Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

sábado, 24 de novembro de 2012

Seminário Internacional de História Social y Memoria - DEBATIENDO A CREYDT - 29-30 de novembro de 2012 - Asunción Paraguay


Cartaz do Seminário Internacional de História Social y Memoria - DEBATIENDO
A CREYDT - 29-30 de novembro de 2012 - Asunción Paraguay


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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
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    Revista do AGCRJ


     
    A Revista do AGCRJ está recebendo artigos para o No. 7, que será lançado em 2013. Temos interesse em textos de Arquivologia e de História do RJ. Para mais, ver: http://www0.rio.rj.gov.br/arquivo/atividades-editais-ragcrj.html

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    Atividade nos últimos dias:
          **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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      Zumbi Vive nos Altos da Serra da Barriga!




      Zumbi Vive nos Altos da Serra da Barriga!

      13.11.2012
      Mario Maestri *
      Em 20 de novembro de 1695, Nzumbi dos Palmares caía lutando em mata perdida do sul da capitania de Pernambuco. Seu esconderijo fora revelado por lugar-tenente preso e barbaramente torturado. Mutilaram seu corpo. Enfiaram seu sexo na boca. Expuseram a cabeça do palmarino na ponta de uma lança em Recife. Os trabalhadores escravizados e todos os oprimidos deviam saber a sorte dos que se levantavam contra os senhores das riquezas e do poder.
      ***
      Em 1654, com a expulsão dos holandeses do Nordeste, os lusitanos lançaram expedições para repovoar os engenhos com os cativos fugidos ou nascidos nos quilombos da capitania. Para defenderem-se, as aldeias quilombolas confederaram-se sob a chefia política do Ngola e militar do Nzumbi. A dificuldade dos portugueses de pronunciar o encontro consonantal abastardou os étimos angolanos nzumbi em zumbi, nganga nzumba, em ganga zumba. A confederação teria uns seis mil habitantes, população significativa para a época.
      Em novembro de 1578,  em Recife, Nganga Nzumba rompeu a unidade quilombola e aceitou a anistia oferecida pela Coroa portuguesa apenas aos nascidos nos quilombos, em troca do abandono dos Palmares e da vil entrega dos cativos ali refugiados ou que se refugiassem nas suas novas aldeias.
      Acreditando nos escravizadores, Ganga Zumba deu as costas aos irmãos de opressão e aceitou as miseráveis facilidades para alguns poucos. Abandonou as alturas dos Palmares pelos baixios de Cucuá, a 32 quilômetros de Serinhaém. Foi seduzido por lugar ao sol no mundo dos opressores, pelas migalhas das mesas dos algozes.
      Então Nzumbi assumiu o comando político-militar da confederação.
      Para ele, não havia cotas para a liberdade ou privilegiados no seio da opressão!  Exigia e lutava altaneiro pelo direito para todos!
      Não temos certeza sobre o nome próprio do último nzumbi que chefiou a confederação após a defecção de Nganga Nzumba. Documentos e a tradição oral registram-no como Nzumbi Sweca.
      ***
      Nos derradeiros ataques aos Palmares, as armas de fogo e a capacidade dos escravistas de deslocar e abastecer rapidamente os soldados registravam o maior nível de desenvolvimento das forças produtivas materiais do escravismo, apoiado na super-exploração dos trabalhadores feitorizados. As tropas luso-brasileiras eram a ponta de lança nas matas palmarinas da divisão mundial do trabalho de então.
      Não havia possibilidade de coexistência pacífica entre escravidão e liberdade. Palmares era república de produtores livres, nascida no seio de despótica sociedade escravista, que surge hoje nas obras da historiografia apologética como um quase paraíso perdido, onde a paz, a transigência e a negociação habitavam as senzalas. Palmares era exemplo e atração permanentes aos oprimidos que corroíam o câncer da escravidão.
      Como lembraram, nos anos 1950, o historiador trotskista francês Benjamin Pérret e piauiense comunista Clóvis Moura, a confederação dos Palmares venceria apenas se espraiasse a rebelião aos escravizados dos engenhos, roças e aglomeração do Nordeste, o que era então materialmente impossível.
      Palmares não foi luta utópica e inconsequente. Por longas décadas, pela força das armas e a velocidade dos pés, assegurou para milhares de homens e mulheres a materialização do sonho de viver de seu próprio trabalho em liberdade. Indígenas, homens livres pobres, refugiados políticos eram aceitos nos Palmares. Eram braços para o trabalho e para a resistência.
      A proposta da retomada da escravidão colonial em Palmares, com Zumbi com um "séquito de escravos para uso próprio", é lixo historiográfico sem qualquer base documental, impugnado pela própria necessidade de consenso dos palmarinos contra os escravizadores. Trata-se de esforço ideológico de sicofantas historiográficos para naturalizar a opressão do homem pelo homem, propondo-a como própria a todas e quaisquer situações históricas.
      Palmares garantiu que milhares de homens e mulheres nascessem, vivessem e morressem livres. Ao contrário, em poucos anos, os seguidores de Ganga Zumba foram reprimidos, re-escravizados ou retornaram fugidos aos Palmares, encerrando-se rápida e tristemente a traição que dividiu e fragilizou a resistência quilombola.
      A paliçada do quilombo do Macaco foi a derradeira tentativa de resistência estática palmarina, quando a oposição quilombola esmorecia. Ela foi devassada em fevereiro de 1694, por poderoso exército, formado por brancos, mamelucos, nativos e negros, entre eles, o célebre Terço dos Enriques, formado por soldados e oficiais africanos e afro-descendentes. Não havia e não há consenso racial e étnico entre oprimidos e opressores.
      O último reduto palmarino, defendido por fossos, trincheiras e paliçada, encontrava-se nos cimos de uma altaneira serra.
      ***
      A serra da Barriga e regiões próximas, na Zona da Mata alagoana, com densa vegetação, são paragens de beleza única. Quem se aproxima da serra, chegado do litoral, maravilha-se com o espetáculo natural. O maciço montanhoso rompe abruptamente, diante dos olhos, no horizonte, como fortaleza natural expugnável, dominando as terras baixas, cobertas pelo mar verde dos canaviais flutuando ao lufar do vento.
      Se apurarmos o ouvido, escutaremos os atabaques chamando às armas, anunciando a chegada dos negreiros malditos. Sentiremos a reverberação dos tam-tans lançados do fundo da história, lembrando às multidões que labutam, hoje, longuíssimas horas ao dia, não raro até a morte por exaustão, por alguns punhados de reais, nos verdes canaviais dessas terras que já foram livres, que a luta continua, apesar da já longínqua morte do general negro de homens livres.
      * Mario Maestri, 64, é professor do programa de pós-graduação em História da UPF. E-mail: maestri@via-rs.net
      Divulgação livre.

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        terça-feira, 20 de novembro de 2012

        Coleção História Geral da África é disponibilizada em Português gratuitamente, em PDF


        Este é o endereço para acessar, em formato PDF, os 8 volumes da Coleção História Geral da África, disponibilizada em Português. O endereço é o seguinte: http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=14105 

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          Primeiro volume de Música Popular em Revista e chamada para trabalhos


           
          Prezados colegas,

          Acaba de ser lançado o primeiro número de "Música Popular em
          Revista", publicação que é produto da soma de esforços de colegas da Unicamp
          e da UniRio que transitam pela ponte Campinas-Rio de Janeiro.
          Em atenção a solicitação feita, divulgo essa edição de estreia
          bem como a chamada de trabalhos para o próximo número.
          Abraços.

          Adalberto Paranhos



          > Prezados membros do Conselho Editorial e do Conselho Consultivo do
          > periódico Música Popular em Revista,
          >
          > Em nome dos Editores, professores Rafael dos Santos e Luiz Otávio Braga,
          > informo que estão disponíveis os artigos do nosso primeiro volume, que
          > podem ser acessados através do endereço:
          > http://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/muspop
          >
          > Os artigos já estavam na rede desde o mês passado; contudo, estávamos
          > ainda sem o ISSN. Agora que este já nos foi fornecido (ISSN: 2316-7858),
          > entendemos que é o momento de divulgá-la em espaços mais amplos. Para
          > isso, contamos com vossa preciosa ajuda, no sentido de divulgá-la entre
          > seus alunos, em seus programas de pós-graduação, grupos de pesquisa,
          > entidades e associações.
          >
          > Informo ainda que está aberto o período de submissão de novos trabalhos
          > para o segundo volume, cujo lançamento está previsto para abril de 2013.
          > Para isso, a MPR aceitará submissões até o dia 10 de fevereiro de 2013.
          > Contamos com vocês tanto para enviarem seus trabalhos quanto para nos
          > ajudarem no processo editorial.
          >
          > Atenciosamente,
          >
          > Adelcio Camilo Machado
          > (responsável pelo suporte técnico da MPR)
          > __________________________________________________________
          > Música Popular em Revista
          > https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/muspop




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            FORUM - DIVERSIDADE HUMANA EM ESPAÇOS ESCOLARES E NÃO ESCOLARES - favor divulgar


             


            FORUM ITINERANTE:
            DIVERSIDADE HUMANA EM ESPAÇOS ESCOLARES E NÃO ESCOLARES:
            DIALOGANDO SOBRE PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS EM DIFERENTES CONTEXTOS EDUCATIVOS (3º edição)
            TEMA 2012 – Encontros e confrontos educacionais:
             ETNIA, GÊNERO, HOMOAFETIVIDADE E RELIGIÃO.
            Breve histórico
            A ideia deste fórum itinerante não é nova. No final dos anos 80 e início dos 90, o Projeto Diálogo Entre Povos já realizava seminários descentralizados (no Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, Friburgo, Caxias) para discutir questões de gênero, cultura e etnia em relação a educação. Contudo, foi após o grupo de trabalho ENCONTROS E CONFRONTOS EDUCACIONAIS: DIALOGANDO SOBRE PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS EM DIFERENTES CONTEXTOS EDUCATIVOS, proposto à comissão organizadora da ALAADAB (Associação Latino-americana de Estudos Africanos e Asiáticos do Brasil), em 2008, animadas pelo significativo número de trabalhos inscritos neste GT, que tivemos a compreensão da importância da visibilização de ações político-pedagógicas que fortaleçam nossa capacidade criativa e de mudança.Em 2009, realizamos o nosso primeiro encontro, na UERJ, abordando o tema "A DIVERSIDADE NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS: questões de gênero, etnia, necessidades especiais, orientação sexual, como trabalhar?", em 2010 realizamos o segundo com o tema Racismo, no SINPRO-Rio,com a parceria do LAESER e dentre muitos apoios, o da Unicef.Em 2012,outubro, voltamos a apresentar o GT ENCONTROS E CONFRONTOS EDUCACIONAIS: DIALOGANDO SOBRE PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS EM DIFERENTES CONTEXTOS EDUCATIVOS, agora na Alaada Argentina,Tucúman e agora, realizaremos o nosso terceiro fórum.
            Justificativa
            A crença na educação como prática da liberdade
            A crença na mudança
            A crença na possibilidade de um mundo, de uma sociedade, de uma escola sem racismo, sem machismo, sem elitismo, sem violência, sem homofobia, sem intolerância religiosa.
            Objetivos do fórum:
            • Promover um momento de informação, formação, troca e articulação entre profissionais de educação voltados para a construção de práticas emancipatórias não racistas e não excludentes da diversidade humana.
            • Promover debates periódicos acerca de práticas emancipatórias em espaços formais e não formais de educação, nos contextos do Brasil e demais países da América Latina e África e do mundo.
            • Observar e compreender realidades sócio-culturais e educativas múltiplas, a fim de potencializar caminhos na perspectiva do fortalecimento de redes educacionais que ultrapassem visões societárias e civilizatórias hegemônicas e excludentes.
            • Fomentar a discussão, reflexão, práticas e formação continuada livre, com profissionais comprometidos com um mundo sem racismo, machismo, homofobia, elitismo, etc.
            • Fortalecer a ideia de redes de comunicação entre profissionais de educação (lista de discussão, site, etc.)
            o   Dias: 07 e 08 de DEZEMBRO de 2012
            o   Local: SINPRO-Rio – Escola do Professor- Rua Pedro Lessa, 35 – Centro – Rio de Janeiro/RJ
            o   Horários:
            Dia 07 de dezembro de 2012, sexta-feira, das 9h às 21h
            Dia 08 de dezembro, sábado, das 8h30 às 13h.
            Informações, solicitação de ficha de inscrição e inscrição de COMUNICAÇÕES e de ouvintes: dialogoentrepovos@gmail.com
            Escola do Professor /SINPRO-Rio: (21)32623438
            Limite de prazo para inscrição de COMUNICAÇÕES (resumo) até dia 30 de novembro de 2012[1].
            INSCRIÇÃO, também NO DIA, PARA PARTICIPANTES QUE NÃO APRESENTARÃO TRABALHO.
            ENTRADA FRANCA
            PROGRAMAÇÃO
            1º dia: Sexta-feira – 07 de dezembro de 2012
            9h – credenciamento
            9h30 – Abertura com as instituições parceiras
            9h45- Mesa de debate: Encontros e confrontos educacionais:
            • Questões de gênero:Profa Ms Wania Santana
            • Questões de etnia:Profª Dra Denise Barata
            • Questões de homoafetividade: Prof. Dr.  Alexsandro Rodrigues
            • Questões de religião.Prof Dr Luiz Antonio Cunha
            13h30 - Apresentações das COMUNICAÇÕES "DIALOGANDO SOBRE PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS EM DIFERENTES CONTEXTOS EDUCATIVOS."
            17h30 – Coquetel  
            18h – Contação de história com:
            ·         Eliana Ribeiro
            ·         Claudia Marques dos Anjos e Pamela Fonseca
            18h30 – Apresentação musical do COLETIVO SONORO PAGUSOM E MULHERES DE PEDRA
            (Ingrid Oliveira – Hugo Rodrigues – Ana Magalhães – Daiane Ramos – Lidia Vidal)
            19h – Conferências INTEGRADAS: REINVENTANDO COTIDIANAMENTE A EDUCAÇÃO
            Profª Drª Regina Leite Garcia
            Prof Dr Julio Cesar Tavares
            Profª Drª Heloisa Pires
            2º dia:Sábado – 08 de dezembro de 2012
            9h – Café da Manhã Comunitário
            9h30 - Apresentações das Comunicações "DIALOGANDO SOBRE PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS EM DIFERENTES CONTEXTOS EDUCATIVOS"
            11h00 – Oficinas CONSTRUINDO FERRAMENTAS para atuar frente a alterações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
            1.       Corporeidade (Educação Física - Artigo 26 § 3º) - Profa Dra Rosa Malena Carvalho
            2.       Dimensão Afroindígena (História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena - Artigo 26 A) - .Profa Ms Patricia Santanna
            3.       Direitos das crianças e dos adolescentes (Estatuto da Criança e do Adolescente – artigo 32 § 5º) -  Educador Cesar Marques
            4.       Religiosidade (O ensino religioso - Art. 33) -.Profa Dra Maria Consolação Lucinda
            5.       Pororoca de saberes - Profa Ms Eliana Ribeiro
            13h30 – Encerramento com Dança da Paz.Facilitadora:Profª Ms Denise Bloise e entrega dos certificados de participação
            COMISSAO ORGANIZADORA:
            Profa Azoilda Loretto da Trindade
            (IDEALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL)
            Profa Janete Santos Ribeiro
            (COORDENAÇÃO COMISSAO CIENTIFICA)
            Profa Maria do Céu Carvalho
            (COORDENAÇÃO GERAL)
            Profa Marilac Castor
            (COORDENAÇÃO DA LOGISTICA)
            Profª Marta Aparecida Muniz  Bento
            (COORDENAÇÃO DA DIVULGAÇÃO)
            Profa Sandra Regina Ribeiro
            (COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA)
            Profa Mairce Araujo
            (COORDENAÇÃO DE APOIO INSTITUCIONAL/UERJ)
            COMISSÃO CIENTIFICA PEDAGÓGICA:
            Prof Dr Amilcar Araujo
            Prof Ms Alex Côrtes
            Profª Drª Cecília Izidoro
            Profª Drª Claudia Miranda
            Profª Drª Fabiana Lima
            Profª Drª Giovana Xavier
            Profa Drª Katia Santos
            Profa Drª Regina de Fátima de Jesus
            Profa Ms Rosa Helena de Mendonça
            PROMOÇÃO: Projeto Diálogo entre Povos – SINPRO-Rio (Escola do Professor) - FFP/UERJ
            APOIO: Canal Futura – Se essa rua fosse minha (SER) - LAESER/IE/UFRJ -...(em construção)
            [1] Orientações para formatação do Resumo (inscrição) da comunicação
            RESUMO DA COMUNICAÇÃO
            Apresentação de resultados de uma prática educativa emancipatória em espaço escolar ou não escolar, em qualquer área de conhecimento.
            O resumo deve conter as informações:
            a) Título do trabalho no alto da página, em negrito, caixa alta, Fonte Times 12, centralizado;
            b) Abaixo do título, após um espaço duplo, inserir, à direita nome do/a autor/a, e a instituição entre parênteses, em caixa alta, Fonte Times 12. Ex.: João José da Silva (UFS). Bem como, uma breve apresentação do/a autor/a, com dados como: maior formação acadêmica, atuação profissional, e-mail, etc.
            c) Resumo: Margens: 3 cm (superior, esquerda) e 2 cm (inferior e direita); - Espaçamento simples - Parágrafo justificado.O limite de caracteres para o resumo é: mínimo de 150 palavras e máximo de 250 palavras.
            d) De 03 a 05 palavras-chaves

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              Primeira hospedaria de imigrantes do país vira museu a céu aberto em São Gonçalo

              Primeira hospedaria de imigrantes do país vira museu a céu aberto em São Gonçalo


              Fonte: FAPERJ - Vinicius Zepeda

              Voltaire   
                       
                   Missa campal nos jardins da Casa do Diretor da Hospedaria.
                      Coleção Marilene Martins Almeida. Data desconhecida 
               
              O ano era 1951 quando, aos seis anos de idade, a russa Elke Grunupp – que, mais tarde, ficaria conhecida dos brasileiros como “Elke Maravilha” –, junto com seus pais, avós e três irmãos chegaram ao Rio de Janeiro. Depois de viajarem semanas dentro de um navio lotado de passageiros de diferentes nacionalidades e com condições de higiene e conforto bastante precárias, o grupo desembarcou na cidade, à época, capital do País. Os imigrantes que, por razões diversas – ora buscando oportunidades de trabalho, ora fugindo de conflitos étnicos ou religiosos em seus países de origem – chegavam ao porto do Rio eram levados para a Hospedaria da Ilha das Flores, situada na Baía de Guanabara. Elke e seus familiares ficaram por alguns dias no local e depois foram para a cidade de Itabira, em Minas Gerais, onde seus pais começaram a trabalhar numa fazenda.

              Mais de meio século depois, Elke voltou, nesta terça-feira, 13 de novembro, ao local onde passou seus primeiros dias no País. Mas, desta vez, como convidada a participar da cerimônia de inauguração do Centro de Memória da Imigração da Ilha das Flores. O presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, participou da solenidade e do descerramento simbólico de uma placa inaugural.
              Coleção Leopoldino Brasil
                  
              Vista dos alojamentos reservados aos imigrantes, na Ala Norte: ilha tinha
              capacidade para receber até 3.500 pessoas. Data e autor desconhecidos   
               

              Fruto de uma parceria entre a Faculdade de Formação de Professores (FFP), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), campus de São Gonçalo, com a Marinha do Brasil, o Centro funcionará como um museu a céu aberto, propondo aos visitantes um passeio pela história da antiga hospedaria, que funcionou entre os anos de 1883 e 1966, e chegou a ter capacidade de receber até três mil pessoas. O espaço ganhou totens explicativos e contará com guias treinados que irão relatar aos visitantes algumas das marcantes histórias de vida dos que por ali passaram, bem como detalhes do importante conjunto arquitetônico e paisagístico local. Hoje, a Ilha das Flores integra o município fluminense de São Gonçalo e abriga o Comando da Tropa de Reforço do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha.

              Coordenado pelo historiador da FFP/Uerj Luis Reznik, o projeto conta com recursos dos editais “Auxílio às Universidades Estaduais – Uerj, Uenf e Uezo” e “Apoio a Pesquisas na Área de Humanidades”, da FAPERJ. Ele explica que o museu conta com cinco totens: entrada da ilha, desembarque no cais/praia, atendimento aos imigrantes, alojamentos e funcionários. Reznik recorda que, para atender aos que chegavam, havia um corpo de funcionários e um diretor, que moravam no local. “Os trabalhos começavam de madrugada. Ainda cedo, eram ligadas as caldeiras das embarcações, que atravessavam a baía para buscar mantimentos no Rio de Janeiro. Na cozinha, eram preparados o café da manhã, almoço e jantar com peças de louça suficientes para atender até 3.500 pessoas. Também havia serviços, como consultas médicas e odontológicas, envio de correspondências, limpeza e manutenção dos prédio”, descrevem Luís Reznik, Rui Fernandes e Henrique Mendonça no folder de apresentação do novo espaço.
                    Coleção Marilene Martins Almeida       
                         
                       Vista panorâmica da ilha. Ao fundo, um barco que ligava
                       o local com a cidade do Rio. Autor e data desconhecidos.
              Com relação ao atendimento aos imigrantes, os três pesquisadores explicam que havia espaços, como o Pavilhão Sanitário – onde ficava a farmácia e eram realizados os exames médicos –, Pavilhão Clínico – composto de hospital, maternidade e duas enfermarias –, lavanderia, carpintaria, posto telegráfico, necrotério e balcão de empregos, além dos alojamentos masculino e feminino. “Também havia uma sala onde um intérprete era encarregado de facilitar a comunicação entre os funcionários e os imigrantes”, destacam. Já com relação ao desembarque no cais, eles explicam que os imigrantes, uma vez em terra firme, preenchiam uma ficha, seus documentos eram conferidos, e, então, podiam se dirigir à cozinha, a fim de fazer uma primeira refeição. Todos passavam, igualmente, pela inspeção médica e sanitária, onde recebiam roupas de cama e sabão, antes de se dirigirem para seus alojamentos. “No caminho, passavam por uma placa em vários idiomas, onde se lia: ‘Você era um estranho e o Brasil o acolheu’”, complementam.

              Reznik explica que, entre 1857 e 1883, o local funcionou como uma fazenda de produção de mandioca e piscicultura.  Já em 1883, o então governo imperial brasileiro adquiriu e oficializou a Hospedaria dos Imigrantes do Rio de Janeiro, também chamada de Hospedaria Central, que existiu até 1966. O historiador recorda que no período da Grande Imigração (1870-1920), o Brasil se tornou o quarto destino mais procurado pelos imigrantes em todo o mundo. “Além disso, como a política escravocrata encontrava-se em decadência devido a proibição do tráfico negreiro [1850] e a Lei do Ventre Livre [1871], o governo imperial brasileiro incentivou a substituição da mão de obra escrava pela dos imigrantes europeus”, acrescenta.

              Vinicius Zepeda 
                A partir da esq.: Reznik, Lená, Tatiana, Elke, Alm. Zuccaro e Marquesacompanham o descerramento, em ato simbólico, de um tótem do museu    

              Em seu discurso, o historiador destacou a importância e o crescimento da hospedaria ao longo de sua existência. ”Em seu primeiro ano de funcionamento, em 1883, foram recebidos 7.400 imigrantes; dois anos depois, em 1885, eles eram 10.600; em 1887, 18.800; em 1888, 33.400; e, em 1890, 66.500. Imaginem, portanto, como, nesse breve espaço de tempo, foi necessário edificar mais dormitórios, depósitos de bagagens, ampliar o espaço das cozinhas, banheiros, lavanderias, além de construir um enorme reservatório de água”, disse. Reznik chamou a atenção para o fato de que o novo museu trará uma contribuição importante aos estudos sobre imigração, a serem feitos por pesquisadores de instituições de ensino e pesquisa e da própria Marinha do Brasil. Por último, ressaltou a importância do espaço para a população do entorno. “Esperamos receber pessoas de quaisquer partes do mundo, mas principalmente a população escolar dos municípios do entorno: Rio de Janeiro, Niterói e, especialmente, de São Gonçalo, Itaboraí e Magé, localidades com poucas opções culturais”, salientou.

              O presidente da FAPERJ reafirmou a importância em apoiar um projeto voltado para a memória da imigração e aberto à visitação pública. “Este espaço reforça a importância da contribuição que a Fundação pode dar à sociedade. Desde 2007, a FAPERJ cresceu muito, a partir de uma elevação sem precedentes em seu orçamento. Contudo, o maior crescimento que a FAPERJ vem tendo decorre, sobretudo, dos bons resultados dos projetos que ela vem apoiando, como este, por exemplo. Não tenho qualquer dúvida de que esse crescimento qualitativo vem se tornando uma marca da FAPERJ. Tenho certeza de que este museu a céu aberto fará parte do roteiro cultural da região metropolitana do Rio de Janeiro”.

              O Almirante Zuccaro, chefe do Comando da Tropa de Reforço do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha, organizador do evento, realizou uma explanação sobre as atividades de recepção de imigrantes no local e enalteceu a relevância da oportunidade de se criar um museu com tais características.

              A sub-reitora de graduação da Uerj, professora Lená Menezes, representando o reitor da instituição, prof. Ricardo Vieiralves, ressaltou a importância que o local teve na recepção a esse grande número de imigrantes. A sub-reitora é professora titular da Uerj e uma das grandes referências nacionais acerca de estudos sobre imigração.

              Após a cerimônia de abertura do Centro de Memória da Imigração da Ilha das Flores, Ruy Marques, Lená Medeiros, Luis Reznik, a filha de imigrante e oficial da Marinha, Tatiana, e o Almirante Zuccaro, acompanhados por muitos oficiais da Marinha do Brasil e de pesquisadores da Uerj, descerraram, em ato simbólico, um dos totens do museu. Após o descerramento, os convidados realizaram uma visita guiada pelo museu, seguida por uma apresentação da Banda dos Fuzileiros Navais.

              Serviço:

              Local: Centro de Memória da Imigração da Ilha das Flores – Complexo Naval da Ilha das Flores, Avenida Paiva, s/nº, Neves, São Gonçalo-RJ.

              Visitações: terças e quintas-feiras à tarde e aos sábados pela manhã através de marcação pelos telefones (21) 3707-9506, pelo e-mail contato@hospedariailhadasflores.com.br e www.hospedariailhadasflores.com.br


              © FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.




               
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              terça-feira, 13 de novembro de 2012

              Historiadores se dividem sobre lei que regula profissão

               


              Historiadores se dividem sobre lei que regula profissão
              (Folha de São Paulo - 11/11)

              Senado aprovou projeto que obriga diploma em história para atuar na área. Texto, que inclui áreas como magistério, pesquisa e organização de documentos, deve ser votado na Câmara.
              Aprovado no Senado na semana passada, um projeto de lei que regulamenta a profissão de historiador levanta dúvidas sobre seu alcance e divide os principais interessados na medida. De acordo com o texto, que ainda precisa ser votado na Câmara dos Deputados, apenas quem tem diploma de graduação, mestrado ou doutorado pode exercer a profissão, em atividades como o magistério, a pesquisa e a organização de documentos e informações históricas.
              A maior parte dos historiadores ouvidos pela reportagem classifica o projeto de corporativista. Outros, mesmo quando se declaram contrários ao "monopólio do saber", defendem a obrigatoriedade da formação ao menos para os professores de história.
              "Isso é um corporativismo inadmissível. Reserva de mercado é algo absurdo. Posso listar grandes historiadores brasileiros que não são formados em história", diz o cientista político e historiador José Murilo de Carvalho, ele mesmo sem graduação na área, mas com pós-doutorado em história.
              "Se for para lecionar, faz sentido, porque precisa ter formação na área", diz Carlos Guilherme Mota, professor emérito da USP, que defende a obrigatoriedade do diploma para professores do ensino fundamental e médio. "Para dar aula em universidade eu deixaria em aberto, porque há antropólogos e sociólogos com formação histórica sólida", completa.
              O autor do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), afirma que mesmo em faculdades as aulas de história devem ser ministradas por um diplomado. "Naturalmente, não vou querer que arquiteto forme médico, por exemplo. Por que ia ser diferente no caso de historiador?" Para Paim, o projeto não impede que especialistas de outras áreas, como advogados, jornalistas e médicos, deem palestras e escrevam livros sobre história.
              Uma das principais críticas é justamente a possibilidade da medida tornar a produção desse tipo de conteúdo exclusividade dos historiadores. "Seria uma limitação à liberdade de expressão", diz Evaldo Cabral de Mello, historiador que não é formado na área, mas tem título de notório saber concedido pela USP. Para Boris Fausto, livre-docente em história do Brasil pela mesma universidade, "há especialistas em áreas técnicas, como arquivo e documentação, com maior capacidade do que o historiador para essas funções".


              Historiador? Só com diploma

              Coluna de Fernando Rodrigues

              Poucos notaram, mas o Senado aprovou um projeto de lei estapafúrdio na última quarta-feira. Eis o essencial: "O exercício da profissão de historiador, em todo o território nacional, é privativo dos portadores de diploma de curso superior em história, expedido por instituição regular de ensino".
              Em resumo, se vier a ser aprovada pela Câmara e depois sancionada pela presidente da República, a nova lei impedirá que pessoas sem diploma de história possam dar aulas dessa disciplina. A proposta é de um maniqueísmo atroz. Ignora que médicos, sociólogos, economistas, engenheiros, juristas, jornalistas ou cidadãos sem diploma possam acumular conhecimentos históricos sobre suas áreas de atuação. Terão todos de guardar para si o que aprenderem.
              Há sempre a esperança de alguém levantar a mão e interromper essa marcha da insensatez na Câmara. Mas mesmo que seja abortado, o episódio não perderá a sua gravidade. Trata-se de um alerta sobre a obsolescência e a falta de lógica do processo legislativo brasileiro.


              A ideia nasceu em 2009. Era um projeto do senador Paulo Paim, do PT gaúcho. Em três meses, o senador Cristovam Buarque, do PDT de Brasília, deu um parecer favorável. Ouviu um chiste de José Sarney: "Você quer me impedir de escrever sobre a história do Maranhão".
              Cristovam parece arrependido do seu protagonismo. Indica ter deixado tudo para assessores, sem supervisioná-los como deveria. Erros acontecem. Só que o senador defensor da educação não quis reconhecer o equívoco na quarta-feira. Preferiu se ausentar do plenário.
              O Senado tem 81 integrantes. Só dois votaram contra o diploma obrigatório para historiadores: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Pedro Taques (PDT-MT). É muito pouco para impedir que o País se transforme, de lambança em lambança, numa pátria das corporações.

              (Folha de São Paulo - 11/11)

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                Foto do SNI revela agente infiltrado da ditadura no meio universitário (CARTA MAIOR)

                 



                Foto do SNI revela agente infiltrado da ditadura no meio universitário

                Agência Carta Maior - Os documentos já desclassificados da ditadura apresentam várias pistas sobre quem foram os agentes infiltrados nas universidades brasileiras, responsáveis por mortes, prisões e torturas de estudantes e professores. Esta foto produzida pelos agentes do SNI é uma delas: o homem em destaque foi identificado como "elemento de segurança". Militantes da época o identificaram como "Oscar", suposto estudante de Economia da PUC-RJ.


                Brasília - A foto de um homem identificado apenas como "elemento de segurança" chama à atenção em meio aos documentos já desclassificados da ditadura militar, abertos à consulta pública no Arquivo Nacional. Pode ser uma das raras imagens identificadas pela própria ditadura sobre um tipo muito comum na época, que muitos prejuízos causaram à comunidade universitária do país: os agente infiltrados nas universidades, responsáveis por dedurar estudantes e professores que militavam contra o regime.

                A imagem foi produzida pelos próprios agentes do Serviço Nacional de Informação (SNI), o órgão de inteligência da ditadura, durante uma passeata pela anistia aos presos e perseguidos políticos, realizada no Rio de Janeiro, em 1979. Além de um círculo feito de caneta azul em torno do rosto do homem em destaque, apresenta a legenda curta, seca e manuscrita no verso: "elemento de segurança".

                As outras cerca de 90 fotos que os agentes produziram durante o evento atestam a minúcia com que o trabalho era conduzido: registraram os fotógrafos que cobriam a passeata para saber quais jornais poderiam vir a divulgar a pauta e congelaram os endereços exatos dos prédios em que seus moradores ou trabalhadores aderiram ao protesto, lançando papéis picados sobre a multidão.

                Identificaram também todas as personalidades que participaram da manifestação, distribuindo panfletos e manifestando apoio à causa. Entre elas, o músico Milton Nascimento e os atores Osmar Prado, Lucélia Santos, Renata Sorrah, Roberto Faissal, Vanja Orico, Manfredo Colassanti, Sérgio Brito e Carlos Vereza. E também a militante Iramaya Benjamin, uma das fundadoras do Comitê pela Anistia.

                Reconhecimento imediato
                Professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Luiz Mariano Carvalho, era ainda estudante à época e um dos dirigentes do MR-8, organização socialista clandestina que participou da luta armada contra a ditadura. Reconheceu de imediato o possível agente como um estudante da Faculdade de Economia da PUC/Rio, que vivia tentando se aproximar das lideranças da Ação Popular (AP), um outro importante movimento de resistência ao regime. "Se não me falha a memória, ele se apresentava como Osmar", recorda.

                O professor conta que, como o pessoal do MR-8 e da AP era muito próximo, cruzou com ele em diversas atividades. "Naquela época, nós já suspeitávamos que fosse um policial infiltrado. Ele apareceu ninguém sabe de onde e, em curto espaço de tempo, se atirou com tudo na militância, o que era incomum. Nunca tivemos a confirmação, mas suspeitávamos que havia algo errado com ele. Me lembro do pessoal da AP falar sobre isso", relatou à Carta Maior.

                De acordo com Carvalho, naquele momento político, o movimento estudantil já estava esfacelado com tantas mortes e prisões, além de que a ditadura começava a ensaiar uma distensão maior. "Havia casos em que suspeitávamos de que nossos supostos companheiros fossem infiltrados, mas como não tínhamos muito com quem contar, permitíamos que eles nos acompanhassem. O que não deixávamos era que soubessem a localização dos altos dirigentes, ainda clandestinos no país, como era o caso, por exemplo, do jornalista Franklin Martins", esclarece.

                Fenômeno generalizado
                A presença dos agentes infiltrados no dia a dia das universidades brasileiras foi um fenômeno generalizado em todo o país. Suas informações foram vitais para prisões, torturas, mortes e desaparecimentos de um número ainda desconhecido de estudantes e professores. A Comissão Nacional da Verdade (CNV) estima que cerca de 300 estudantes e professores foram mortos e desapareceram no período.

                Até o momento, entretanto, somente a Universidade de Brasília (UnB) criou sua própria Comissão de Memória e Verdade e oficializou uma parceria com a CNV para pesquisar os prejuízos causados pela ditadura à universidade brasileira. Não existe uma linha de pesquisa definida sobre o tema específico dos agentes infiltrados, mas o coordenador de Relações Institucionais da Comissão, Cristiano Paixão, acredita que as investigações chegarão até a identidade dos que atuaram na instituição.

                "São muitos os documentos disponíveis sobre o período, além de pesquisas acadêmicas e os relatos dos protagonistas. Acredito que a identidade dos agentes infiltrados deverá acabar aparecendo", justificou.
                --
                Fabrício Augusto Souza Gomes
                "Onde o homem passou e deixou marca de sua vida e inteligência, aí está a História". (Fustel de Coulanges)

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