história. O que chamamos ponto de vista da história geral da historiografia consiste, precisamente, em considerá-la na sua totalidade, incorporando persistências e mudanças. É neste sentido que chamamos a atenção para o fato de a História ser considerada um gênero literário (e, portanto, capítulo nas histórias da literatura até a Belle Époque).
                O historiador não é um poeta, não "domina" o texto, e muito menos "o passado"; no entanto, insiste em usar "o texto" para referir-se ao "passado". - Forastieri da Silva
                A isto se liga a questão da cientificidade da História. É convencional dizer-se que as Ciências Sociais não têm o mesmo grau de objetividade das Ciências Naturais; e que, dentre as Ciências Sociais, a menos objetiva é a História. Na Introdução, procuramos ir além destas constatações. Assumindo o ponto de vista da história geral da historiografia, lembramos que a História como discurso responde a demandas diversas daquelas das Ciências Sociais (dada a sua antiguidade). A História-discurso decorre da necessidade de constituição da memória social. Não vamos voltar aos desdobramentos destes passos. Queremos lembrar que a narrativa do acontecimento é parte constituinte da memória social, a qual também envolve outros componentes, sobretudo o mito. O que distingue a narrativa histórica da narrativa mítica não é o fato da primeira ser verdadeira e a segunda falsa, mas sim, de que a primeira se ancora na temporalidade e a segunda se situa na eternidade. O que o mito narra já aconteceu, está acontecendo e continuará acontecendo sempre. Isto é o oposto da narrativa do acontecimento, da narrativa histórica. A historiografia moderna, tal como a definimos, exige a veracidade, mas isto não significa que abandone o "télos" da narrativa, que é o acontecimento. Aliás, como Rogerio já salientou em uma outra resposta, sempre houve esta preocupação com a veracidade, desde os gregos. Portanto não acompanhamos, de maneira nenhuma, as tendências de equalizar a narrativa histórica à literatura por melhores que sejam os autores que assumam esta postura.
                Rogerio Forastieri da Silva – Neste tópico, o "escrever bem" se circunscreve à erudição e talento de cada profissional. Consideramos que o historiador, enquanto construtor de narrativas, poderá se expressar melhor, de forma mais elegante e agradável se possuir uma cultura literária que se estenda para além dos horizontes de sua própria disciplina.
                Rogerio Forastieri da Silva (continuação) - Enquanto construtor de narrativas, conforme assinalamos, não há porque negar o caráter "literário" do texto produzido pelo historiador. Entretanto o historiador não é um poeta, não "domina" o texto, e muito menos "o passado"; no entanto, insiste em usar "o texto" para referir-se ao "passado".  Reiteramos o que já afirmou Arnaldo Dante Momigliano: "a história possui um compromisso com a verdade" mesmo que o próprio conceito de verdade possa estar sujeito à discussão. Sabedor que não poderá atingi-la integralmente, este compromisso norteia o trabalho do historiador. Caso contrário não estaria preocupado em especificar suas fontes, suas escolhas e a maneira de apresentar os resultados de sua atividade profissional.
                Esta amplidão indelimitável permitiu aos historiadores enfrentar a crise dos paradigmas de forma inteiramente original, qual seja, mudando de assunto - Novais
                Como a história é vista dentro da lógica de uma sociedade liberal como a nossa, em que cada categoria é vista como útil apenas quando é um mecanismo para dar lucro? Por outro lado, há cada vez mais um campo profissional e de mercado para o historiador, que não necessariamente é acadêmico. Como os senhores avaliam esse processo de tornar a história "útil", ou, usando as suas palavras, "aplicada"?
                Fernando NovaisD'abord, num texto teórico como o da Introdução, uma mesma ideia pode ser recorrente, porque tratada de vários ângulos. A ideia de que inexoravelmente ajustamos contas com o passado (Johan Huizinga) ocorre, em primeiro lugar, ao discutirmos as demandas socioculturais a que responde a História-discurso. A partir da constatação da antiguidade da História, observamos que ela – a História-discurso – responde a motivações mais gerais, muito antigas; ao contrário das outras ciências sociais que emergem no século XIX. Em seguida, notamos que essa demanda mais antiga e geral, é a necessidade da narrativa do acontecimento para a constituição da memória social; o que não ocorre em todas as formações sociais. Essa necessidade é uma das características basilares da nossa civilização ocidental e cristã. Pertencemos a uma civilização prenhe de história: é isto que se expressa com extraordinária beleza nos ensaios clássicos de Huizinga. As decorrências desta afirmação estão discutidas em nosso texto; já a questão da "aplicabilidade" da História é de outra natureza, e se reporta ao grau de objetividade das ciências humanas. As ciências, repitamos, caracterizam-se por um recorte rigoroso do objeto e por um método adequado a este recorte. Quanto mais rigorosos e eficazes estes dois componentes, maior a cientificidade do discurso e maior a sua aplicabilidade, isto é, a possibilidade de intervenção no real. Nesse sentido é que as ciências exatas são mais objetivas que as humanas, e consequentemente as ciências humanas tem um grau menor de aplicabilidade; como a menos objetiva das ciências humanas, a história não tem nenhuma aplicabilidade. É neste sentido, e somente neste sentido, que discutimos a questão em nosso texto. Contudo há uma relação entre as duas vertentes do problema: é que a narrativa do acontecimento (História 2) componente indescartável do discurso historiográfico, faz com que a história não tenha e nem possa ter um recorte rigoroso do seu objeto. O seu campo é nada menos que todo acontecer humano, de qualquer tipo, em todo o espaço, durante todo o tempo, isto é, o seu campo é indelimitável – a infinitude. É isto que está na base da afirmação da menor cientificidade da história. Ensuite, é preciso notar que a "aplicabilidade" maior ou menor de uma região do saber não se confunde com a da sua utilidade. A relação entre "aplicabilidade" e "utilidade" é permeada pela possibilidade de previsão. A ciência prevê. As ciências sociais podem prever setorialmente. A história não prevê; é neste sentido que a expressão "história aplicada" não faz sentido. Tratamos deste tema na distinção entre ciência social retrospectiva e história. Não há em história "cenários"; não há história do que não aconteceu.
                Fernando Novais (continuação) –
                A propósito, entre o que aconteceu e o que não aconteceu, sempre presentes neste debate, tivemos agora entre nós, o historiador Ribamar (chamemo-lo, assim) que acaba de inventar uma terceira categoria, "a história que não devia ter acontecido"...
                Last, but not least, queremos mencionar duas outras decorrências dessa "infinitude do campo da história", que se relacionam com a última parte da pergunta. Em primeiro lugar é esta amplidão indelimitável que permitiu aos historiadores enfrentar a crise dos paradigmas de forma inteiramente original, qual seja, mudando de assunto. A isto se liga, evidentemente a riqueza e o encantamento do ofício de historiador. Mas, par contre, em segundo lugar, liga-se a isto o fato inescapável de toda a gente acreditar poder-se improvisar historiador.
                Veja-se bem: a formação dos cientistas tem certas características peculiares (o aparato conceitual e metodológico); a formação do historiador é uma formação erudita. Isto quer dizer que ao historiador a formação não é dispensável. Mas, dada a infinitude de seu objeto, a tentação do não-especialista enveredar para o campo da História é inevitável. Não vamos exemplificar, mas isto ocorre Urbi et Orbi. Sobretudo com os jornalistas...
                Já se vê como isto se liga à questão da profissionalização e do mercado para o historiador referida na pergunta. O campo profissional do historiador tem tido um alargamento pequeno: trabalho em arquivos, em bibliotecas, em museus; assessoria para editoras – ou mesmo para produções de best sellers ou de telenovelas de  época (sic!), ou uma certa filmografia de mercado. Fique bem claro: nada temos contra historiadores, da mais alta qualificação, que exercem essas funções. Mas é preciso não esquecer nunca: não são livros de história, e como tal, não integram o corpo da historiografia; da mesma maneira que telenovelas são artefatos de entretenimento, alheias ao universo da arte.
                A formação do historiador é uma formação erudita. Isto quer dizer que ao historiador a formação não é dispensável. Mas, dada a infinitude de seu objeto, a tentação do não-especialista enveredar para o campo da História é inevitável. Não vamos exemplificar, mas isto ocorre Urbi et Orbi. Sobretudo com os jornalistas...
                Rogerio Forastieri da Silva – Cabe aqui um esclarecimento. Quando na Introdução afirmamos que "história aplicada" não faz qualquer sentido queremos com isto dizer que a história não se presta, como ocorre na ciência, a uma intervenção no real. Em história não procedemos a um "diagnóstico" de uma situação-problema, e com um aparato empírico e teórico, interferimos no real no sentido, por exemplo, de corrigir uma distorção ou melhorar o desempenho deste ou daquele setor. Mas, ao mesmo tempo, a história cumpre um papel, independentemente do sistema socioeconômico – desde o passado ao presente: "do venerável Beda ao venerável Braudel" – de lidar com a temporalidade porque a "história é a forma espiritual em que uma cultura acerta contas com seu passado" nas palavras de Johan Huizinga – o que, por sua vez, constitui, como já aludimos, um componente fundamental de nossa própria identidade.
                Quanto à questão da "aplicação" ou "utilidade" não se trata exatamente de "trabalho de historiador", mas sim, aqueles que possuem uma formação acadêmica em história são cada vez mais solicitados a contextualizar o volume de informações que a presente revolução tecnológica colocou à nossa disposição. Há que se distinguir o labor do historiador propriamente dito que envolve – a pesquisa, a elaboração da narrativa, enfim o "acertar contas com o passado" – de uma consultoria que utiliza o produto do trabalho dos historiadores para contextualizar de uma forma apropriada as informações. Finalizando, como já afirmou o professor Fernando Novais, este trabalho de assessoria é absolutamente legítimo para os profissionais da história. O que não se pode é ignorar as distinções que referimos acima.


                --
                Fabrício Augusto Souza Gomes

                E-mail   I   Twitter   I   Facebook   I   Blog   I   Lattes



                __._,_.___
                Atividade nos últimos dias:
                      **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                      Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
                   
                  Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

                  sexta-feira, 19 de agosto de 2011

                  ** Dia dos Historiadores

                   
                  Parabéns a todos(as) nós. Celebremos.

                   

                  sexta-feira, 19 de agosto de 2011


                  O dia do historiador






                  A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE)
                  deu parecer favorável, recentemente (09/09/2008)
                  ao projeto de lei que institui o Dia Nacional do Historiador.
                  A proposta que homenageia os historiadores
                  é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
                  Originalmente, o texto estabelecia que
                  a data seria celebrada no dia 12 de setembro.

                  Mas o relator da proposição na CE, senador Augusto Botelho (PT-RR),
                  propôs uma emenda - aprovada pela comissão -
                  que altera a comemoração para o dia 19 de agosto.
                  A nova data foi escolhida para homenagear Joaquim Nabuco,
                  que nasceu em 19 de agosto de 1849 e também foi historiador.

                  JUSTIFICAÇÃO (por Cristovam Buarque)

                  Um povo sem história é um povo sem memória.
                  Essa afirmação, mais que um dito já popular,
                  é também uma verdade histórica,
                  pois todos os agrupamentos humanos
                  que não preservaram sua memória -
                  em histórias, documentos, objetos de arte e arquitetura -
                  acabaram sucumbindo a ditaduras
                  e até acabaram por desaparecer da face da Terra.
                  Por essa razão, não apenas a disciplina
                  que trata das histórias dos povos
                  deve merecer nossa atenção,
                  mas também os cientistas que se dedicam
                  a essa tarefa tão nobre.
                  Obviamente, a história se faz por seus protagonistas:
                  lideranças políticas, religiosas e econômicas, por um lado;
                  grupos populares, lutas contra a opressão e pela libertação, por outro.
                  E para registrar tudo, o historiador.
                  E de tal modo é importante o papel dos historiadores que,
                  por vezes, eles ajudam, também, a reconfigurar a história de um País.
                  Ao lado da Filosofia e da Literatura,
                  a História está presente
                  desde os primeiros momentos da nossa tradição ocidental,
                  constituindo um dos saberes mais antigos de nossa civilização. (...)

                  Fonte: café história

                  Luiz Claudio Duarte
                  __________________________________________________________________
                  Prof. Adjunto do PUCG/UFF
                  Curso de História
                  lcdhistoriador@gmail.com
                  lucduff@vm.uff.br
                  [22] 2724-0732
                  [22] 9876-2007
                  Skype:
                  luiz.claudio.duarte
                  --------------------------------------------------------------------------------------------------------
                  Universidade Federal Fluminense
                  Polo Universitário de Campos dos Goytacazes – PUCG/UFF
                  Rua José do Patrocínio, 71 – Centro – Campos dos Goytacazes (RJ) – CEP 28010-385
                  Tel: (22) 2733-0319/0310 – (22) 2722-0622/0334
                  http://www.proac.uff.br/campos/


                  --
                  __._,_.___
                  Atividade nos últimos dias:
                        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
                     
                    Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

                    Arquivo do blog

                    Seguidores do Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB.