Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

** 1961-1964: A Organização da Derrota - Mário Maestri - Pravda.ru

 


Pravda.ru
Correio @pravda.ru

1961-1964: A Organização da Derrota

19.09.2011

Mário Maestri
1961-1964: A Organização da Derrota. 15619.jpeg  O primeiro governo parlamentarista do Brasil, em 1961, formou-se sob a chefia de Tancredo Neves, do PSD. Três ministérios foram entregues ao PSD, dois ao PTB - Trabalho e Exterior -, dois  à UDN. Nos seis primeiros meses, o presidente da Republica, João Goulart, esforçou-se para garantir o imperialismo e os conservadores sobre sua vocação democrática e  anti-comunista. Em abril de 1962, visitou Washington onde, apesar de declarar oposição à Cuba, não obteve o apoio esperado, pois se negou a abraçar irrestritamente o monetarismo ortodoxo proposto pelo FMI. Prosseguiam suspensos os empréstimos ao governo brasileiro.
Em 1º de maio de 1962, Goulart defendeu as "reformas de base", entre elas, a agrária, sem indenização monetária. O apoio popular era necessário ao retorno do presidencialismo, através de plebiscito pactuado durante o acordo. Quando, em junho, com a renúncia de Tancredo Neves, Goulart propôs o político trabalhista e progressista San Tiago Dantas para primeiro ministro, impugnado pelo Congresso, ele designou Moura Andrade, do PSD, que renunciou, 48 horas após a indicação, devido à negativa de Goulart de aprovar os ministros que indicara. A crise ministerial aprofundou-se com a prontidão das forças militares e a greve geral, da CNTI, interrompida a pedido de Goulart.
Brochado da Rocha, do PSD, ex-secretário do Interior de Brizola, assumiu como primeiro ministro, prometendo combate à inflação e à escassez de alimentos e política exterior independente. Em inícios de setembro, foi substituído por Hermes Lima. Sob pressão de greves gerais, o Congresso marcou o plebiscito para 6 de janeiro de 1963, vencendo o presidencialismo em forma esmagadora. Após dezesseis meses de parlamentarismo, Goulart assumia a presidência, a três anos do fim de seu mandato. Goulart retomou o programa nacional-desenvolvimentista, associado a reformas estratégicas. Nomeou San Tiago Dantas, do PTB, para o ministério da Fazenda, Celso Furtado, no Planejamento e Almino Afonso, no Trabalho. Delineado por Celso Furtado, o programa geral de governo - "Plano Trienal" -  reconhecia que a inflação - 52% em 1962 - comprometia as inversões, o crescimento e causava tensões sociais.
Criticando as  soluções recessivas, o Plano Trienal pretendia superar o impasse da falta de recursos com as "reformas" de base" - administrativa, financeira, tributária e agrária. Porém, estas ultimas deviam ser aprovadas por Parlamento, dominado pelo centro, centro-direita e direita. O impasse econômico do padrão de acumulação nacional-desenvolvimentista materializava-se em impasse político. Ao rejeitar a proposta de Brizola, em 1961, de novas eleições, Jango fechava as possibilidades de avançar constitucionalmente as iniciativas necessárias.
 Enquanto as "reformas de base" não eram aprovadas, o governo propôs reduzir a inflação, a 10%, em três anos, com ganhos reais na produtividade do trabalho de 7% ao ano e com a redução das desigualdades sociais. Nos fatos, San Tiago Dantas, na Fazenda, e Celso Furtado, no Planejamento, avançaram o tradicional saneamento anti-inflacionário: alguns poucos novos impostos para os mais ricos; redução dos subsídios a empresas públicas de transporte e à importação do trigo e gasolina; impulsão nas exportações com a desvalorização do cruzeiro em 30%. O plano foi aprovado pelo FMI e pelo presidente John Kennedy.
 Atração golpista
 No primeiro trimestre de 1963, a inflação restringiu-se a 16%. Porém, o corte dos subsídios às importações; uma maior uniformização das taxas de câmbio; a restrição do crédito; a desvalorização da moeda, etc., aumentaram o custo de vida, a recessão, a crise social, as greves, dissociando sobretudo os trabalhadores mais organizados do governo.  Apesar do programa implementado e de acordo que indenizava vantajosamente empresas estadunidenses expropriadas por estados da federação, o governo obteve nos USA apenas o condicionamento de novos empréstimo à radicalização das medidas tomadas, sob o controle do FMI. Em 1963, o Brasil deveria pagar US$ 1,8 bilhões, uns 43% de suas exportações.
Em março, o governo propôs ao Congresso a expropriação de terras com pagamento em títulos públicos. Em maio, prometeu aumento salarial de 70% para os funcionários federais e militares, apesar de ter afirmado em Washington que não ultrapassaria os 40%. Fechado o primeiro semestre, no Rio de Janeiro, a inflação superava os 30%, taxa estimada para todo o ano. Sem conquistar o apoio financeiro dos USA, Jango afastava-se das classes trabalhadoras e populares. Nesse contexto, ensaiou vacilante e incompleta correção de rumo que expressava o impasse político que vivia o país e suas origens sociais e políticas, mais do que sua personalidade.
Ao preparar confronto com o governo USA, através de eventual moratória unilateral, procurou não cortar os laços com a orientação anterior. Durante a reforma ministerial de junho, dissolveu o ministério do Planejamento de Celso Furtado e  substituiu San Tiago Dantas, na  Fazenda, pelo político conservador Carvalho Pinto, que articulou plano anti-inflacionário através de bônus bancários. Entrementes, aprofundava-se a crise geral. Em 12 de setembro de 1963, sargentos, fuzileiros e soldados da Aeronáutica e da Marinha manifestaram-se na capital federal, retendo o presidente da Câmara e ministro do Supremo Tribunal, para defender o direito de eleição de praças e sub-oficiais.  Em 4 de outubro de 1963, em associação com seus ministros militares, João Goulart requereu ao Congresso a decretação de Estado de Sítio, por trinta dias, para controlar a agitação social, e organizou a prisão de Carlos Lacerda, governador direitista do Rio de Janeiro, e Miguel Arrais, governador esquerdista de Pernambuco.
Retomando a proposta de Jânio Quadros de 25 da agosto de 1961, Goulart procurava debelar a crise através da constituição de governo de exceção, apoiado nas forças políticas de centro  e nas forças armadas. O golpismo foi combatido pela esquerda, pelo sindicalismo trabalhista, pelo PSD e pela UDN, que, por diferentes razões, temiam governo de exceção dirigido por Goulart. Em 7 de outubro, sem apoio político,  retirou o pedido ao Congresso e empreendeu nova guinada, agora, à esquerda. Propôs, segundo as exigências nacional-desenvolvimentistas, que os lucros dos capitais mundiais que excedessem aos 10% exportáveis permitido pela lei, seriam reinvestidos como "capitais nacionais de estrangeiros", sem direito à nova re-exportações de lucros. Prosseguindo na senda desenvolvimentista, Jango criou a Eletrobrás, o Conselho Nacional de Telecomunicação, a Comissão Nacional de Energia Nuclear, e reatou as relações com a URSS.
Porém, nesse momento, os segmentos industrialistas nacionais, base do nacional-desenvolvimentismo, associados ao capital internacional, ou medrosos das crescentes reivindicações populares, avançavam já o projeto golpista. A derrota da proposta de Goulart de governar com os militares, de outubro de 1963, fortalecera a proposta de intervenção castrense sem a participação do presidente. Um dos líderes das articulações era o general Castelo Branco. Já em 1962, antes da vitória do presidencialismo, a conspiração de direita progredia entre a alta oficialidade e a grande burguesia, sobretudo paulista. Os golpistas defendiam que a população fosse incapaz de interferir, mesmo indiretamente, nos destinos do país. Em inícios de 64, expoentes da UDN pregavam abertamente o golpe.
 Burguesia Golpista
Em dezembro de 1963, com inflação que, no Rio de Janeiro, encerraria o ano acima dos 80%, Carvalho Pinto foi substituído por Nei Galvão, que empreendeu medidas de controle direto dos preços. No mesmo mês, Jango determinou revisão das concessões governamentais de exploração de recursos minerais por estrangeiros. Em janeiro de 1964, regulou a Lei de Remessa de Lucros. Em fevereiro, as medidas nacionalistas foram contrabalançadas com movimento em direção ao câmbio livre, exigido pelo FMI. Porém, em parte devido às dificuldades econômicas, manteve-se o monopólio do Banco do Brasil sobre as exportações de café e de açúcar, pagas aos produtores em moeda nacional, após conversão cambial favorável ao governo. O "confisco cambial" revertia-se em favor das importações de trigo e petróleo.  Com o crescimento dos preços mundiais do café, o governo retomou as discussões com os credores externos, obtendo empréstimos da Alemanha e do Japão. O governo USA manteve o bloqueio econômico, enquanto apoiava as articulações golpistas.
A dívida externa do Brasil mantinha-se em três bilhões de dólares, a mesma desde a renúncia de Jânio Quadros, já que João Goulart não recebera qualquer empréstimo, enquanto o governo Kennedy financiava, através da Aliança para o Progresso, governadores e prefeitos conservadores. O Brasil comprometia 15% de seus ingressos cambiais com o pagamento de juros. A radicalização econômica aprofundava-se, embalada pela inflação e dificuldade no pagamento da dívida. No plano social, avançava a mobilização nas cidades, por reajustes salariais, e no mundo rural, sobretudo no Nordeste e no Sul, a luta pela terra aterrorizava os latifundiários.
Nas eleições de novembro de 1962, o PTB saltou de 66 para 104 deputados federais. Porém, nas onze eleições para governadores, não houve aliança PTB-PSD, dissociação que expressava radicalização social que rompia a aliança entre o industrialismo, dominante, por um lado, e  os segmentos proprietários e médios urbanos e rurais e o operariado fabril, dominados, por outro. Aliança garantira a vitória de Getúlio e Juscelino. Apesar da situação explosiva, Goulart negava-se a impulsionar a mobilização e a organização popular autônoma, temendo a superação da política desenvolvimentista-burguesa pelas classes trabalhadoras e a defecção de forças burguesas, já na oposição.
Não havia força política popular expressiva que propusesse a organização e saída independentes para os trabalhadores. Todas as organizações parlamentares, estudantis, operárias e populares de esquerda - Comando Geral de Greve, Comando Geral dos Trabalhadores, Frente Parlamentarista Nacional, UNE, PCB, PCdoB, etc., - apoiavam as "reformas de base", sob a hegemonia de "burguesia nacional". À esquerda deste espectro político encontravam-se a Ação Popular, a pequena Política Operária e minúsculos grupos trotskistas, sem capacidade real de intervenção social.
A posse de Lyndon Johnson, após o assassinato de. Kennedy, em fins de 1963, levou ao abandono da vacilante política dos democratas de dissuasão de golpes de Estados na América, facilitando a implementação do golpismo, em organização no Brasil, com apoio direto da embaixada yankee. Em 1º de abril de 1964, a alta oficialidade das forças armadas assaltou o poder, que o governo de João Goulart pretendera defender com as forças nacionalistas de um Exército que foi o grande vetor de sua queda e da conformação da nova ordem que regeria o país por vinte anos e determinaria, até hoje, seu realidade, em detrimento dos trabalhadores. O golpe foi apoiado pela grande burguesia industrial, pelo latifúndio, pelo imperialismo, pela Igreja, por grande parte dos segmentos sociais médios.

·        Mário Maestri, 63, historiador, é professor do Curso e do Programa de Pós-Graduação em História da UPF. E-mail: maestri@via-rs.net
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

domingo, 18 de setembro de 2011

** Deprimida e absolutista: um novo retrato da imperatriz Leopoldina

 

Deprimida e absolutista

Museu Imperial
Sem interesse  - Leopoldina: uma imperatriz indiferente ao 7 de Setembro

Uma imperatriz deprimida, que se lixava para a Independência do Brasil e era defensora dos valores absolutistas — ao contrário da imagem cultivada desde o século XIX, segundo a qual Leopoldina, mulher de dom Pedro I, teria participado ativamente do processo que culminou com o 7 de Setembro.
Esse é o retrato dela em A Carne e o Sangue, livro da historiadora Mary Del Priore, que sai em março pela Rocco, com vários trechos inéditos de cartas e foco no triângulo amoroso entre a imperatriz, o imperador e sua amante, a marquesa de Santos.


--
Fabrício Augusto Souza Gomes

E-mail   I   Twitter   I   Facebook   I   Blog   I   Lattes


__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Site do XI Encontro de História de MS (2012)

 


Maria Lima
Profa. adjunta da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul(UFMS/CPTL)
Curso de Licenciatura em História
Docente de Prática de Ensino e Estágio Obrigatório
Campus II - F: (67) 3509.3783 - Cidade de Três Lagoas/MS



Conheça o site do XI Encontro de História de MS (2012)

Além do Encontro, o II Simpósio Internacional de História e a V Semana de História da UCDB acontecem simultaneamente.




Assessoria de Comunicação Anpuh/MS
Joana Moroni
 
Anpuh/MS
Associação Nacional de História - Seção Mato Grosso do Sul
(67) 3312.3447

__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

sábado, 17 de setembro de 2011

** SEMINÁRIOS DE PESQUISA do Centro de Estudos Africanos da USP

  SEMINÁRIOS DE PESQUISA do Centro de Estudos Africanos da USP


Tema: Por que o Umbundo não se tornou uma língua franca em Angola?


Manfred Von Roncador / Professorde Lingüística Africana e Pesquisador do Institut of African Studies, University of Bayreuth, Alemanha


Margarida Maria Taddoni Petter / Coordenadorado GELA - Grupo de Estudos de Linguas Africanas / DL/FFLCH/USP


Data: 23/09/2011 (sexta-feira)- das 19h00 às 22h00

Local: Prédio de Filosofia e C.Sociais, Sala 14 (térreo)

A palestra será ministrada em português

___________________________________________________


Centro de Estudos Africanos/USP
Prédio de Filosofia e Ciências Sociais
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 - sala 1087
05508-010 - São Paulo, SP
tel./fax: (11) 3032.9416
email: cea@usp.br
www.fflch.usp.br/cea

__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** convite para evento - PPGCP - UFF RJ

 
 
O PPGCP E O DIPLOMACINE APRESENTAM: "POLÍTICA EM FOCO"
. Dia 20/09 (terça-feira): UMA OPERAÇÃO CHAMADA CONDOR (106 minutos)
Roteiro e Direção ROBERTO MADER
Mesa: Roberto Mader, Oswaldo Munteal (UERJ) e Carlos Henrique Serra (UFF)
. Dia 21/09 (quarta-feira): UTOPIA E BARBÁRIE(120 minutos)
Roteiro e Direção: SILVIO TENDLER
Mesa: João Batista Damasceno (UFF), Carlos Eduardo Martins(UFRJ) e Cláudio de Farias Augusto (UFF).
Dia 22/09 (quinta-feira): CORTINA DE FUMAÇA (90 minutos)
Roteiro e Direção RODRIGO MACNEVEEN
Mesa: Rodrigo Macneveen, Jack Cole (LEAP) e Thiago Rodrigues (UFF).
Local: sala 516 - Bloco O
Horário: 16:00 horas
Abraços,
Carlos Henrique Serra
Política em foco
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

__,_._,___

** Convite Lançamento - A Guerra dos Artistas

Orlando de Barros convite web 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

** Biblioteca Fazendo História recomeça terça-feira

 


Boletim eletrônico da Revista de História da Biblioteca Nacional

Biblioteca Fazendo História retoma as atividades

Com o fim da greve da Cultura, a série de debates do "Biblioteca Fazendo História" recomeça na próxima terça-feira, dia 20, com as histórias dos imigrantes italianos, as influências na nossa culinária, na cultura e no jeito de ser dos brasileiros. Para falar sobre “Terra nostra: a imigração italiana e suas memórias”, foram convocados o diplomata e ex-ministro Rubens Ricupero e a professora da Uerj Syrléa Marques Pereira. [Leia mais]

Aperitivo do BFH: entrevista com Angelo Trento

Um dos maiores especialistas em "imigração italiana no Brasil", Angelo Trento, professor aposentado da Universidade de Napoli, concedeu uma entrevista à Revista de História. O estudioso descreveu as principais fases do movimento migratório da Itália para o Brasil, identificou alguns fatores que levaram à construção do sentimento de italianidade deste lado do Atlântico e também apontou quais foram as áreas que mais atraíram a mão-de-obra estrangeira. [Leia mais]

Polêmica com Monteiro Lobato no fHist

A polêmica envolvendo releituras de clássicos da literatura, que recentemente atingiu até o escritor Monteiro Lobato, promete esquentar as discussões do Festival de História (fHist), em Diamantina, Minas Gerais, que começa no dia 7 de outubro. Uma das convidadas do evento, a escritora de livros infantis Luciana Sandroni condena as interpretações fora do contexto da época em que as obras foram escritas, mas prefere ver o lado positivo da polêmica: a oportunidade para os professores abordarem o racismo junto aos alunos. [Leia mais]

Promoção leva assinante para Diamantina

O fHist começa no dia 7 de outubro, mas o festival de história pode ter início antes mesmo de se chegar à Diamantina, Minas Gerais. No vídeo feito pela produção do festival sobre o percurso entre Belo Horizonte e a cidade, é possível ver de perto o maior afluente do rio São Francisco, o Rio das Velhas, que estava presente no principal roteiro das expedições do Ciclo do Ouro. Sem contar a Serra do Espinhaço,  única cordilheira brasileira e reserva mundial da biosfera, segundo a Unesco, além da cidade de Curvelo, que ficava na rota do comércio de gado e contrabando das minas para a Bahia, onde é fácil encontrar barraquinhas com produções artesanais na beira da estrada: pimenta, licor e mel, além de frutas da região. Tudo isso, o assinante pode conferir com a ajuda da nossa promoção. [Leia mais]

Loja virtual

Na Loja virtual da Revista de História, você pode assinar a revista por um ou dois anos, além de comprar exemplares da revista História da Ciência, assim como a coleção História no Bolso. [Confira]
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** CHAMADA DE TRABALHOS - Saeculum n. 25 - jul/dez 2011Saeculum

Saeculum
Qualis B2 - Área de História

CHAMADAS DE TRABALHOS

  • n. 25 - jul./ dez. 2011
    Dossiê: História e Africanidades
    Prazo Final para o envio de trabalhos: 30 de setembro de 2011
    Organizadores: Solange Pereira da Rocha e Elio Chaves Flores
  • Para maiores informações, acesse:
    http://www.cchla.ufpb.br/saeculum/


     

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

** Dossiê - Cem anos da Revolta da Chibata

 
Prezados
é com satisfação que anunciamos a edição de um número especial da Revista Antíteses, do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Estadual de Londrina
com um Dossiê sobre os cem anos da Revolta da Chibata.



--
José Miguel Arias Neto
Secretário ABED
Twitter: @ABED_Defesa






__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** II Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Sociedade e Cultura

Pedimos que repasem e divulguem

II Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Sociedade e Cultura, de 07 a 10 de Novembro de 2011, Campina Grande, Paraíba.

1) Para se inscrever em um Grupo de Trabalho, primeiramente verifique o valor de sua inscrição:
•    Professores e pesquisadores estrangeiros e brasileiros: R$ 80,00
•    Alunos de Pós-Graduação: R$ 50,00
•    Alunos de Graduação e graduados com apresentação de trabalhos em forma de poster: R$ 30,00
•    Alunos de graduação e público em geral sem apresentação de trabalhos: R$ 10,00
•    Participação em MINICURSO: R$ 20,00
•    Professores de rede de ensino: R$ 30,00
Os pesquisadores co-autores de comunicações terão que ter formalizado o pagamento da sua taxa de inscrição, assim como, o autor principal, em uma das categorias acima para que seja aprovado no evento.

2) Os valores correspondentes às TAXAS/CATEGORIAS listadas acima devem ser depositados no:
Banco do Brasil, Agência, 1591-1, Conta Corrente 15.579-9 (em nome de JUCIENE APOLINARIO).

3) Escolha o Grupo de Trabalho de seu interesse dentre os exibidos abaixo, clique em INSCREVER-SE e preencha o Formulário de Inscrição Online, anexando a este formulário o comprovante de pagamento digitalizado.

 
OBS.: Os comprovantes de pagamento terão que ser digitalizados e anexados ao formulário de inscrição online preenchido no site do evento. Depois de realizado o pagamento das taxas em qualquer modalidade de participação no evento, os valores não poderão ser devolvidos.

GRUPO DE TRABALHO 12 - CORPOS, GÊNEROS, SEXUALIDADES: IDENTIDADES E PODER NA PRODUÇÃO DOS SUJEITOS
Coordenadores: Profª. Drª. Eronides Câmara Araújo – UFCG
Ms. Kyara Maria de Almeida Vieira – PPGH-UFPE/ Grupo de Estudos de Gênero Flor e Flor (DSS-UEPB)
Ms. Uelba Alexandre do Nascimento – PPGH-UFPE

E-mail: snfdph.ppgh.gt12@gmail.com

EMENTA: Esse Grupo de Trabalho foi criado a fim de possibilitar e ampliar as conversações sobre as práticas dos sujeitos em seus processos de identificação, os usos dos corpos, as experiências com os gêneros e com as práticas da sexualidade. Assim, nosso desejo é atrair as produções que analisam teórico e/ ou metodologicamente experiências ocorridas em diferentes espaços sociais e variados períodos históricos, que tomem como inspiração a produção dos sujeitos em sua relação com os corpos.




__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com


    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

** Pesquisa analisa a urbanização de SP por meio de seus sambas


Pesquisa analisa a urbanização de SP por meio de seus sambas
 
Adoniran Barbosa teve seus sambas estudados por Virgílio
A classe trabalhadora paulistana das décadas de 1950 e 1960 vivenciou e testemunhou a urbanização da cidade de uma maneira particular, mas se integrando aos processos políticos e econômicos. Essa é uma das conclusões da tese de doutorado Debaixo do ’Pogréssio’: urbanização, cultura e experiência popular em João Rubinato e outros sambistas paulistanos (1951-1969), defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP e de autoria do arquiteto e urbanista Marcos Virgílio da Silva.
Virgilio conta que sua pesquisa pretendia estudar a urbanização de São Paulo sob o ponto de vista dos “de baixo”, descobrindo como eles sentiram este processo. Fazer uma análise sob esse ponto de vista (até então, inédito) implica enfrentar uma série de dificuldades, incluindo a escassez de fontes bibliográficas. Isso explica a utilização das letras e melodias de música popular, que, segundo ele, são um material riquíssimo, embora nem sempre reconhecido academicamente como legítima fonte para estudos da urbanização. O arquiteto explica que seu interesse não estava nas pessoas artísticas dos sambistas e sim na vivência daqueles cidadãos com a cidade de sua época. Por esse motivo, vemos Adoniran Barbosa ser chamado, no estudo, de João Rubinato, entre outros exemplos. Virgilio ainda enfatiza a importância de se tratar a urbanização não como um processo impessoal, mas como uma experiência de vida.
Ao analisar os mais de 50 discos e diversas entrevistas, Virgilio concluiu que embora as classes subalternas fossem vistas como inarticuladas e passivas, não o eram, construindo uma rede social densa que resultou em projetos coletivos de expressão política, especialmente por causa das práticas autoritárias em relação ao exercício do samba e certa restrição de espaços para sua prática. Ou seja, houve um verdadeiro fechar de portas para o estilo, especialmente no final da década de 1960. Assim, os sambistas buscaram se articular para tentar institucionalizar sua prática. Dessas tentativas é que vem a formalização do Carnaval na cidade de São Paulo, em 1968, subsidiado pela Prefeitura. Tal ação foi tida como descaracterização do samba, mas, segundo Virgilio, “foi uma consequência natural e que só foi possível devido à ocupação do espaço feita por aquela população. Eles ocupavam o centro e percorriam as periferias, sendo uma apropriação diferente da usual”.
O estudo contemplou as décadas de 1950 e 1960 em São Paulo
Nesse período de fechamento de portas, houve a descaracterização física de espaços importantes para o samba paulistano. O Largo da Banana, no bairro da Barra Funda , por exemplo, que é tido como um dos berços do samba na cidade, deu lugar a um viaduto. Os músicos responderam a isso com as temáticas de rememoração, saudosismo e perda. O pesquisador considera isso uma resistência do samba: “já que não tinham mais referência física, agora a faziam no campo simbólico. Eles reivindicavam continuar fazendo seu samba e continuar podendo usar a cidade para isso. Com a institucionalização do Carnaval, eles conseguem legitimar este processo, mas falam bastante da perda do lugar, o que significa que não aceitam totalmente esse confinamento numa única época do ano”, diz.
Mudanças
O estudo, orientado por Maria Lucia Gitahy, abrangeu as décadas de 1950 e 1960 pela importância da produção musical daquele momento e pelo o que aqueles anos, de intensa industrialização, representam para a história da cidade. Além disso, é uma época recém saida de uma ditadura e que desemboca em outra, tendo grande instabilidade política.
As décadas estudadas também presenciaram a formação e estruturação da indústria cultural brasileira, que permitiu a profissionalização de alguns sambistas, aumentando a possibilidade de trabalhar com música, mas ainda num processo instável. Com o crescimento e a popularização da MPB e do rock, por exemplo, diminuiu o interesse comercial no samba. Alguns sambistas que se profissionalizaram ainda funcionaram como ponte entre os sambistas amadores, gravando suas composições. É o caso de Osvaldinho da Cuíca e de Germano Matias.
O trabalho
Nos sambas paulistanos, assim como nos do Rio de Janeiro, a associação do sambista com a figura do malandro também acontece, do mesmo modo que há a figura do trabalhador. Ambas as figuras coexistem e não são necessariamente opostas. Virgílio acrescenta ainda que as referências a patrões e sindicatos não é comum, havendo uma relação mais direta com o trabalho em si. Mas, segundo ele, há um questionamento frequente da ideia de São Paulo como cidade do trabalho, mostrando que vários usos dela são possíveis, inclusive o lazer. Para analisar as canções, o pesquisador também trabalhou com outros aspectos além da letra, como a melodia, que destacou outros aspectos e deu outras ideias a respeito da abordagem de um tema em um samba
Osvaldinho da Cuíca teve papel importante no processo estudado. Foto: Marcos Santos
O arquiteto destaca que é muito grande o número de canções que fazem referência à São Paulo, e que é um material que vale a pena ser estudado para pensar a história da cidade: “fala-se muito de reconhecimento político de diversas frações da sociedade, e que as pessoas não participam porque não sabem ou não querem participar. Mas na verdade elas estão sim se manifestando, mas não têm seu meio de manifestação reconhecido. “Os de baixo” tinham e ainda têm algo a dizer. Compreender que o modo de vida dessa população se expressa por meios diferentes dos oficiais é uma visão válida que dá ideias de como a cidade poderia ser mais inclusiva”.
Fotos: Reprodução

Mais informações: mvirgilios@gmail.com


Conheça nosso perfil no Faceboock
 

Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

Arquivo do blog

Seguidores do Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB.