Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

sábado, 17 de abril de 2010

Matéria muito boa, no caderno Prosa & Verso, no jornal O Globo de hoje... duas entrevistas esclarecedoras, com as historiadoras Ângela de Castro Gomes e Maria Celina D´Araújo.

Contornos do Estado

Forte, indutor, regulador. O Estado é protagonista dos discursos de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), nos quais sobram superlativos e o adjetivo “mínimo” é evitado. Serra se lançou pré-candidato à Presidência defendendo o “ativismo governamental”.

Dilma ecoa Lula na defesa de um Estado “indutor”, escorada na popularidade de programas como o PAC e o Bolsa Família. Que ideia de Estado surgirá nos debates e sairá das urnas? A intervenção estatal é tradição que formou nossa cultura política, diz a historiadora Ângela de Castro Gomes. Para a cientista política Maria Celina D’Araújo, o debate sobre tamanho e funções do Estado está no centro da campanha, para a qual Marina Silva (PV) acena com outras questões. Interlocutores próximos aos candidatos deixam claro que as diferenças vão além dos bordões.


País onde a intervenção é tradição

Presença estatal na economia e nas relações sociais moldou a cultura política dos brasileiros, diz historiadora

ENTREVISTA - Ângela de Castro Gomes

Uma das mais importantes pesquisadoras de questões ligadas à legislação trabalhista no Brasil, a historiadora Ângela de Castro Gomes diz que a própria concepção de cidadania e de Estado do brasileiro é formada a partir de uma experiência de intervenção estatal na atividade econômica e na vida social. A regulação das relações de trabalho é um dos eixos dessa atuação, afirma. Professora titular da UFF e coordenadora da pós-graduação em História, Política e Bens Culturais do CPDOC/FGV (Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getulio Vargas), ela conversou com O GLOBO sobre a história da definição das atribuições do Estado no Brasil.

Miguel Conde

O GLOBO: Declarações de Dilma Rousseff e José Serra sugerem que a discussão sobre o tamanho e atribuições do Estado será recorrente na campanha presidencial. Num artigo recente, o historiador Daniel Aarão Reis propôs um enfoque mais amplo para essa questão, constatando o retorno na América Latina de uma tradição nacional-estatista, que parecia abandonada em favor de um ideário mais liberal.

Que tradição é essa?

ÂNGELA DE CASTRO GOMES: Não há exatamente uma tradição política nomeada como nacionalestatismo, mas essa noção pode ser usada para designar uma tradição de intervenção do Estado em certos assuntos, econômicos e sociais, nos quais o Estado de finais do século XIX e início do século XX não atuava. Embora o Estado liberal tampouco fosse um Estado ausente, como às vezes se diz, ele tinha restrições que são revistas a partir da crise de 1929 e da Segunda Guerra.
A partir daí se constroi um outro paradigma de ação do Estado, atuante em assuntos até então não tocados. O exemplo mais clássico é o da regulação do mercado de trabalho, com as leis ditas trabalhistas. Mas nem todos Estados que aumentam seu grau de intervenção aumentam da mesma maneira.

No caso do Brasil, o trabalho é uma área prioritária na construção dessa tradição política.

O nosso Estado intervencionista é um Estado que atua na área do mercado de trabalho. Nos Estados Unidos, por exemplo, não.

Quais são os modelos principais entre os vários diferentes dentro dessa linhagem?

ÂNGELA: Nos Estados Unidos, a quebra da bolsa de valores em 1929 desencadeia um intervencionismo mais econômico, keynesiano, em que o Estado faz grandes empreendimentos e cria empregos. Por outro lado, após a Segunda Guerra surge na Europa o Estado de bem-estar social, onde há patamares mínimos em relação à saúde, educação, previdência. O Brasil caminha nos dois sentidos. A intervenção do Estado na economia e nas políticas sociais marca nossa concepção de cidadania.

Existe alguma relação necessária entre autoritarismo e estatismo?

ÂNGELA: Todo tipo de liderança se apropriou dessa tradição.

Em Getúlio Vargas, que é um marco inicial, essas coisas caminham muito perto uma da outra. Já o governo JK não tem um projeto autoritário, embora trabalhe com essa tradição nacional-estatista, se apropriando dela e adequandoa às questões que estavam sendo eleitas politicamente como decisivas naquele momento.

No regime militar também há um Estado intervencionista, mas em outro modelo, e sem o elemento carismático de Getúlio ou Juscelino.

De que maneira o estatismo se liga à nossa concepção de cidadania, como a senhora disse?

ÂNGELA: Existe uma noção dos deveres do Estado que é informada por essa tradição.

Isso começa já nos períodos de 1930 e 1940, com o estabelecimento dos direitos do trabalho, o que gera por exemplo na década de 1950 mobilizações de trabalhadores rurais que também querem ser contemplados por essa regulação.

Mais recentemente, por exemplo, tivemos problemas com as chuvas. Os cidadãos brasileiros em nenhum momento duvidam que o Estado tem obrigação de atuar nesses casos. Isso que parece para a gente natural não é natural em outras culturas políticas. O exemplo americano quando do furacão Katrina mostrou isso. Se houvesse uma tragédia daquelas proporções no Brasil, seria inconcebível que o nosso governo federal reagisse como o governo americano reagiu.

É comum ouvir que a intervenção do Estado muitas vezes cria relações de dependência, mas a senhora destaca uma outra consequência, que é uma tradição de cobrança.

ÂNGELA: Essa forma de analisar a intervenção estatal é muito capenga e às vezes até maldosa. Não compartilho da ideia de que a população brasileiras e ja não participativa e não solidária . A nossa população é participativa politicamente, aprendeu a ser assim.

Até que ponto, em sua opinião, o governo Fernando Henrique Cardoso pôs em questão essa tradição? Houve uma mudança mais econômica, com as privatizações de empresas, ou também em outros setores?

ÂNGELA: Houve um questionamento amplo desse modelo.

No fim do governo Fernando Henrique havia uma proposta que havia sido votada já, mas não tramitou até o fim, que significaria uma diminuição muito grande de direitos do trabalho, pois valeria mais o contratado do que o legislado. E isso teria impactos muito grandes num certo patamar mínimo de direitos do trabalho.

Mas durante o governo FH também houve criação e ampliação de programas de amparo social. Haveria iniciativas contraditórias do ponto de vista dessa tradição?

ÂNGELA: Claro. O Estado é composto por elites e grupos políticos que muitas vezes defendem políticas conflitantes.

As iniciativas nem sempre combinam umas com as outras.

E hoje há um retorno a um modelo anterior de Estado?

ÂNGELA: A primeira década do século XXI, sobretudo o final da década, pôs em questão postulados de que o Estado não deveria atuar em certas áreas, mas não acho que se tenha voltado a um modelo de décadas atrás. Se na década de 1930 e 1940 se imaginava, sobretudo em países do tipo do Brasil, que o Estado devesse ter uma pauta de ação de X itens, hoje é muito mais discutível o tamanho desse X. E além disso mudou a percepção das formas como o Estado pode intervir. Hoje concorda-se que muita coisa pode ser feita em parceria com a sociedade, tanto com empresas privadas quanto com outro tipo de associação.

Há ONGs péssimas e outras muito boas que fazem coisas ótimas, e o Estado pode ser parceiro delas também. Isso abre as possibilidades para você imaginar a atuação do Estado.

O que um programa como o Bolsa Família cria de expectativas do cidadão na sua relação com o Estado?

ÂNGELA: De modo geral, cada vez mais determinado tipo de ausência do Estado é entendida como intolerável na nossa democracia. No caso do Bolsa Família, há uma crítica de que seria uma política mais paliativa do que transformadora.

Além disso, é certo que os níveis de desvio de dinheiro, para não falar de corrupção explícita, são coisas muito graves.

Mas é bom lembrar que há uma continuidade. O Bolsa Família surge do Bolsa Escola, implantado antes de o PT chegar ao poder. Projetos como esse se tornam tão importantes que os partidos podem até mudá-los, mas não simplesmente acabar com eles. E o que se vê é que em função de iniciativas como essa é que temos hoje um número muito maior de crianças na escola. Ainda temos trabalho infantil, mas certamente com programas como esse é mais fácil você convencer uma família muito pobre de que o filho dela tem que ir para a escola em vez de trabalhar. A família pode se acomodar, é verdade, mas muitas famílias não colocariam seus filhos na escola se não fosse por aquele rendimento.

Essas políticas são muitas vezes ambivalentes.

Entre o 'indutor' e o 'regulador'

Cientista política aponta diferenças e semelhanças entre os modelos de Estado propostos por Dilma e Serra

ENTREVISTA: Maria Celina D’Araújo

Autora de mais de 20 obras sobre governantes brasileiros, de Getúlio Vargas a Lula, a cientista política Maria Celina D’Araújo, professora da PUC-Rio, acredita que esta eleição coloca “de forma definitiva” a questão do tamanho e das funções do Estado. Segundo ela, enquanto Dilma Rousseff segue o modelo de Estado “indutor” adotado por Lula, com um viés desenvolvimentista que remete à Era Vargas, José Serra propõe uma articulação entre Estado, mercado e sociedade que valoriza agências reguladoras criadas por Fernando Henrique Cardoso. Já a candidatura de Marina Silva, avalia Maria Celina, debate o futuro do país não a partir de ideologias de Estado, mas de temas como meio ambiente e sustentabilidade.

Guilherme Freitas

O GLOBO: No atual estágio da campanha, é possível dizer se o papel do Estado será um tema central no debate eleitoral?

MARIA CELINA D‘ARAÚJO: Já está sendo. A campanha já trouxe para a agenda política nacional a questão do tamanho do Estado e das funções do Estado.
Este debate ficou nas entrelinhas nos últimos 15 anos, quando se deu mais na forma de uma troca de acusações entre governo e oposição. Agora volta como uma questão doutrinária, colocada de forma definitiva: qual é o papel do Estado? Qual deve ser o tamanho do estado? Quais são as funções do Estado? Isso fica claro na retomada que a campanha de Dilma faz da questão do Estado desenvolvimentista, um Estado que dirige a economia, planeja e faz investimentos diretos. Esse é o modelo econômico da Era Vargas, que a campanha dela tem trazido para o debate como uma necessidade. Esse modelo da Era Vargas — o modelo econômico, não o político — se esgotou na década de 1980, com a crise fiscal.

Um Estado desenvolvimentista significa um Estado com capacidade de investir, e desde os anos 1980 o Estado brasileiro investe muito pouco.

O aceno de Dilma em direção a um Estado desenvolvimentista seria questão de retórica?

MARIA CELINA: Sim. Mesmo no governo Lula, embora ele tenha feito uma defesa do Estado desenvolvimentista e criado várias estatais, as intervenções na dinâmica da economia foram pouco expressivas. Essa dinâmica está dada desde o governo Fernando Henrique por um modelo que não é estatizante. Desde os anos 1980, o Brasil vem abandonando um modelo estatizante, um modelo de mercado com alguma regulação, e isso não foi mudado no governo Lula.

A taxa de investimento do Estado hoje é muito baixa, porque ele não tem dinheiro para fazer grandes investimentos. Veja o caso da usina de Belo Monte: ela só pode ser feita através de um leilão. Isso é muito diferente de construir uma Itaipu, como o Estado fez nos anos 1970. Mesmo as obras do PAC, que são investimentos muito importantes em moradia e saneamento, por exemplo, não podem ser comparadas, em termos de escala, às obras promovidas pelo Estado nos anos 1950 e 1960.

Lula usa muito o termo “Estado indutor”, que Dilma adotou na campanha. Como esse discurso ecoa na sociedade?

MARIA CELINA: Isso também é Era Vargas: o Estado que induz, que aponta o caminho e vai à frente da sociedade. Ao defender o desenvolvimentismo, Dilma apresenta uma proposta ideológica de Estado grande e forte. Essa proposta tem uma ressonância nacional muito grande. A sociedade brasileira gosta de Estado. O Estado é visto como bom empregador, embora não como bom prestador de serviços. Mas é visto como bom empregador e bom empresário.

A sociedade brasileira sofreu com as privatizações, porque acredita que a empresa estatal é melhor que a empresa privada. Isso é uma característica nossa, há uma “Estadolatria” muito interessante, que perpassa vários setores da sociedade, das camadas populares às mais ricas, e várias ideologias, tanto de direita quanto de esquerda.

Há diferenças significativas entre os modelos de Estado propostos pelos candidatos?

MARIA CELINA: O discurso de defesa do Estado feito por Dilma é mais forte que o de Serra. Embora também tenha apreço pelo Estado e seja um social-democrata, Serra deve bater na tecla da articulação entre Estado, sociedade e mercado. Dilma bate na tecla do Estado mais forte, do Estado que “induz” sociedade e mercado. Isso no nível do discurso.

Na prática, há limites estruturais para uma política mais estatizante. Tanto há limites que o governo Lula não adotou uma política desse tipo. Teve oito anos para rever as privatizações, por exemplo, e não fez isso.

O discurso estatizante mais à esquerda tem esbarrado em soluções pragmáticas.

E quais seriam as características da visão de Estado defendida por Serra?

MARIA CELINA: Seria um Estado mais regulador, que faria a articulação com sociedade e mercado principalmente através de agências reguladoras. Essas agências também apontam uma diferença entre os dois projetos.

Elas foram criadas no governo Fernando Henrique, o PT foi contra, e o governo Lula devolveu aos ministérios boa parte do poder acumulado por elas. O Estado, na visão de Serra, teria mais agências reguladoras e menos inchaço nos ministérios.

Lula e Fernando Henrique colocaram em prática concepções distintas do papel do Estado?

MARIA CELINA: Quem mexeu efetivamente na arrumação econômica do Estado foi Fernando Henrique. Fez uma reforma do Estado, mexeu nas organizações econômicas estatais e pagou um preço por isso. Paga até hoje. As privatizações provocaram uma certa mágoa na sociedade brasileira em relação ao governo Fernando Henrique, que não conseguiu convencer a sociedade sobre a privatização de estatais como Vale e CSN, por exemplo, vistas como emblemas da soberania nacional. Lula não precisou correr um risco político tão grande. Não é que ele não quis fazer grandes mudanças econômicas.

Ele não precisou.

A questão da intervenção do Estado na sociedade através de programas de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, também divide os candidatos?

MARIA CELINA: A questão das políticas sociais no Brasil começou a ser discutida há muito tempo. No governo Sarney já existiam programas de distribuição de tíquete para leite e cestas básicas, por exemplo. O Estado brasileiro começou a praticar políticas sociais há 25 anos e isso foi se aprimorando até chegarmos ao Bolsa Escola, de Fernando Henrique, e ao Bolsa Família, de Lula, que não distribuem mais tíquetes de alimentos, e sim recursos para que as pessoas façam suas próprias escolhas, o que é uma política muito mais moderna. Isso está sendo debatido há muito tempo e não se poder dizer que há tantas diferenças assim entre os candidatos ou que os programas podem ser descontinuados em caso de mudança de governo.

Eles podem até mudar de nome, mas vão continuar.

Como a candidatura de Marina Silva contribui para o debate sobre o papel do Estado nestas eleições?

MARIA CELINA: Marina é oxigênio novo na campanha, porque ela não discute o Estado, não traz para o debate esses temas tradicionais da política. A plataforma de Marina propõe que se pense o futuro do país não só em termos de ideologia, de haver mais Estado ou menos Estado, mas sim a partir de outras questões como meio ambiente, consumo, desenvolvimento sustentável. E essa plataforma terá que ser absorvida pelos outros candidatos e pela agenda do próximo presidente, independentemente do desempenho dela nas eleições.

Plano de Dilma sem radicalismos

Palocci e Pimentel são figuras centrais nos programas da ex-ministra

Diana Fernandes
BRASÍLIA

Entrevistas e discursos da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff evidenciam sua tendência de, se eleita presidente da República, pôr em prática um programa ancorado no conceito do Estado forte, com importante papel regulador e focado em investimentos em infraestrutura.
Ao lado desses investimentos públicos em grandes empreendimentos, sua proposta prevê ações voltadas para as cidades, especialmente as regiões metropolitanas das grandes capitais. À frente do seu programa de governo para a área econômica estarão dois companheiros do PT que já ocuparam cargos de destaque: o paulista Antonio Palocci, exministro da Fazenda; e o mineiro Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte.

Médico, 49 anos, ex-prefeito de Ribeirão Preto (SP) e atualmente deputado federal, Antonio Palocci Filho foi o primeiro ministro da Fazenda do governo Lula. Apesar da inexperiência na área econômica, conquistou a confiança dos meios político e empresarial ao implementar medidas que levaram à queda da inflação, ao crescimento recorde das exportações e ao aumento do consumo. Saiu chamuscado do governo, em março de 2006, sob a denúncia de ter autorizado a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Ele sofreu ainda outras acusações, mas nenhuma resultou em condenação.

Projeto para tranquilizar sociedade e empresariado

Agora ele faz parte do comando da campanha petista, com a responsabilidade de desenhar uma proposta que mantenha os pilares da atual política do governo Lula, mas afaste o radicalismo proposto pelo próprio PT, em seu Congresso Nacional de fevereiro, para que não paire dúvidas na sociedade e no empresariado, em especial: não há risco de retrocesso no modelo econômico hoje em vigor no Brasil.

Em relação às ações voltadas para as populações das periferias dos grandes centros, a précandidata Dilma contará com a colaboração do companheiro de partido e amigo Fernando Pimentel. Os dois se conheceram no início dos anos 1970, quando lutaram em grupos distintos contra a ditadura militar.

Pimentel, como Dilma, ficou preso três anos entre 1970 e 1973. Hoje, também é do comando da campanha de Dilma e terá grande influência na confecção do plano de governo.

Antes de chegar à prefeitura de Belo Horizonte como viceprefeito, em 2001, Fernando Pimentel, economista, 50 anos, foi secretário municipal da Fazenda entre 1993 e 1996, na gestão do também petista Patrus Ananias. Em abril de 2003, ele assumiu a prefeitura de BH no lugar do prefeito eleito Célio de Castro, que, doente, se aposentou.

Sua gestão foi marcada por grandes investimentos nas áreas urbana e social, com destaque para um programa de urbanização de vilas e favelas, o Vila Viva.

'Confraria' de Serra contra estatais

Grupo próximo ao candidato defende Estado 'ativo', mas não produtor

Sérgio Roxo - SÃO PAULO

Discutir economia é uma atividade constante na vida do précandidato do PSDB à Presidência, José Serra. O tucano conta com um grupo de especialistas que são consultados para debater ideias, novos estudos e medidas para a área.

A “confraria econômica” do exgovernador de São Paulo é dominada por técnicos que trabalharam no Banco Econômico de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e professores da Unicamp, onde Serra deu aula no final dos anos 70 e início dos 80.

As conversas se dão por email ou em almoços. Muita vezes, o tucano pede aos economistas de sua confiança levantamentos sobre determinado tema. Também avalia sugestões apresentadas por eles.

Mas em certas ocasiões “espinafra logo de cara” e encerra discussões de assuntos que considera “bobagens”, conta um integrante da “confraria”.

Contemporâneo de Serra na Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo, de 67 anos, faz parte do grupo de economistas ouvidos pelo pré-candidato. Classificado como desenvolvimentista clássico, Belluzo foi secretário de política econômica do Ministério da Fazenda no governo Sarney (19851990) e também tem boa relação com o presidente Lula, chegando a ser consultado antes do anúncio de medidas econômicas importantes durante o governo petista.

Dar condições para o crescimento das empresas

Também professor da Unicamp, mas de uma outra geração, Geraldo Biasoto Jr., de 48 anos, é hoje um dos economistas mais próximos do pré-candidato do PSDB. Diretor-executivo da Fundação do Desenvolvimento Administrativo do Estado de São Paulo (Fundap), deve ter papel importante na formulação do programa de governo tanto na área macroeconômica como nas propostas de desenvolvimento social.

Biasoto Jr. defende um Estado “ativo e presente” na gestão da economia, mas não vê necessidade de criação de estatais para promoção do desenvolvimento, por exemplo: mdash; A flexibilidade exigida hoje em dia não permite.

O economista afirma que cabe ao Estado reconhecer as potencialidades de cada setor e viabilizar as condições para que as empresas possam se desenvolver.

Biasoto Jr. conheceu Serra, em 1998, por meio de um outro economista que faz parte da “confraria”: José Roberto Afonso, que trabalhou no BNDES. O tucano era senador na época.

Também oriundo do banco, o deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB-ES) é outro economista que costuma ser ouvido pelo ex-governador.

Coordenador do programa de governo de Serra na campanha presidencial de 2002, ele concorda que o governo não precisa de novas estatais: — O debate sobre a participação estatal foi resolvido há 25 anos no país.

Saudações históricas,


Fabrício Augusto Souza Gomes

sexta-feira, 16 de abril de 2010

 
O GEPHOM – Grupo de Estudo e Pesquisa em História Oral e Memória da Universidade de São Paulo convida professores, pesquisadores e estudantes para a submissão de resumos para o 1º Simpósio de História Oral e Memória: Memória da Zona Leste de São Paulo, que acontecerá nos dias 22 e 23 de junho de 2010, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.
Serão avaliados os resumos sobre temas afins aos dois eixos temáticos do simpósio, remetidos até o dia:
Eixo temático "História e memória da Zona Leste de São Paulo":
Movimentos sociais, história e política na Zona Leste de São Paulo.
Movimentos migratórios em São Paulo e na Zona Leste.
Patrimônio, memória, história e urbanização de bairros, de cidades e da Zona Leste de São Paulo.
Eixo temático "História oral, memória e fontes de pesquisa":
Fontes orais: métodos de pesquisa e análise.
Memória, identidade e cultura.
História oral e história local.
Instruções para a apresentação de propostas
Os interessados deverão enviar seus resumos, impreterivelmente até 05 de abril de 2010 [prorrogado para 12 de abril de 2010], para o e-mail gephom@gmail.com. Eles deverão conter de 400 a 500 palavras, incluindo, de forma não-esquemática: a) justificativa; b) objetivos; c) marco teórico; d) metodologia; e) resultados. Formatação: arquivo em word (.doc) 2003; Times New Roman; Tamanho: 11; Espaçamento: simples. Pede-se anexar uma nota biográfica resumida (máximo 4 linhas). O resultado da avaliação será divulgado a partir do dia 15 de abril de 2010, por e-mail e pelo website http://each.uspnet.usp.br/gephom/. Professores, pesquisadores e estudantes de pós-graduação com trabalhos aceitos serão alocados em sessões temáticas; estudantes de graduação participarão de sessões de comunicação de pesquisa.
Critérios de avaliação
· Os trabalhos serão avaliados pela Comissão de Avaliação, presidida pela coordenação do evento;
· Somente serão avaliados os trabalhos explicitamente referentes à temática do evento e que estiverem de acordo com as normas de prazo e formatação;
· Não será permitida a substituição de arquivo do resumo nem do texto completo.
Certificados
Serão emitidos pela organização do evento aos participantes que apresentarem trabalho e aos ouvintes que comparecerem a pelo menos 85% da programação.
Taxas de inscrição
- Ouvintes: até 30 de abril de 2010: R$ 10,00
após essa data: R$ 20,00
- Apresentadores de trabalho:
estudantes de graduação: R$ 20,00
estudantes de pós-graduação: R$ 50,00
Professores e pesquisadores: R$ 60,00
A taxa de inscrição dará direito à participação em todas as atividades do evento, aos cadernos de resumos e à emissão de certificado (conforme normas acima).
As inscrições para ouvintes já estão abertas.
Maiores informações:
GEPHOM – Grupo de Estudo e Pesquisa em História Oral e Memória
http://each.uspnet.usp.br/gephom/
gephom@gmail.com

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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
    Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

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    No próximo sábado, 17/04, às 9h05 da manhã, o cantor e compositor
    Dorival Caymmi vai ser o homenageado do quadro "Alguém muito especial",
    no programa "Onde canta o sabiá", apresentado por Gerdal dos Santos, na
    Rádio Nacional do Rio de Janeiro 1130 AM.
    Quem não mora no Rio de Janeiro pode ouvir a rádio pela Internet no
    endereço:
    http://www.ebc.com.br/canais/radios/radio-nacional-am-rio-de-janeiro
    É só clicar em "Ao vivo".
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      terça-feira, 13 de abril de 2010

       
      Convite para apresentação de trabalho no Simpósio Temático
      Coordenação: Cezar Honorato (PPGH-UFF e PPGSS-UERJ)
      Estão abertas as inscrições para apresentação de trabalhos no XIV Encontro Regional de História – ANPUH-Rio "Memória e Patrimônio", a realizar-se entre os dias 19 e 23 de julho de 2010 na UNIRIO.

      Inscrição para apresentação de trabalhos: até o dia 07/05/2010 no site
      http://www.rj.anpuh.org/

      Simpósio História e Urbanização: rediscutindo o espaço urbano


      Resumo O Simpósio Temático História e Urbanização: rediscutindo o espaço urbano pretende ser um local de discussão sobre o espaço urbano. Com o objetivo de refletir sobre questões teóricas e metodológicas referentes à questão urbana, retomando a produção historiográfica do final dos anos 1980, este Simpósio convida pesquisadores a revisitar o tema considerando a cidade como parte da equação na construção do conhecimento.
      Pretende-se abrir espaço para que se discuta a cidade como elemento constituinte da identidade, refletindo sobre seus usos e suas transformações e permanências.  Aqui, a relação cidade e cotidiano é de grande importância. Perceber a cidade como o espaço onde a vida é vivida – onde a repetição, a reprodução de valores as mudanças ocorrem – mostra que a cidade se transforma constantemente. Assim, a cidade está imbuída de permanência e mudança, refletindo a capacidade da sociedade de adotar novas soluções e usos diferentes do espaço, onde a cidade criativa emerge do cotidiano.
      Partindo da constatação de que os diferentes grupos sociais que compõem o Rio de Janeiro no início do século XX formavam espaços onde reproduziam seus territórios de origem – tal como ocorreu na Praça XI – perceber as redes de sociabilidade refletidas no espaço da cidade constitui uma análise importante para a compreensão do processo de constituição do território urbano do Rio de Janeiro ao longo dos últimos cem anos.
       Trata-se de entender o território a partir de sua dimensão humanizada, pois o mesmo está relacionado com a existência humana, sendo esta escrita no tempo e no espaço. Assim, percebe-se a cidade como fruto da relação que os indivíduos constroem entre si num determinado tempo e espaço. Aqui o espaço urbano será constituído de um território, de relações sociais e de um tempo preciso, cuja dinâmica e contradições serão objetos de análise.
      Propõe-se com este Simpósio refletir como as relações entre território, relações sociais e tempo se apresentam na elaboração da infra-estrutura urbana e como se refletem nas contradições sociais oriundas deste processo. Estas reflexões também permitem a discussão sobre os principais desafios sociais vivenciados na atualidade, com ênfase nas questões da favelização, violência, transporte e saúde.







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        Caros colegas,

        Estão abertas até o próximo dia 23 de abril as inscrições de comunicações para apresentação nos Simpósios Temáticos que comporão a programação do 3º Encontro Internacional de História Colonial, a ser realizado entre 4 e 7 de setembro deste ano no campus da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife.
        Para maiores informações sobre os STs, normas de formatação dos trabalhos, pagamento de inscrições, programação de conferências e mesas-redondas, acessem o sítio eletrônico do evento na URL http://www.eihc2010.com.br/


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        Att,
        Comissão Organizadora
        3º Encontro Internacional de História Colonial
        "Cultura, Poderes e Sociabilidades no Mundo Atlântico (séculos XV a XVIII)"




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          segunda-feira, 12 de abril de 2010

           

          I Colóquio Regional de História Colonial

          Fonte: UFRB

          Os estudos acerca do período colonial têm sido gradativamente objeto de pesquisas e reflexões nas universidades públicas baianas. Com o objetivo de promover um maior estreitamento dos laços entre os pesquisadores dessas instituições e uma maior divulgação dos estudos que envolvam esta temática, será realizado nos dias 29 e 30 de Abril o I Colóquio Regional de História Colonial.

          O Colóquio será realizado no Auditório do CAHL, veja abaixo a programação completa:




          Programação:
          1º dia – 29 de abril
          09h00 – 09h30 – Abertura
          09h30 – 11h30 – Mesa 1
          História religiosa: práticas e instituições
          Humberto José Fonseca (UESB) – Rituais da corte: ritualidade, sociabilidade e poder na América portuguesa
          Evergton Sales Souza (UFBA) – As constituições primeiras do arcebispado da Bahia
          Fabrício Lyrio Santos (UFRB) – As cartas de Nóbrega e a conversão do gentio
          Camila Fernanda Guimarães Santiago (UFRB) – Produção, comércio e consumo de gravuras religiosas no mundo luso-brasileiro: incentivos e controle do Estado Português na segunda metade do século XVIII e início do XIX
          Mediador: Leandro Antônio de Almeida (UFRB)

          14h30 – 16h30 – Mesa 2
          Modos de repressão no Império Colonial português
          Roque Felipe Oliveira Filho (UESB) – Crimes e perdões na ordem jurídica colonial. Bahia (1750-1808)
          Marco Antônio Nunes da Silva (UFRB) – A Bahia nos cadernos do Promotor: perspectivas de pesquisa
          Grayce Bonfim Souza (UESB) – Pontas dos longos tentáculos: agentes do Santo Ofício português na Bahia setecentista
          Suzana Severs (UNEB) – Relações de vizinhança: cotidiano da Bahia setecentista em processos inquisitoriais
          Mediador: Antonio Liberac Cardoso (UFRB)

          19h00 – Conferência I
          Conferencista: Kalina Vanderlei Paiva da Silva (UPE)

          2º dia – 30 de abril
          09h00 – 11h00 – Mesa 3
          Economia e relações de poder na América portuguesa
          Caio Figueiredo Fernandes Adan (UEFS) – Soberania e territorialidade na América Portuguesa: a colonial comarca dos Ilhéus (1763-1808)
          Luiz Antonio Araújo (UFRB) – Contratos, fiscalidade e comércio na Bahia (1641-1730): notas de pesquisa
          Maria José Rapassi (UFBA) – Viver honradamente na Salvador do século XVIII
          Avanete Pereira Sousa (UESB) – Poder, política e economia na Bahia colonial
          Mediadora: Rita Almico (UFRB)

          15h00 – 17h00 – Mesa 4
          Escravidão e identidades afro-brasileiras
          Adriana Dantas Reis Alves (UEFS) – Beleza negra, cultura sexual e escravidão
          Carlos Eugênio Líbano Soares (UFBA) – Nações africanas na Bahia escravista
          Lucilene Reginaldo (UEFS) – André Couto Godinho, preto, natural do Brasil, missionário no Congo: trânsitos atlânticos da "gente de cor" no Império Português (1779-1788)
          Tânia Maria Pinto de Santana (UFRB) – Os negros e a devoção mariana na concepção do clero baiano colonial
          Mediador: Walter Fraga (UFRB)


          19h30 – Conferência II
          Conferencista: Maria Hilda Baqueiro Paraíso (UFBA)

          Comissão organizadora:
          Marco Antônio Nunes da Silva (UFRB), Fabrício Lyrio Santos (UFRB), Tânia Maria Pinto de Santana (UFRB), Grayce Bonfim Souza (UESB) e Avanete Pereira Sousa (UESB).
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          Atividade nos últimos dias:
                **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
             
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            domingo, 11 de abril de 2010

            Memória e Cinzas - Vozes do Silêncio, coletânea de ensaios sobre o Holocausto, organizada por Edelyn Schweidson

             





                                                                                                                  

            A  ASA - Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação convida para o debate sobre o livro
            Memória e Cinzas - Vozes do Silêncio
            , coletânea de ensaios sobre o Holocausto, organizada por Edelyn Schweidson,
            no
            dia 18 de abril, às 17 horas, na sala de vídeo.
                                    
            O encontro contará com a presença de três dos autores:
            o cientista político Sérgio Paulo Rouanet
            e
            os psicanalistas Edelyn Schweidson e Eduardo Vidal.





            A entrada é franca


            A ASA está localizada na Rua São Clemente n. 155, Botafogo, Rio de Janeiro e possui estacionamento pago.


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            Atividade nos últimos dias:
                  **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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              +livros


              Caldeira fervente
              Em nova obra, historiador diz que esquerda brasileira se enganou na interpretação do Brasil e afirma que país não era refém da metrópole

              RAFAEL CARIELLO
              DA EQUIPE DE EDITORIALISTAS

              Processos de revisão histórica exigem trabalho redobrado. Não basta chamar atenção para fatos que antes passavam despercebidos ou explicar, de maneira inédita, o passado.

              Uma vez estabelecida a nova interpretação, é hora de perguntar: como foi possível que os pesquisadores de décadas passadas não vissem isso? O que levou historiadores, por tanto tempo, a se "enganar"?

              Já faz mais de duas décadas que a visão sobre o passado colonial brasileiro tem mudado radicalmente. O novo livro de Jorge Caldeira, "História do Brasil com Empreendedores", cumpre o importante trabalho de sintetizar e divulgar boa parte dos trabalhos acadêmicos recentes que contribuíram para essa empreitada.

              Mas vai além, ao buscar uma explicação para a vigência da interpretação anterior, que prevaleceu na maior parte do século passado.

              Ficou para trás, como mostra Caldeira, a ideia de uma América portuguesa pobre e espoliada pelas metrópoles europeias. Passou a prevalecer a interpretação de uma economia mais dinâmica e uma sociedade muito mais complexa do que as explicações que colocavam ênfase na dependência colonial deixavam ver.

              As razões do atraso do país são mais recentes e determinadas não pela transferência de recursos para Portugal, mas pelas escolhas que uma elite política e econômica, residente no Brasil, fez.

              A contribuição inédita de Caldeira, autor da importante biografia de Irineu Evangelista de Sousa, "Mauá - Empresário do Império" (Cia. das Letras), está na segunda tarefa, para a qual é dedicada metade de seu novo livro.

              Ele diz ter descoberto, de maneira fortuita, uma espécie de véu ideológico no trabalho de Caio Prado Jr. (1907-90), pai das explicações hegemônicas sobre o país entre os anos de 1930 e 1980.

              Há mais de uma década, enquanto pesquisava para seu doutorado em ciência política, na USP, ele notou semelhanças impressionantes entre trechos das obras de Prado Jr. e do historiador conservador Oliveira Vianna (1883-1951).

              A visão que Prado Jr. -autor marxista e referência para gerações de pesquisadores de esquerda- tinha do Brasil havia sido cunhada, em grande medida, por Vianna, pensador antiliberal e crítico da democracia representativa, diz.

              Parte da esquerda brasileira, portanto, seria herdeira direta do pensamento conservador da virada do século 19 para o 20. Ambas, às vezes pelas mesmas razões, às vezes por motivos diversos, leram mais de quatro séculos de história como a narrativa de um país cronicamente inviável.

              Foi Vianna, antes de Prado Jr., quem colocou o "latifúndio" no centro de seu modelo explicativo sobre as razões do atraso brasileiro. Para o conservador, as consequências da importância exacerbada da fazenda exportadora eram sobretudo políticas.

              A sociedade brasileira se via reduzida à oposição entre senhores e escravos, e entre eles uma massa de homens dependentes dos proprietários, incapazes de se associar livremente e criar o substrato social necessário para a vigência, mais tarde, da democracia.

              Daí por que o modelo liberal -incluindo o voto direto- era estranho ao país e não deveria ser importado, dizia Vianna. Prado Jr. foi diretamente influenciado por esse modelo.

              O capital ficava aqui

              Caldeira compara trechos extensos das obras dos dois autores para mostrar os empréstimos interpretativos do historiador marxista -que, no entanto, centrou esforços na explicação das consequências econômicas do "latifúndio agrário-exportador".

              Por ser montada sobre uma base material de grandes fazendas voltadas para o comércio externo, a América portuguesa -segundo o modelo de Prado Jr. e da explicação hegemônica sobre o país depois dele- era pobre, dependente, desprovida de lógicas política e ideológica próprias tanto quanto de dinamismo econômico interno.

              Versão falhada, mero simulacro, da sociedade europeia e, mais tarde, da americana. Pesquisas recentes, citadas por Caldeira, demonstram que a explicação estava errada. O país não só dispunha de um dinâmico mercado interno já no século 18 como boa parte da riqueza que sua elite acumulava não era transferida para Portugal -ao contrário, era reinvestida na própria colônia.

              Do ponto de vista social, a maior parte da população não era composta por senhores ou escravos, mas por homens livres, mestiços, que estavam longe de ser meros agregados dos poderosos.

              Muitos eram lavradores ou comerciantes, e a forma mais comum de propriedade não era o latifúndio, mas o sítio, o pequeno pedaço de terra trabalhado pela família. Apenas um décimo da população livre era proprietária de escravos.

              Forçando bastante a analogia com os tempos atuais, é como se as pesquisas das últimas décadas tivessem descoberto uma enorme "classe C" no passado colonial do país -além de uma pujante elite financeira.

              São esses os "empreendedores" da obra de Caldeira: não só os traficantes de escravos e "banqueiros" que se encontravam no topo da pirâmide econômica mas também os pequenos comerciantes e lavradores, bandeirantes e proprietários de pequenas manufaturas.

              O comércio era intenso, a colônia enriqueceu e, ao final do século 18, o Brasil já era indubitavelmente mais rico que sua metrópole, Portugal. O caminho para a acumulação não estava na produção em grande escala de mercadorias, como viria a acontecer em todo o mundo depois da Revolução Industrial. Na América portuguesa, exatamente como nos países europeus do Antigo Regime, eram os grandes comerciantes que enriqueciam.

              Acumulavam recursos e emprestavam dinheiro aos proprietários. Mas também havia comércio e investimento em menor escala, espalhados de forma capilar pela colônia. Eram esses canais que permitiam a acumulação de recursos, o reinvestimento na produção e o enriquecimento material -para falar em termos atuais, o "crescimento do PIB".

              Não se trata ainda de capitalismo. Não havia relações contratuais ou de troca monetária em larga escala, como hoje. Para investir, e enriquecer, os "empreendedores" dependiam de relações de confiança, da teia de vínculos sociais que criavam. Ao casar, criar laços de compadrio ou de dependência, a sociedade colonial se reproduzia segundo uma lógica que não era "utilitarista", que não visava simplesmente o lucro, mas que não excluía o ganho material.

              Fiado e dote

              Esse modelo misto já foi flagrado por outros historiadores, e Caldeira tenta uma sistematização para o caso brasileiro. O adiantamento de bens ou recursos, a instituição do "fiado", o empréstimo e o dote criavam canais que levavam ao enriquecimento do credor ao mesmo tempo em que se baseavam em relações pessoais.

              Sem esse "capital", não se poderia explicar de onde o interior da colônia tirava recursos para se reproduzir materialmente, para ampliar seus negócios -da criação de gado ao plantio de alimentos para a venda no mercado interno.

              Como se vê, há analogias óbvias, da "classe C" à expansão do crédito, entre essa interpretação renovada do Brasil Colônia e certa euforia econômica atualmente vivida pelo país. Mas seria um erro fazer de uma o reflexo da outra. As pesquisas que mudaram a compreensão sobre o passado do país tiveram seu grande impulso em um momento completamente diferente, entre o final dos anos 80 e início dos 90, quando o ambiente político e econômico no Brasil era outro.

              Não será surpresa, no entanto, se a atual atenuação do secular complexo de vira-latas dos brasileiros contribuir para uma maior difusão desses trabalhos.


              HISTÓRIA DO BRASIL COM EMPREENDEDORES

              Autor: Jorge Caldeira
              Editora: Mameluco (tel. 0/ xx/11/ 3123-0110)
              Quanto: R$ 49 (336 págs.)


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              Fabrício Augusto Souza Gomes
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                Síntese imperfeita
                Caio Prado Jr. é clássico, mas datou em alguns pontos, diz historiadora da USP

                EUCLIDES SANTOS MENDES
                DA REDAÇÃO
                Autor do clássico "Formação do Brasil Contemporâneo" (ed. Brasiliense), o historiador Caio Prado Jr. foi um dos mais influentes do século 20 no país. Para a professora de história moderna na USP Laura de Mello e Souza, ele "ensinou gerações a pensarem sobre o Brasil", tornando-se "um ponto de referência obrigatório".
                Em entrevista à Folha, a autora de obras importantes sobre o período colonial brasileiro adverte que Prado Jr. "está ultrapassado em certos pontos" e parte do seu pensamento está datado -como em análises que ele fez sobre a administração colonial.



                 

                FOLHA - Como a sra. avalia o legado de Caio Prado Jr. hoje?

                LAURA DE MELLO E SOUZA
                - Posso falar apenas de "Formação do Brasil Contemporâneo", obra que conheço melhor. É um clássico, um marco na historiografia brasileira e na história intelectual do Brasil. Consegue, ao mesmo tempo, ser sintética e interpretativa. Como qualquer obra, tem aspectos que não se mantêm mais, que foram ultrapassados. Mas continua, a meu ver, tendo papel destacado na história intelectual do país. Pode-se contestá-la, nunca ignorá-la.
                FOLHA - De que modo "Formação do Brasil Contemporâneo" (1942) criou uma explicação poderosa sobre o Brasil colonial?

                MELLO E SOUZA
                - Na medida em que chama a atenção para o sentido tomado pela colonização portuguesa na América e mostra que estava primordialmente voltado para enriquecer a metrópole, e não a colônia. Daí a ênfase maior dada à exportação dos produtos coloniais, que rendeu mal-entendidos e polêmicas, sobretudo as críticas sobre seu descaso com o mercado interno. Prado Jr., a meu ver, deu até bastante destaque ao mercado interno, mostrando como se articulava ao externo. Só que mostrou que ninguém vinha para a América plantar milho e mandioca, porque isso não faria dos colonizadores e colonos pessoas prósperas. Eles vinham atrás de ouro, ou para vender escravo, ou para plantar cana etc. Em suma, a colonização voltava-se para os produtos que alcançavam preços altos nos mercados internacionais. Mesmo que se plantasse milho, mandioca, que se criassem porcos, e mesmo que essas atividades fossem lucrativas. Mas não era esse o móvel, o objetivo maior.
                FOLHA - Em que seu pensamento está datado na historiografia?

                MELLO E SOUZA
                - Não gosto do que diz sobre os escravos, pois ainda está muito eivado de formulações próprias à primeira metade do século 20 e que, hoje, soam mal aos nossos ouvidos politicamente corretos. O que diz sobre a administração colonial também é muito datado e até incorreto, como eu mesma tive oportunidade de contestar recentemente [no livro "O Sol e a Sombra", Companhia das Letras]. Mas ele me iluminou quando, no final dos anos 1970, eu estudava os homens livres pobres na mineração, sobretudo porque me permitiu pensar a dialética do ônus e da utilidade dos vadios numa sociedade colonial e escravista. E ele continua iluminando jovens pesquisadores que o leiam direito.
                FOLHA - Há imprecisões históricas e interpretativas em sua obra?

                MELLO E SOUZA
                - Várias, como na de todo historiador, sobretudo os que ousam. Caio Prado Jr. está ultrapassado em certos pontos porque foi um grande historiador no seu tempo.

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                Fabrício Augusto Souza Gomes

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                  sexta-feira, 9 de abril de 2010

                   

                  sexta-feira, 9 de abril de 2010


                  Revista de História da FFLCH/USP

                  Revista de História lança novo site
                  (fonte: site Fapesp, 18/3/2010)

                  Acaba de ser lançado o novo site da Revista de História, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Além de continuar disponibilizando gratuitamente todos os artigos publicados na revista desde 1995, o novo site agrega algumas inovações relacionadas à facilidade de consulta e pesquisa. Uma das novidades é a possibilidade de fazer buscas por autores e palavras-chave nos índices dos artigos.

                  Os editores da publicação estão, atualmente, digitalizando todo o antigo acervo da revista, desde seu primeiro número, lançado em 1950. Em breve, todo o material estará disponível no site e, também, no Portal de Periódicos da USP, onde é possível realizar buscas e pesquisa mais completas, que abarcam os textos integrais dos artigos e não apenas os índices da revista.

                  Fundada em 1950 pelo professor Eurípedes Simões de Paula, a Revista de História é um dos mais antigos periódicos acadêmicos do Brasil especializado nessa disciplina. Sua missão é divulgar artigos em português e espanhol, originais inéditos ou traduzidos, resenhas e edições críticas de fontes na área de história e afins.

                  O principal objetivo da publicação é contribuir para o debate acadêmico nas áreas de história e nas ciências humanas em geral, além de servir como meio de divulgação da produção acadêmica a um público mais amplo.

                  Sua periodicidade é semestral e sua publicação conta com o apoio financeiro dos programas de pós-graduação de História Social e História Econômica da FFLCH, além Programa de Apoio às Publicações Periódicas Científicas da USP.

                  Mais informações: http://revhistoria.usp.br

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                  Prezados(as):
                  Já está no ar o site do II Encontro Internacional de Ciências Sociais. O link para acesso é http://www.ufpel.edu.br/isp/ppgcs/eics. A partir dele, vocês poderão ter acesso a todas as informações referentes ao evento. Aproveito ainda para informá-los(as) que a data limite para envio dos trabalhos completos foi prorrogada para o dia 30 de abril de 2010. Lembrem de encaminhar seus trabalhos de acordo com as normas do evento que estão disponíveis no site. 
                  Já em relação à conta corrente para efetuar a inscrição no evento, esta estará disponível em breve.
                  Acessem, por gentileza, regularmente o site do II EICS para receberem atualizações.
                  Atenciosamente,
                  Daniel de Mendonça,
                  Coordenação II EICS.  


                  Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes
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                  quarta-feira, 7 de abril de 2010

                   

                  Curso de Pós-Graduação em Cultura e Arte Barroca abre inscrições neste mês

                  O Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (IFAC) da UFOP informa que em 12/04 têm início as inscrições para o curso de Pós-Graduação lato sensu em Cultura e Arte Barroca. O prazo se estende até o dia 17/05 e os interessados devem comparecer ao IFAC (Rua Coronel Alves, n° 55, Centro Ouro Preto, MG) em posse dos seguintes documentos: ficha de inscrição preenchida; cópia do diploma de graduação; uma foto recente 3x4; cópia da cédula de identidade; curriculum vitae; e cópia do comprovante de depósito (veja a tabela de valores de investimento – vencimento dia 5).

                  O curso é destinado a profissionais de nível superior nas áreas de Artes, Educação, Arquitetura, História, Restauração, Música ! ou outras afins e pesquisadores, professores e demais interess! ados em refletir e atualizar seus conhecimentos de história da arte. Os objetivos principais são oferecer qualificação de caráter informativo e reflexivo sobre a arte e a cultura do período colonial, discutir aspectos centrais da Cultura e da Arte Barroca e capacitar os alunos para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e para a atuação no ensino e em programas ligados ao patrimônio cultural.

                  Dividido em duas opções, os interessados podem escolher entre cursar dois módulos com carga de 180 horas cada, ou quatro módulos com carga de 90 horas cada. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, das 08h às 12h e 14h às 18h, com alguns sábados letivos.

                  Criado em 1985, o curso é o único no gênero realizado no Brasil e conta com uma grade de matérias que abrange os mais variados aspectos relacionados ao tema. Os professores são especialistas em teorias sobre o Barroco no país. As aulas são teóricas e práticas, realizadas não só em igrejas, museus e monumentos de Ouro Preto, mas também em viagens a cidades como Congonhas, Ouro Branco, Itaverava, Santa Rita Durão, Catas Altas, Mariana, entre outras, com custo de transporte incluído. Além disso, as aulas tratam de questões atuais ligadas ao patrimônio histórico.

                  Mais informações no edital ou pelo telefone (31)3559-1726.

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                  Atividade nos últimos dias:
                      **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                                      Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
                   
                  Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com
                   
                  Abaixo algumas informações sobre o curso.
                  CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU"
                  ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA DO BRASIL
                  HABILITAÇÃO EM MAGISTÉRIO SUPERIOR
                  APRESENTAÇÃO
                  Diante das transformações que se processam na sociedade brasileira, faz-se fundamental repensar constantemente esta mesma sociedade.
                  Neste sentido, as Faculdades Integradas "Espírita", através do seu Centro de Pós-graduação e Extensão – CPGEX, promovem o Curso de Pós-graduação Lato Sensu em História do Brasil – Ensino e Historiografia.
                  O curso tem como objetivo o debate, consistente e plural, em torno das questões de interesse, seja do ponto de vista teórico, sócio-político ou educacional, deste início de século.
                  PÚBLICO ALVO
                  Graduados em Ciências Humanas e áreas afins.
                  CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
                  - Historiografia Brasileira. 30h/a
                  - Economia Brasileira. 30h/a
                  - História do Trabalho. 30 h/a
                  - Política Brasileira. 30 h/a
                  - Religião e Religiosidade no Brasil. 30h/a
                  - Gênero e História. 30h/a
                  - Metodologia da Pesquisa. 60h/a
                  - Didática do Ensino Superior. 30h/a
                  - Metodologia do Ensino Superior. 30h/a
                  - História do Pensamento Brasileiro. 30h/a
                  - História e Memória: Conceitos e Abordagens. 30h/a
                  - História dos Movimentos Sociais no Brasil. 60h/a
                  - História Cultural:Conceitos e Métodos. 30h/a
                  - História Brasileira Através das Escolas Literárias. 30 h/a
                  CORPO DOCENTE
                  Formado por Doutores, Mestres e Especialistas
                  CARGA HORÁRIA
                  480 horas
                  CRONOGRAMA
                  Aulas aos sábados das 8h às 18h.
                  INICIO (Sujeito à Formação de Turma)
                  2010
                  INVESTIMENTO
                  Inscrição: R$ 60,00
                  22 parcelas de R$160,00
                  CERTIFICADO E AVALIAÇÕES
                  O Certificado de Conclusão será fornecido ao aluno com freqüência mínima de 75 % e nota de aproveitamento igual ou superior a 7,0 (sete) – nota mínima exigida para todos os trabalhos que serão exigidos ao final de cada módulo.
                  Após a conclusão dos módulos, o aluno terá um período de seis meses para a apresentação da monografia, cuja nota mínima para aprovação é 7,0 (sete).
                  Em caso de não apresentação da monografia, o aluno terá direito a um Certificado de Aperfeiçoamento acompanhado do respectivo Histórico Escolar.
                  Regulamentado pela Resolução 01/2007 – CES/CNE de 08/06/2007.
                  Caso haja interesse em fazê-lo, favor encaminha ficha de pré inscrição e assim que feche-se turma, entramos em contato.
                  Att,
                  Rose

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                  Atividade nos últimos dias:
                      **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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                  Seguidores do Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB.