Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

TV Senado estreia documentário "Brasil no olhar dos viajantes"

TV Senado estreia documentário "Brasil no olhar dos viajantes"

No dia 22 de dezembro, às 21h30, a TV Senado estreia o primeiro episódio da série "Brasil no olhar dos viajantes", um documentário sobre os relatos das primeiras viagens feitas ao país e a influência que eles tiveram na construção da nossa imagem perante o mundo e entre os próprios brasileiros.

O primeiro documentário percorre o período compreendido entre os séculos XVI e XVIII.  Apesar da restrição imposta por Portugal para a vinda de outros navegantes europeus após o descobrimento, franceses e holandeses, em suas tentativas de colonização no t! erritório brasileiro, bem como os ingleses e alguns aventureiros, entre eles o alemão Hans Staden, deixaram registros de sua passagem por estas terras.

Com a participação de historiadores, sociólogos e pesquisadores, "Brasil no olhar dos viajantes" mostra os testemunhos de homens que viram um país ainda desconhecido, primitivo e exótico tecer as bases de sua sociedade e de sua história. A reprise do documentário será exibida nos seguintes dias e horários: sábado, 22 – 21h30 / domingo, 23 – 12h30 / segunda, 24 – 19h00 / terça, 25 – 17h00 / sábado, 29 – 14h30 / domingo, 30 – 20h30/ segunda, 31 – 23h00.

Fonte: UFOP
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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
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Divulgação de Livro - História e Energia - Memória, informação e energia




Amigos,

é com enorme satisfação que apresentamos o livro "História e Energia - Memória, informação e energia", organizado por Gildo Magalhães. Este livro conta com um Capítulo escrito por mim e pelo Dr. Leonam dos Santos Guimarães, cujo título é "Marcos históricos da geração elétrica nuclear no Brasil".

O livro contou com financiamento da FAPESP, foi publicado pela editora Alameda e lançado no último dia 11 de dezembro. A obra é resultado das apresentações de historiadores e especialistas em Energia, que participaram do 3º Seminário Internacional História e Energia. Memória, informação e sociedade, ocorrido entre os dias 1° e 4 de setembro de 2010, em São Paulo.

Segue link da editora Alameda:http://www.alamedaeditorial.com.br/historia-e-energia-memoria/

Esperamos que gostem! 
Sobre o organizador: Gildo Magalhães é formado em engenharia eletrônica pela Escola Politécnica e é doutor em História Social pela USP, onde atualmente é professor livre-docente de história das ciências e técnicas. Realizou pós-doutorado no Instituto Smithsonian (EUA) e é pesquisador do Centro de História da Ciência da USP e do centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa. Publicou diversos livros, ente eles estão: Força e Luz e Introdução à Metodologia da Pesquisa, além de diversos artigos em revistas nacionais e estrangeiras. É responsável pela coordenação de história geral do Projeto Eletromemória.


RELEASE

História e Energia
Memória, informação e sociedade


Nos dias de hoje, existe um consenso mundial de estamos vivendo um momento decisivo no se refere às escolhas das fontes de energia que fazem a economia e nossa vida cotidiana funcionarem. Neste livro, essas escolhas são debatidas por profissionais de várias áreas, coordenados por um dos mais experientes pesquisadores sobre o assunto do país, Gildo Magalhães. Nos artigos que compõe o volume, mais até que os debates calorosos sobre a reordenação das finanças e das economias globais, o que o tema da energia põe em perspectiva é a própria sobrevivência e o destino da humanidade. Nenhuma outra pauta é mais candente, grave e urgente.

Difundiu-se em ampla escala uma consciência dos limites estreitos das fontes energéticas não renováveis. Contudo, o que esteve longe do limiar da percepção pública durante o apogeu do boom econômico do pós-segunda guerra mundial, durante o qual se consolidou um modelo da sociedade marcado pelo grande consumo energético. Nos anos 1950 e 1960, o estilo de vida norte-americano consolidou-se como um modelo, com seus os subúrbios de casas climatizadas cheias de eletrodomésticos, conectadas por automóveis e vias expressas à uma vasta rede de entretenimentos, supermercados e shopping centers. Porém, desde a crise do petróleo, em meados da década de 1970, foi ficando cada vez mais claro que esse modelo se esgotava tão rápido quanto os recursos que ele avidamente dilapidava.

Foi nesse contexto que os historiadores começaram a voltar sua atenção para a questão crucial dos sistemas energéticos e seu papel singular tanto na organização do trabalho quanto na sobrevivência e do padrão de vida coletivo. Este livro, com seus diferentes pontos de vista, discute essas questões de maneira aprofundada e, principalmente, atual.   


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Fernanda das Graças CorrêaUniversidade Federal Fluminense (UFF)
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGCP)

Instituto de Estudos Estratégicos (INEST)
Rede Latino Americana de Geopolítica e Estratégia (RELAGE)www.reebd.org


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Chamada de artigos: Brésil(s). Sciences humaines et sociales, do Centre de Recherches sur le Brésil Contemporain


 

Chamada de artigos: Brésil(s). Sciences humaines et sociales, do Centre de Recherches sur le Brésil Contemporain
50 anos do Golpe de Estado militar: história e historiografia



É flagrante o crescimento do conhecimento histórico sobre o regime militar brasileiro, em grande medida motivado pela abertura de acervos documentais até agora inacessíveis. Muitas pesquisas estão em andamento. O tema tem obtido grande visibilidade na sociedade brasileira desde que, em 1994, iniciou-se um processo de justiça de transição, que agora culmina com os trabalhos da Comissão da Verdade. As abordagens que, até recentemente, privilegiaram a história política e a perspectiva de uma sociedade vitimizada pelos militares veem-se confrontadas por trabalhos no campo da história cultural que buscam matizações mais complexas. O número 5 de Brésil(s). Sciences humaines et sociales, do Centre de Recherches sur le Brésil Contemporain, organizado por Carlos Fico, James Green e Christine Dabat, que sairá em abril de 2014, por ocasião dos 50 anos do golpe de 1964, publicará artigos inéditos que expressem essas transformações recentes no campo historiográfico.

Contribuições nesse sentido (com no mínimo 30.000 caracteres e no máximo 40.000 com espaço) podem ser encaminhadas para brasilrecente@gmail.com até fevereiro de 2013.

Mais informações podem ser obtidas em http://crbc.ehess.fr/document.php?id=678
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Fabrício Augusto Souza Gomes
"Onde o homem passou e deixou marca de sua vida e inteligência, aí está a História". (Fustel de Coulanges)

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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

História e Poder - Por Lena Castello


 
História e Poder
 
Por Lena Castello * 
Ao longo dos muitos anos em que ensinei, trabalhei e pesquisei, sempre me intrigou a constatação do quanto somos poderosos, nós, professores de História e seu "alter ego", o pesquisador/ historiador. Dizê-lo assim, com todas as letras, poderá parecer basófia, diante da modéstia do nosso status e do pífio reconhecimento do magistério e da pesquisa histórica como profissão.
Mas este é um fato real. Nos livros que contam a nossa história, estão os fundamentos da identidade brasileira; e é nas salas de aula de história que crianças e jovens descobrem e assimilam os conceitos de pátria, de país, de povo e de sociedade brasileira. O pertencimento ao grupo começa com o conhecimento da sua história; os horizontes alargam-se com a história universal. O que tende a ampliar-se na sociedade globalizada de hoje, onde os avanços da tecnologia estão a exigir cidadãos do mundo. 
Para ficarmos no caso brasileiro, assinalemos que a formação de bacharéis e licenciados em história começou entre nós a partir da década de 1930, e unicamente nos grandes centros culturais do país. Em Goiás, a primeira turma da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (embrião da atual PUC/GO) formou-se em 1951, quando alguns poucos bacharéis concluíram o então curso de Geografia e História. 
Para que se desse início à pesquisa histórica, mais duas décadas se passaram, até que se instalassem os primeiros cursos de pós-graduação na área, em 1972, no antigo Instituto de Ciências Humanas e Letras da UFG. 
Na atualidade, há inúmeros bacharelados e licenciaturas em História, acrescidos de prestigiosos programas de especialização, mestrado e doutorado. Teses, dissertações, revistas especializadas, boletins e livros são publicados em Goiânia e em cidades do interior do estado, muitas vezes levando à revisão de conceitos e à descoberta de verdades soterradas sob camadas de acomodação e de oficialismo. 
Com efeito: em cada tempo, é possível identificar-se o esforço dos donos do poder, no sentido de se posicionarem favoravelmente aos olhos de Clio. Escribas oficiais e cronistas apadrinhados sempre deixam para o futuro visões favoráveis do seu tempo e das personalidades que nele exerceram o poder – o que é fruto da vaidade inerente à humana natureza. A quem vem depois, ao historiador, caberá questionar e preencher os claros e decifrar a escrita subliminar oculta nos documentos e testemunhos; e reinterpretá-los à luz do contexto histórico e da bibliografia pertinente sobre o tema ou temas correlatos. 
No caso de Goiás, ainda há muita documentação a ser pesquisada para uma re-escritura mais equilibrada da sua História. Os historiadores pioneiros debruçaram-se sobre tópicos recorrentes como o bandeirismo, a extração do ouro, os primeiros núcleos urbanos, a sociedade em formação. O instrumental teórico e metodológico de que dispunham eram, contudo, insuficientes – como de regra acontecia em quase toda a historiografia brasileira. Com a agravante de que, nas grandes sínteses elaboradas durante a primeira metade do século XX, Goiás é o grande ausente, numa história que se produziu a partir do Brasil litorâneo (ou quase). 
O que se passou no imenso continente goiano, as forças que o mantiveram fiel ao projeto nacional, as condições de sobrevivência da cultura ocidental no meio distante e hostil – nada disso foi motivo de maior questionamento e reflexão, até recentemente. 
Aos poucos, algumas luzes se acendem nessa trilha dificultada por lacunas e obscurecida por idéias ultrapassadas. Nada mais "demódée" do que o perfil consagrado das personalidades dominantes no cenário político de Goiás no século passado: de um lado, os homens retrógrados e violentos da Velha República; de outro, as personalidades iluminadas e impolutas que exerceram o poder depois da Revolução de 1930. Trabalhos recentes vêm revelando luzes e sombras de umas e de outras, ganhando a historiografia goiana em nuances e em veracidade. 
Fico a pensar na tarefa insana com que depararão os historiadores do futuro quando forem estudar os tempos atuais, tendo de haver-se com uma imensidão de dados e suportes documentais os mais diversos. Da década de 1960 ao segundo decênio do século XXI, muitos dos protagonistas serão os mesmos, mas apresentados sob óticas antagônicas: ora heróis, ora sabujos; ora anjos, ora demônios. De acordo com as fontes consultadas, haverá que ser exercitada a crítica e cotejadas as informações disponíveis, delas escoimando-se o que há de propagandístico e inverídico. 
Fiquemos com a personalidade do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, figura preeminente da vida nacional nos últimos quarenta anos. E, com ele, toda uma coorte de sindicalistas, a partir de certo momento investidos nos deveres e usufruindo das benesses do poder. De acordo com a publicidade oficial e oficiosa, eles estariam mudando o Brasil para melhor, resgatando da miséria milhões de brasileiros e guindando outros tantos à segurança e bem estar da classe média. Se consultada, porém, a mídia contemporânea de maior peso e influência, os dados serão muito diferentes, com denúncias de populismo, estatísticas manipuladas, escândalos, malversações de fundos públicos, amoralidade e imoralidade campeando nos altos escalões da República.  
Só o tempo fará decantar a verdade desses tempos temerários em que vivemos. Coisa para alguns séculos... o que é nada, neste ofício fascinante de fazer a História. 

*Lena Castello é Professora Titular (aposentada) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Diretora da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás
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Fabrício Augusto Souza Gomes
"Onde o homem passou e deixou marca de sua vida e inteligência, aí está a História". (Fustel de Coulanges)

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Carta Aberta sobre o PL 368 de Regulamentação da Profissão de Historiador

Carta Aberta sobre o PL 368 de Regulamentação da Profissão de Historiador
Fonte: Jornal da Ciência - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
Sociedade Brasileira de História da Ciência envia carta aos parlamentares sobre o projeto de lei nº 368, relativo à regulamentação da profissão de historiador.
Confira a íntegra.
A Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC) vem, por meio do presente documento, manifestar suas preocupações quanto ao Projeto de Lei do Senado 368, de 2009, recentemente aprovado por essa casa legislativa, e que pretende regulamentar o exercício da profissão de historiador.
Em nossa análise, detectamos que o PL 368 apresenta alguns aspectos excessivamente restritivos, que podem constituir graves empecilhos para uma enorme parcela da comunidade brasileira de historiadores da ciência, e também pontos vagos e imprecisos, que tendem a gerar insegurança, dúvidas e conflitos com outras categorias profissionais. Consideramos que, na forma como foi aprovado, o projeto de lei não representa o desejado avanço em uma discussão antiga, nem contribui de forma equânime para fortalecer o exercício da profissão em suas múltiplas - e legítimas - apresentações.
Antes de passar à exposição de nossas preocupações concretas, e das sugestões e propostas que temos para superá-las, cabe um breve comentário sobre a SBHC e sobre a conformação do campo da História da Ciência em nosso País. Fundada em 1983, a entidade representa a expressão maior da institucionalização dessa área de conhecimento no Brasil. Promove a cada dois anos um encontro nacional, que hoje soma treze edições realizadas, a última contando com cerca de 800 participantes. Ao longo dos anos, a SBHC destacou-se no apoio ao desenvolvimento de pesquisas na área (favorecendo também a sua divulgação, através do periódico semestral que edita desde 1985) e na contribuição que teve para a formação de pesquisadores. Desde o início, caracterizou-se pela vocação interdisciplinar no que diz respeito à origem dos associados e à natureza das atividades que promove, considerando que a História da Ciência é praticada de forma absolutamente competente e profissional tanto por historiadores de formação, quanto por pesquisadores oriundos de campos como a filosofia, a sociologia, a antropologia, a educação e outros, além, é claro, das próprias áreas científicas e tecnológicas - competência e profissionalismo adquiridos ao longo de anos de experiência ou treinamento em História.
É de notar que, mesmo com formações originais tão diversificadas, o trabalho desenvolvido pela maior parte dos associados da SBHC é plenamente reconhecido como integrante legítimo do campo da História. O recente credenciamento da entidade no processo de indicação de membros do Comitê de Assessoramento da área de História do CNPq é, nesse sentido, um indício relevante. É igualmente importante registrar que uma vasta parcela dos historiadores da ciência que representamos, mesmo aqueles que não portam diplomas acadêmicos na área de História, são membros ativos da Associação Nacional de História (ANPUH), organizando simpósios temáticos e apresentando trabalhos em suas reuniões nacionais e regionais, e até coordenando o Grupo de Estudos de História da Ciência e da Técnica, reconhecido pela entidade.
Feita esta exposição inicial, passamos às nossas observações sobre o PL 368, que se concentram em quatro pontos:
1. Quem tem o direito de exercer a profissão de Historiador. Ao restringir o exercício da profissão aos portadores de diploma em História (graduação, mestrado ou doutorado), o PL 368 ignora a existência de profissionais de outras áreas que atuam no campo, muitas vezes há longo tempo e com grande competência, desenvolvendo trabalhos de fundamental importância para a área - em nosso caso, especificamente para a História das Ciências, mas certamente também para a História da Filosofia, História da Arte, História da Matemática, História do Pensamento Social, História do Direito, História da Educação etc. Esses trabalhos consistem em pesquisas plenamente reconhecidas como "históricas", na docência, em nível superior, de disciplinas especializadas, na orientação de estudantes, na organização de exposições e acervos e em tudo o mais que o PL 368 parece reservar apenas aos portadores de diplomas.
Nesse sentido, os Projetos de Lei 3759/2004 e 7321/2006, da Câmara dos Deputados, que tramitam conjuntamente e já foram aprovados em julho de 2012 pela Comissão de Constituição e Justiça da casa, são, em nosso entender, muito mais sensatos; nos artigos que definem quem pode exercer a profissão de historiador, com todas as atribuições de sua competência, ambos os projetos incluem um inciso de fundamental importância, como é o caso do PL 3759, em cujo artigo 2º lemos que:
"O exercício da profissão de Historiador (...) é assegurado:
(...)
IV - aos que, embora não diplomados nos termos dos itens anteriores, exerçam, comprovadamente, até a data de publicação da presente Lei, há 5 (cinco) ou mais anos, atividades próprias do Historiador" (com ligeira diferença de redação, o mesmo se encontra no PL 7321).
Vale lembrar que o próprio Informativo Eletrônico nº 5 da ANPUH, de abril de 2010 (que infelizmente não se encontra mais disponível na página da entidade), dizia em seu editorial: "Não somos contrários ao reconhecimento como historiadores, inclusive por parte da lei, com a proposição de uma emenda ao projeto aprovado no Senado, quando da tramitação na Câmara, daqueles profissionais com outras formações que militam há certo tempo, a ser definido em nossas discussões, no campo da história ou que possuem notório saber, adquirido através de uma prática durante anos, em nossa área do conhecimento."
Do ponto de vista da SBHC é fundamental, portanto, que a ANPUH efetivamente apoie esse reconhecimento, por parte da lei, do trabalho legítimo e competente que é desenvolvido por profissionais não diplomados na área, mas que atuam, de fato e de direito, como historiadores.
2. A questão específica do ensino de História. Em seu artigo 4º, inciso I, o PL 368 atribui privativamente aos historiadores diplomados (os únicos que o texto reconhece, afinal), o "magistério da disciplina de História nos estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior". Na educação básica, essa exclusividade é plenamente compreensível, ainda que, paradoxalmente, os milhares de professores de História formados nos antigos cursos de Estudos Sociais, que atuam há décadas em nossas escolas, muitas vezes sob as condições mais adversas, tenham sido simplesmente esquecidos (problema que seria resolvido pela adoção do inciso adicional presente nos projetos da Câmara). No caso do ensino superior, porém, além de não existir "a" disciplina de História, e sim uma multiplicidade de cadeiras especializadas, necessariamente imperam o princípio constitucional da autonomia universitária e o artigo 66 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (que reconhece o notório saber, autonomamente estabelecido pelas universidades, como condição para o magistério superior).
O fato é que, na forma como foi aprovado, o texto gera enorme insegurança, pois sugere que vários de nossos maiores historiadores da Ciência (e também da Arte, da Filosofia, da Educação, da Matemática etc., repetindo o que já apontamos anteriormente) não poderão ministrar nas universidades as disciplinas especializadas para as quais são, sem sombra de dúvida, os mais qualificados professores. Mais uma vez, é patente a necessidade de inclusão de um inciso adicional, que reconheça formalmente a competência dos historiadores não diplomados, mas reconhecidamente atuantes, e nos dirigimos à ANPUH pedindo seu apoio a essa medida.
3. As novas gerações de historiadores da ciência brasileiros. Nosso País conta hoje com um número crescente de programas de pós-graduação de caráter interdisciplinar. No caso específico da História da Ciência, há diversos cursos de mestrado e doutorado, muito bem avaliados pela Capes, que possuem essa natureza. Vários deles oferecem diplomas que envolvem o termo "História da Ciência", mas junto com expressões como "Ensino de Ciências", "Epistemologia" e outras. Ainda há casos de programas de pós-graduação interdisciplinares em que a palavra "História" não consta no título, mas em que se encontram fortes linhas de pesquisa em História da Ciência (e, de modo mais geral, há programas disciplinares, em áreas como a Arquitetura ou a Pedagogia, por exemplo, que há décadas formam excelentes historiadores da Arte ou da Educação).
É extremamente preocupante, para a SBHC, como esses profissionais serão tratados. Nos termos do PL 368, quem decidirá se os seus diplomas são aceitáveis para o registro profissional? A insegurança jurídica que será causada deve necessariamente ser prevenida desde já. Assim, instamos a ANPUH a apoiar a inclusão, no texto legal, de um mecanismo de acreditação de cursos de pósgraduação que possuam linhas de pesquisa ou áreas de concentração compatíveis com a formação histórica que todos desejamos. Esse mecanismo pode exigir a criação de um conselho profissional, tema que sabemos ser divisivo, mas trata-se do preço necessário para o justo reconhecimento de que a profissionalização em História também é adquirida em espaços interdisciplinares (ou naqueles em que, ainda que ligados a outras disciplinas, existe reconhecida tradição de pesquisa histórica).
4. As atribuições dos historiadores. Preocupa-nos, por fim, que o PL 368 (e, neste caso, também os projetos paralelos da Câmara) apresente como "atribuições do Historiador" (artigo 4º) atividades e tarefas que podem ser vistas, também, como competências de outras categorias profissionais, como museólogos, jornalistas, arquivistas, bibliotecários e outros. Cabe, ainda, perguntar quais os limites dos seguintes termos, que são empregados no texto: "temas de História", "serviços de documentação e informação histórica" e "temas históricos". Haverá necessidade de estipular um marco cronológico para designar quando um "tema" ou uma "informação" deva ser considerado "histórico"?
O PL 368 também estipula a obrigatoriedade de contratação de historiadores pelas "entidades que prestam serviços em História", mas não define o significado dessas atividades - basicamente, por confundir campo de conhecimento com mercado de trabalho. Consideramos que cabe a todos nós historiadores, em movimento coordenado pela ANPUH, uma reflexão mais aprofundada sobre as possíveis interpretações de termos tão vagos, tendo em mente que, nas nossas próprias fileiras, a definição teórica e epistemológica do "objeto da História" é saudavelmente polêmica e contestada.
Por todo o exposto, e no espírito da mais genuína colaboração, a SBHC pede à ANPUH atenção às preocupações que legitimamente apontamos, e aos mecanismos de superação que propomos. Gostaríamos de buscar os ajustes ao texto legal conjuntamente com a entidade, no âmbito da Câmara dos Deputados, e não em oposição a ela. Sabemos que seu apoio à regulamentação da profissão, ela própria uma bandeira histórica, não tem como objetivo arvorar uma certa categoria profissional em "dona do passado", mas sim contribuir para o bem público e fazer valer direitos. Essas importantes tarefas se esvaziam de significado, porém, se a lei - e o público - não reconhecer que inúmeros historiadores não são menos profissionais que outros por não portarem um diploma específico, e se esses mesmos historiadores, que a justo título merecem essa denominação, não tiverem seus próprios direitos equiparados aos dos diplomados.

Sociedade Brasileira de História da Ciência
(Diretoria e Conselho Deliberativo)



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EDIÇÃO DE DEZEMBRO DA REVISTA NAVIGATOR (do latim leia-se como está escrito)

 





Prezados amigos,

É com muita satisfação que lhes apresento a edição de dezembro da Revista Navigator (do latim leia-se como está escrito) . Para quem não conhece, é uma revista científica na área de história, com maior ênfase na história militar. O dossiê dessa edição contempla a primeira metade do oitocentos no Brasil e foi organizado pela Profa Dra Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves, sob o título "O Atlântico, o comércio, as guerras e as instituições militares na formação do Estado do Império do Brasil". Contamos com outros artigos e uma comunicação que abordam variadas temporalidades. Por fim, uma resenha produzida pelo Prof. Dr. Paulo Knauss sobre o livro "A cartografia impressa do Brasil: 1506-1922; os 100 mapas mais influentes" de autoria do historiador naval Max Justo Guedes.

Segue o link e desejo a todos uma ótima leitura!
http://www.revistanavigator.com.br/navig16/N16_index.html

Cordialmente,

Renato Restier
Editor

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    sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

    Acervo da biblioteca do Pateo do Collegio está na internet


    Biblioteca Padre Antônio Vieira tem 25 mil volumes e vasto material sobre a história da cidade de São Paulo (divulgação)

     

    Acervo da biblioteca do Pateo do Collegio está na internet

    07/12/2012
    Fonte: Agência FAPESP Livros raros, manuscritos escritos por jesuítas desde o século XVI, coleções de folhetos sobre política e eventos do Brasil e amplo acervo fotográfico da história do país estão entre os materiais que fazem parte do acervo de 25 mil volumes da biblioteca Padre Antônio Vieira, localizada no Pateo do Collegio, no Centro de São Paulo.
    Todo este acervo acaba de ser disponibilizado para pesquisa pela internet, com acesso pelo link da biblioteca no site do Pateo do Collegio.
    Inaugurada em 2002, a biblioteca Padre Antônio Vieira é especializada na história dos jesuítas e da cidade de São Paulo, além de materiais relativos à história geral e do Brasil (e da Igreja Católica), arte, biografias, filosofia, teologia, política, literatura e turismo.
    Entre os materiais raros estão: a primeira edição dos Sermões de Padre Antônio Vieira; coleção de escritos dos jesuítas desde o século XVI (como as cartas originais do Padre José de Anchieta e manuscritos do jesuíta italiano João Antonil); publicações sobre eventos realizados em 1954 em comemoração ao Quarto Centenário da Cidade de São Paulo; e documentos sobre o processo de canonização do Padre José de Anchieta (cujos originais encontram-se no Vaticano).
    No acervo encontram-se livros cujas capas foram produzidas com canela preta – madeira quadricentenária encontrada durante a demolição do Palácio do Governo em 1953. Alguns dos livros estão em língua portuguesa e em latim. E, ainda, amplo acervo fotográfico sobre o cotidiano do clero brasileiro, de processos de construção de obras jesuítas, de eventos políticos, religiosos e sociais.
    Todo o acervo está catalogado em base de dados e acessível on-line por meio do Pergamum – Sistema Integrado de Bibliotecas. O Sistema contempla as principais funções de uma biblioteca, funcionando de forma integrada, com o objetivo de facilitar a gestão dos centros de informação, melhorando a rotina diária com os seus usuários. A pesquisa do acervo da biblioteca Padre Antônio Vieira pode ser feita pelas palavras-chave: autor, título e assunto, entre outras.
    A Rede Pergamum reúne, em uma única ferramenta, todos os catálogos das instituições que os disponibilizaram para pesquisa. Funciona como uma base centralizada (na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba), na qual a busca é feita de forma rápida e eficiente em todas as bibliotecas participantes. O sistema agrega mais de 220 instituições, com cerca de 2.500 bibliotecas no país.
    "Nosso objetivo é participar do processo global de democratização da cultura, garantindo o acesso gratuito da população ao acervo documental da biblioteca, bem como assegurar a preservação do acervo bibliográfico histórico da Companhia de Jesus em São Paulo", disse o Padre Carlos Alberto Contieri, diretor do Pateo do Collegio e do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas em Embu das Artes.
    Complexo histórico-cultural e religioso pertencente à Companhia de Jesus e constituído pela Igreja Beato José de Anchieta, Museu Anchieta, Museu de Arte Sacra dos Jesuítas (em Embu das Artes) e pelo Café do Pateo, além da Biblioteca Padre Antônio Vieira. Desde a sua fundação, enquanto Colégio de São Paulo de Piratininga em 1554, até os dias atuais, o Pateo do Collegio tem-se tornado referência na preservação da memória histórica da cidade de São Paulo e na promoção da cultura.
    Ao longo dos séculos, o complexo sofreu várias alterações, sendo a última a reconstrução nas décadas de 1960 e 1970, com inspiração no complexo arquitetônico de 1680. É um marco da atuação da Igreja Católica no que tange à catequização, educação e conversão dos povos indígenas do então Planalto de Piratininga.
    Mais informações: www.pateocollegio.com.br



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    quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

    Revista Eletrônica Ensaios - Volume 6

         É com muita satisfação que nós da Equipe Editorial da Revista Eletrônica Ensaios estamos publicando mais um número (Vol.6):
         Agradecemos a todos os autores, avaliadores e revisores que tornaram possível mais uma publicação, pedimos, por gentileza, que nos ajudem a continuar na tessitura da grande rede que é a Revista e divulguem entre seus contatos.
    Equipe Editorial Ensaios



    Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
    Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com





    terça-feira, 4 de dezembro de 2012

    Chamada de Trabalhos - Em Debate (UFSC)


    Amigos (as),
    Solicitamos a gentileza de divulgar em suas redes de contatos a chamada abaixo.
    Lembramos que os primeiros 12 artigos aprovados serão publicados no próximo número (8) referente ao segundo semestre de 2012.



    Chamada para autores

    O Comitê Editorial da Revista Eletrônica EM DEBATE reitera que a revista aceita em fluxo contínuo submissões de artigos, resenhas, traduções e entrevistas enquadradas nas dez linhas temáticas da revista:

    1) Mundialização e blocos regionais (ex.: Mercosul, União Européia);
    2) Trabalho e ontologia social;
    3) Trabalho, urbanização e história social;
    4) Processo de trabalho, tempo digital, tempo livre;
    5) Movimento sindical e movimentos autonomistas;
    6) Capitalismo, técnica e reestruturação produtiva, emprego e desemprego, crise;
    7) Memória histórica, ditaduras e direitos humanos;
    8) Ensino de Sociologia;
    9) Ensino superior e universidade pública;
    10) Pensamento e Teoria Social.
    Os trabalhos apresentados devem ser inéditos, redigidos em lingua portuguesa ou espanhola.

    As diretrizes completas para autores estão disponíveis em:

    http://periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate/about/submissions#onlineSubmissions

    Instruções de submissão na plataforma SEER podem ser acessadas através do link

    http://seer.ibict.br/images/stories/file/tutoriais/tutorial_de_submissao_de_artigos.pdf


    Os Editores

    --
    Atenciosamente,
    Ms. José Carlos Mendonça
    Técnico e Pesquisador
    Universidade Federal de Santa Catarina (CFH/SPO/LASTRO)
    Doutorando em Ciências Sociais



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    Atividade nos últimos dias:
          **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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      sexta-feira, 30 de novembro de 2012

      Regulamentação da profissão de historiador, artigo de Paulo Paim e Benito Schmidt

      Regulamentação da profissão de historiador, artigo de Paulo Paim e Benito Schmidt
      Fonte: *Jornal da Ciência

      Paulo Paim é senador pelo PT-RS, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado e autor do projeto de lei citado no artigo. Benito Bisso Schmidt é professor de história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e presidente da Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil). Artigo publicado na Folha de São Paulo de hoje (30).


      A recente aprovação do projeto de regulamentação da profissão de historiador no Senado Federal, no último dia 7, tem gerado algumas controvérsias que, do nosso ponto de vista, derivam de certas incompreensões e até mesmo do desconhecimento do texto do projeto.
      Alguns têm alegado que a regulamentação conduzirá ao cerceamento da liberdade de expressão daqueles que, mesmo não sendo historiadores de formação, escrevem sobre o passado. Neste sentido, citam, inclusive, nomes de grandes intelectuais que produziram e continuam produzindo verdadeiros clássicos da historiografia brasileira.
      Outros afirmam que a necessidade de formação específica levará à falta de professores de história no ensino fundamental, já que hoje muitos ministrantes desta disciplina realizaram outros cursos de graduação, como pedagogia, ciências sociais e filosofia.
      Sobre o primeiro argumento contra o projeto, ele só é manifestado por quem não conhece o seu teor. Em nenhum momento foi proposto que historiadores profissionais tenham exclusividade na formulação e divulgação de narrativas históricas.
      Jornalistas, cientistas sociais, diplomatas, juristas, economistas e todos os cidadãos poderão continuar a produzir conhecimento histórico - e esperamos que isso aconteça, pois só a partir de perspectivas diferentes e multidisciplinares conseguiremos fazer avançar a historiografia brasileira que, por sinal, é bastante consistente e tem grande reconhecimento internacional.
      Além disso, advogar esta exclusividade aos historiadores profissionais seria atentar contra as liberdades democráticas, o que não é o caso aqui. Prova disso é que o projeto foi apoiado por todas as lideranças partidárias do Senado, demonstrando que ele não tem um viés político-partidário específico.
      Quanto ao segundo argumento, defendemos sim que os professores de história realizem alguma etapa de sua formação em história (na graduação ou na pós-graduação), já que acreditamos que nossos alunos do ensino básico devem ter o direito de aprender com docentes qualificados e possuidores de conhecimentos e habilidades específicas nas áreas que lecionam.
      Isso não é desmerecer professores de outras disciplinas, mas reconhecer que cada campo disciplinar implica a aquisição de saberes específicos, mesmo que em diálogo com outros âmbitos de conhecimento. (No caso dos professores de história, por exemplo, a atenção às múltiplas temporalidades, a crítica e a interpretação dos documentos, a atualização historiográfica, a atenção às relações entre história acadêmica e história ensinada etc.)
      De qualquer forma, esta especialização do corpo docente não se dará de uma hora para outra. Afinal, a própria Lei das Diretrizes e Bases da Educação prevê que, quando não há professores formados nas disciplinas específicas, devem ser aproveitados professores com outras formações e só, em último caso, professor sem nenhuma formação.
      Isso não impede, contudo, que, a médio e longo prazo, continuemos lutando pela qualificação e especialização de nossos professores, sem deixar de estimular, é claro, o saudável diálogo interdisciplinar.
      Ou seja, o projeto não veda a ninguém o direito de escrever sobre história nem pretende impor de uma hora para outra a especialização a todos os docentes. Apenas quer assegurar a presença de historiadores profissionais em espaços dedicados ao ensino e à pesquisa científica em história, para que esses possam, em colaboração com outros estudiosos, contribuir para o avanço da área.

      * A equipe do Jornal da Ciência esclarece que o conteúdo e opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do jornal.

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