Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

domingo, 11 de julho de 2010

GEHB ** [Carta O BERRO] TV Câmara lança o catálogo Baixe e Use / Este catálogo reúne 170 produções originais da TV Câmara.

Carta O Berro..................................................repassem



TV Câmara lança o catálogo Baixe e Use

A TV Câmara e a Comissão de Educação e Cultura lançaram, no dia 9 de Junho, o catálogo de vídeos Baixe e Use. Ele oferece material didático de boa qualidade para baixar gratuitamente. São mais de 170 documentários e reportagens especiais divididos por temas, disponíveis na página da TV Câmara.

As produções abordam assuntos como cidadania, direitos humanos e história política brasileira, sempre relacionados com os conteúdos
programáticos dos ensinos médio e fundamental.


O Baixe e Use foi criado para suprir as demandas da comunidade escolar e acadêmica, que solicita cópias dos programas da TV Câmara para uso em sala de aula. Saiba mais em


                                                                    
http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/?lnk=BAIXE-E-USE&selecao=BAIXEUSE



Catálogo de vídeos em alta resolução

Este catálogo reúne 170 produções originais da TV Câmara. São documentários, séries de reportagens, interprogramas informativos e matérias jornalísticas que podem ser usados como material audiovisual de apoio na sala de aula e em reuniões temáticas.
Os vídeos podem ser copiados e armazenados em qualquer computador ou pen-drive. Estão codificados em um formato que permite a reprodução em qualquer programa de execução de mídia como VLC, QuickTime Player, Windows Media Player, Media Player Classic, Real Video, etc.
As produções estão divididas por eixo temático e categoria de programas.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

GEHB ** Os judeus no Brasil

 


A história dos judeus no Brasil será tema do próximo encontro que a Revista vai promover no dia 20 de julho, às 16h, no auditório da Biblioteca Nacional. O encontro terá transmissão ao vivo pelo Twitter e em vídeo pela TV PontoCom.


Observatório

A Reforma da discórdia
As mudanças propostas para o Código Florestal instaurado em 1967 geram polêmica, discussão e levam muita gente a refletir e defender suas opiniões. [ leia mais ]

Restauração portuguesa no Brasil
O Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro faz intervenções no Palácio São Clemente para recuperar cerca de 10 mil peças do século XX. [ leia mais ]

Vale da música
A história cultural das fazendas de café mostra que jongo, calango e bandas de escravos enriqueceram a música brasileira e contribuíram para o surgimento de ritmos como o samba. [ leia mais ]

Canções ao luar
A 142 quilômetros do Rio de Janeiro, Conservatória preserva a memória da música popular brasileira com apresentações semanais, fazendo jus ao título de 'cidade da seresta’. [ leia mais ]

O café sem mitos
Em debate na Biblioteca Nacional, historiadores desfazem o mito que atribue o declínio da província do Rio de Janeiro à decadência do café no Vale do Paraíba Fluminense. [ leia mais ]

Feliz arquivo novo
Acervo de documentos e jornais raros é encontrado lacrado dentro de um armário na Universidade Federal de São Carlos, interior de São Paulo. [ leia mais ]

E mais...

Mestre Bimba
Depoimentos inéditos do pai da capoeira regional são recuperados a partir de uma velha fita de vídeo entregue em uma pequena emissora da cidade de Florianopólis. [ leia mais ]
Dois séculos de revista na internet
IHGB digitaliza todas as edições da publicação que é a mais antiga em circulação no Ocidente. [ leia mais ]
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

__,_._,___

GEHB ** [Carta O BERRO] A Operação Condor.(texto da Revista ADUSP) / A Escola das Américas / e um Depoimento sobre o golpe de 1964.


                                       


===================================================================================================================

Documentário com os comentários de Noam Chomsky, Eduardo Galeano, Michael Parenti e outros , sobre a política externa americana na América do Sul e América Latina.

                                                     


==========================================================================================================
 
Entre as mensagens que recebi, depois daqueles 3 artigos sobre "A falsa história nas escolas militares", está o depoimento que copio a seguir. Considero-o de importância histórica por revelar dados que até então não eram conhecidos. Como o assassinato de pessoas desarmadas pelas costas, por exemplo. O autor me autorizou a divulgar como desejasse este depoimento.


Depoimento sobre o golpe de 1964

José Emílio Gomes



Considerando que:

a-    diante da retórica dos opositores ao atual governo - note-se, não votei no Lula -, notadamente alguns oficiais reformados das forças armadas, saudosistas do golpe de 64, que, em pleno 2010, voltam com mesmo blá-blá-blá de que quem pensa diferente deles e do establishment anglo-americano é comunista, terrorista, subversivo, etc...;
b-    diante da forma distorcida como a grande mídia brasileira, logo após o golpe de 64, relatou os acontecimentos de março e do dia 1o. de abril de 1964, e alguns ainda o fazem hoje;
c-     diante da forma como o período de 1961 a 1964 foi passado para a história do Brasil, sendo transmitido aos jovens das escolas civis e, mais acentuadamente aos alunos das escolas militares, somente sob a ótica dos "vencedores", tratados como heróis, enquanto aos perdedores (talvez os verdadeiros brasileiros) restou as denominações de subversivos, terroristas, assassinos, covardes, comunistas, criminosos de lesa-pátria, etc...; 

optei por, pela primeira vez em minha vida, expor por escrito como vi e convivi naquele conturbado período, quando, simultaneamente, era empregado de uma multinacional, era vestibulando de engenharia, era aluno do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército e participava das atividades estudantis UNE no Rio de Janeiro - nos dias de hoje, isso seria considerado um contra-censo, mas era a realidade.

Por isso, passo a expor alguns fatos e acontecimentos que marcaram a minha vida na juventude e que me provocam revolta ao ver como foram passadas para os mais jovens a história do Brasil naquele período e modo como tratam de heróis os adeptos do golpe e de "traíras" (e outros adjetivos já citados) os que se opuseram ao mesmo, quando a verdade pode muito bem ser o oposto.

Em dezembro de 1962 ingressei no CPOR do RJ e, logo no início de 1963, eu, minha mãe e irmãs, nos mudamos para um apartamento maior no bairro da Glória, onde conheci e me tornei amigo de um vizinho que era Capitão do Exército (Cap. Collares), com o qual conversava praticamente só sobre política, nos sábados e domingos, na Praia do Calabouço.  Igualmente, no quartel, muito se conversava sobre política nacional e mundial.  Tanto que o Coronel Comandante do CPOR (não recordo o nome), na parada matinal, sempre aduzia aos seus pronunciamentos assuntos da política nacional, com constantes elogios ao Governador do Estado de Pernambuco, Miguel Arraes, e ao próprio Presidente da República, João Goula rt.  Observava-se um clima altamente democrático no meio militar, pelo menos no que tange ao respeito às autoridades democraticamente constituídas.

Nos últimos meses de 1963, o Capitão Collares me confidenciou que membros do Alto Comando das Forças Armadas estariam preparando um golpe para depor o Presidente  João Goulart e que, por isso, estariam sendo criados grupos de combate (os famosos grupos dos 11) para reação contra o suposto golpe.  Esses grupos estariam sendo coordenados pelo então Governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola.  O Capitão Collares era o comandante de um desses grupos e me convidou para integrá-los.  Embora concordasse com essa ação para a defesa das instituições constituídas, me esquivei de participar em razão de ser arrimo de f amília e ter que trabalhar para manter minha mãe e irmãs.  Mas atuei na retaguarda desses grupos mediante um trabalho de conscientização da situação junto aos colegas de trabalho (na multinacional), juntos aos colegas do vestibular e junto a alguns colegas do quartel, grande parte dos quais eram filhos da elite e, declaradamente, contra as políticas sociais e de autodeterminação do Governo Goulart.

De fato, as coisas começaram a ficar complicadas, e, no 13 de março de 1964, tive a primeira experiência de que havia uma forte cisão nas Forças Armadas, pois, para evitar que o Comício da Central tivesse repercussão, o Exército deslocou uma tropa para a Central do Brasil com o objetivo de, na base da porrada, dissipar a multidão que se deslocava pela Av. Presidente Vargas para assistir ao comício.   Eu, que fora dispensado do trabalho mais cedo, me dirigia à casa, quando, ao ver tão imensa multidão, não resisti e me dirigi  à Central do Brasil também.

Foi o primeiro ato de covardia, por parte do Exército, que assisti.  Centenas de soldados, comandados por um Sargento, espancavam com enormes cassetetes os trabalhadores e estudantes que seguiam em direção à Central do Brasil, tentando esvaziar o Comício.  Me revoltei com a atitude daquela tropa e, usando a minha identidade militar, convoquei o Sargento e ordenei que toda a tropa tomasse "posição de sentido", solicitando ao Sargento que me colocasse à frente do oficial que ordenou aquele ato covarde contra o seu povo (ou seu inimigo ?).  A multidão se postou em frente à tropa perfilada, demonstrando espanto pela atitude por mim tomada.  Foi quando voltou o Sargento acompanhado de um Capitão que, sem permitir qualquer ação de minha parte, me aplicou uma gravata e me levou, junto com o Sargento, arrastado para dentro do então Ministério da Guerra.  Inaugurei uma cela que, em poucas horas, estava completamente lotada por aqueles que protestavam da  ação covarde do Exército na Av. Presidente Vargas.  Fiquei detido por dois dias até que, numa das trocas de guarda do Ministério do Exército, o Oficial de Dia ao me perguntar por que eu estava preso, ao ouvir minha explicação, ordenou que abrissem a cela e me liberou.  Devia ser um Oficial dos "nossos", que reconhecia as autoridades democraticamente constituídas !

O segundo ato de covardia do Exército, que assisti, se deu exatamente no dia 1o. de abril de 1964.   Eram, mais ou menos, 13 horas da tarde quando eu almoçava no restaurante dos estudantes (Calabouço), próximo ao Aeroporto Santos Dumont.  Em dado momento, um estudante que ouvia seu rádio de pilha subiu em uma mesa e gritou: Está havendo um golpe no País!   O Exército está fazendo deslocamento de tropas em Minas e em São Paulo !
Todos pararam de almoçar, discursos foram feitos, informações truncadas eram ouvidas nas estações de rádio e os estudantes resolveram fazer uma caminhada até a Cinelândia, para lá convocar a população para um comício relâmpago.  Cerca de 500 estudantes se deslocaram pela Av. Beira Mar e Rua Santa Luzia convocando a população que se postava nas janelas do prédios para se juntarem a nós.  Reunimos alguns milhares de pessoas na Cinelândia, onde diversos discursos contra o "suposto" golpe foram realizados.  Em menos de uma hora de discursos, apareceram vários veículos da Polícia Militar cujos soldados passaram a nos atacar com cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo, as quais eram por nós devolvidas contra os PMs.  E assim ficou a "batalha" por mais de uma hora.  Nem um tiro, sequer, foi feito pelos soldados da PM. 

Um grande número de Oficiais do Exército a tudo assistiam, das janelas do prédio do Clube Militar, na esquina da Rua Santa Luzia com Av. Rio Branco, sem nada fazerem.

As notícias que vinham de algumas emissoras de rádio diziam que o Exército, no Rio de Janeiro, estava ao lado da legalidade, do Presidente da República.
Foi quando, com base nessas informações, por volta das 16 horas, os estudantes em avistando carros de combate do Exército se deslocando pela Rio Branco em direção à Cinelândia, deixaram a "batalha" com os PMs e correram para receber o Exército com ovação e palmas.  Que decepção !  Os soldados desciam dos carros de combate e, com seu mosquetões e metralhadoras portáteis, dispararam, covardemente, contra nós, estudantes e trabalhadores.  Passamos a correr à procura de abrigo.  Eu e um grupo de estudantes subimos as escadarias da Biblioteca Nacional para procurar abrigo em seu interior sob uma saraivada de bal as pelas costas.  Quatro colegas meus foram atingidos e morreram na escadaria da Biblioteca Nacional.  Permaneci escondido em algum local no 2o. andar até altas horas da noite.  De uma das janelas da Biblioteca, vi quando uns Soldados e Oficiais do Exército se dirigiram às escadarias e recolheram os corpos dos quatro estudantes mortos. Quando tudo já estava calmo, a Cinelândia deserta, desci e fui para casa.  Devia ser em torno de 23 ou 24 horas da noite.

Cheguei em casa, há menos de 3 km da Cinelândia, e não encontrei minha mãe. Só as minhas irmãs, todas menores, chorando.  Fiquei extremamente preocupado e sem saber o que fazer: dar suporte às minhas irmãs menores ou procurar por minha mãe na rua ?   Optei, momentaneamente, pela primeira hipótese.  Felizmente, pois, cerca de meia hora depois, minha mãe apareceu, porém toda ensanguentada!   O que houve, mãe  ?!

A terceira covardia do Exército, agora praticada pelos grandes "heróis", aqueles altos Oficiais do Exército que a tudo assistiam das janelas do Clube Militar, sem nada fazerem.  Pois é, segundo minha mãe, que também se encontrava na Cinelândia participando dos comícios populares, tão logo os carros de combate do Exército apareceram na Rio Branco, os tais "heróis" passaram, covardemente, a disparar suas pistolas contra a população.  Não sei quantos mataram ou feriram, mas pelo menos uma morte se deu: uma senhora morreu nos braços de minha mãe, com tiro partido de uma das janelas do Clube Militar e que atingiu a senhora pelas costas.
 
O golpe era realidade!  A mídia covarde e controlada pelos interesses das oligarquias nada publicaram sobre esses fatos no dia seguinte.  Nem falaram da multidão reunida no comício popular, nem falaram dos mortos e feridos resultantes do ato "heróico" praticado por membros do Exército Brasileiro.  Só saíram notícias enaltecendo a "coragem" das Forças Armadas em defesa do Brasil que iria ser entregue aos comunistas, etc......   Vide as notícias do O Globo, Jornal do Brasil, O Dia, etc.., no dia 02/04/64 e seguintes.

Situação normalizada (?) no País, volto às minhas atividades de Aluno do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva e tenho uma surpresa:  nosso Comandante não era mais o mesmo: desapareceu! Outra surpresa: no primeiro fim de semana após o golpe, vou à praia e não encontro o Capitão Collares.   Passam algumas semanas e os parentes do mesmo vão a sua residência e encontram o apartamento todo revirado.  Vão ao Exército e nenhuma notícia é dada a seu respeito.  Desapareceu mesmo!

No final de 1964 formo-me Aspirante a Oficial da Reserva do Exército e sou designado para estagiar no Regimento Escola de Infantaria (REI), na Vila Militar.   Como em 1965 o Brasil mandou parte das Forças Armadas para São Domingos, e a maioria dos Oficiais do Exército eram do REI, eu, que fui estagiar como Aspirante, virei Sub-Comandante da Companhia de Petrechos Pesados do Regimento e, como tal, passei a participar de vários cursos e atividades um tanto quanto sigilosas, sendo que algumas me causavam grande constrangimento e revolta, falando como brasileiro e nacionalista de fato.  Ouvi muita besteira doutrinária falada por altas patentes, nitidamente adestrados pelo eixo anglo-americano.

Numa manhã, como Oficial de Dia, tive que recepcionar um grupo de Coronéis do Exército Americano que veio ao Brasil para registrar em seus livros contábeis as armas e munições existentes em nosso quartel.  Senti vergonha de ser um Oficial do Exército Brasileiro e de ser brasileiro!  País submisso!  É esse o patriotismo daqueles militares da década de 60?  

Concluí meu estágio e minha vida militar em 1965.  Com tanta raiva e vergonha que senti, nem fui receber minha Carta Patente de Tenente do Exército.

Voltei à minha vida civil e, um dia, em 1967, saindo da faculdade, tarde da noite, me deparei com um sujeito esquelético e de olhos arregalados numa  rua deserta do bairro da Lapa.  Fiquei meio com medo, meio assustado.   Quando cheguei perto do sujeito, que surpresa!  Era o Capitão Collares.  Me dirigi a ele e perguntei:  Collares, o que houve com você, por onde você andava ?   E ele me respondeu, todo maltrapilho, olhando para o além com aqueles olhos arregalados:   eu fiz 6 cestas, eu fiz 6 cestas, eu fiz 6 cestas........  Não me respondia nada além disso.  Não tive como conversar com ele.  Estava louco, destruído.

Fui para casa e comentei com minha mãe que ficou de fazer contato com a família dele em São Luis-MA.

Pois bem, 3 dias depois, o corpo do Capitão Collares apareceu no Aterro do Flamengo, todo crivado de balas.   E o que é o pior que o seu assassinato: em 2005, após a Parada de 7 de setembro, nós, Oficiais da Reserva, nos reunimos no Bar Amarelinho para uma confraternização e recordar casos do nosso tempo de caserna, quando um colega, que é Delegado, fazendo alusão ao Capitão Collares, alegou que o mesmo tinha sido morto no Aterro do Flamengo, junto com outros elementos, em atos de pederastia.  Ou seja, além das torturas a que foi submetido no Exército, ainda levou a fama de pederasta.  Protestei, veementemente, pois o conhecia também na vida civil. Mais uma covardia do Exército!    

                             -x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Esses foram alguns dos atos heróicos, justiceiros e democráticos do nosso Exército em 1964, e essa foi, e às vezes ainda o é, a nossa Mídia democrática, isenta e comprometida com a verdade !


José Emílio Gomes
07/07/10 

quinta-feira, 8 de julho de 2010

GEHB ** XI Congresso Luso Afro Brasileiro - Chamada para GTs - Divulgar

 
XI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais
Diversidades e (Des)Igualdades
    Universidade Federal da Bahia
    Centro de Estudos Afro-Orientais
Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo 2 de Julho – CEP 40.066-180 – Salvador-BA
e-mail  conlab@ufba.br home page http://www.conlab.ufba.br/
 
 INSCRIÇÕES DE GRUPOS DE TRABALHO
Data Limite: 15/07/2010
(Última prorrogação)
 
A cidade de Salvador foi escolhida para abrigar, pela primeira vez, o Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, nos dias 12, 13, 14 e 15 de dezembro deste ano. O evento, que está em sua décima primeira edição, tem como tema as "Diversidades e (Des)Igualdades". Sua organização está a cargo de um comitê composto de pesquisadores de todas as universidades públicas da Bahia, com a coordenação do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia.
 
Especialistas em ciências sociais e humanidades de diversos países estarão reunidos para debater a diversidade e a complexidade de sociedades diferenciadas, nos mais variados aspectos, como é o caso dos países de língua portuguesa.
 
Convidamos grupos de dois a quatro pesquisadores doutores, oriundos de, pelo menos, duas instituições diferentes (e, de preferência, de países diferentes) para apresentarem propostas de Grupos de Trabalhos dentro dos seguintes eixos temáticos.
 
EIXOS TEMÁTICOS
 
1- Identidades, Poder e Política no mundo luso-afro-brasileiro.
2- Economias solidárias e sustentabilidade.
3- Religiões e Religiosidades: identidades e diversidades
4- Processos educativos e diversidades culturais.
5- Direitos e Cidadanias: inclusão, exclusão políticas públicas.
6- Sociabilidades plurais – intersecções de gênero, classe, família, raça/etnia.
7- Corpo, Saúde e Sexualidades.
8- Culturas, Sociabilidades Urbanas e Pluralismos Culturais.
9- Patrimônios culturais: Poder e Memória.
10- Territorialidades e Identidades: Migrações, deslocamentos, globalização e diversidade cultural.
11- Campo/cidade: uso de recursos ambientais, gestões e diversidade cultural.
12- Trabalho e diversidade cultural
13- Linguagens, Literaturas e Artes: diferenças e diversidades
14- Ciências e Tecnologias
15- Comunicação (em meios tradicionais e novos meios), diversidade e desigualdade
16- Relações Internacionais, Estado e Pluralidade Cultural: Conexões
 
As inscrições devem ser feitas online através da home page do evento http://www.conlab.ufba.br
 
Data limite: 15/07/2010
 
Após a aprovação dos Gt's serão reabertas as inscrições individuais.
 
Obs. A proposta de GT deve ser enviada em nome de apenas um dos componentes. Os outros componentes deverão ter seus nomes citados no corpo do resumo. 
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

GEHB ** Chamada II Simpósio Nacional em História da UNIOESTE 2010. [1 Anexo]

 
II SIMPÓSIO NACIONAL EM HISTÓRIA TRABALHO, CULTURA E PODER:
“O Ofício do Historiador”
De 31 de Agosto a 03 de Setembro de 2010 – UNIOESTE Campus de Marechal Cândido Rondon

Francisco de Goya, Fuzilamentos de 3 de maio em Madri (1814) – Museu do Prado, Madri
1. Apresentação
2. Inscrição de Comunicações
3. Proposição de Mini-Curso
4. Programação
5. Comissão Organizadora
6. Cronograma, Forma de Pagamento e Contatos
7. Promoção e Apoios
1. Apresentação
O II Simpósio Nacional em História – Trabalho, Cultura e Poder: “O Ofício do Historiador” / 2010 consiste na continuidade dos simpósios de história da Unioeste, inspirado especialmente no IX Simpósio em História / I Simpósio Nacional em História: Trabalho, Cultura e Poder / 2008. Na presente edição, porém, mantivemos somente a nomenclatura nacional do evento, prosseguindo com a periodicidade bienal. Além da temática permanente "Trabalho, Cultura e Poder", esta edição do simpósio propõe discutir ainda o tema do trabalho e do fazer do historiador, propondo refletir o campo da teoria da história. O objetivo deste simpósio nacional é realizar debates em torno de tais temáticas, viabilizando o intercâmbio de pesquisas e reflexões, criando oportunidades para a apresentação de trabalhos de investigação e práticas de ensino, publicando e divulgando os trabalhos apresentados. A temática "Trabalho, Cultura e Poder" permite articular discussões sobre as diversas práticas sociais historicamente construídas e as diferentes relações sociais e sua historicidade, apreendendo-se as relações entre história e poder de forma ampla, presentes nas diversas dimensões da vida social, política, cultural e econômica, bem como as múltiplas práticas de contestação, subordinação ou consenso à ordem social. Nas relações entre história e práticas sociais, abrem-se possibilidades de compreender os processos sociais vividos e construídos por sujeitos, indivíduos e coletivos, em meio a tensões e conflitos, historicamente experimentados e reelaborados. Este II Simpósio Nacional em História – Trabalho, Cultura e Poder: "O Ofício do Historiador" é voltado aos estudantes, pesquisadores e profissionais da área de História e áreas afins, aos professores e acadêmicos de instituições de ensino do Brasil e da América Latina.
2. Inscrição de Comunicações
As comunicações deverão ser inscritas junto aos Simpósios Temáticos. Assim, a inscrição deverá indicar o Simpósio Temático da comunicação, dentre os cinco listados a seguir:
ST. Cultura. Compreende estudos das práticas culturais entendidas como espaços de vivência de relações sociais, de poder e de construção de sentidos, em suas diferentes formas de expressão. Ocupa-se da reflexão acerca de processos coletivos de construção de identidades – classe, gênero, étnicas, nacionais, regionais, dentre outras, além de problematizar questões com base em diferentes formas e interpretações de linguagens. Propõe-se ainda a investigar a constituição de espaços e territórios, a partir das experiências dos sujeitos sociais.
ST. Trabalho. Abarca processos históricos transcorridos no Brasil e na América Latina na contemporaneidade, no que se refere às diversas práticas dos sujeitos, coletivos e individuais, em suas diversas articulações com o social, na produção e transformação das relações de trabalho e das instituições. Apresentam-se como temas de interesse os movimentos constituídos pelos trabalhadores, as organizações partidárias e sindicais, as práticas cotidianas dos trabalhadores, no campo e na cidade, as construções de sentidos e significados por e sobre estes sujeitos, enquanto uma prática social, na historiografia e nas memórias.
ST. Poder. Reúne estudos das práticas sociais relacionadas ao Poder, abarcando aspectos diversos das relações estabelecidas entre os agentes sociais e no âmbito das mais variadas organizações e corporações da sociedade civil. Visa discutir a construção de hegemonias no âmbito da sociedade civil e da sociedade política e as disputas em torno do poder, abrangendo esferas diversas, como a gestação e a afirmação, a crítica e a contraposição de projetos sociais, as elaborações intelectuais e as políticas partidárias, a
organização dos diferentes grupos e classe sociais, a constituição de aparelhos privados de hegemonia, o gerenciamento e a disseminação de ideologias e projetos sociais.
ST. História Intelectual. Fruto de uma realidade sócio-cultural específica, o intelectual, no sentido amplo do termo, encontra-se intimamente ligado a seu contexto histórico. Somente a particularidade desse contexto poderá revelar a singularidade desse intelectual. Este simpósio tem por objetivo também discutir pressupostos teóricos e metodológicos da e para a história intelectual e a história dos intelectuais. Assim, objetiva-se entender a posição assumida por atores e autores, que em diversas épocas da história, de alguma forma, interferiam no contexto que viviam e circulavam.
ST. História e Gênero. Analisar historicamente a construção social das identidades feminina e masculina e a forma de relação social que se estabelece entre mulheres, entre homens e entre mulheres e homens. O debate vincula-se a questões que permeiam gênero e sua trajetória histórica – debate historiográfico – acerca da construção da categoria, bem como a reflexão sobre a desnaturalização dos papéis femininos e masculinos, social e historicamente construídos. Promover a análise dos pressupostos teóricos e metodológicos usados para a construção da história das relações de gênero. Também propomos a análise da história da família e das mulheres no Brasil.
As comunicações deverão especificar os seguintes elementos: Proponente; Instituição a que se vincula; Título, Resumo (a ser publicado, com mínimo de 10 e máximo 15 de linhas, fonte Times New Roman 11, espaço simples, em arquivo do Word, contendo Objeto da Pesquisa; Problematização, Fontes e Metodologia e Conclusões); O resumo pode ser enviado por e-mail (o recebimento será acusado pela Comissão Organizadora).
Cada comunicação pode ter, no máximo, dois autores, desde que seja apresentado conjuntamente por ambos. O orientador não deve ser considerado como co-autor. É imprescindível que a apresentação do trabalho seja feita pelo(s) próprio(s) autor(es).
Estudante de graduação poderá apresentar trabalho nas seguintes condições: 1) Trabalho de Conclusão de Curso ou monografia em vias de conclusão, identificando o orientador e com anuência deste; 2) Trabalho de Iniciação Científica em desenvolvimento, ou concluído há, no máximo, um ano, identificando o orientador; 3) Quando vinculado a projeto de pesquisa, como discente colaborador, identificando o projeto a que se vincula a comunicação e com anuência do coordenador do projeto. Não serão aceitas comunicações que não atendam os requisitos acima relacionados.
O texto final deverá ser enviado para o e-mail do evento (iisimposionacionalhistoria@yahoo.com.br) até 03/09/2010, contendo de 8 a 12 páginas, espaço 1,5, fonte Times New Roman 12, em arquivo do Word, notas e indicações bibliográficas de rodapé, sem bibliografia final. O trabalho será publicado no sítio eletrônico do evento e nos Anais em DVD-ROM.
3. Proposição de Mini-Curso
Os mini-cursos terão carga horária de 4 (quatro) horas/aula, com temática ligada à área do Simpósio, voltando-se, no que se refere à abordagem e constituição do programa, para a formação de estudantes e de profissionais que atuem no Ensino Fundamental e Médio. O (s) proponente(s) deverá(ão) ter, no mínimo Mestrado. Não serão aceitas propostas com mais de dois proponentes. A proposta deve conter: Ementa, Objetivos, Programa, Metodologia e Bibliografia (20 a 30 linhas, Times New Roman 11, espaço simples, arquivo do Word). Os ministrantes dos mini-cursos não serão financiados pela organização do evento.
4. Programação
TERÇA-FEIRA, dia 31/08/2010.
8:00-9:30 – Inscrição e Credenciamento
9:30-11:30 – Conferência de Abertura: “O Ofício do Historiador” – Prof. Dr. Luis Fernando Cerri (UEPG)
13:30-15:30 – Simpósios Temáticos
15:30-17:30 – Mesa Redonda : “Terra, Poder e Fronteiras”
Prof. Dr. Paulo José Koling (UNIOESTE)
Prof. Dr. Adelar Heinsfeld (UPF)
Prof. Dr. Márcio Both (UNIOESTE)
19:30 – Mesa Redonda: “Estado e Poder”
Profa. Dra. Sônia Regina Mendonça (UFF)
Prof. Dr. Edmundo Fernandes Dias (UNICAMP),
Profª. Drª. Maria Letícia Corrêa (UERJ)
Prof. Dr. Gelsom Rozentino (UERJ)
QUARTA-FEIRA, 01/09/2010.
8:00-12:00 – Mesa redonda: “Intelectuais, trajetórias e poder”
Prof. Dr. Marcos L. Ehrhardt (UNIOESTE)
Prof. Dra. Débora E. Andrade (UNIOESTE)
Prof. Dra. Márcia R. Carneiro (UFF)
Prof. Dr. Fábio Ruela de Oliveira (UNIOESTE).
13:30-15:30 – Mini-cursos.
16:00-18:00 – Simpósios Temáticos
19:00-20:00 – Lançamento de Livros.
20:00 – Conferência: “Um Crítico da Cultura e Teórico da História: Siegfried Kracauer” – Prof. Dr. Carlos Eduardo Jordão Machado (UNESP- Assis/SP)
QUINTA-FEIRA, dia 02/09/2010.
8:00 -12:00 – Mesa redonda: “Cultura e fronteiras e a interdisciplinaridade”
Prof. Dr. Geraldo Augusto Pinto (UNIOESTE /Foz do Iguaçu)
Prof. Dr. Tarcíso Vanderlinde (UNIOESTE) Prof. Dr. Valdir Gregory (UNIOESTE)
14:00- 18:00 – Simpósios Temáticos
19:30 – Mesa Redonda: “As hidrelétricas e a cidade: memórias e conflitos socioambientais.”
Prof. Dr. Marcos Montysuma (UFSC)
Prof. Ms. Cezar Karpinski (UFSC)
Prof. Dr. Robson Laverdi (UNIOESTE)
Profª. Drª. Geni Rosa Duarte (UNIOESTE)
SEXTA-FEIRA, dia 03/09/2010.
8:00-12:00 – Mesa Redonda: “Trabalhadores em Indústrias no Oeste do Paraná”
Prof. Dr. Antônio de Paula Bosi (UNIOESTE)
Prof. Dr. Marcelo Carvalhal (UNIOESTE)
13:30-15:30 – Mini-Cursos
16:00-18:00 – Simpósios Temáticos
19:30 – Conferência de Encerramento: "Clio e seus artífices: Cultura Historiográfica Contemporânea." Prof. Dr. Astor Antonio Diehl (UPF)
5. Comissão Organizadora
Prof. Dr. Fábio Ruela de Oliveira (Coordenador); Prof. Ms. Alexandre Blankl Batista; Prof. Dr. Antonio de Pádua Bosi; Profª. Drª. Aparecida Darc de Souza; Profa. Ms. Carla Cristina Nacke Conradi; Profª. Drª. Carla Luciana Souza da Silva; Prof. Dr. Davi Félix Schreiner; Profª. Drª. Débora El-Jaick de Andrade; Profª. Drª. Geni Rosa Duarte; Prof. Dr. Gilberto Grassi Calil; Profª. Drª. Ivonete Pereira; Prof. Ms. Luis Fernando Guimarães Zen, Prof. Ms. Marcos Alexandre Smaniotto; Prof. Dr. Marcos Nestor Stein; Prof. Dr. Marcos Luís Ehrhardt; Profa. Ms. Maria José Castelano; Prof. Dr. Paulo José Koling; Prof. Dr. Robson Laverdi; Profª. Drª. Sarah Iurkiv Gomes Tibes Ribeiro; Prof. Dr. Vagner José Moreira; Prof. Dr. Valdir Gregory. Funcionária: Fabíola Carla M. de S. Lunardelli. Acadêmicos: Daniele Brocardo, Diná Schmidt, Douglas Voks, Fagner Guglielmi, Kleyne Lance, Marcos Oliveira, Poliane Brunetto, Rosana Déa Gonsalves, Renata Aparecida Ribeiro.
6. Cronograma, Taxa de Inscrições e Contatos
Cronograma
Proposição de Comunicações e Mini-Cursos: de 08/07/2010 a 10/08/2010.
Prazo limite de pagamento para inscrições de comunicações: 10/08/2010.
Entrega do texto final: 03/09/2010 (por e-mail)
Inscrição de ouvinte: 26/07/2008 a 31/08/2010.
Divulgação dos aceites das comunicações: 20/08/2010.
Taxas de Inscrições
*Graduandos – ( ) ouvintes e mini-curso: R$ 10,00.
( ) com apresentação de trabalho e mini-curso: R$20,00.
*Professores do Ensino Superior, do Ensino Fundamental e Médio (Professores PDE), pós-graduandos e demais participantes; ouvintes ou com apresentação de trabalho e mini-cursos: R$ 20,00.
Banco Itaú – Agência 2967 – C/C Nº 05315-4 Fundecamp
A ficha de inscrição, em anexo, poderá ser preenchida e remetida por e-mail, mas é indispensável informar os dados do pagamento (data, valor e número do protocolo) e apresentar o comprovante original do pagamento no momento do credenciamento.
Contatos: E-mail: iisimposionacionalhistoria@yahoo.com.br – Fone: (45) 3284-7863
Informações: http://www.unioeste.br/ [Unioeste Eventos]
7. Promoção e Apoios
Promoção: Colegiado do Curso de História; Programa de Mestrado em História, Poder e Práticas Sociais.
Apoios: CNPq / Fundação Araucária / Caixa Econômica Federal / UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon / Pró Reitoria de Extensão / Pró Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa / Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras (CCHEL) / Núcleo de Pesquisa e Documentação sobre o Oeste do Paraná (CEPEDAL) / FUNDECAMP / Laboratório de Ensino de História (LEH) / Centro Acadêmico Zumbi dos Palmares.

AGRADECEMOS SE ESTA CHAMADA FOR DIVULGADA E
ENCAMINHADA A POSSÍVEIS INTERESSADOS.
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

quarta-feira, 7 de julho de 2010

GEHB ** África mais acessível

 

Fonte: JC e-mail 4047, de 07 de Julho de 2010.
 
 África mais acessível
Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP) começa a disponibilizar na internet documentos e livros raros que tratam de temas como história, geografia e escravidão no continente do século 16 ao 19

O projeto Brasil África, que tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular, já construiu a base de dados sobre os documentos para facilitar a pesquisa detalhada das referências e começa a digitalizar imagens.

De acordo com a Márcia Moisés Ribeiro, pesquisadora do IEB e coordenadora do projeto, o objetivo é permitir o acesso a livros e documentos raros sobre o continente africano.

"O IEB possui uma das mais importantes bibliotecas de livros raros de São Paulo. A ideia foi construir um banco de dados para reunir informações sobre esses documentos e obras que, em seguida, serão digitalizados e disponibilizados", disse à Agência FAPESP.

Márcia atualmente desenvolve o projeto de pesquisa "Medicina e escravidão nas dimensões do universo colonial: a América portuguesa e o Caribe francês no século 18", que será concluído no fim do ano.

O site já conta com informações detalhadas sobre cada documento selecionado. "Há dados sobre autor, obra, data e local da publicação. A base de dados traz também um breve resumo de cada documento indicado", explicou.

É possível encontrar documentos que envolvem as mais diversas áreas sobre o continente, como história, geografia, medicina, religião e temas relacionados ao tráfico de escravos.

"São livros raros de viagem, de medicina, sobre a fauna e flora, além da história e das religiões africanas. Sobre a escravidão, há assuntos relacionados ao comércio e tráfico negreiro, como condições da travessia desses escravos, entre outros temas", disse Márcia.

O processo de digitalização dos documentos da base de dados foi iniciado em maio e a previsão é que até o fim deste ano todas as obras estejam disponíveis no site.

A pesquisadora estima a existência de cerca de 600 documentos e livros raros sobre a África nas várias coleções do IEB. "Até agora trabalhamos apenas com os documentos da biblioteca do IEB, que tem cerca de 300 documentos que já estão no banco de dados, mas ainda não disponíveis na versão digital, que será disponibilizada em julho. A próxima etapa será a documentação do arquivo, no qual se encontram os manuscritos", destaca.

Nos manuscritos há diversas correspondências entre governantes da África e governadores das capitanias brasileiras. "É uma documentação rica, sobretudo porque muitos são documentos únicos", disse Márcia.

Divulgar e preservar

De acordo com a historiadora, a ideia surgiu a partir de sua própria pesquisa. "Trabalho com história da medicina e escravidão no período colonial e, ao ter contato com o material no IEB, percebi que o instituto guardava documentos e livros importantes para historiadores", contou.

Grande parte dos temas envolvendo o continente africano, segundo ela, era estudada principalmente pela relação com a escravidão. "Mas, nas últimas décadas, outros temas relacionados à África têm despertado interesse de pesquisadores. A história do continente, por exemplo, só passou a ser obrigatória como disciplina há cerca de dez anos, nos programas das universidades. Mas ainda é restrita, quando comparada com a história da América, por exemplo", destacou.

Márcia salienta que, ao ampliar o acesso a textos e imagens raras - com possibilidades de impressão -, será possível estimular os estudos de forma geral sobre o continente.

"Além de democratizar o acesso pela internet, a digitalização é uma forma de preservar as obras raras, evitando o manuseio excessivo e desgaste", disse.

(Alex Sander Alcântara)
(Agência Fapesp, 7/7)

__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

__,_._,___

GEHB ** Fernando Henrique revê Gilberto Freyre

 

Fernando Henrique revê Gilberto Freyre

Para FHC, Freyre era mais avançado que seu tempo. Aqui, o escritor e seus licores, fotografado em 1980 por Hélio Campos Mello
Por Amilton Pinheiro
Revista Brasileiros
Foto: Hélio Campos Mello
Já se sabia que Gilberto Freyre (1900-1987) seria o grande homenageado da oitava edição da Feira Literária Internacional de Paraty, a Flip. Comemoram-se os 110 anos do nascimento do sociólogo pernambucano. Surpresa ocorreu quando foi divulgada a programação do evento, que terá início em 4 de agosto, com uma mesa formada pelo sociólogo e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e o cientista político Luiz Felipe de Alencastro, debatendo o tema Casa Grande e Senzala – Um Livro Perene. A principal obra de Freyre, lançada em 1933 é – e sempre será – um marco do pensamento social no Brasil. Por que então a surpresa?
Pois bem, Fernando Henrique faz parte da geração de sociólogos que despontou na Universidade de São Paulo, nos anos 1950, tecendo críticas veementes ao "Mestre de Apipucos" – como Freyre, narcisista assumido, gostava de ser chamado, sendo Apipucos o bairro do Recife onde se fixou depois de estudar seis anos nas universidades de Baylor e Colúmbia, nos Estados Unidos.
Em linhas gerais, o grupo da USP, tendo à frente Florestan Fernandes, se insurgia contra duas teses de Freyre, que enxergava uma "democracia racial" no Brasil e via cordialidade nos nossos colonizadores: "Os mais cristãos dos colonizadores modernos". Os sociólogos centrados em São Paulo consideravam essa visão romantizada. Tornou-se famosa a frase de Florestan Fernandes, ao definir a questão étnica no País: "O brasileiro tem preconceito de ter preconceito". Em miúdos, para ele democracia social era um mito.
As desavenças tornaram-se maiores a partir de 1964, após o golpe militar, por razões políticas. Enquanto Florestan Fernandes, Fernando Henrique e demais integrantes do grupo da USP perdiam os cargos de professores e se viam perseguidos pelo novo regime, o "Mestre de Apipucos" passava a tecer loas à ditadura. Mais tarde, inclusive, defendeu o AI-5. O choque era inevitável.
Agora, a Editora Global está reeditando a vasta obra de Gilberto Freyre. Entre as novidades, Fernando Henrique Cardoso assina o prefácio de Casa Grande e Senzala. Será lançado, também, um inédito de Freyre, o livro de memórias De Menino a Homem, que abrange o período de 1930 a 1984 em que, entre outras confissões, o sociólogo pernambucano aborda um caso homossexual que teve na Alemanha. Esta foi a entrevista que FHC concedeu à Brasileiros, por e-mail:
Brasileiros – Em uma entrevista a Folha de S.Paulo, o senhor disse que a Universidade de São Paulo (USP), particularmente em função das ideias do sociólogo Florestan Fernandes, "ajudou a ofuscar a faceta mais inovadora da obra de Gilberto Freyre". Qual seria essa faceta? O senhor reconhece que Gilberto Freyre "estava anos luz à frente da USP no que diz respeito à ideia de miscigenação com um valor". Fale-nos um pouco a respeito.
Fernando Henrique Cardoso – Não foi só Florestan Fernandes. Todos nós, da USP dos anos 1950, estávamos obcecados por formar a sociologia como uma disciplina "científica". Gilberto e muitos dos que nos antecederam pareciam-nos, então, "ensaístas". Suas conclusões não se baseavam em pesquisas rigorosas. Por isso, tivemos dificuldade em ver que, embora fosse assim – e nem sempre, pois Gilberto Freyre também fez pesquisas -, muitos dos trabalhos anteriores à escola sociológica de São Paulo iluminaram aspectos importantes da formação brasileira, destacando-se o próprio Gilberto Freyre entre os dois ou três autores mais importantes. E não só por ter chamado a atenção para o significado da miscigenação como um valor.
Brasileiros – A crítica mais frequente ao trabalho de Gilberto Freyre é a ideia da "democracia racial". No entanto, o historiador Alberto da Costa e Silva sustenta que Freyre usava essa definição com restrição e hesitação. Inclusive, já em Casa Grande e Senzala, tratava do sadismo que imperava no regime escravista brasileiro e reconhecia com nitidez as formas diferentes da escravidão nos Estados Unidos e no Brasil e nas relações entre senhores e escravos. Enfim, qual a posição de Freyre a esse respeito?
F.H.C. – Tem razão Costa e Silva. Mas a ideia de uma "democracia racial", embora apontasse para as diferenças de situação entre o que ocorreu nos Estados Unidos e no Brasil, não se sustentava, como não se sustenta. Essa foi uma das razões que distanciou os sociólogos paulistas que estudaram os negros e o preconceito da obra de Gilberto Freyre.
Brasileiros – Como o senhor enxerga a atualidade da obra de Freyre? E quais os pontos em que ela deixou de ser elucidativa para a compreensão da formação da nossa nação e do nosso povo?
F.H.C. – Acho que Freyre criou um "mito fundador". Ao idealizar a democracia racial e ao edulcorar o relacionamento entre negros e brancos, ele ajudou a propor um ideal. Algumas de suas descrições e interpretações não têm sustentação nos fatos, mas a reiteração de que "somos mestiços" e o engrandecimento dessa mestiçagem são elementos positivos na aceitação de modelos de conduta não-discriminatórios. Há mais do que isso: Gilberto foi precursor da moderna Sociologia da vida cotidiana e de olhar o País, não apenas pela ótica da classe dominante, apesar de haver, como já dito, mitificado a relação casa grande-senzala. Olhou para a cozinha, para as receitas, olhou para os anúncios dos jornais. Enfim, inovou na temática e na metodologia.
Brasileiros – Como avalia a multiplicidade de elementos usados por Freyre para desenvolver suas pesquisas, como Sociologia, Antropologia, Psicologia, História e Economia?
F.H.C. – Novamente, ao não se ater aos limites formais de cada disciplina; ao ser, como se diz agora, interdisciplinar em suas abordagens, ele foi precursor.
Brasileiros – O senhor reconhece que, mesmo cometendo alguns exageros em suas análises, Gilberto Freyre tinha audácia de pensar. Esse elemento parece ter se perdido de vista da maioria dos nossos intelectuais, dos nossos pensadores?
F.H.C. – Concordo plenamente.
Brasileiros – A Editora Global lançará De Menino a Homem, que traz, entre outras coisas, relatos íntimos de Freyre acerca de suas experiências sexuais. Ele é um dos poucos intelectuais que tratou abertamente da sua sexualidade e a do Brasil. Por que esse tema ainda é visto com ressalvas no meio acadêmico e na própria sociedade brasileira?
F.H.C. – Esse tema é tratado com reserva em toda parte, e não só no Brasil. Aliás, talvez a sociedade brasileira seja menos tímida em aceitar a discussão da sexualidade do que muitas sociedades ocidentais, para não mencionar outras culturas que têm uma relação ainda mais difícil ao lidar com temas sexuais. O fato de Gilberto Freyre ter aberto espaço até mesmo no plano pessoal para discutir o comportamento sexual mostra o quanto ele era mais avançado que seu tempo.
Brasileiros – Nas últimas três décadas, a historiografia brasileira vem sendo reavaliada, com novas interpretações. Uma delas se debruça sobre o período colonial. No livro História do Brasil com Empreendedores, Jorge Caldeira mostra que – diferentemente de autores como Caio Prado Júnior, que focavam apenas o mercado exportador – nossa economia colonial tinha um mercado interno dinâmico, com empreendedores, fazendo com que nossa economia crescesse mais que a da metrópole, Portugal. O senhor conhece o livro? Qual sua opinião? Como fica a obra de Gilberto Freyre nesse novo panorama da historiografia?
F.H.C. – Claro que conheço o livro do Jorge Caldeira. Este último e os demais. Especialmente, convém ler Um Banqueiro do Sertão, que ajuda a fundamentar as interpretações expostas na História do Brasil com Empreendedores. As adições interpretativas de Caldeira não diminuem, obviamente, o significado pioneiro das obras de Caio Prado e de Oliveira Vianna (a quem, aparentemente, o primeiro devia mais do que reconhecido), mas ajudam a ampliar nosso conhecimento e nosso horizonte interpretativo. Como Gilberto Freyre baseou suas análises mais na sociedade que na economia, apesar de implicitamente adotar a dicotomia grande proprietário-escravidão, as críticas de Jorge Caldeira não o atingem diretamente.
Copyright 2008 Brasileiros Editora Ltda / Anuncie / Assine
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

__,_._,___

terça-feira, 6 de julho de 2010

Re: GEHB ** UMA PASSADA PELA ECONOMIA BRASILEIRA NO SECULO XIX

 
Prezados: algumas considerações sobre a discussão. Na época em debate, no início do século 19, não podemos falar literalmente de "economia brasileira", categoria plenamente funcional apenas a partir dos anos 1930. Nesse então, o Brasil era um Estado que não constituíra ainda uma nação. O café não foi a solução da economia exportadora nacional, mas da produção escravista exportadora do Centro-Sul, o que não é a mesma coisa. A desorganização da economia haitina é de fins do século 18 - a produção cafeicultora fluminense, das primeiras décadas do século seguinte. Não há relação causal determinante. A produção cafeicultora apoiou-se essencialmente na mão de obra escravizada e não imigrante, que, nessa época, foi dirigina essencialmente para o sul do Brasil, onde se estabeleceram como colonos-camponeses. Os imig.rantes substituiriam os trabalhadores escravizados apenas a partir de meados dos anos 1880, quando da crise da escravidão, e impulsão da produção cafeicultora. As ferrovias e os navios a vapor são de inícios da segunda metada do século 19, e reforçam, e não fragilizam a escravidão. O mercado e a indústria no final da monarquia e na República Velha foram essencialmente regionais, e não nacionais. abraço MM

Subject: GEHB ** UMA PASSADA PELA ECONOMIA BRASILEIRA NO SECULO XIX
 
UMA PASSADA PELAECONOMIA BRASILEIRA NO SECULO XIX
No inicio do século XIX a economiabrasileira encontrava-se em decadência, principalmente pelo fato dasexportações brasileiras de açúcar estarem em declínio, a Europa produzia açúcaratravés da beterraba, as exportações de algodão eram substituídas pela produçãonorte-americana, com esses problemas o Brasil encontrava dificuldade de seinserir no mercado internacional, e ao mesmo tempo não tinha um mercado internoque pudesse o ajudar nessa situação, o que dificultava uma revoluçãoindustrial.
 O Brasil precisava aumentar suas exportações afim de financiar sua balança comercial deficitária, na mesma época o cafécomeça a surgir no entorno do Rio de Janeiro, mais adiante expandiu-se  para o Vale do Paraíba e por todo oestepaulista, e o café foi a solução para o problema das exportações brasileiras, essasexportações ganharam ainda mais força após a desorganização política eeconômica do Haiti.
Contando com terras, mão de obraem abundância, uma massa trabalhadora formada principalmente por imigranteseuropeus, e um transporte a base de mulas, o Brasil se aproveitou muito destemomento, principalmente com o preço do café em alta, mas durante este processode expansão o café se mostra inelástico, e com uma produção cada vez maior ocafé entra em crise, mas até este momento o setor cafeeiro já conseguiraacumular lucros, lucros estes tiveram um aumento significativo com a chegadadas ferrovias e navios movidos a vapor, que fizéramos custos caírem. E o Brasiljá tinha uma população maior, que aumentou com a chegada de imigrantes, quevinham abastecer a produção cafeeira a traziam junto, seus conhecimentos maisavançados principalmente em relação à indústria, e também produzia uma Mao deobra assalariada, que distribuiu mais demanda oriunda das exportações cafeeira.E estes pontos citados anteriormente possibilitaram o surgimento de um mercadomaior e complexo de indústrias internamente.
                O surgimento deste mercado foiajudado com uma política cambial de desvalorização da moeda nacional, quefacilitavam as exportações, e no caso das importações adotou-se uma políticaseletiva que incentivava a importação de bens de capital e matéria prima, e asexportações brasileiras tiveram mais uma ajuda, que foi o inicio da 2ª guerramundial que provocou um aumento na demanda internacional.
                                                                                                                                  José Torres Neto     
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
.

__,_._,___

Arquivo do blog

Seguidores do Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB.