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terça-feira, 17 de julho de 2012

Semana de História Política da UERJ

Por favor, divulguem. Obrigado. Um abraço. Paulo Debom


Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pesquisa analisa presença estrangeira na construção de São Paulo


Em quatro anos de estudos interdisciplinares, Projeto Temático contribuiu para a compreensão da relação entre os estrangeiros e as transformações ocorridas na capital paulista desde o século 19. Resultados são apresentados em livro e site (Foto: Catedral da Sé em 1940)

 

Pesquisa analisa presença estrangeira na construção de São Paulo

16/07/2012
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Ao longo de quatro anos, um grupo interdisciplinar de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) realizou um amplo estudo com o objetivo de compreender, a partir da presença estrangeira em São Paulo, os processos de transformação física, demográfica, econômica, social e cultural ocorridos na cidade a partir do século 19.
O Projeto Temático "São Paulo: os estrangeiros e a construção das cidades", coordenado pela professora Ana Lucia Duarte Lanna, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, teve a participação de pesquisadores do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e do Museu Paulista (MP) da USP.
Segundo Lanna, as pesquisas procuraram abordar a presença estrangeira na capital paulista a partir de sua diversidade de formas – imigrantes, viajantes, visitantes, residentes, nativos ou "eternos estrangeiros" – na heterogeneidade dos modos de viver, descrever e simbolizar o outro.
"O projeto se propôs a evitar a multiplicidade de experiências que constitui o estrangeiro como categoria sociocultural à figura clássica do imigrante, que é normalmente associada à explicação dos processos de modernização das grandes cidades americanas", disse Lanna à Agência FAPESP.
"Partimos da figura do estrangeiro, mais ampla, com maior heterogeneidade de inserções e experiências, para tentar compreender como a cidade se transforma a partir dessa multiplicidade de encontros possíveis", disse.
O projeto considerou os estrangeiros também em relação ao universo do trabalho. Os temas de investigação foram articulados em duas linhas de pesquisa: "A transformação dos bairros centrais, a construção de territórios, redes e identidades" e "A transformação dos campos profissionais: práticas, redes, atores e circulação de saberes".
"As pesquisas incluíram desde estudos sobre trabalhadores italianos, judeus e japoneses até a vinda de intelectuais, artistas, arquitetos e urbanistas. Essa ampla gama de tipos profissionais e nacionalidades, com inserções e tempos de permanência muito variados, permitiu problematizar melhor essa relação que é muito importante para a cidade de São Paulo", disse Lanna.
As reflexões realizadas sobre os vários grupos de estrangeiros e os aspectos relacionados aos trabalhos foram associadas a outros recortes, abordando categorias como bairro, território e sociabilidade.
O projeto também teve a preocupação de salvaguardar parte dos acervos com os quais os pesquisadores trabalharam, que estavam sob a guarda da FAU e do MP. Uma das principais propostas do projeto consistiu em elaborar um banco de dados que pudesse formar uma plataforma disponível para outros estudos futuros, com as mais variadas abordagens. O banco de dados foi elaborado com base na experiência com catalogação e sistemas de busca por descritores desenvolvidos no Museu Paulista e coordenado pela professora Solange Lima, do MP.

"Grande parte do material – incluindo projetos arquitetônicos e decorativos, plantas, fotografias e mais de mil mapas da cidade de São Paulo, das coleções de arquitetos e fotógrafos estrangeiros – foi tratado e selecionado. Boa parte foi digitalizado", disse Lanna.
Para que a consulta do banco de dados fosse mais ágil, seu conteúdo foi adaptado e disponibilizado no site http://estrangeiros.fau.usp.br. "O banco de dados continuará sendo alimentado com outras informações ou pesquisas que surjam como desdobramento do Projeto Temático", disse.
Sentido de ser estrangeiro
O banco de dados disponibiliza também referências a artigos escritos por estrangeiros ou que tratam da presença estrangeira no país, publicados na Revista de Cultura Anhembi, na Revista do Arquivo Municipal e na Revista Sociologia. Além de toda a documentação, várias das pesquisas realizadas no Projeto Temático utilizaram entrevistas.
O site apresenta também uma seção focada em bairros que congregam múltiplos personagens estrangeiros e foram os locais privilegiados de pesquisa. Os bairros do Bom Retiro e Bexiga são intensamente explorados.
"No Temático, nos preocupamos em tentar compreender a construção dos territórios da cidade mais marcados pela presença de estrangeiros. A análise dessas áreas nos permitiu compreender como a presença estrangeira contribuiu para a produção do espaço urbano paulistano", afirmou Lanna.
Outro produto do Projeto Temático, além do banco de dados e do site, foi o livro São Paulo, os estrangeiros e a construção da(s) cidade(s), publicado pela editora Alameda, com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.
Além de Lanna, participaram da organização da obra Fernanda Arêas Peixoto, professora do Departamento de Antropologia da FFLCH-USP, José Tavares Correia de Lira e Maria Ruth Amaral de Sampaio, ambos professores da FAU-USP.
A obra foi resultado de um dos seminários internacionais realizados no âmbito do projeto e teve a participação de todos os pesquisadores envolvidos com ele, além de vários autores convidados.
"O livro apresenta a discussão sobre São Paulo, mas não se restringe a ela, porque alguns dos convidados trabalhavam com a reflexão sobre a relação entre os estrangeiros e as cidades em outros contextos", disse Lanna.
Um segundo livro, que deverá ser lançado ainda em julho, abordará a relação entre o estrangeiro e a cidade com foco na questão dos deslocamentos e está sendo organizado por Sarah Feldman, Paulo Gracez, Cristina Leme e Fernanda Torres.

"Os estudos que serão apresentados nesse livro tiveram o objetivo de compreender o sentido de ser estrangeiro e, para isso, é importante avaliar como ele veio ao Brasil, como escolheu o país e a relação estabelecida entre o lugar de origem e o destino", disse Lanna.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pesquisadores descobrem sítio arqueológico no interior do estado

Pesquisadores descobrem sítio arqueológico no interior do estado

© FAPERJ  -  Elena Mandarim

 Divulgação
        
              Nas rochas do sítio arqueológico, permaneceram gravadas as marcas
                         do uso de amoladores e dos instrumentos para polir
Em abril deste ano, foi identificado, pela primeira vez, um sítio arqueológico do tipo polidor e amolador fixo no interior do estado do Rio de Janeiro, mais precisamente, na fazenda Santa Inês, no município de Miracema, no noroeste fluminense. Segundo a arqueóloga Nanci Vieira de Oliveira, professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), os sítios arqueológicos são locais onde ficaram preservados objetos, construções ou outras evidências de atividades humanas no passado. "No caso do polidor e amolador fixo, trata-se de um sítio tipo oficina, no qual os homens elaboravam artefatos, como machados, em suportes de grandes blocos ou superfícies rochosas, deixando várias marcas de polimento ou amolação no local", explica.

Nanci destaca que era uma unanimidade entre os arqueólogos que, no estado do Rio de Janeiro, esse tipo de sítio ocorria, exclusivamente, no litoral, como em Cabo Frio e em Angra dos Reis. Com a descoberta, segundo a pesquisadora, o passo seguinte será fazer um mapeamento georreferenciado da região para encontrar outros sítios semelhantes e, possivelmente, algum sítio de habitação que forneça informações sobre o padrão de subsistência, as tecnologias usadas, as formas de moradia e, caso haja sepultamento, poderia-se até saber a morfologia do corpo humano daquela população.

Oito estudantes do ensino médio, moradores de Miracema, foram selecionados para trabalhar na pesquisa, recebendo bolsa Jovens Talentos, da FAPERJ. "Vamos dar suporte teórico e deixar tarefas pré-determinadas, além de oferecer palestras sobre identificação de vestígios arqueológicos. A cada encontro, os alunos vão apresentar relatórios e resultados. Nossa maior preocupação é enfatizar a necessidade de sinalizar as peças encontradas, sem retirar absolutamente nada do lugar. Em visitas periódicas, vamos confirmar a descoberta, para, em seguida, pedir autorização ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para fazer intervenções, retiradas de peças e escavações no local."

Montando a história de Miracema

Segundo Nanci, os sítios arqueológicos são importantes porque ajudam a reconstruir o passado, tanto que, no Brasil, são considerados patrimônio nacional, protegidos por lei, sob a responsabilidade do Iphan. "Temos uma vasta bibliografia de viajantes, descrevendo os habitantes do noroeste fluminense e seus hábitos, a partir da segunda metade do século XVIII, quando o interior do Rio de Janeiro começou a ser ocupado. Ao que tudo indica, tratava-se de uma população indígena da etnia puri. Depois, a mesma região de Miracema, já com trabalho escravo, passou pelo ciclo do açúcar, pela produção de café e de algodão. Os resquícios arqueológicos são fundamentais para montar todo esse quebra-cabeça", aposta a pesquisadora.

Divulgação
 
         A equipe de pesquisadores comemora o achado: pela primeira vez um sítio arqueológico do  
                          tipo polidor e amolador fixo é descoberto no interior do estado


Como Nanci explica, inicialmente foram traçadas três linhas de pesquisa: a primeira é buscar a identificação dos vestígios arqueológicos pré-coloniais, para confirmar, ou não, a ocupação indígena puri; a outra é fazer um levantamento bibliográfico das características socioeconômicas da expansão colonial, buscando discutir de que maneira a região se transformou em uma cidade independente, depois do desenvolvimento da indústria têxtil; e, por último, traçar uma arqueologia da memória, ou seja, entrevistar os idosos da região, preferencialmente os descendentes de índios, escravos e colonizadores. 

Na verdade, o sítio arqueológico da fazenda Santa Inês foi descoberto em dezembro de 2011, durante a XIII Jornada Científica do Projeto Jovens Talentos para a Ciência. "Estava programada uma visita à fazenda para que os jovens conhecessem alguns aspectos culturais e históricos da região. Dois jovens do programa, Charles Gloria e Paulo Reynaldo, que já trabalharam com arqueologia em Angra dos Reis, identificaram características que levavam a crer que o local podia ser um sítio arqueológico. Em abril, fomos até lá e confirmamos", revela Nanci.

Destinado a estudantes do ensino médio ou técnico da rede pública estadual de educação, o Jovens Talentos para a Ciência é o programa de pré-iniciação científica, da FAPERJ em parceria com a Fundação Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj). O objetivo é estimular, nos alunos, o interesse pela ciência e tecnologia e identificar o potencial para atuar em pesquisa, além de contribuir para a difusão dos conhecimentos científicos, desmistificando a ciência e articulando pesquisa e ensino.

A pesquisadora ressalta que a participação dos estudantes de Miracema no mapeamento dos sítios arqueológicos é fundamental para se criar estratégias de preservação junto as comunidades e as autoridades. "Por desconhecerem o assunto e sua importância, muita gente destroi ou pega artefatos arqueológicos. Estimular a educação patrimonial nos jovens é o primeiro passo para que o conhecimento se espalhe. Os estudantes se engajam no projeto e passam esses conceitos aos membros da família e amigos", afirma Nanci. Ela destaca a parceria com o professor Julio Cralia, da Universidade Federal Fluminense (UFF), campus de Campos dos Goytacazes, e do professor Jorge Belizário de Medeiros Maria, responsável pelo programa Jovens Talentos, na FAPERJ.

© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.


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terça-feira, 10 de julho de 2012

Abertas inscrições para III Seminário Internacional de História e Historiografia

Fonte UFMT - Publicado em Notícias | 06/07/2012
Estão abertas, até o dia 3 de agosto, as inscrições de trabalhos em simpósio temático e de painéis de Iniciação Científica (pôsteres) para o III Seminário Internacional de História e Historiografia, que será realizado no período de 1 a 3 de outubro, em Fortaleza (Ceara). Esta nova versão do seminário, com periodicidade bienal, é a primeira atividade do convênio acadêmico estabelecido, em novembro de 2011, entre as Universidades Federais do Ceará (UFC), Pernambuco (UFPE), Pará (UFPA) e Mato Grosso (UFMT).
O convênio permitirá o trânsito de professores e alunos entre os Programas, estendendo-se aos acordos internacionais firmados pelos Programas de Pós-graduação em História (PPGHis) dessas universidades. Nesta terceira edição, participam da programação as universidades de Coimbra, Toulouse e Barcelona, que possuem convênios com o Programa de Pós-graduação em História da UFC.
O III Seminário História e Historiografia se constitui em um importante eixo de ação e ponto de partida para a formação de uma rede de investigação e produção do conhecimento histórico compreendendo as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Seu caráter itinerante possibilitará a divulgação do conhecimento produzido e promoverá o incremento da qualidade da produção científica, inserindo-se assim no processo de internacionalização do conhecimento.
Ao suscitar o debate acadêmico no campo historiográfico potencializado pelos diálogos e o estabelecimento de balanços sobre as novas abordagens e tendências da investigação dos historiadores, o Seminário contribui para a renovação da historiografia das regiões compreendidas ao mesmo tempo em que incentiva a consolidação de grupos de pesquisas institucionais e a participação dos professores da educação básica.
Confira a programação do evento.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3615 8493, pelo endereços eletrônicos gerapesquisa@gmail.com e infoiiisihh@ufc.br e no site do seminário.
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sábado, 7 de julho de 2012

Chamada para publicação - call for papers

Caro/as Colegas:
Convido-o/as para acessarem o site de Passagens. Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica (on-line) http://www.historia.uff.br/revistapassagens/.
Passagens está se afirmando academicamente e prepara a publicação o último número de 2012, em seu quarto volume. Estamos trabalhando no sentido de aumentar nossas inscrições em indexadores e, no momento, participamos de DIALNET (Portal Bibliográfico - Universidad de la Rioja, Espanha) e D.O.I (Digital Object Identifier) .
Os artigos podem ser submetidos em fluxo contínuo e as normas para publicação podem ser acessadas no site da revista; privilegia-se especialmente artigos que resultem de pesquisa acadêmica. Aceita-se artigos em português, espanhol, inglês e francês,
Abraço cordial,
Gizlene Neder
Gisálio Cerqueira Filho
Editores
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    sexta-feira, 6 de julho de 2012

    Cidades sertanejas foram isoladas por latifundiários

    Cidades sertanejas foram isoladas por latifundiários

    Igreja de Nossa Senhora da Vitória, no Piauí, mostra a influência na urbanização das vilas
    O interesse dos latifundiários em manter as formações urbanas dispersas e desestimuladas, em detrimento às orientações da metrópole, contribuíram para impedir o adensamento da malha urbana no sertão nordestino nos séculos XVII e XIX. Além disso, as relações com Portugal, como o estímulo à formação de estradas durante o reinado de D. Pedro II, almejando dinamizar as trocas comerciais, refletiram na formação dos aglomerados urbanos e definiram a forma de certas vilas sertanejas.
    Estes dados são da dissertação de mestrado do arquiteto e urbanista Esdras Arraes, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. O trabalho teve orientação do professor Luciano Migliaccio, da FAU, e considerou aspectos arquitetônicos, econômicos, históricos e sociais do sertão nordestino. O arquiteto viajou, entre janeiro e abril de 2010 e fevereiro de 2011, para vilas e aldeamentos missioneiros do Nordeste e estudou as formas da economia e as relações pessoais do sertão, submetidas à interferência da pecuária. Sua pesquisa passou pelas cidades de Oeiras e Jerumenha (Piauí); Icó, Crato e Barbalha (Ceará); e Ouricuri e Exu (Pernambuco),  entre outros lugares. Essas cidades possuem, ainda, alguma presença da arquitetura do Brasil Colonial e Imperial.
    "Pensar com los ojos"
    O método empregado na pesquisa, chamado "Pensar com Los Ojos" (pensar com os olhos), do crítico mexicano Damián Bayón, propõe que o historiador entre em contato com a realidade que estuda, de forma a assumi-la para poder entendê-la. Uma das estratégias para construir o lado empírico desta pesquisa foi, então, observar velhas fotografias das povoações, sentir os espaços públicos objetos do estudo e conceituar sobre o contemplado. "Por isso fiz um álbum com 1.400 fotografias, 500 delas tiradas por mim e as 900 restantes provenientes da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), do Arquivo Histórico da Arquidiocese do Crato, do site da Biblioteca Nacional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do site da Biblioteca Nacional da França" diz Arraes.
    O enfoque interdisciplinar do tema fez com que Arraes estudasse os grandes historiadores da economia brasileira, como Capistrano de Abreu. Além disso, investigou fontes primárias, como cartas régias, ofícios, autos, alvarás, comunicações entre câmaras municipais e a metrópole, além de mapas e plantas urbanas, providenciados pelo Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP e pela Cátedra Jaime Cortesão, também da USP.

    Construções do Brasil Colonial e Imperial preservadas na cidade de Icó (CE)
    Arraes procurou comparar a colonização feita por intermédio da expansão pecuária ("curral de reses") e a consequente formação de aldeamentos missioneiros para atendimento dos interesses da Igreja ("currais de alma"). O termo curral, para ele, também lembra o "adestramento" civilizatório ao qual a população da época, principalmente os índios, estavam submetidos. A formação de aglomerados urbanos, neste caso, buscava doutrinação religiosa e também social, esta última numa tentativa de substituir a catequização dos jesuítas pelos valores seculares do estado português, conforme o ideal iluminista do Marques de Pombal, secretário de Estado do Reino de Portugal durante o reinado de D. José I (1750-1777).
    "Como sertanejo, percebi que muitos estudos não focalizam o interior nordestino. O consenso de que o sertão é isolado é um equívoco causado pelo desconhecimento", alega o pesquisador. O método utilizado em seu trabalho, "Conhecer para abrir os olhos", se aplica, também, à desmistificação do isolamento sertanejo. "No sertão, as fronteiras são poucas. O 'oxente' de Pernambuco é o mesmo da Bahia e do Ceará."
    Imagens cedidas pelo pesquisador
    Mais informações: email esdrasarraes@usp.br com Esdras Arraes


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    Fotografias da ditadura são liberadas para consulta

    06/07/2012 - 04h00
    Fotografias da ditadura são liberadas para consulta


    A Lei de Acesso à Informação levou o Arquivo Nacional, em Brasília, a liberar à consulta cerca de 5.000 fotografias do acervo do extinto SNI (Serviço Nacional de Informações) tiradas por agentes da ditadura militar (1964-1985).

    Há fotos de centenas de pessoas presas acusadas de subversão e ligação com a luta armada, obrigadas a posar com roupas íntimas; artistas panfletando a favor da Lei da Anistia, em 1979; e eventos religiosos com o bispo d. Hélder Câmara. A maioria nunca havia sido divulgada.

    Também há seis fotografias de um arsenal de armas do grupo guerrilheiro VAR-Palmares, ao qual pertenceu a presidente Dilma Rousseff.

    Há ainda fotos de corpo inteiro do jornalista Vladimir Herzog (1937-75) anexadas a papéis do Instituto Médico Legal paulista de 25 de outubro de 1975, o dia de sua morte. Nessas imagens, há marcas da necropsia e de uma mancha escura em seu pescoço.


    http://www1.folha.uol.com.br/poder/1115936-fotografias-da-ditadura-sao-liberadas-para-consulta.shtml

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    Enviado via Samsung Galaxy S Mobile
    Fabrício Augusto Souza Gomes


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      quinta-feira, 28 de junho de 2012

      Envio de japoneses para o Brasil fez parte de política expansionista pacífica


      Avaliação é do historiador Shozo Motoyama, da USP, em livro sobre a primeira fase da imigração japonesa no Brasil em que aborda o processo de integração cultural (imigracaojaponesa.com.br)

       

      Envio de japoneses para o Brasil fez parte de política expansionista pacífica

      28/06/2012
      Por Elton Alisson
      Fonte: Agência FAPESPA imigração de japoneses para o Brasil a partir de 1908 representou uma saída pacífica para o Japão continuar a se desenvolver por outra via que não a militarista, pela qual se tornou na época uma potência mundial.
      Por outro lado, a vinda dos japoneses para o Brasil sob os auspícios dos barões do café, para trabalhar em cafezais durante a República Velha (1889-1930), dividiu opiniões e despertou um intenso debate entre grupos favoráveis e outros contrários a essa imigração na sociedade brasileira.
      A integração não tão cordial entre as duas culturas, por meio da imigração, é contada no livro Sob o signo do sol levante: Uma história da imigração japonesa no Brasil – volume I (1908-1941), de autoria do historiador Shozo Motoyama, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e presidente do Centro de Estudos Nipo-Brasileiros.
      Lançado no final de abril, o livro descreve como a primeira fase da imigração para o Brasil – iniciada em 1908 e encerrada em 1941, quando o Japão ingressa na 2ª Guerra Mundial – fez parte de uma política expansionista pacifista orquestrada pelo governo japonês.
      Uma das maiores potências mundiais na época – com grandes conglomerados empresariais como Mitsubishi, Mitsui e Sumitomo –, o Japão vivia ao mesmo tempo graves problemas econômicos, com desemprego elevado e condições de pobreza no campo.
      Em função disso, o país enfrentava críticas de segmentos da sociedade que não concordavam com a forma com que vinha se desenvolvendo, conquistando países à força, como fez no período conhecido como imperialista, em que invadiu a Coreia, a Manchúria e parte da China.
      Uma das alternativas identificadas para continuar a crescer pacificamente era por meio da imigração, vista como uma forma em que ambos os lados ganhavam – tanto o país que enviava como o que recebia os imigrantes – e diferente da conquista militar, em que só o país invasor se beneficia.
      Por essas e outras razões, o governo japonês decidiu encampar políticas de imigração de seus cidadãos para países como o Brasil – que precisava de mão de obra para as lavouras de café em São Paulo –, dando o apoio necessário para que se estabelecessem no exterior.
      "Houve no Japão uma política bastante coerente e de consenso de dar guarida para os imigrantes que vinham para o Brasil. E, em grande parte, o sucesso dos imigrantes japoneses no Brasil dependeu da ajuda dada pelo governo japonês por meio de consulados e de outras representações políticas e diplomáticas no país", disse Motoyama à Agência FAPESP.
      De acordo com o pesquisador, se por um lado a ida de imigrantes atendia aos interesses do governo japonês e dos barões do café do Brasil, por outro lado o processo de integração dos japoneses na sociedade brasileira não foi tão natural como tende a fazer crer a historiografia escrita e publicada sobre o tema.
      Os documentos a que Motoyama teve acesso do Congresso Nacional referentes a 1934, por exemplo, quando estava sendo elaborada a terceira Constituição Brasileira, revelam que houve um intenso debate entre um bloco de congressistas favoráveis e outros contrários à imigração japonesa, em função da ascensão social que os japoneses estavam obtendo no país.
      "Até o fim da década de 1920, o grupo mais favorável aos imigrantes japoneses era maioria no Brasil. Mas na década seguinte isso mudou, principalmente devido à Constituição de 1934, que colocou uma série de leis restritivas em relação à vinda de imigrantes japoneses", disse Motoyama.
      "Já durante o Estado Novo (1937-1945), Getúlio Vargas (1882-1954) agiu de maneira dúbia: de um lado estimulou as restrições à imigração japonesa e, de outro, tomou medidas para trazer os japoneses para o Brasil", disse.
      Para defender suas posições, os grupos contrários à imigração japonesa se apoiavam em teorias raciais vigentes na época, como a do "darwinismo social".
      Compactuada por alguns representantes da elite brasileira na época, a teoria, que ficou conhecida como a do "branqueamento", preceituava que o subdesenvolvimento do Brasil se devia ao fato de o país ter sido povoado por "raças inferiores" (negros e índios), e que o país só iria se desenvolver à medida que sua população se tornasse "mais branca".
      Como o ciclo de imigração dos negros para o Brasil já havia se encerrado, o alvo passou a ser os amarelos, representados agora pelos japoneses, que começavam a chegar ao país.
      Em defesa dos japoneses, os fazendeiros paulistas aceitam uma tese absurda alardeada por um fazendeiro congressista brasileiro, de que eles eram mais brancos, por exemplo, do que os portugueses, que já haviam passado por um intenso processo de miscigenação no país.
      "Os fazendeiros paulistas eram bastante pragmáticos. Como precisavam de trabalhadores, eles não queriam saber de que raça eram, contanto que fossem bons trabalhadores", disse Motoyama.
      Segunda fase da imigração
      Motoyama planeja publicar no início de 2013 um novo volume do livro, que abordará a segunda fase da imigração japonesa no Brasil, de 1941 a 2008.
      Diferentemente da primeira fase da imigração, de 1908 a 1941, em que os japoneses puderam contar com ajuda do próprio governo para se estabelecer no Brasil, na nova etapa eles não puderam recorrer aos seus compatriotas devido ao país asiático ter sido arrasado pela Segunda Guerra Mundial.
      Além disso, se antes os japoneses e os imigrantes em geral desfrutavam da boa acolhida e de uma certa simpatia na sociedade brasileira, com o início da guerra eles passam a ser vistos como inimigos.
      "A guerra aflorou uma série de questões, não só de preconceito, e os japoneses passaram a ser tratados como inimigo, o que, de certa forma, é natural. Nos Estados Unidos, o preconceito contra os japoneses na época foi muito pior", disse Motoyama.
      Segundo o pesquisador, a elaboração do livro sobre esta segunda fase da imigração japonesa deverá ser muito mais complexa. Isso porque há uma série de registros sistematizados sobre a primeira fase da imigração japonesa.
      Já na segunda fase, como os imigrantes foram perdendo proeminência, começam a surgir mais estudos sobre seus descendentes – mais propriamente sobre os nisseis (a primeira geração de filhos de japoneses nascida em outro país) – e a historiografia do período tem muitas lacunas.
      Na segunda fase da imigração japonesa para o Brasil, pós Segunda Guerra, chegam cerca de 50 mil pessoas, com cultura completamente diferente da que havia no país oriental antes da Guerra. Em função disso, há um choque cultural entre os velhos imigrantes com os recém-chegados e com os nisseis.
      "Esses acontecimentos não estão bem retratados e acho que nem estão escritos direito. Teremos que entrevistar pessoas e procurar esclarecer uma série de fenômenos que só ocorreram nesta segunda fase da imigração", disse Motoyama.
      No segundo volume do livro, o pesquisador também pretende abordar a contribuição dos imigrantes japoneses, principalmente os de seus descendentes, os nikkeis, na ciência, tecnologia e educação brasileiras.
      • Sob o signo do sol levante: Uma história da imigração japonesa no Brasil – Volume I (1098-1941)
        Autor: Shozo Motoyama
        Páginas: 390
        Lançamento: 2012
        Mais informações: secretaria@institutobrasiljapao.org.br ou (11) 3209-3875. 



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                                                                                                            Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
         
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      sábado, 16 de junho de 2012

      Unesp lança portal de materiais didáticos


      Como oportunidade de aperfeiçoamento de professores nas áreas de Humanas, Exatas e Biológicas, Unesp Aberta oferece gratuitamente materiais de cursos de graduação, pós-graduação e extensão

       

      Unesp lança portal de materiais didáticos

      15/06/2012
      Agência FAPESP A Universidade Estadual Paulista lançou no dia 14 de junho o Projeto Unesp Aberta, que disponibiliza pela internet disciplinas livres como oportunidade de aperfeiçoamento de professores nas áreas de Humanas, Exatas e Biológicas.
      A iniciativa oferece gratuitamente materiais didáticos digitais dos cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Unesp elaborados em parceria com o Núcleo de Educação a Distância (NEaD) da universidade.
      Entre os materiais disponíveis na Unesp Aberta estão mais de 17 mil itens educacionais, como mapas, imagens, softwares e animações, 300 videoaulas, 300 textos e 138 livros digitais do selo Cultura Acadêmica, além do acervo da Biblioteca Digital – que reúne material pertencente ao sistema de bibliotecas da Unesp e de seus centros de documentação.
      O acervo contempla ainda o material dos cursos da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) e da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e de cursos presenciais da Unesp que também utilizam as tecnologias digitais.
      As disciplinas livres disponibilizadas integram a Rede São Paulo de Formação Docente (RedeFor), convênio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo com Unesp, Universidade de São Paulo e Universidade Estadual de Campinas para dar cursos de pós-graduação a professores da rede pública do Estado.
      O projeto da Unesp prevê as inclusões de versões em inglês e espanhol, bem como a incorporação de recursos de acessibilidade, como Libras e audiodescrição. O acesso ao material não dá direito a qualquer tipo de certificação de conclusão ou apoio educacional.
      O lançamento do projeto também marcou a inauguração do auditório do NEaD, que conta com 150 lugares, além de uma sala de reunião e de salas de aulas.



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