Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

terça-feira, 12 de julho de 2011

** Prêmio Skidmore

Thomas Skidmore é autor de obras como De Getúlio a Castelo; De Castelo a Tancredo e Preto no Branco e está entre os mais importantes estudiosos da história brasileira contemporânea. O brazilianista, bastante conhecido, é homenageado com a promoção do concurso pelo Arquivo Nacional e a Brazilian Studies Association (BRASA), de iniciativa do renomado professor de História e Estudos Brasileiros da Brown University (EUA) James Green. Essa primeira edição do prêmio é dedicada a livros publicados em língua portuguesa sobre a história do país entre os anos 1930 e 1964, cabendo ao primeiro colocado um subsídio de cinco mil dólares destinado exclusivamente aos custos de tradução da obra para o inglês.

A entrega dos trabalhos é até 30 de setembro de 2011 na sede do Arquivo Nacional. Edital e regulamento disponíveis em: http://www.arquivonacional.gov.br/



premio_skidmore_2011 cartaz

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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
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** Chamada de artigos - revista Em Tese

 
Chamada para publicações

A Revista Em Tese é uma publicação eletrônica semestral organizada pelos discentes do curso de Pós Graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina.  A Em Tese é destinada à publicação de produções inéditas – artigos, entrevistas e resenhas – de pós-graduandos nas áreas de Sociologia, Ciência Política e áreas afins.

O Comitê Editorial da Revista Eletrônica Em Tese torna público que no período de 20 de junho a 15 de Agosto de 2011 receberá trabalhos relacionados aos seus 7 eixos temáticos, nas modalidades "artigos", "resenhas" e "entrevistas". Serão aceitos apenas trabalhos inéditos, em língua portuguesa ou espanhola.
Mais detalhes acerca do processo de submissão e linha editorial podem ser obtidos na página da revista:  www.emtese.ufsc.br.

Atualmente a Revista Em Tese está avaliada como B5 interdisciplinar e sociologia no Qualis/Capes.

Os Editores.


Convocatória para publicación de artículos

La Revista Em Tese es una publicación electrónica semestral organizada por los alumnos del Posgrado en Sociología Política de la Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Em Tese se propone a publicar textos inéditos - artículos, entrevistas y reseñas - de alumnos de posgrado en Sociología, Ciencia Política y sus areas relacionadas.
El Consejo Editorial de la Revista Electrónica Em Tese hace público que en el período del 22 de Junio hasta el 15 de Agosto de 2011 recibirá trabajos relacionados a sus siete ejes temáticos en las modalidades "artículos", "reseñas" y "entrevistas".Los trabajos inéditos se aceptarán sólo en Inglés o Español. Más detalles sobre el proceso de presentación y edición se pueden encontrar en la página web de la revista: www.emtese.ufsc.br.
Actualmente la Revista Em Tese se evalúa como B5 interdisciplinario y sociología en Qualis Capes.
Saludos cordiales,
El Comité Editorial





Caroline Jacques


Doutoranda em Sociologia Política
Universidade Federal de Santa Catarina
www.nusmer.ufsc.br











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Em Tese
Revista Eletrônica dos Pós Graduandos
Sociologia Política - UFSC
www.emtese.ufsc.br


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Atividade nos últimos dias:
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segunda-feira, 11 de julho de 2011

** Lançamento do livro "PERFIS MERITIENSES".

 
Prezados amigos.

C O N V I D A M O S    vocês para o lançamento do livro "PERFIS MERITIENSES", de autoria do professor GUILHERME PERES, pesquisador do IPAHB e associado ao AMIGOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL.
www.amigosdopatrimoniocultural.blogspot.com

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CLARINDO
Amigos do Patrimônio Cultural
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(21) 9765-6038 ou 2333-1390









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** XXVI SNH - PROGRAMAÇÃO


XXVI SNH - PROGRAMAÇÃO


A programação completa e os locais de todas as atividades do XXVI Simpósio
estão acessíveis no site: http://www.snh2011.anpuh.org  para download e
impressão.
Programe-se!
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** Artigo "PÊNIS DE PEDRA (Itaconha), - DEDO DE DEUS -SERRA DOS ÓRGÃOS (Ibiticonha)".

 

sexta-feira, 17 de junho de 2011


Itaconha



PÊNIS DE PEDRA (Itaconha)
- DEDO DE DEUS -
SERRA DOS ÓRGÃOS (Ibiticonha)
Frederico Fernandes Pereira





A "Serra dos Órgãos", trecho da cordilheira marítima (Serra do Mar), entre os municípios de Teresópolis e Magé (hoje Guapimirim), tem tal denominação, pela sua aparente semelhança (forçada) do perfil dos seus pináculos, de diferentes alturas, que se assemelham ao órgão, instrumento musical de sopro (foles), com seus tubos sonoros de diversos tamanhos. Teima-se, sem motivo histórico-cultural justificado, salvo por pudicícia, hoje fora de moda, em manter-se tão apressada e grosseira similitude, com àquela imagem serrana.
Tem o presente estudo, o propósito de contestar tão consagrada e improcedente definição do topônimo "Serra dos Órgãos".
No passado houve quem aventasse a hipótese do nome "Serra dos Órgãos" decorrer da forma do "Dedo de Deus", um dos pináculos da mesma serra, por assemelhar-se, com perfeição, aos órgãos genitais do homem, incluindo o pênis ereto, com sua destacada glande e os testículos. Mas, tal hipótese não veio acompanhada de qualquer justificativa, inclusive, e principalmente, histórica. Daí, não ter sido considerada, quando aventada. No entanto, em que pese tal versão, daquela imagem topográfica, não ter ido além de uma hipótese, ela é provadamente procedente. Recorrendo à fecunda cultura indígena Tupi, identificamos um rio mageense, que nasce ao pé do "Dedo de Deus", em sua face Leste, cujo nome Tupi é "ICONHA", que é atravessado pela Estrada Rio – Teresópolis (BR-116); afluente, dito rio, da margem esquerda do Rio Guapiassú. "ICONHA" é um vocábulo Tupi, formado pelas raízes "i" = água ou rio e "CONHA", que significa pênis. Assim, temos: Rio do Pênis ou rio que nasce no pênis de pedra (ITACONHA). O trecho superior do Rio Iconha, atravessado pela BR-116, é conhecido, também, como Rio Garrafão, cerca de 1.700 metros antes do Alto do Soberbo, de quem sobe a serra.
O Rio Garrafão (ou Iconha) foi teatro do famoso e pitoresco episódio histórico, que se deu quando da visita do Imperador Pedro II à Teresópolis, em janeiro de 1876, que, ao parar na travessia do dito rio, quis provar a tão decantada água do mesmo, preferindo, na ocasião, utilizar-se da folha larga do inhame, por ser mais natural. Porém, lá estava esperando a passagem do Imperador, o vendeiro português do local, o João Garrafão, que, tirando de dentro de uma caixa forrada de veludo, um fino copo de cristal cinzelado, passando-o às mãos do Imperador, rogando que seria uma honra para ele (o João Garrafão), que S. M. Imperial se servisse de tal copo. O Imperador, tolerante, atendendo a súplica espontânea e simples do João Garrafão, bebeu com vagar, no ofertado copo, elogiando a delícia dàquela água, e, querendo, em seguida, passar o copo as outras pessoas de seu séquito, interveio o João Garrafão, dizendo: "Peço perdão a V. M., neste copo ninguém mais beberá, para as demais pessoas presentes, que eu muito respeito e das quais sou servidor obediente, tenho outros copos" (Gilberto Ferrez – Colonização de Teresópolis – 1970).
Significando dizer que, o Imperador deliciou-se com o precioso líquido emanado do pênis de pedra...
O pináculo "Dedo de Deus", é a marca identificadora da turística e amena cidade de Teresópolis, no entanto, sempre esteve situado no Município de Magé (atualmente em Guapimirim). Significando dizer, que o símbolo daquela agradável cidade, é o petro-falo mageense...
Há no Estado do Espírito Santo um município e rio com o nome de "ICONHA". Este autor, em visita àquela região, ouvindo moradores locais, apurou, que às margens do Rio Iconha, havia uma pedra alta, na forma de um charuto – no dizer dos mesmos moradores – que foi, toda ela (dita pedra), dividida em grandes blocos, pelos mineradores de granitos decorados, para exportação. Naquela região, é intensa e ampla a exploração de citados granitos, destruindo e deformando a natureza regional. Por não ter identificado em citado município (Iconha), outra formação rochosa, de forma aguda, que pudesse assemelhar-se ao pênis, consoante a imagem metafórica dos índios primitivos, admite este autor, que o nome local (Rio e Município = Iconha), fosse inspirado em citada pedra demolida e fracionada pelos vândalos mineradores.
No "DICIONÁRIO GEOGRÁFICO DO BRASIL", de Alfredo Moreira Pinto, de 1896, há o verbete "RIO ICONHA", que estaria situado em Cananéia, no Estado de São Paulo. Este autor consultou diversos mapas daquele Estado, não logrando identificar referido rio dicionarizado. No Município de Jacupiranga, ao Norte de Cananéia, há um rio e um lugar com o nome de "Canha", nome este que tem relação com erosões topográficas ou bebida alcoólica.
Na "REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTÓRICO GEOGRAPHICO E ETHNOGRAFICO DO BRASIL", Tomo XLV Parte I, de 1882, em estudo geográfico e econômico do Sul do Estado de Minas Gerais, o autor, José Franklin da Silva, ao descrever um dos ramos da "Serra da Mantiqueira", diz à página 407: "Um outro ângulo forma a Mantiqueira em São Bento, afastado 15o do Sul do "pico dos órgãos em Itajubá". Adiante (página 408) diz: "A Mantiqueira entre Órgãos e Itatiaia..."; nas páginas 409 a 411, registra as alturas (altitudes) dos pontos mais elevados do Sul de Minas Gerais, entre os quais, o "PICO DOS ÓRGÃOS", com 10.950 palmos de altitude.
No TOMO XLVII, Parte II, da "REVISTA" acima citada, de 1884, foi publicado um estudo do geólogo José Franklin da Silva Massena, que trata da ossatura das montanhas que compõem o "Sistema Mantiqueira", em Minas Gerais, inclusive a "Serra do Mar", em São Paulo e Rio de Janeiro, à partir do "Pico do Itatiaia". O referido estudo foi executado pelo citado geólogo em 1867. À página 273, no último parágrafo, diz o autor: "A Serra dos Mairinks, DANDO ORIGEM AO PICO DE FÓRMA DE UM ÓRGÃO..." (grifo nosso). Observe-se, trata-se de um só pico isolado, sem outros pináculos, como os "Órgãos" de Teresópolis.
No Estado de São Paulo, no Município de Bofete, ao Sul do Município de Botucatu, há o "Morro dos Órgãos" e "Ribeirão dos Órgãos". Tais topônimos justificam-se, por lá existirem pináculos que lembram os órgãos genitais masculinos, em ereção, conforme a visão dos índios, à exemplo dos "ÓRGÃOS" de Teresópolis.
Na rica e reveladora obra "NOTÍCIA DO BRASIL", de Gabriel Soares de Sousa, minuciosa autópsia do Brasil, dos primeiros quartéis da sua Era Colonial, editada em 1587, cujo autor foi considerado pelo mestre Capistrano de Abreu, "como a enciclopédia viva do nosso século XVI" (Os Caminhos Antigos e o Povoamento do Brasil), em seu Capítulo XXXIII, há a notícia de uma expedição dos bandeirantes baianos, chefiada por Sebastião Fernandes Tourinho, que era aparentado com o Capitão-Mor da Capitania de Porto Seguro, que, internou-se nos atuais territórios baianos e mineiros, tendo chegado (dita expedição) a um ponto do qual, teriam avistado a "Serra dos Órgãos do Rio de Janeiro". Referida notícia foi posta em dúvida pelo Capistrano de Abreu, isto é, de terem aludidos bandeirantes baianos, avistado àquela serra fluminense. O propósito deste episódio histórico, foi mostrar a antiguidade toponímica da expressão "Serra dos Órgãos".
Os índios antigos, com seus hábitos e vivência de seres permanentemente pelados, do nascimento à morte; homens, mulheres, crianças, jovens e velhos; todos expostos nus, na convivência familiar e social. Em todas as posturas: em pé, sentado, acocorado, deitado em qualquer posição do corpo. Suas partes pudendas à mostra, à todo momento, com seus detalhes anatômicos. Com semelhante cenário social, explica-se o que escreveu o padre José de Anchieta, em carta de maio de 1560 ("Informações, Fragmentos Históricos e Sermões"- Págs. 115/16 – Editora Itatiaia), informando sobre costumes dos índios, ".... pois os Brasis não costumam usar de rodeio algum de palavras, para explicar as cousas que .... são ditas sem ofensa alguma: pelo contrário, pronunciam claramente, sem nenhum vexame, as palavras que significam os órgãos secretos de um e outro sexo, a cohabitação e outras da mesma natureza".
Pela mesma razão, da visão constante dos seus corpos nus, por analogia de forma, muitos aspectos de coisas da natureza, despertavam a atenção dos índios, que, por visão metafórica, segundo a original classificação dos topônimos, estabelecida pelo sábio brasileiro do passado, Everardo Adolpho Backheuser (Va Reunião Anual da Associação dos Geógrafos Brasileiros), denominavam (os índios) tais coisas da natureza, repita-se, por suas semelhanças com seus órgãos genitais e corpóreos. Tomemos alguns exemplos. No Estado da Paraíba há a conhecida e famosa Praia de Tambaú. Trata-se de palavra Tupi, formada por duas raízes vocabulares: "tamba" = vagina e "una" = coisa preta ou escura. Significando: vagina preta ou escura. Isto porque, havia ou há, ainda, no barranco (falésia) da terra alta junto à referida praia, alguma fenda estreita, que vista do mar, assemelha-se a uma vagina depilada, com seus grandes lábios, como era de uso pelas índias, no dizer do Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao Rei D. Manoel I. Um segundo exemplo. Há uma espécie de vespa (marimbondo), que tem o nome de "Tambacaba", também vocábulo Tupi, formado pelas raízes "tamba" (vagina) e "caba" = nome genérico Tupi dos marimbondos. Referida denominação, decorre, na visão do índio, da semelhança que a entrada do ninho ou casa da dita vespa, tem, perfeitamente com a vagina depilada das índias. Em terceiro exemplo, temos outra espécie de marimbondo, de nome Tupi "Tapiácaba", igualmente constituído de duas raízes vocabulares: "tapia" = testículos, escrôto e "caba" = marimbondo. Assim foi denominada dita vespa, pela semelhança que seu ninho tem com o escrôto humano. Vamos a outro exemplo. A RIHGB, TOMO 104, de 1929, publicou a obra do Conde Ermano Stradelli "Vocabulários Portuguez-Nheengatú X Nheengatú-Portuguez", que, na página 655, registra o nome do marimbondo (vespa) "Tacunha-cáua". "Cáua" é prosódia do Tupi amazônico, o mesmo que "caba" (vespa). "Tacunha-cáua", é uma casta de marimbondo, cujo ninho (casa), assemelha-se ao membro viril do homem, segundo referida obra do citado Conde.
Como se sabe, quando da formação da primeira cidade do Brasil, São Vicente (SP), pelo fidalgo português Martim Afonso de Souza, foi ele, muito favorecido, sem luta com os índios locais, pela presença ali, há muitos anos, do português João Ramalho, que tinha como mulher, uma filha do poderoso Tuchauá (Cacique) "Tebiriçá", que dominava a região, inclusive o planalto (Piratininga). Pois bem, "Tebiriçá" é um apelido (nome) Tupi, formado por dois substantivos: "Tebi" = bunda e "Içá" = tanajura, que é a fêmea da formiga saúba (saúva), com seu gordo abdome, túmido de ovos fecundados, para a formação de outro formigueiro. Significando dizer, que, o grande e temido cacique era dotado de destacada bunda gorda. Daí o nome que recebeu, na forma daquela visão libertina e metafórica dos índios antigos. Resumindo, o poderoso cacique paulista, tinha o nome de "BUNDA GORDA".
Apesar da convivência que os índios passaram a ter com os brancos, observando e assimilando os hábitos e costumes dos mesmos, isto não foi o bastante para fazê-los esquecer suas próprias visões e interpretações das manifestações culturais e novidades trazidas pelos civilizados. Por isso que, os índios, freqüentando e observando as igrejas católicas, erguidas pelos colonos conquistadores, traduzindo suas expressões licenciosas, deram ao badalo dos sinos de ditas igrejas, o nome de "Tamaracá-raconha" (no segundo termo, o "R" tem pronúncia branda – lingual-dental – segundo a prosódia Tupi), como vemos no TOMO LIV da RIHGB Parte I "Poranduba Maranhense" Pág. 267, de frei Francisco de N. S. dos Prazeres. Isto é, àquela permanente sem cerimônia com seus corpos nus, sugestionaram os índios a compararem o badalo do sino, com seus pênis intumescidos.
À propósito, isto é, para mais realçar as impressões e definições dos índios sobre coisas e pessoas, lembremos de um apodo sobre certas pessoas, que sempre causou curiosidade. Como se sabe, em todo o vasto território brasileiro, em todos os tempos, o homossexual masculino recebe a alcunha de veado; denominação que sempre despertou curiosidade quanto à sua origem. Pois bem, foi o índio o autor de aludida alcunha, que foi adotada pelos colonizadores. O veado, o ruminante, ao caminhar, cruza as patas traseiras, provocando o rebolado de suas ancas. O índio, arguto e calmo observador, com àquela sua natural e indiscreta visão licenciosa, viu semelhança do andar do homossexual, com o caminhar rebolativo do veado. Daí, nasceu a alcunha "abá-soó", que se traduz por: "aba" = homem e "soó" = veado, isto é, o homem que rebola como o veado. O padre jesuíta A. Lemos Barbosa, em sua original e fecunda gramática "CURSO DE TUPI ANTIGO", de 1956 (2a tiragem), nas Lições 23a e 60a, páginas 142 e 401, respectivamente, limita-se em traduzir o substantivo aposto "abá-soó", como "homem-bicho". Assim faz, no entanto, como exemplo gramatical do substantivo aposto, que modifica outro substantivo, como "complemento atributivo". Vê-se, sem dificuldade, que o citado gramático, tergiversou, premido pelo seu arraigado pudor, postura própria dos jesuítas, evitando definir a razão da alcunha ao índio homossexual.
O nome "Serra dos Órgãos" e seus derivados, em diversas regiões brasileiras, como aqui comentamos, para designarem àqueles pináculos de pedra, que despertavam nos índios visões e imagens sexuais ou eróticas, traduzem a envergonhada repugnância dos antigos cronistas do Brasil, principalmente os jesuítas, por suas costumeiras posturas pudicas, como dissemos no início deste estudo. Daí, ditos cronistas históricos, optarem pela expressão "Órgãos", como substituição dos nomes libertinos Tupis.
Frederico Fernandes Pereira
Artigo publicado no jornal "Correio da Lavoura" em 4 de junho de 2011.

www.fredericofernandespereira.blogspot.com/2011_06_01_archive.html

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domingo, 10 de julho de 2011

** NOTICIAS ANPUH-PR 10-07-2010

 
Veja em Noticias Anpuh- Pr http://www.pr.anpuh.org/

Destaque:

Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa - concurso de monografias

Chamadas:

Revista Cadernos de Pesquisa - CDHIS
Confluenze - Rivista di Studi Iberoamericani
Revista Brasileira de Estudos Estratégicos

Lançamentos:

Revista de História da Educação
Revista Espaço Ameríndio
Fênix - Revista de História e Estudos Culturais

Eventos:

III Seminário Nacional Gênero e Práticas Culturais
II Seminário: Práticas sociais, narrativas visuais e relações de poder
VIII Encontro do Centro-Oeste de História Oral




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    sábado, 9 de julho de 2011

    ** Edição 70, Sala de aula e mais

     

    Boletim eletrônico do site da Revista de História da Biblioteca Nacional

    10 Batalhas: Guerras que desafiaram o Brasil

    Juntamos um Exército de pesquisadores para escrever sobre uma dezena de combates que foram importantes na constituição de nossa nação. Há confitos mais conhecidos, como Monte Castello, já na Segunda Guerra Mundial, e outras menos famosas, como a Caiboaté, ainda no século XVIII, que resultou num massacre de índios no sul do país. Além disso, é possível ler todas as reportagens da seção "Em dia", como a que fala sobre as comemorações do centenário de Jorge Amado, que será celebrado ano que vem. [Confira]

    Sala de aula virtual e interativa

    Um lugar onde se ensina, se aprende e se compartilha. Assim é a sala de aula, e sua homônima virtual, aqui no site da Revista de História. O espaço é dedicado especialmente para professores e quem mais quiser ter contato com dicas para encarar uma classe cheia de alunos. Além de ter contato com dicas pedagógicas e o que acontece de novidade no mundo da educação, poderá ler os Encartes do professor, feitos sob medida a partir de artigos da RHBN, e trocar experiências nas salas específicas do fórum. [Confira]

    Descobridor do Brasil

    Grande homenageado da Flip de 2011, Oswald de Andrade tentou em diversos momentos "devorar" a cultura brasileira. Fizemos um apanhado do que foi publicado na RHBN sobre um dos principais nomes da Semana de Arte Moderna, do Antropofagismo e de outros movimentos culturais que moldaram a primeira metade do século XX. [Confira]

     Profissão quase regulamentada

    Projeto que regulariza o Historiador passa por mais uma comissão no Senado e segue para a etapa na casa, antes de ir para Câmara dos Deputados. Porém parlamentares criticam o projeto, dizendo que é apenas a burocratização do processo. [Confira]

    Histórico da criminalização das drogas

    Documentário sobre entorpecentes - que conta com a participação do ex-presidente FHC - e a liberação das Marchas da Maconha mostram a necessidade de se olhar como o assunto foi tratado ao longo dos anos: primeira lei antidrogas é do século XIX. [Confira]
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    ** Revolução de 1932 está no Acervo Folha

     
    Revolução de 1932 está no Acervo Folha

    90 anos

    Site do jornal na internet contém a íntegra dos textos publicados sobre o último grande conflito armado no país

    A "Folha da Manhã" e a "Folha da Noite", jornais que depois se uniriam na Folha, deram apoio aos constitucionalistas

    DE SÃO PAULO

    Último grande conflito armado em território brasileiro, a Revolução Constitucionalista de 1932, cuja eclosão completa 79 anos hoje, foi coberta com entusiasmo por "Folha da Manhã" e "Folha da Noite", dois dos três jornais que se uniriam em 1960 para formar a
    Folha.
    Essa adesão pode ser vista nas primeiras páginas do turbulento período de julho a outubro de 1932. Todas estão no Acervo Folha (acervo.folha.com.br), site que traz a íntegra dos textos do jornal desde 1921.
    Hoje historiadores contestam o uso de "revolução" para descrever o movimento e veem nele uma reação da elite paulista à perda do poder que exercera na República Velha, encerrada com o golpe que, em 1930, levou Getúlio Vargas à Presidência.
    Ao mesmo tempo, porém, eles julgam que a ação, mesmo derrotada, foi democratizante: resultou na eleição de Assembleia Constituinte em 1933 e, a partir de 1934, numa nova Constituição, principal reivindicação dos rebeldes.
    A insatisfação com Vargas transformou-se em conflito aberto em 23 de maio de 1932 -data que depois batizaria uma das principais avenidas da capital paulista. Nesse dia, após comícios no centro da cidade, houve choques violentos entre críticos e partidários do governo federal.
    A contracapa da "Folha da Manhã" de 24/5 citava a morte de três jovens oposicionistas: Miragaia, Martins e Camargo. No dia 28, também morreria o adolescente Dráusio Marcondes de Souza, 14. As iniciais dos quatro batizariam o M.M.D.C., movimento que visava derrubar Vargas.
    Em 10/7, o jornal anunciava que havia "estalado" na madrugada "amplo movimento pela reconstitucionalização". Era a revolta contra o governo, liderada por militares como o general Isidoro Dias Lopes e o coronel Euclides Figueiredo, pai do futuro presidente João Figueiredo.
    Nas semanas seguintes, a "Folha da Manhã" e a "Folha da Noite" assumiriam o discurso dos revoltosos. Ambos os jornais se empenharam em contestar as "mentiras da ditadura" -caráter que a gestão Vargas viria a assumir em 1937, com o Estado Novo- e em estimular a adesão dos leitores à causa constitucionalista.
    Ao longo de julho, as reportagens da "Folha da Manhã" falavam em "marcha triunfal" (12/7) e "gloriosas horas de civismo" (13/7). Em meados de setembro, a vitória constitucionalista era tida como "inevitável" (15/9).
    O panorama no front, porém, não correspondia a esse otimismo: os paulistas se renderam em 1/10, após quase três meses de guerra e um saldo oficial de 934 mortos.
    Os principais líderes foram cassados e deportados. Os meses seguintes, porém, confirmaram a informação de que Vargas escolheria um civil paulista para governar o Estado, publicada pela "Folha da Manhã" em 7/10.
    Em maio de 1933 foram feitas eleições para a Constituinte. E, em agosto daquele ano, Armando de Salles Oliveira, paulista e civil, assumiria o posto de interventor.


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    Fabrício Augusto Souza Gomes




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    ** Mesa-redonda: Arquivos da Repressão e da Resistência: desafios e perspectivas

     

    Governo de São Paulo
    apresenta
    no Memorial da Resistência de São Paulo
    Largo General Osório, 66 – Luz
    Auditório Vitae – 5º andar
     
    MESA REDONDA
    11 de julho, das 14h às 18h
    Arquivos da Repressão e da Resistência: desafios e perspectivas
    Os sistemas repressivos relacionados às ditaduras militares produziram e acumularam uma infinidade de documentos com o objetivo de identificar, prender e desaparecer com milhares de cidadãos contrários aos regimes em vigor. No que diz respeito à América Latina, foi criado um sistema de informação e cooperação internacional, que traz informações relevantes sobre os atentados aos direitos humanos. No entanto, como num efeito "bumerangue", esses mesmos documentos constituem-se nas principais testemunhas das violações do próprio sistema repressivo e, por isso, precisam ser preservados e difundidos nacional e internacionalmente.  
    Nesse aspecto, e de variadas formas, arquivos documentais estão sendo recuperados, preservados e tratados, e vêm sendo utilizados com diferentes propósitos – do desenvolvimento de pesquisas ao embasamento dos requerimentos de processos para a Comissão de Anistia e para as Comissões da Verdade – mas sempre tendo como ponto de partida o conhecimento e a busca pela Verdade e pela Justiça.
    Com o objetivo de trocar experiências no âmbito desses trabalhos, o Memorial da Resistência de São Paulo, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e o Núcleo de Preservação da Memória Política organizaram a mesa redonda "Arquivos da Repressão e da Resistência: desafios e perspectivas".
    Planejada para acontecer em dois momentos – apresentações seguidas de debate com profissionais que atuam em importantes instituições do estado de São Paulo, a mesa redonda pretende discutir questões como:
    - quais os grandes desafios (técnicos, de acessibilidade etc.) que as instituições, bem como outras iniciativas, têm enfrentado e quais as perspectivas?
    - qual o nível de interação e articulação presente entre essas instituições/iniciativas?
     
    PROGRAMA
    14h – Primeira Parte: apresentações
    Gustavo Meoño
    Coordenador do Archivo Histórico de la Policía Nacional (Guatemala)
     
    Lauro Ávila
    Diretor do Departamento de Preservação e Difusão do Acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
     
    Jair Krischke
    Conselheiro e fundador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (Porto Alegre, RS)
     
    15h30 – Segunda Parte: debate
    Heloísa de Faria Cruz
    Coordenadora do Centro de Documentação – CEDIC/PUC-SP (São Paulo, SP)
     
    Antonio Celso Ferreira
    Centro de Documentação e Memória – CEDEM/UNESP (São Paulo, SP)
     
    Aldo Escobar
    Presidente do Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro (São Paulo, SP)
     
    Marcelo Zelic
    Projeto Armazém da Memória e "Brasil: Nunca Mais" (São Paulo, SP)
     
    Sebastião Lopes Neto
    Projeto Memória da Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo (São Paulo, SP)
     
    Maurice Politi e Ivan Seixas
    Núcleo de Preservação da Memória Política (São Paulo, SP)
     
    Coordenação: Kátia Felipini Neves
    Memorial da Resistência de São Paulo
    Informações pelo telefone (11) 3335-4990
     
    Obs.: alguns participantes estão sujeitos à confirmação.
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    Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
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