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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

** [Carta O BERRO] PARA NÃO ESQUECER JAMAIS! História de Eudaldo Gomes da Silva -XVII-

Carta O Berro..........................................................repassem




Eudaldo Gomes da Silva

 


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Militante da VANGUARDA POPULAR REVOLUCIONÁRIA (VPR).
Nascido a 1 de outubro de 1947, no Estado da Bahia, filho de João Gomes da Silva e Izaura Gomes da Silva.
Estudante de Agronomia da Universidade Federal da Bahia, membro do Diretório Central dos Estudantes, durante o ano de 1968, e presidente do Diretório Acadêmico de sua Faculdade.
Banido do Brasil, em 15 de junho de 1970, por ocasião do seqüestro do embaixador da Alemanha, Von Holleben, com mais 39 presos políticos.
Retornando ao Brasil clandestinamente, foi morto no dia 7 de janeiro de 1973 juntamente com Pauline Reichstul, Evaldo Luís Ferreira de Souza, Jarbas Pereira Marques, José Manoel da Silva e Soledad Barret Viedma em uma chácara no loteamento de São Bento, no município de Paulista, em Pernambuco. O caso é conhecido como Massacre da Chácara São Bento.
Os torturadores e assassinos crivaram de balas os cadáveres dos seis combatentes, jogaram várias granadas na casa da referida chácara, com o objetivo de aparentar um violento tiroteio, dizendo que lá se realizava um suposto congresso da VPR. Na versão oficial, constava que José Manoel da Silva teria sido preso e conduzido os policiais até o local onde se realizava o congresso, sendo morto pelos próprios companheiros durante a invasão. No tiroteio travado, teria conseguido escapar Evaldo Luís Ferreira de Souza que, no dia seguinte, foi localizado no município de Olinda, numa localidade chamada "Chã de Mirueira" - Jatobá, e ao resistir à prisão, teria sido morto. Segundo ainda a nota, só Jarbas Pereira Marques teria morrido no local, sendo que os outros morreram, em conseqüência dos ferimentos recebidos.
Na realidade, todos foram presos pela equipe do delegado Sérgio Fleury, que os torturou até a morte, na própria chácara.
As prisões e conseqüentes assassinatos foram fruto do trabalho do informante infiltrado na VPR, ex-cabo Anselmo e, para encobrir sua ação, bem como possibilitar que ele pudesse levar à morte outros combatentes, a nota oficial falava da traição de José Manoel que teria possibilitado a localização e aniquilamento dos demais, dando ainda a notícia de que um outro "terrorista", não identificado, teria conseguido fugir na hora da invasão. Esse fato foi noticiado exatamente para tentar dar cobertura à continuação do trabalho de infiltração do assassino ex-cabo Anselmo.
O Relatório do Ministério da Aeronáutica diz que "faleceu em 8 de janeiro de 1973, em Recife/PE, ao reagir a ordem de prisão, travando intenso tiroteio com agentes dos órgãos de segurança, vindo a falecer em conseqüência dos ferimentos. Mesma circunstância da morte de Pauline Philipe Reischstul." Já o Relatório do Ministério da Marinha afirma que "foi morto em Paulista/PE, em 8 de janeiro de 1973 ao reagir a tiros à voz de prisão dada pelos agentes de segurança. Do intenso tiroteio resultaram vários feridos."

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