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terça-feira, 16 de julho de 2013

RESPOSTA DA ANPUH-BRASIL A SBPC SOBRE PROFISSIONALIZAÇÃO DO HISTORIADOR

RESPOSTA DA ANPUH-BRASIL A SBPC SOBRE PROFISSIONALIZAÇÃO DO HISTORIADOR

16/07/2013
São Paulo, 16 de julho de 2013.

Prezada Professora Helena Nader
Presidente da SBPC

Diante da manifestação da SBPC, entidade presidida por Vossa Senhoria, que enviou Carta aos Deputados Federais solicitando a suspensão da tramitação do PL 4699/2012, que legisla sobre a regulamentação da profissão de historiador, gostaríamos de colocar algumas questões e fazer algumas ponderações:
1 – O Projeto de Lei ora em tramitação na Câmara dos Deputados foi discutido por longos anos entre os historiadores, inclusive junto aos historiadores da educação, da ciência, da arte, entre outras áreas específicas, muitos deles sócios da Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil). Cabe a pergunta: porque as críticas ao documento só vieram a público depois dele ser aprovado no Senado?
2 – O PL considera Historiador os graduados em História (Bacharéis e Licenciados) e/ou os possuidores de título de Mestre e/ou Doutor em História. Portanto, não é nada restritivo em sua caracterização profissional, ao contrário de outras áreas onde só se confere o título profissional ao Bacharel, fazendo uma nítida separação entre ensino e pesquisa, o que nos parece nefasto ao avanço do conhecimento. Não temos conhecimento de que a SBPC tenha feito qualquer manifestação neste sentido quando essas profissões foram regulamentadas.
3 – O PL apenas quer regulamentar a atividade de Historiador nos âmbitos do ensino formal e da pesquisa histórica científica. Não veda a ninguém escrever ou ensinar História, apenas não confere o título de Historiador aos que não têm essa formação específica.
4 – A ANPUH-Brasil é associada da SBPC e vem apoiando suas lutas, como, por exemplo, a que diz respeito à destinação de parte dos royalties do petróleo para a Ciência e Tecnologia. Consideramos então que sempre fomos entidades parceiras. Causou estranheza, portanto, não termos sido consultados sobre a nossa interpretação do referido PL diante das críticas de outras sociedades científicas. Nossa associação foi fundada em 1961 e tem em seus quadros aproximadamente 5.000 associados, incluindo professores de todos os níveis de ensino, pesquisadores, pós-graduandos e profissionais que atuam no campo do patrimônio como arquivos, museus, memoriais, entre outros. Em nossa última Assembleia Geral, ocorrida em São Paulo, no ano de 2011, a ampla maioria dos associados apoiou o teor do projeto em discussão, pois atendia aos interesses dos historiadores brasileiros.
5.  Assim, diante da manifestação da SBPC, vimos informar que a ANPUH se sente desrespeitada e desprestigiada com tal atitude. Os maiores interessados na tramitação do PL são os historiadores brasileiros, que são representados pela ANPUH-Brasil, exatamente a sociedade que a SBPC deixou de ouvir. Lamentamos.
Por fim, solicitamos que esta nota seja publicada no item 1 do JC E-mail, como direito de resposta, e como forma de reparar uma parte dos danos cometidos aos historiadores brasileiros.

 Atenciosamente,

 Benito Bisso Schmidt
(Presidente da Associação Nacional de História ANPUH-Brasil)


Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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    segunda-feira, 15 de julho de 2013

    Conteúdo político gerou oposição ao teatro-jornal

    Conteúdo político gerou oposição ao teatro-jornal



    Apresentação de teatro vivo no Teatro de Arena
    O teatro-jornal é uma vertente do teatro pouco conhecida e estudada, embora tenha importância histórica e eficácia artística. No Brasil, desenvolveu-se no Teatro de Arena de São Paulo, com incentivo do teatrólogo Augusto Boal, conhecido como criador do Teatro do Oprimido, e desempenhou papel cultural importante como tentativa de lidar com a censura no Regime Militar. Nos Estados Unidos, levou milhares de pessoas ao teatro na década de 1930. Apesar de haver alguns estudos sobre essa forma teatral, o teatro-jornal sempre sofreu muita oposição, principalmente devido a seu conteúdo político. Essas são as principais conclusões obtidas na dissertação de mestrado do jornalista Eduardo Luís Campos Lima. O estudo, realizado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, buscou apresentar e caracterizar os aspectos estéticos e políticos dessa forma de teatro.
    Orientado por Maria Sílvia Betti, o estudo, além de caracterizar, comparou os dois momentos do mesmo fenômeno, no Brasil e nos Estados Unidos. Por meio da análise, o pesquisador pôde notar aspectos comuns nos temas e abordagens em ambos os países. A peça norte-americana estudada foi Injunction Granted (em português, Liminar é Concedida), de 1936, cujo tema era a criminalização do movimento operário. A peça brasileira escolhida foi Teatro Jornal: Primeira Edição, produzida pelo Teatro Arena de São Paulo em 1970.
    Durante os anos que se seguiram à Revolução Russa (1917), o teatro apresentou-se como expressão artística importante para o debate social. "Um gênero totalmente novo que surgiu foi o jornal vivo ou teatro-jornal, forma teatral baseada na encenação de notícias", explica Lima. Teatralizavam-se informes de sindicatos e notícias sobre a guerra civil, por exemplo. Na Rússia, essa forma de teatro foi disseminada por coletivos, tendo o Blusas Azuis como seu representante mais conhecido. Lá, o teatro-jornal foi praticado até 1934. Nessa época, o teatro russo era muito influente e os jornais vivos atravessaram o oceano, chegando aos Estados Unidos.
    Entre as iniciativas para lidar com as consequências da Grande Depressão, o governo do presidente Franklin Delano Roosevelt criou um programa para contratar profissionais de teatro, em 1935, denominado Federal Theatre Project. Alguns artistas convidados para integrar o órgão conheciam as experiências teatrais russas, o que contribuiu para o desenvolvimento da versão norte-americana do jornal vivo. "Foi feito um acordo com o sindicato dos jornalistas, ou seja, artistas e jornalistas trabalhavam juntos. Havia uma redação para fazer as reportagens, levantar dados, pesquisar e fazer entrevistas. A partir desse material a peça era escrita", relata o pesquisador. O Federal Theatre Project foi extinto em 1939, após sofrer fortes perseguições dos opositores de Roosevelt.
    Perspectiva coletivista
    No Brasil, Augusto Boal foi um dos primeiros artistas a pensar em fazer teatro-jornal. Ele havia estudado nos Estados Unidos com veteranos do teatro de esquerda, na década de 1950, e lá descobriu a forma teatral. Boal ingressou no Teatro de Arena em 1956, um período de grandes transformações no Brasil — entre elas, o fortalecimento do movimento operário e das lutas populares. No teatro, Boal preocupou-se com a formação do ator e estimulou uma perspectiva coletivista de trabalho.
    O golpe de 1964 causou profundas transformações nas perspectivas do Teatro de Arena, que procurou responder continuamente às novas necessidades do momento. Com o Ato Institucional número 5 (AI-5), em 1968, que radicalizou a repressão ditatorial e a censura, seu trabalho dificultava-se ainda mais.
    Naquele momento, constituía-se um núcleo novo no Arena, integrado por jovens artistas que haviam se formado em um curso de teatro lá oferecido. Por sugestão de Augusto Boal, o núcleo criou uma encenação baseada em notícias — encenação que, posteriormente, o diretor sistematizou em nove diferentes técnicas de teatro-jornal. Essas técnicas foram reunidas e apresentadas na peça "Teatro Jornal: Primeira Edição", de 1970. A partir dessa peça explicativa, surgiram dezenas de grupos de teatro-jornal — apenas dentro da USP houve 20 coletivos . A disseminação era altamente estimulada pelos jovens artistas desse núcleo experimental do Arena.
    Com o endurecimento contínuo do Regime Militar, os grupos tentaram prosseguir com sua atuação, mas as circunstâncias de repressão e censura não permitiram. A necessidade de parar com o trabalho e não manter provas da sua realização, para evitar as perseguições do período da ditadura, acabou tendo como consequência o desaparecimento de roteiros e outros registros das peças realizadas, dificultando a coleta de dados do trabalho do pesquisador. O estudo reúne material inédito sobre o assunto. Envolveu entrevistas com integrantes dos coletivos e investigação dos trabalhos realizados, tanto aqui no Brasil quanto nos Estados Unidos. A defesa da dissertação aconteceu no Teatro da USP (Tusp), local importante para a geração dos produtores do teatro-jornal brasileiro.
    Imagem cedida por Victor Knoll
    Mais informações: email camposlima@gmail.com, Eduardo Campos Lima

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      domingo, 14 de julho de 2013

      [CHAMADA DE TRABALHOS] Sæculum - Revista de História (ISSN 0104-8929 / e-ISSN 2317-6725) - Qualis B1


      Cabeçalho da página



      SÆCULUM - REVISTA DE HISTÓRIA é publicada pelo Departamento de História da UFPB desde 1995 e, a partir de 2004, passou a ser também
      o periódico do Programa de Pós-Graduação em História da mesma universidade. Desde então sua frequência é semestral, e se trata de uma
      revista voltada à divulgação e debate de pesquisas no campo da História e da Cultura Histórica e suas diversas interfaces, abrindo espaço
      para o diálogo entre pesquisadores do Brasil e do exterior.
      A revista é indexada no DOAJ (Directory of Open Access Journals) e no Latindex e está classificada no estrato B1 da área de HISTÓRIA pelo
      Qualis Periódicos da Capes (B2 - Interdisciplinar; B3 - Geografia).
      A revista Sæculum também aceita propostas, em fluxo contínuo, para publicação de artigos, comunicações, resenhas, entrevistas e memórias (palestras, depoimentos, documentos e fontes) na área de História, que devem ser enviadas apenas eletronicamente, com redação em português, inglês, francês ou espanhol, e cujo(s) autor(es) tenha(m) a titulação mínima de mestre.

      CHAMADA DE TRABALHOS ABERTAS


      N. 29 - jul./dez. 2013


      DOSSIÊ: História e História Econômica
      ORGANIZADORES: Gustavo Acioli Lopes (UFPB) e Maximiliano Mac Menz (UNIFESP)
      PRAZO PARA ENVIO DE ARTIGOS: 08 de setembro de 2013

      N. 30 - jan./jun. 2014


      DOSSIÊ: História e História das Religiões
      ORGANIZADORES: Carlos André Macêdo Cavalcanti (UFPB) e Carmen Lícia Palazzo (UniCEUB)
      PRAZO PARA ENVIO DE ARTIGOS: 06 de abril de 2014

      N. 31 - jul./dez. 2014

      DOSSIÊ: História e Saberes Médicos
      ORGANIZADOR: Iranilson Buriti (UFCG)
      PRAZO PARA ENVIO DE ARTIGOS: 14 de setembro de 2014




      sexta-feira, 12 de julho de 2013

      SBPC e ABC encaminham carta aos deputados pedindo que seja interrompida a tramitação do projeto de lei que regulamenta a profissão de historiador

      SBPC e ABC encaminham carta aos deputados pedindo que seja interrompida a tramitação do projeto de lei que regulamenta a profissão de historiador
      O posicionamento é em apoio a diversas sociedades científicas e associações profissionais, que também se manifestaram contra a proposta

      A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) encaminharam no dia 10 de julho carta aos deputados federais em que se posicionam sobre o Projeto de Lei 4699 de 2012, que regulamenta a profissão de historiador. As entidades solicitam que a tramitação seja imediatamente interrompida, para que debates amplos e audiências públicas possam ser realizados com toda a sociedade brasileira.

      De acordo com o texto, o projeto poderá trazer sérios prejuízos ao Brasil e ao ensino superior de inúmeras disciplinas. O PL 4699/2012 estabelece que apenas portadores de diploma de história poderão ministrar disciplinas ligadas à área, em qualquer nível, bem como elaborar trabalhos sobre temas históricos. Diversas áreas de pesquisa e ensino ligadas ao assunto, no entanto, são atividades que podem ser desenvolvidas por profissionais de outras áreas que não tenham diploma em história. Entre outros exemplos, a carta cita a História da Medicina, a História da Física e a História da Educação.

      "Para aumentar nossa preocupação em relação ao impacto deste projeto, informamos aos senhores deputados que os cursos de graduação em História não incluem qualquer daquelas disciplinas; e raramente os cursos de pós-graduação em História incluem alguma delas. Portanto, senhores deputados, ter um diploma de História não garante o domínio do conhecimento das áreas mencionadas, podendo consequentemente, comprometer a qualidade do ensino e da pesquisa de tais áreas", diz a carta que faz ainda outras considerações sobre o texto legal e suas possíveis conseqüências.


      O posicionamento da SBPC e da ABC é em apoio a diversas sociedades científicas e associações profissionais, que também se manifestaram contra o projeto. A seguir, algumas matérias sobre o assunto publicadas neste mês pelo Jornal da Ciência:

      Comitê Brasileiro de História da Arte encaminha carta aos deputados federais pedindo emendas à lei que regulamenta a profissão de historiador

      Sociedade Brasileira de História da Educação divulga manifesto contra projeto de lei que regulamenta a profissão de historiador

      Sociedade Brasileira de História da Ciência divulga carta aberta sobre regulamentação da profissão de historiador

      (Jornal da Ciência)

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        quinta-feira, 11 de julho de 2013

        divulgação - Revista Navigator: subsídios para a história marítima do Brasil


        Prezados
        por gentileza ajudem na divulgação...
        obrigado
        Miguel
        Revista Navigator: subsídios para a história marítima do Brasil, periódico científico de história publicado semestralmente pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha com uma tiragem de 1.500 exemplares, reconhecido e classificado desde 2008 pelo Qualis, convida pesquisadores que trabalham com periódicos militares para a organização do próximo dossiê com o tema : "Imprensa Militar", isto estudos que tratam de mídia impressa produzida por militares  destinada a militares, organizado por José Miguel Arias Neto – UEL e Renato Restier – MB. Aceitaremos artigos inéditos ou resenhas críticas vinculadas ao tema entre 19 de julho e 19 de setembro de 2013.
        As colaborações para a Revista Navigator devem seguir as seguintes especificações:

        1.        Os artigos devem ser apresentados no padrão Word for Windows. Terão a extensão de 20 páginas no máximo, digitadas em fonte Times New Roman 12, com espaço entre linhas de 1,5 e com margens de 2,5cm. As notas devem ser colocadas no final do texto;
        2.        Se houver imagens, estas deverão ser, preferencialmente, digitalizadas em 300 DPI no formato TIFF ou JPG. No caso de imagens provenientes de câmera digital, a resolução deve ser a mais alta do equipamento. As imagens não deverão estar inseridas no texto em Word, mas gravadas separadamente. Esse material deve ser entregue ao editor da revista;
        3.        Os artigos deverão estar acompanhados de resumo (português e inglês) de no máximo 10 linhas e 3 palavras chaves;
        4.        Os ensaios seguirão as mesmas normas especificadas para os artigos;
        5.        As resenhas poderão ter até 7 páginas;
        6.        As notas deverão obedecer à NBR 6023;
        SOBRENOME, Nomes. Título do livro em itálico: subtítulo. Tradução. Edição, Cidade: Editora, ano, p. ou pp.
        SOBRENOME, Nomes. Título do capítulo ou parte do livro. In: Título do livro em itálico. Tradução. Edição, Cidade: Editora, ano, p. X-Y.
        SOBRENOME, Nomes. Título do artigo. Título do periódico em itálico. Cidade: Editora, fascículo, p. X-Y, ano.
        7.        Os trabalhos devem ser remetidos com uma folha à parte com nome completo do autor, seguido das referências com as quais deseja ser apresentado (no máximo três linhas), endereço completo, e-mail e telefone para contato.
        8.        Uma vez publicados os trabalhos, à Navigator se reserva todos os direitos autorais, permitindo, entretanto, a sua posterior reprodução, com a devida citação da fonte.
        9.        Toda correspondência referente à Navigator deve ser encaminhada à Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha – Departamento de Publicações e Divulgação. Praça Barão de Ladário, s/nº, Ilha das Cobras, Rio de Janeiro, RJ, CEP200091-000, aos cuidados do Editor da Revista Navigator.
           Cordialmente,

        Editor
        Contatos:  navigator@dphdm.mar.mil.br

        Na Internet: www.revistanavigator.com.br
        --
        José Miguel Arias Neto
        "إن شاء الله"
         
        http://lattes.cnpq.br/4096402583066476
        @Leopoldranke
        Facebook: José Miguel Arias Neto
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          quarta-feira, 10 de julho de 2013

          História para 'curtir' e 'compartilhar'

          História para 'curtir' e 'compartilhar'
          Reportagem do Portal Porvir mostra professores usando Facebook e Twitter para retratar fatos históricos e estimular interesse dos alunos pela disciplina


          Hoje, feriado no estado de São Paulo, é celebrado o dia da Revolução Constitucionalista de 1932, data que representa o inconformismo da população paulista que exigia uma constituição mais democrática em relação à ditadura imposta pelo então presidente Getúlio Vargas. Nesse período, muitas décadas antes da criação da internet, a história foi sendo registrada pelos livros e meios de comunicação. Ao contrário de hoje, em que as redes sociais têm promovido maior discussão e participação da população, dando-lhes voz mais ativa nos protestos que acontecem em todo o mundo - como a Primavera Árabe, os protestos dos milhares de estudantes no Chile e as manifestações que ainda acontecem no Brasil. Aproveitando a onda do engajamento do Twitter e do Facebook - atualmente 73 milhões de brasileiros são usuários da rede de Zuckerberg, segundo levantamento da GlobalWebIndex - professores estão usando esses espaços para ensinar e estimular seus alunos a aprender a disciplina de história.

          Paulo Alexandre Filho, que é mestre em história pela Universidade Federal de Pernambuco, decidiu usar o Facebook para ensinar especificamente sobre a Segunda Guerra Mundial. Porém não da forma mais comum, geralmente por meio da criação de fóruns de grupos de discussão.

          "Pensei como poderia usar aspectos modernos para aproximar os estudantes da matéria, mas que fossem divertidos e informativos ao mesmo tempo"

          O historiador usou a rede social para montar um perfil para cada país envolvido na guerra, permitindo assim a interação entre essas nações. "Pensei como poderia usar aspectos modernos para aproximar os estudantes da matéria, mas que fossem divertidos e informativos ao mesmo tempo", afirma. A Segunda Guerra no Facebook virou um post no blog de Alexandre, chegando a mais de 10 mil compartilhamentos na rede social.

          Como se o Facebook existisse em 1939, a história da Segunda Guerra Mundial inicia quando a Alemanha envia o post:

          - Tamo junto na parada. É nóis III Reich comanda!!! Hehehehehehe", aos aliados: Sarre ( região extinta entre a França e a Alemanha), Renância (fronteira que era situada entre a França e a Espanha), Áustria e Tchecoslováquia.

          Em outro post, o país alemão envia uma mensagem à URSS:

          - "Que tal dividirmos a Polônia?"

          A União Soviética então curte o post, comentando, em seguida:

          - "Combinado. Se os ingleses acharem ruim, entramos em guerra contra eles. Tô a fim de uma briga."

          O Japão prossegue na discussão:

          - Aí é f**, Alemanha! Combinamos botar pra f* nos soviéticos. Não curti". O país alemão chama o Japão para uma conversa no chat "para explicar melhor a parada".

          Seguindo os acontecimentos da guerra, o Japão adiciona a Indochina ao grupo Domínios Japoneses, enquanto a Alemanha convida a Itália e o Japão a participar do grupo Eixo.

          Além dos perfis dos países, há também o de figuras importantes na Guerra, como Adolf Hitler, Churchill e Stalin (este último apelidado de Stalin666). Em seu perfil fictício, o ditador alemão marca numa foto os amigos Albert Speer (ministro de Armamentos e da Produção de Guerra do Terceiro Reich) e Arno Breker (arquiteto e artista plástica alemão, famoso pelos seus trabalhos nessa época). Na imagem, o trio está em frente à Torre Eiffel ao lados dos colegas sob a legenda "Curtindo Paris com os manos".

          De acordo com Alexandre, que se inspirou em versões estrangeiras para criar o projeto, a ideia é usar o mesmo formato para contar a História do Brasil. Em Amsterdã, na Holanda, no ano passado, a escola 4e Gymnasium criou o projeto para instigar seus alunos no ensino de história, um professor criou as páginas: As Invenções do século 20, As Viagens de Fernão de Magalhães, Ascensão e a Moda dos anos 1950 - todas em inglês. Nelas, os acontecimentos históricos são apresentados pelo professor em formato de textos, imagens, vídeos e áudios e os alunos podem postar suas perguntas, curiosidades e comentários.

          Tuitando a Segunda Guerra
          Já nos Estados Unidos, um estudante de história de Oxford aderiu ao Facebook para retratar, também, a Segunda Guerra Mundial. A partir do @RealTimeWWII, o universitário vem tuitando, em tempo real, os acontecimentos equivalente ao período que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial.

          No dia 4/7, por exemplo, o Twitter destaca a invasão de tropas alemãs no território da União Soviética: "Tanques Alemães cruzam agora o Rio Dnieper, a apenas 482 quilômetros de Moscou... / Os exércitos Soviéticos são encurralados e destruídos". A iniciativa ganhou versões no mundo inteiro e já foi traduzido para mais de uma dezena de línguas, como russo, tcheco, mandarim, italiano, hebraico e português @2aGM_TempoReal."As redes sociais hoje em dia as redes sociais estão servindo também como diários, que servirão também para registrar os acontecimentos, como as manifestações pelo mundo, como se tivéssemos um 'Diário de Anne Frank'", afirma Alexandre.

          (Vagner de Alencar, Portal Porvir)

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            Sociedade Brasileira de História da Educação divulga manifesto contra projeto de lei que regulamenta a profissão de historiador

            Sociedade Brasileira de História da Educação divulga manifesto contra projeto de lei que regulamenta a profissão de historiador
            Para a entidade, o exercício profissional dos historiadores de educação encontra-se cerceado na forma atual do texto



            A Sociedade Brasileira de História da Educação divulgou manifesto contra o Projeto de Lei 4699/2012 - que regulamenta a profissão do historiador. A entidade considera a proposta arbitrária. De acordo com o manifesto, ao fixar a titulação em história como condição sine qua non para o exercício do ofício de historiador (inclusive da educação), a proposta nega aos educadores por titulação a possibilidade da narrativa da sua própria história, a partir de temas e questões que afetam a área e também as suas vidas.

            Veja o documento na íntegra:

            Manifesto da Sociedade Brasileira de História da Educação contra o Projeto de Lei 4699/2012, que regulamenta a profissão do historiador

            A Sociedade Brasileira de História da Educação (www.sbhe.org.br) entende que o Projeto de Lei 4699/2012 - que regulamenta a profissão do historiador - deva ser analisado não apenas pelo que enuncia como salvaguarda ao exercício profissional de historiadores, mas, especialmente, pelo que exclui quando propõe impedir-se a atuação de pesquisadores não diplomados em História que se dedicam à investigação histórica, exercendo a imprescindível interface da educação com outras áreas de conhecimento.

            O caso dos historiadores da educação, cujo exercício profissional encontra-se cerceado na forma atual do projeto de lei, torna-se especialmente emblemático da arbitrariedade proposta, na medida em que, no Brasil, a gênese e o desenvolvimento da história da educação remontam aos cursos de formação de professores que, historicamente, têm predominado como lugares de produção do ensino e da pesquisa da/na área de reconhecido mérito. Como expressão da tradição consolidada tanto no ensino como na pesquisa histórica em educação, destacamos a existência de cursos de mestrado e doutorado em diferentes programas de pós-graduação em educação de universidades brasileiras, que servem de base à produção de estudos e pesquisas cujos resultados têm sido veiculados por meio da escrita de dissertações e teses, do Congresso Brasileiro de História da Educação - cujas duas últimas edições (em 2010 e 2013) inscreveram mais de mil participantes cada-, de congressos regionais de história da educação, do Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação, de grupos de pesquisa consolidados em redes nacionais e internacionais e de importantes periódicos.

            Trata-se, portanto, de uma expressiva comunidade acadêmica solidamente estabelecida, cuja formação e cujo investimento em pesquisa acham-se profundamente enraizados na área de educação, ainda que em interface com a História. A disciplina História da Educação, para exemplificar, tem o seu nicho principal nos cursos de formação de professores, podendo aparecer como optativa em outros cursos (inclusive de História). Da mesma forma, cursos de mestrado e doutorado da área de educação têm sob a sua responsabilidade aformação específica de historiadores da educação.

            Embora os argumentos da Sociedade Brasileira de História da Educação e de outras sociedades científicas tenham sido reiteradamente apresentados aos representantes da ANPUH por ocasião da formulação do PL, e embora, em princípio, alguns colegas tenham negado qualquer intenção excludente, na prática observa-se que - em nome de uma aparente "reserva de mercado"- o projeto em trâmite acaba por atropelar uma longa tradição de investimentos acadêmico-científicos em torno da constituição do campo da história da educação, bem como de outros campos igualmente relevantes na cena acadêmica brasileira.

            Pelo exposto, a SBHE se junta às entidades congêneres - manifestando-se igualmente contrária à aprovação dos termos da PL 4699/2012 - ao mesmo tempo em que convida os senhores congressistas, assim como os colegas historiadores, a uma profunda reflexão sobre as implicações não apenas de ordem política e profissional, mas também de ordem epistemológica do projeto em pauta. Em outras palavras, fixar a titulação em história como condição sine qua non para o exercício do ofício de historiador (inclusive da educação), significa negar aos educadores por titulação a possibilidade da narrativa da sua própria história, a partir de temas e questões que afetam a área e também as suas vidas. Pensamos que esta exclusão seria um desserviço prestado à história, à educação e especialmente à história da educação que, cada vez mais, necessita transitar pelas interfaces das tramas complexas que a constituem, sem, no entanto, perder de vista o lugar histórico e epistemológico de onde fala e se produz.

            Sociedade Brasileira de História da Educação

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              Literatura negra brasileira tem fortes relações com as Ciências Sociais


              Conclusão é de estudo que 
              ganhou o Prêmio CES para 
              Jovens Cientistas Sociais de 
              Língua Portuguesa (reprodução)
               Literatura negra brasileira tem fortes relações com as Ciências Sociais
              10/07/2013
              Por Elton Alisson
              FONTE: Agência FAPESP – O surgimento de escritores e ativistas negros e de autores representantes da chamada literatura periférica no cenário editorial brasileiro contemporâneo coincidiu com ciclos de aproximação e de interesse das Ciências Sociais por movimentos de ativismo político e cultural. Movimentos esses em defesa dos direitos civis da população negra e sobre questões relacionadas à condição racial, direitos sociais e a realidade nas periferias urbanas do país, abordadas tanto por esses autores como por sociólogos e antropólogos em suas obras.
              A conclusão é de um estudo de doutorado, realizado no Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFICH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com Bolsa da FAPESP, que acaba de ganhar a 8ª edição do Prêmio CES para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa.
              Instituído pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, de Portugal, o prêmio é atribuído bienalmente a pesquisadores da área de Ciências Sociais com até 35 anos de idade, originários de países de língua portuguesa. Um dos objetivos principais da distinção é "promover o reconhecimento de estudos que contribuam, pelo seu excepcional mérito, para o desenvolvimento das comunidades científicas de língua portuguesa".
              O estudo já havia recebido em 2012 uma menção honrosa no "Concurso Brasileiro Anpocs de Obras Científicas e Teses Universitárias em Ciências Sociais", realizado pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais.
              "Procurei, em meu trabalho, analisar a percepção de escritores negros ou representantes da literatura periférica sobre o Brasil e, ao mesmo tempo, entender as aproximações entre as Ciências Sociais e os movimentos de ativismo político e cultural negros e a literatura negra no país que, ao meu ver, era uma lacuna na discussão da história da sociologia brasileira", disse Mário Augusto Medeiros da Silva, autor do estudo, à Agência FAPESP.
              Ele analisou a produção literária no período de 1960 e 2000 de escritores autoidentificados como negros ou "periféricos", como Carolina Maria de Jesus (1914-1977), Paulo Lins, Reginaldo Ferreira da Silva – o Ferréz – e o coletivo de escritores negros Quilombhoje.
              De acordo com Medeiros da Silva, as obras desses autores refletem sobre a sociedade brasileira do ponto de vista de suas condições étnica e social e de quem vive e vivencia a realidade das periferias urbanas brasileiras. Além disso, despontaram no mercado editorial brasileiro no momento em que os movimentos de ativismo político e social em defesa dos direitos civis dos negros começaram a ganhar força e as questões abordadas nessas obras começaram a ser discutidas mais profundamente em áreas como a Sociologia e a Antropologia.
              Na década de 1950 e início dos anos de 1960, por exemplo, questões como a democracia racial e direitos sociais das camadas mais pobres e desfavorecidas da sociedade foram muito discutidas na sociedade brasileira.
              Nesse período, os sociólogos Roger Bastide (1898-1974) e Florestan Fernandes (1920-1995) publicaram o livro Brancos e negros em São Paulo, resultado de uma pesquisa financiada pela Unesco sobre as relações raciais no país. Na mesma época, Carolina Maria de Jesus –escritora negra e catadora de papel em São Paulo – publicou o livro Quarto de despejo, em 1960.
              Mas esse movimento efervescente de discussão sobre questões raciais foi interrompido com o golpe militar de 1964. "Quando ocorreu o golpe militar, tanto a Sociologia como o ativismo político e cultural negro entraram em rota de colisão com a ditadura: foram perseguidos e o movimento perdeu força", disse Medeiros da Silva.
              O movimento de ativismo negro só retornaria no fim da década de 1970 quando, coincidentemente, também ressurgiram autores de literatura negra como o coletivo cultural Quilombhoje, sediado em São Paulo, que começou a publicar em 1978 a série de antologiasCadernos Negros, que circulam até hoje. "Mas a Sociologia brasileira estava discutindo sobre outras coisas nessa época e o debate sobre o assunto foi alterado sensivelmente", disse Medeiros da Silva.
              Interesse renovado
              As Ciências Sociais voltariam a se interessar por questões relacionadas ao movimento ativista negro, segundo Medeiros da Silva, no início da década de 1980, quando a Antropologia e a Sociologia iniciaram uma discussão sobre cidades, urbanismo e as periferias urbanas no Brasil.
              Nesse período, Alba Zaluar, professora da Unicamp, iniciou uma pesquisa sobre o cotidiano na periferia carioca, intitulada Crime e criminalidade nas classes populares, que resultou no livroA máquina e a revolta: as organizações populares e os significados da pobreza.
              Para realizar a pesquisa, Zaluar teve como assistente Paulo Lins, que realizou entrevistas com moradores da comunidade de Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.
              Incentivado por Zaluar e pelo crítico literário e também professor aposentado da Unicamp Roberto Schwarz, Lins escreveu o livro Cidade de Deus, publicado em 1997, que deu origem ao filme homônimo.
              "Podemos dizer que Paulo Lins, enquanto um autor negro que nunca negou essa condição, foi incentivado por cientistas sociais a escrever um romance que discute o Brasil do ponto de vista da periferia", avaliou Silva. "O caso dele é emblemático da relação entre as Ciências Sociais, Literatura e ativismo cultural, que é algo que procurei discutir e demonstrar na minha tese", afirmou.
              Ainda no fim da década de 1990, o escritor Ferréz também surge no cenário literário brasileiro com o lançamento de Capão Pecado. Na avaliação de Medeiros Silva, esse livro deu uma contribuição importante ao colocar em discussão a ideia de uma literatura periférica brasileira, feita por escritores que vivem nas periferias urbanas. No entanto, o conceito foi lançado aparentemente desvinculado de ações que ocorreram no passado, realizadas por escritores que tinham propostas semelhantes, como Carolina Maria de Jesus.
              As Ciências Sociais voltariam a discutir novamente esse assunto nos anos 2000, com o estudo de mestrado Literatura Marginal: os escritores da periferia entram em cena, realizado entre 2004 a 2006 pela antropóloga Érica Peçanha do Nascimento na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), também com Bolsa da FAPESP.
              "As ideias de literatura negra e literatura periférica têm um parentesco muito próximo e a forma como os autores desses dois movimentos pensaram a sociedade brasileira são muito semelhantes", afirmou Silva.
              "A história recente da sociologia brasileira, no que diz respeito à questão racial, não poderia ter sido feita se não tivesse havido um encontro entre sociólogos, como Bastide e Fernandes, com ativistas políticos, culturais e esses escritores negros", avaliou.

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