Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Abertas inscrições para III Seminário Internacional de História e Historiografia

Fonte UFMT - Publicado em Notícias | 06/07/2012
Estão abertas, até o dia 3 de agosto, as inscrições de trabalhos em simpósio temático e de painéis de Iniciação Científica (pôsteres) para o III Seminário Internacional de História e Historiografia, que será realizado no período de 1 a 3 de outubro, em Fortaleza (Ceara). Esta nova versão do seminário, com periodicidade bienal, é a primeira atividade do convênio acadêmico estabelecido, em novembro de 2011, entre as Universidades Federais do Ceará (UFC), Pernambuco (UFPE), Pará (UFPA) e Mato Grosso (UFMT).
O convênio permitirá o trânsito de professores e alunos entre os Programas, estendendo-se aos acordos internacionais firmados pelos Programas de Pós-graduação em História (PPGHis) dessas universidades. Nesta terceira edição, participam da programação as universidades de Coimbra, Toulouse e Barcelona, que possuem convênios com o Programa de Pós-graduação em História da UFC.
O III Seminário História e Historiografia se constitui em um importante eixo de ação e ponto de partida para a formação de uma rede de investigação e produção do conhecimento histórico compreendendo as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Seu caráter itinerante possibilitará a divulgação do conhecimento produzido e promoverá o incremento da qualidade da produção científica, inserindo-se assim no processo de internacionalização do conhecimento.
Ao suscitar o debate acadêmico no campo historiográfico potencializado pelos diálogos e o estabelecimento de balanços sobre as novas abordagens e tendências da investigação dos historiadores, o Seminário contribui para a renovação da historiografia das regiões compreendidas ao mesmo tempo em que incentiva a consolidação de grupos de pesquisas institucionais e a participação dos professores da educação básica.
Confira a programação do evento.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3615 8493, pelo endereços eletrônicos gerapesquisa@gmail.com e infoiiisihh@ufc.br e no site do seminário.
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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
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sábado, 7 de julho de 2012

Chamada para publicação - call for papers

Caro/as Colegas:
Convido-o/as para acessarem o site de Passagens. Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica (on-line) http://www.historia.uff.br/revistapassagens/.
Passagens está se afirmando academicamente e prepara a publicação o último número de 2012, em seu quarto volume. Estamos trabalhando no sentido de aumentar nossas inscrições em indexadores e, no momento, participamos de DIALNET (Portal Bibliográfico - Universidad de la Rioja, Espanha) e D.O.I (Digital Object Identifier) .
Os artigos podem ser submetidos em fluxo contínuo e as normas para publicação podem ser acessadas no site da revista; privilegia-se especialmente artigos que resultem de pesquisa acadêmica. Aceita-se artigos em português, espanhol, inglês e francês,
Abraço cordial,
Gizlene Neder
Gisálio Cerqueira Filho
Editores
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    sexta-feira, 6 de julho de 2012

    Cidades sertanejas foram isoladas por latifundiários

    Cidades sertanejas foram isoladas por latifundiários

    Igreja de Nossa Senhora da Vitória, no Piauí, mostra a influência na urbanização das vilas
    O interesse dos latifundiários em manter as formações urbanas dispersas e desestimuladas, em detrimento às orientações da metrópole, contribuíram para impedir o adensamento da malha urbana no sertão nordestino nos séculos XVII e XIX. Além disso, as relações com Portugal, como o estímulo à formação de estradas durante o reinado de D. Pedro II, almejando dinamizar as trocas comerciais, refletiram na formação dos aglomerados urbanos e definiram a forma de certas vilas sertanejas.
    Estes dados são da dissertação de mestrado do arquiteto e urbanista Esdras Arraes, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. O trabalho teve orientação do professor Luciano Migliaccio, da FAU, e considerou aspectos arquitetônicos, econômicos, históricos e sociais do sertão nordestino. O arquiteto viajou, entre janeiro e abril de 2010 e fevereiro de 2011, para vilas e aldeamentos missioneiros do Nordeste e estudou as formas da economia e as relações pessoais do sertão, submetidas à interferência da pecuária. Sua pesquisa passou pelas cidades de Oeiras e Jerumenha (Piauí); Icó, Crato e Barbalha (Ceará); e Ouricuri e Exu (Pernambuco),  entre outros lugares. Essas cidades possuem, ainda, alguma presença da arquitetura do Brasil Colonial e Imperial.
    "Pensar com los ojos"
    O método empregado na pesquisa, chamado "Pensar com Los Ojos" (pensar com os olhos), do crítico mexicano Damián Bayón, propõe que o historiador entre em contato com a realidade que estuda, de forma a assumi-la para poder entendê-la. Uma das estratégias para construir o lado empírico desta pesquisa foi, então, observar velhas fotografias das povoações, sentir os espaços públicos objetos do estudo e conceituar sobre o contemplado. "Por isso fiz um álbum com 1.400 fotografias, 500 delas tiradas por mim e as 900 restantes provenientes da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), do Arquivo Histórico da Arquidiocese do Crato, do site da Biblioteca Nacional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do site da Biblioteca Nacional da França" diz Arraes.
    O enfoque interdisciplinar do tema fez com que Arraes estudasse os grandes historiadores da economia brasileira, como Capistrano de Abreu. Além disso, investigou fontes primárias, como cartas régias, ofícios, autos, alvarás, comunicações entre câmaras municipais e a metrópole, além de mapas e plantas urbanas, providenciados pelo Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP e pela Cátedra Jaime Cortesão, também da USP.

    Construções do Brasil Colonial e Imperial preservadas na cidade de Icó (CE)
    Arraes procurou comparar a colonização feita por intermédio da expansão pecuária ("curral de reses") e a consequente formação de aldeamentos missioneiros para atendimento dos interesses da Igreja ("currais de alma"). O termo curral, para ele, também lembra o "adestramento" civilizatório ao qual a população da época, principalmente os índios, estavam submetidos. A formação de aglomerados urbanos, neste caso, buscava doutrinação religiosa e também social, esta última numa tentativa de substituir a catequização dos jesuítas pelos valores seculares do estado português, conforme o ideal iluminista do Marques de Pombal, secretário de Estado do Reino de Portugal durante o reinado de D. José I (1750-1777).
    "Como sertanejo, percebi que muitos estudos não focalizam o interior nordestino. O consenso de que o sertão é isolado é um equívoco causado pelo desconhecimento", alega o pesquisador. O método utilizado em seu trabalho, "Conhecer para abrir os olhos", se aplica, também, à desmistificação do isolamento sertanejo. "No sertão, as fronteiras são poucas. O 'oxente' de Pernambuco é o mesmo da Bahia e do Ceará."
    Imagens cedidas pelo pesquisador
    Mais informações: email esdrasarraes@usp.br com Esdras Arraes


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    Fotografias da ditadura são liberadas para consulta

    06/07/2012 - 04h00
    Fotografias da ditadura são liberadas para consulta


    A Lei de Acesso à Informação levou o Arquivo Nacional, em Brasília, a liberar à consulta cerca de 5.000 fotografias do acervo do extinto SNI (Serviço Nacional de Informações) tiradas por agentes da ditadura militar (1964-1985).

    Há fotos de centenas de pessoas presas acusadas de subversão e ligação com a luta armada, obrigadas a posar com roupas íntimas; artistas panfletando a favor da Lei da Anistia, em 1979; e eventos religiosos com o bispo d. Hélder Câmara. A maioria nunca havia sido divulgada.

    Também há seis fotografias de um arsenal de armas do grupo guerrilheiro VAR-Palmares, ao qual pertenceu a presidente Dilma Rousseff.

    Há ainda fotos de corpo inteiro do jornalista Vladimir Herzog (1937-75) anexadas a papéis do Instituto Médico Legal paulista de 25 de outubro de 1975, o dia de sua morte. Nessas imagens, há marcas da necropsia e de uma mancha escura em seu pescoço.


    http://www1.folha.uol.com.br/poder/1115936-fotografias-da-ditadura-sao-liberadas-para-consulta.shtml

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    Enviado via Samsung Galaxy S Mobile
    Fabrício Augusto Souza Gomes


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      quinta-feira, 28 de junho de 2012

      Envio de japoneses para o Brasil fez parte de política expansionista pacífica


      Avaliação é do historiador Shozo Motoyama, da USP, em livro sobre a primeira fase da imigração japonesa no Brasil em que aborda o processo de integração cultural (imigracaojaponesa.com.br)

       

      Envio de japoneses para o Brasil fez parte de política expansionista pacífica

      28/06/2012
      Por Elton Alisson
      Fonte: Agência FAPESPA imigração de japoneses para o Brasil a partir de 1908 representou uma saída pacífica para o Japão continuar a se desenvolver por outra via que não a militarista, pela qual se tornou na época uma potência mundial.
      Por outro lado, a vinda dos japoneses para o Brasil sob os auspícios dos barões do café, para trabalhar em cafezais durante a República Velha (1889-1930), dividiu opiniões e despertou um intenso debate entre grupos favoráveis e outros contrários a essa imigração na sociedade brasileira.
      A integração não tão cordial entre as duas culturas, por meio da imigração, é contada no livro Sob o signo do sol levante: Uma história da imigração japonesa no Brasil – volume I (1908-1941), de autoria do historiador Shozo Motoyama, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e presidente do Centro de Estudos Nipo-Brasileiros.
      Lançado no final de abril, o livro descreve como a primeira fase da imigração para o Brasil – iniciada em 1908 e encerrada em 1941, quando o Japão ingressa na 2ª Guerra Mundial – fez parte de uma política expansionista pacifista orquestrada pelo governo japonês.
      Uma das maiores potências mundiais na época – com grandes conglomerados empresariais como Mitsubishi, Mitsui e Sumitomo –, o Japão vivia ao mesmo tempo graves problemas econômicos, com desemprego elevado e condições de pobreza no campo.
      Em função disso, o país enfrentava críticas de segmentos da sociedade que não concordavam com a forma com que vinha se desenvolvendo, conquistando países à força, como fez no período conhecido como imperialista, em que invadiu a Coreia, a Manchúria e parte da China.
      Uma das alternativas identificadas para continuar a crescer pacificamente era por meio da imigração, vista como uma forma em que ambos os lados ganhavam – tanto o país que enviava como o que recebia os imigrantes – e diferente da conquista militar, em que só o país invasor se beneficia.
      Por essas e outras razões, o governo japonês decidiu encampar políticas de imigração de seus cidadãos para países como o Brasil – que precisava de mão de obra para as lavouras de café em São Paulo –, dando o apoio necessário para que se estabelecessem no exterior.
      "Houve no Japão uma política bastante coerente e de consenso de dar guarida para os imigrantes que vinham para o Brasil. E, em grande parte, o sucesso dos imigrantes japoneses no Brasil dependeu da ajuda dada pelo governo japonês por meio de consulados e de outras representações políticas e diplomáticas no país", disse Motoyama à Agência FAPESP.
      De acordo com o pesquisador, se por um lado a ida de imigrantes atendia aos interesses do governo japonês e dos barões do café do Brasil, por outro lado o processo de integração dos japoneses na sociedade brasileira não foi tão natural como tende a fazer crer a historiografia escrita e publicada sobre o tema.
      Os documentos a que Motoyama teve acesso do Congresso Nacional referentes a 1934, por exemplo, quando estava sendo elaborada a terceira Constituição Brasileira, revelam que houve um intenso debate entre um bloco de congressistas favoráveis e outros contrários à imigração japonesa, em função da ascensão social que os japoneses estavam obtendo no país.
      "Até o fim da década de 1920, o grupo mais favorável aos imigrantes japoneses era maioria no Brasil. Mas na década seguinte isso mudou, principalmente devido à Constituição de 1934, que colocou uma série de leis restritivas em relação à vinda de imigrantes japoneses", disse Motoyama.
      "Já durante o Estado Novo (1937-1945), Getúlio Vargas (1882-1954) agiu de maneira dúbia: de um lado estimulou as restrições à imigração japonesa e, de outro, tomou medidas para trazer os japoneses para o Brasil", disse.
      Para defender suas posições, os grupos contrários à imigração japonesa se apoiavam em teorias raciais vigentes na época, como a do "darwinismo social".
      Compactuada por alguns representantes da elite brasileira na época, a teoria, que ficou conhecida como a do "branqueamento", preceituava que o subdesenvolvimento do Brasil se devia ao fato de o país ter sido povoado por "raças inferiores" (negros e índios), e que o país só iria se desenvolver à medida que sua população se tornasse "mais branca".
      Como o ciclo de imigração dos negros para o Brasil já havia se encerrado, o alvo passou a ser os amarelos, representados agora pelos japoneses, que começavam a chegar ao país.
      Em defesa dos japoneses, os fazendeiros paulistas aceitam uma tese absurda alardeada por um fazendeiro congressista brasileiro, de que eles eram mais brancos, por exemplo, do que os portugueses, que já haviam passado por um intenso processo de miscigenação no país.
      "Os fazendeiros paulistas eram bastante pragmáticos. Como precisavam de trabalhadores, eles não queriam saber de que raça eram, contanto que fossem bons trabalhadores", disse Motoyama.
      Segunda fase da imigração
      Motoyama planeja publicar no início de 2013 um novo volume do livro, que abordará a segunda fase da imigração japonesa no Brasil, de 1941 a 2008.
      Diferentemente da primeira fase da imigração, de 1908 a 1941, em que os japoneses puderam contar com ajuda do próprio governo para se estabelecer no Brasil, na nova etapa eles não puderam recorrer aos seus compatriotas devido ao país asiático ter sido arrasado pela Segunda Guerra Mundial.
      Além disso, se antes os japoneses e os imigrantes em geral desfrutavam da boa acolhida e de uma certa simpatia na sociedade brasileira, com o início da guerra eles passam a ser vistos como inimigos.
      "A guerra aflorou uma série de questões, não só de preconceito, e os japoneses passaram a ser tratados como inimigo, o que, de certa forma, é natural. Nos Estados Unidos, o preconceito contra os japoneses na época foi muito pior", disse Motoyama.
      Segundo o pesquisador, a elaboração do livro sobre esta segunda fase da imigração japonesa deverá ser muito mais complexa. Isso porque há uma série de registros sistematizados sobre a primeira fase da imigração japonesa.
      Já na segunda fase, como os imigrantes foram perdendo proeminência, começam a surgir mais estudos sobre seus descendentes – mais propriamente sobre os nisseis (a primeira geração de filhos de japoneses nascida em outro país) – e a historiografia do período tem muitas lacunas.
      Na segunda fase da imigração japonesa para o Brasil, pós Segunda Guerra, chegam cerca de 50 mil pessoas, com cultura completamente diferente da que havia no país oriental antes da Guerra. Em função disso, há um choque cultural entre os velhos imigrantes com os recém-chegados e com os nisseis.
      "Esses acontecimentos não estão bem retratados e acho que nem estão escritos direito. Teremos que entrevistar pessoas e procurar esclarecer uma série de fenômenos que só ocorreram nesta segunda fase da imigração", disse Motoyama.
      No segundo volume do livro, o pesquisador também pretende abordar a contribuição dos imigrantes japoneses, principalmente os de seus descendentes, os nikkeis, na ciência, tecnologia e educação brasileiras.
      • Sob o signo do sol levante: Uma história da imigração japonesa no Brasil – Volume I (1098-1941)
        Autor: Shozo Motoyama
        Páginas: 390
        Lançamento: 2012
        Mais informações: secretaria@institutobrasiljapao.org.br ou (11) 3209-3875. 



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      sábado, 16 de junho de 2012

      Unesp lança portal de materiais didáticos


      Como oportunidade de aperfeiçoamento de professores nas áreas de Humanas, Exatas e Biológicas, Unesp Aberta oferece gratuitamente materiais de cursos de graduação, pós-graduação e extensão

       

      Unesp lança portal de materiais didáticos

      15/06/2012
      Agência FAPESP A Universidade Estadual Paulista lançou no dia 14 de junho o Projeto Unesp Aberta, que disponibiliza pela internet disciplinas livres como oportunidade de aperfeiçoamento de professores nas áreas de Humanas, Exatas e Biológicas.
      A iniciativa oferece gratuitamente materiais didáticos digitais dos cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Unesp elaborados em parceria com o Núcleo de Educação a Distância (NEaD) da universidade.
      Entre os materiais disponíveis na Unesp Aberta estão mais de 17 mil itens educacionais, como mapas, imagens, softwares e animações, 300 videoaulas, 300 textos e 138 livros digitais do selo Cultura Acadêmica, além do acervo da Biblioteca Digital – que reúne material pertencente ao sistema de bibliotecas da Unesp e de seus centros de documentação.
      O acervo contempla ainda o material dos cursos da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) e da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e de cursos presenciais da Unesp que também utilizam as tecnologias digitais.
      As disciplinas livres disponibilizadas integram a Rede São Paulo de Formação Docente (RedeFor), convênio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo com Unesp, Universidade de São Paulo e Universidade Estadual de Campinas para dar cursos de pós-graduação a professores da rede pública do Estado.
      O projeto da Unesp prevê as inclusões de versões em inglês e espanhol, bem como a incorporação de recursos de acessibilidade, como Libras e audiodescrição. O acesso ao material não dá direito a qualquer tipo de certificação de conclusão ou apoio educacional.
      O lançamento do projeto também marcou a inauguração do auditório do NEaD, que conta com 150 lugares, além de uma sala de reunião e de salas de aulas.



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      segunda-feira, 11 de junho de 2012

      SIMPÓSIO NACIONAL EM HISTÓRIA TRABALHO, CULTURA E PODER


      III SIMPÓSIO NACIONAL EM HISTÓRIA TRABALHO, CULTURA E PODER:
      "Memórias, movimentos sociais e hidroelétricas"
      De 25 a 28 de Setembro de 2012 - UNIOESTE Campus de Marechal Cândido Rondon

      1. Apresentação
      2. Inscrição de Comunicações
      3. Proposição de Mini-Curso
      4. Programação
      5. Comissão Organizadora
      6. Cronograma, Forma de Pagamento e Contatos
      7. Promoção e Apoios

      1. Apresentação
      O III Simpósio Nacional em História, Trabalho, Cultura e Poder: Memórias, movimentos sociais e hidroelétricas é um evento promovido pelo Colegiado do Curso de História e pelo do Programa de Pós- Graduação em História (Mestrado) da UNIOESTE, Câmpus Marechal Cândido Rondon/PR. Conta com o apoio do Núcleo de Pesquisa e Documentação sobre o Oeste do Paraná – CEPEDAL, do Laboratório de Ensino de História – LEH, do Centro Acadêmico Zumbi dos Palmares e do Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras (CCHEL). O objetivo principal é a realização de debates em torno do eixo temático Memórias, movimentos sociais e hidroelétricas, viabilizando o intercâmbio interinstitucional entre pesquisadores, docentes e acadêmicos de IES estaduais do Paraná, de demais estados e federais, de Universidades Comunitárias e Privadas, de Centros e Institutos de Pesquisa e de professores dos demais níveis de ensino. A partir da organização das atividades do evento (Conferências, Mesas-Redondas, Sessões de Comunicações e Oficinas) possibilitar-se-á o debate e a apresentação de pesquisas temáticas (trabalho, cultura e poder) que tratam das memórias e dos movimentos sociais vinculados às experiências passadas e atuais de populações envolvidas com construções de hidroelétricas (projetos governamentais), bem como às questões relacionadas ao ensino de História. No contexto da passagem dos 30 anos de formação do lago da hidroelétrica da Itaipu Binacional (1982-2012), o Curso de Graduação de História e o Programa de Pós-Graduação em História optaram por tematizar as hidrelétricas no intuito de recuperar as experiências vividas na região Oeste do Paraná e atualizar a problemática dos impactos socioeconômicos, culturais, migratórios, deslocamentos de populações e povos atingidos, ambientais e da política energética.  Os resultados da Terceira Edição do evento serão publicados e divulgados nas formas de Cadernos de Resumos impressos e Anais Eletrônicos em DVD-room (contendo os textos completos). Este Simpósio tem caráter nacional e está voltado aos estudantes, pesquisadores e profissionais da área de História e de áreas afins. O evento será realizado nas dependências da UNIOESTE, Câmpus Marechal Cândido Rondon, no período de 25 a 28 de setembro de 2012.

      2. Inscrição de Comunicações
      As comunicações deverão ser inscritas junto aos Simpósios Temáticos. Assim, a inscrição deverá indicar o Simpósio Temático da comunicação, dentre os cinco listados a seguir:
      ST. Cultura. Compreende estudos das práticas culturais entendidas como espaços de vivência de relações sociais, de poder e de construção de sentidos, em suas diferentes formas de expressão. Ocupa-se da reflexão acerca de processos coletivos de construção de identidades – classe, gênero, étnicas, nacionais, regionais, dentre outras, além de problematizar questões com base em diferentes formas e interpretações de linguagens. Propõe-se ainda a investigar a constituição de espaços e territórios, a partir das experiências dos sujeitos sociais.
      ST. Trabalho. Abarca processos históricos transcorridos no Brasil e na América Latina na contemporaneidade, no que se refere às diversas práticas dos sujeitos, coletivos e individuais, em suas diversas articulações com o social, na produção e transformação das relações de trabalho e das instituições. Apresentam-se como temas de interesse os movimentos constituídos pelos trabalhadores, as organizações partidárias e sindicais, as práticas cotidianas dos trabalhadores, no campo e na cidade, as construções de sentidos e significados por e sobre estes sujeitos, enquanto uma prática social, na historiografia e nas memórias.
      ST. Poder. Reúne estudos das práticas sociais relacionadas ao Poder, abarcando aspectos diversos das relações estabelecidas entre os agentes sociais e no âmbito das mais variadas organizações e corporações da sociedade civil. Visa discutir a construção de hegemonias no âmbito da sociedade civil e da sociedade política e as disputas em torno do poder, abrangendo esferas diversas, como a gestação e a afirmação, a crítica e a contraposição de projetos sociais, as elaborações intelectuais e as políticas partidárias, a organização dos diferentes grupos e classe sociais, a constituição de aparelhos privados de hegemonia, o gerenciamento e a disseminação de ideologias e projetos sociais.
      ST. História Intelectual. Fruto de uma realidade sócio-cultural específica, o intelectual, no sentido amplo do termo, encontra-se intimamente ligado a seu contexto histórico. Somente a particularidade desse contexto poderá revelar a singularidade desse intelectual. Este simpósio tem por objetivo também discutir pressupostos teóricos e metodológicos da e para a história intelectual e a história dos intelectuais. Assim, objetiva-se entender a posição assumida por atores e autores, que em diversas épocas da história, de alguma forma, interferiam no contexto que viviam e circulavam.
      ST. História Gênero, corporalidade e sexualidade. Analisar historicamente a construção social das identidades feminina e masculina e a forma de relação social que se estabelece entre mulheres, entre homens e entre mulheres e homens, bem como as suas sexualidades e corporalidades. O debate vincula-se a questões que permeiam gênero, corporalidade, sexualidade e sua trajetória histórica – debate historiográfico – acerca da construção da categoria gênero e dos conceitos de sexualidade e corporalidade, bem como a reflexão sobre a desnaturalização das identidades femininas e masculinas, social e historicamente construídos. Promover a análise dos pressupostos teóricos e metodológicos usados para a construção da história das relações de gênero. Também propomos a análise da história da família e das mulheres no Brasil.
      ST. História, Fronteiras e migrações. Contempla estudos das identidades e fronteiras culturais na dinâmica sociocultural de fronteira. A pluralidade, a intersubjetividade e a ambiguidade das identidades que caracterizaram as situações de contato são observadas em base a referência histórico-geográfica do espaço da formação social rio-platense, com ênfase na região de tríplice fronteira Brasil – Argentina – Paraguai. Este simpósio temático reúne ainda estudos e pesquisas do conjunto das formas de organização social e de condutas coletivas voltadas para o cultural, o político e o econômico, resultantes da produção social do espaço na região oeste do Paraná. Nesta dimensão os estudos que visam construir um referencial multidisciplinar de elementos teórico-práticos para a compreensão da complexidade regional bem como a difusão das experiências socioeconômicas e culturais historicamente produzidas no espaço social do Oeste do Paraná também são contemplados.
      As comunicações deverão especificar os seguintes elementos: Proponente; Instituição a que se vincula; Título, Resumo (a ser publicado, com mínimo de 10 e máximo 15 de linhas, fonte Times New Roman 11, espaço simples, em arquivo do Word, contendo Objeto da Pesquisa; Problematização, Fontes e Metodologia e Conclusões); O resumo pode ser enviado por e-mail (o recebimento será acusado pela Comissão Organizadora).
      Cada comunicação pode ter, no máximo, três autores, desde que seja apresentado conjuntamente por ambos. O orientador não deve ser considerado como co-autor. É imprescindível que a apresentação do trabalho seja feita pelo(s) próprio(s) autor(es).
      Estudante de graduação poderá apresentar trabalho nas seguintes condições: 1) Trabalho de Conclusão de Curso ou monografia em vias de conclusão, identificando o orientador e com anuência deste; 2) Trabalho de Iniciação Científica em desenvolvimento, ou concluído há, no máximo, um ano, identificando o orientador; 3) Quando vinculado a projeto de pesquisa, como discente colaborador, identificando o projeto a que se vincula a comunicação e com anuência do coordenador do projeto. Não serão aceitas comunicações que não atendam os requisitos acima relacionados.
      O texto final deverá ser enviado para o e-mail do evento (iiisimposionacionalhistoria@yahoo.com.br) até 28/09/2010, contendo de 8 a 12 páginas, espaço 1,5, fonte Times New Roman 12, em arquivo do Word, notas e indicações bibliográficas de rodapé, sem bibliografia final. O trabalho será publicado no sítio eletrônico do evento e nos Anais em DVD-ROM.

      3. Proposição de Mini-Curso
      Os mini-cursos terão carga horária de 4 (quatro) horas/aula, com temática ligada à área do Simpósio, voltando-se, no que se refere à abordagem e constituição do programa, para a formação de estudantes e de profissionais que atuem no Ensino Fundamental e Médio. O (s) proponente(s) deverá(ão) ter, no mínimo Mestrado. Não serão aceitas propostas com mais de dois proponentes. A proposta deve conter: Ementa, Objetivos, Programa, Metodologia e Bibliografia (20 a 30 linhas, Times New Roman 11, espaço simples, arquivo do Word). Os ministrantes dos mini-cursos não serão financiados pela organização do evento.

      4. Programação
      TERÇA-FEIRA, dia 25/09/2012.
      18:00 – 19:30 – Inscrição e Credenciamento
      19:30 – Mesa Redonda
      QUARTA-FEIRA, dia 26/09/2012.
      8:00 – Conferência de abertura
      13:30 - Simpósios Temáticos
      19h30 – Mesa Redonda
      QUINTA-FEIRA, 27/09/2012.
      8:00 – Simpósios Temáticos
      13:30 – Mesa Redonda
      19:30 – Mini-curso
      SEXTA-FEIRA, 28/09/2012.
      8:00 – Mesa Redonda
      13:30 - Simpósios Temáticos
      19h30 – Conferência de Encerramento.

      5. Comissão Organizadora
      Prof. Dr. Nilceu Jacob Deitos (Coordenador); Prof. Dr. Antonio de Pádua Bosi; Profª. Drª. Aparecida Darc de Souza; Profa. Ms. Carla Cristina Nacke Conradi; Profª. Drª. Carla Luciana Souza da Silva; Prof. Ms. Danilo Ferreira da Fonseca; Prof. Dr. Davi Félix Schreiner; Profª. Ms. Édina Rautenberg; Prof. Dr. Fábio Ruela; Profª. Drª. Geni Rosa Duarte; Prof. Dr. Gilberto Grassi Calil; Profª. Drª. Ivonete Pereira; Prof. Ms. Luis Fernando Guimarães Zen; Prof. Dr. Márcio Antônio Both da Silva; Prof. Dr. Marcos Luís Ehrhardt; Prof. Dr. Marcos Nestor Stein; Prof. Ms. Marcos Vinicius Ribeiro; Profª. Ms. Maria José Castelano; Prof.ª Méri Frotscher Kramer; Prof. Ms. Osnir Pereira Barbosa;Prof. Dr. Paulo José Koling; Prof. Dr. Rinaldo José Varussa; Prof. Dr. Robson Laverdi; Profª. Drª. Sarah Iurkiv Gomes Tibes Ribeiro; Profª Selma Martins Duarte; Profª. Drª. Sheille Soares de Freitas; Profª. Drª. Terezinha Corrêa Lindino; Prof. Dr. Vagner José Moreira; Prof. Dr. Valdir Gregory. Acadêmicos: Daniele Brocardo; Kellin Caroline Schöne; Shaieny Philippsen Cardoso; Jeniffer Balen Sanches; Vânia Inocêncio; Marília Lauther; Luana Milani Pradela; Marcos da Silva de Oliveira; Guilherme Dotti Grando; Lúcio Fellini Tazinaffo; Mayara Regina Fagundes.



      6. Cronograma, Taxa de Inscrições e Contatos
      Cronograma
      Proposição de Comunicações e Mini-Cursos: de 02/07/2012 a 02/09/2012.
      Prazo limite de pagamento para inscrições de comunicações: 03/09/2012.
      Entrega do texto final: 28/09/2012 (por e-mail)
      Inscrição de ouvinte: 02/07/2012 a 25/09/2012.
      Divulgação dos aceites das comunicações: 14/09/2012.

      Taxas de Inscrições
      *Graduandos – (  ) ouvintes e mini-curso: R$ 10,00.
                               (  ) com apresentação de trabalho e mini-curso: R$20,00.
      *Professores do Ensino Superior, do Ensino Fundamental e Médio (Professores PDE), pós-graduandos e demais participantes; ouvintes ou com apresentação de trabalho e mini-cursos: R$ 20,00.
      Banco Itaú – Agência 2967 – C/C Nº 05315-4  Fundecamp
      A ficha de inscrição, em anexo, poderá ser preenchida e remetida por e-mail, mas é indispensável informar os dados do pagamento (data, valor e número do protocolo) e apresentar o comprovante original do pagamento no momento do credenciamento.

       Contatos: E-mail: iiisimposionacionalhistoria@yahoo.com.br – Fone: (45) 3284-7863
      Informações: http://www.unioeste.br/ [Unioeste Eventos]

      7. Promoção e Apoios
      Promoção: Colegiado do Curso de História; Programa de Pós-Graduação em História: Poder e Práticas Sociais.
      Apoios: CNPq / Fundação Araucária / Caixa Econômica Federal / UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon / Pró Reitoria de Extensão / Pró Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa / Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras (CCHEL) / Núcleo de Pesquisa e Documentação sobre o Oeste do Paraná (CEPEDAL) / FUNDECAMP / Laboratório de Ensino de História (LEH) / Centro Acadêmico Zumbi dos Palmares.
      AGRADECEMOS SE ESTA CHAMADA FOR DIVULGADA E
      ENCAMINHADA A POSSÍVEIS INTERESSADOS.


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      Atividade nos últimos dias:
          **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                          Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .

      domingo, 3 de junho de 2012

      Pesquisa analisa racismo na literatura de cordel

      Pesquisa analisa racismo na literatura de cordel

      Pesquisadora da Universidade Federal de Alagoas reflete sobre as questões étnico-raciais presentes na literatura

      Fonte: Assessoria / Ufal 01/06/2012
      Foto: Divulgação
      Crodel
      Cordel
      A literatura de cordel é muito difundida no Nordeste brasileiro e se consititui em um registro importante das manifestações da cultura popular. Como retrato das relações sociais, principalmente nas cidades menos urbanizadas, no início do século 20, esse tipo de literatura revela os traços do racismo presentes no cotidiano e nas narrativas dos nordestinos.
      Esse é o tema da pesquisa "Nordeste Brasileiro: A representação do Racismo à Brasileira dentro da Literatura de Cordel (1900-1950)", realizada pela aluna de especialização em História Social do Poder, Cinthia Roberta Santos. "Quero refletir sobre as questões étnico-raciais que estiveram presentes no processo de construção da identidade cultural de homens e mulheres sertanejos no início do século 20. Para tal análise, traçaremos um diálogo entre história e literatura, em que nos propomos a entender de que maneira o racismo à brasileira foi representado dentro da literatura de cordel", explica Cinthia.
      A pesquisadora está na fase de levantamentos do arcabouço teórico e do material de análise. "Partiremos da premissa que o preconceito racial ao modo brasileiro é uma representação da elite oligárquica, mas em muitos aspectos é compartilhado pelas classes populares e reproduzido por meio de suas relações cotidianas. Em um segundo momento, refletiremos sobre as formas de resistência, porque não temos dúvidas de que os textos populares, se por um lado reproduzem o discurso do dominador, por outro representam a resistência cultural de uma comunidade, bem como seu imaginário, expondo sua maneira de pensar, sua reação diante de problemas e acontecimentos sociais", destaca a historiadora.
      Cinthia Santos ressalta que o objetivo do projeto é compreender como esse discurso racista, presente na cultura dominante, é absorvido pelo povo e, desta forma, alimenta um imaginário social, no qual o indivíduo negro é visto como inferior. "Estamos analisando como os cordéis, impressos e cantados em feiras populares de várias cidades do Nordeste, definem a imagem do negro. Tambem queremos compreender, por meio da desconstrução dos discursos dos cordelistas do inicio do século 20, como a ideologia racista construída pelas ciências sociais do período circulou nos meios populares, e como foi apropriada por essa camada da população", detalha a pesquisadora.
      De acordo com a pesquisadora, o racismo presente nas elites brasileiras é declarado. Em várias circunstâncias, o racismo reproduzido pelas classes populares e até mesmo pelos negros, tem um efeito muito mais nocivo para a autoestima desta população. Por isso, a pesquisadora não quer apenas se deter sobre o problema, mas também avaliar as formas de superação. "Se, por um lado, estaremos atentos à acomodação desse discurso racista às falas populares, ao seu imaginário, por outro, procuraremos pelas resistências, pelas formas imaginativas pelas quais essa população buscou enfrentar os problemas raciais", pontua Cinthia.
      Análise do discurso
      Na primeira etada da pesquisa, Cinthia analisa o discurso dos autores como Heinrich Handelmann, Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, Pierre Danis, Romero Silvio, João Batista Lacerda, Nina Rodrigues, Arthur Ramos e Euclides da Cunha, Joaquim Nabuco, entre outros historiadores, romancistas e pesquisadores que retrataram esse período inicial do século 20 e foram observadores atentos das relações sociais e dos conflitos de poder, muitas vezes, embasando teoricamente o discurso de inferioridade da raça negra."De posse dessas análises, partiremos para o mapeamento das obras de literatura de cordel desse período, que em seus discursos deixaram vestígios de racismo. Ou seja, aqueles que na sua estrutura e composição estão inseridos o imaginário sobre o homem e a mulher negra, sobre sua cultura e valores", relata Cinthia sobre a pesquisa.
      A literatura de cordel é, ainda hoje, muito presente no cotidiano das classes populares do Sertão nordestino. Basta andar pelas feiras do interior do Estado para constatar que os versos ainda são vendidos em formas de pequenos livretos e muitas vezes também declamados para o público que circula na feira. As pessoas param, escutam, e gostam das narrativas. No período analisado pela pesquisadora, então, essa relação era ainda mais forte. Os cordéis eram praticamente a única forma de divulgar informações e acontecimentos que alcançava as camadas populares. "O período de 1900 a 1950 é um campo de pesquisa muito rico para a apreciação dos mecanismos de construção da ideologia racista e do seu processo de inclusão no imaginário popular", ressalta Cinthia Santos.
      Segundo a pesquisadora, essa forma de literatura circulou mais de um século apenas na forma oral. "Pela aceitação do cordel nas classes populares, ele é entendido por nós como um jogo de espelho, já que a profunda interação com o meio social registra muito bem os pensamentos, acontecimentos e preconceitos circulantes na época. Nesse sentido, o cordel nos ajudará a desconstruir, dentro das falas e do imaginário popular, o discurso linear e pacificador do mito da democracia racial, da cordialidade e da integração da sociedade brasileira, que escamotea as desigualdades sociais e étnico-raciais", critica a historiadora.
      Racismo disfarçado e cotas
      A pesquisadora ressalta que esse estudo é importante, principalmente porque no Brasil o racismo é "disfarçado". Numa sociedade mestiça, não se assume publicamente o preconceito racial, mas ele existe. "Trazer a discussão sobre o racismo à brasileira é desconstruir o discurso da cordialidade racial no Brasil. Questionamos como um País que se diz democrático, onde a maioria da população se declarou preta ou parda no último censo, ainda se perpetuam profundas desigualdades, já que essa maioria vive em extrema pobreza, com baixa escolaridade, com muitos desempregados, o maior contingente de presidiários. São as principais vítimas de homicídios e outros crimes violentos, além de terem uma expectativa de vida inferior à dos brancos. Portanto, é pertinente perguntar se o individuo negro tem lugar nessa sociedade contemporânea e por que ainda continuamos com o discurso da democracia racial?", critica a pesquisadora.
      Para Cinthia, a retomada da discussão dentro do ensino superior brasileiro sobre o racismo abre inúmeras questões sobre as relações étnico-raciais no Brasil. "Esse é um debate que estava silenciado quase que totalmente ao longo de todo o século 20. Entre tantas questões conflitivas, revela-se agora o quanto nossa classe acadêmica esteve inacessível à proposta de inclusão racial", pondera ela.
      A historiadora destaca ainda que a nossa Constituição coloca a discriminação racial como um crime inafiançável, mais um motivo pelo qual o racismo permanece disfarçado. "Nas rodas de amigos, falamos do horror ao racismo e admitimos publicamente que o Brasil é um país racista . Tal contradição indica que nosso racismo é velado e, nem por isso, menos perverso. Um exemplo é o questionamento contra as cotas raciais em universidades públicas para negros, que demonstra o medo das elites em perder a hegemonia dentro da sociedade brasileira", denuncia a pesquisadora
      Olhar sobre a própria história
      Além das motivações acadêmicas, Cinthia Santos tem uma trajetória pessoal que a estimula nessa pesquisa. Aluna da escola pública de Alagoas, ela passou por um ensino precário, com deficiências principalmente em matérias como Física e Matemática, porque faltavam professores. Quando terminou o ensino médio na escola Laura Dantas, no Cepa, em 2003, tentou fazer o vestibular para o curso de Ciências Sociais, mas foi reprovada. Como tantos jovens das classes populares, Cinthia desistiu de colocar o ensino superior como meta. "Tive que trabalhar, pois eu não tinha condição de pagar um cursinho e ficar me preparando para o vestibular; cheguei a pensar que universidade não era para mim. Passei de 2003 a 2006 trabalhando como camelô no Centro da cidade. Foi, quando surgiu o sistema de cotas, e o meu irmão, que fazia parte do movimento negro, me convenceu a fazer o vestibular novamente, dessa vez pela cotas", conta Cinthia.
      O estímulo do irmão, que passou no vestibular da Ufal, em 2005, no início do sistema de cotas, foi decisivo para Cinthia. "Sérgio sempre foi uma pessoa politizada e engajada no movimento. Ele foi minha principal inspiração, porque desde criança trabalhou e nunca desistiu de fazer universidade. Na minha família, ele foi o primeiro a cursar o ensino superior. Lembro que, na época em que ele fez o vestibular, a concorrência pelas cotas estava maior do que pelo sistema normal. Foi uma conquista de todos quando ele foi aprovado", narra a estudante universitária.
      No ano seguinte, em 2006, Cinthia fez o vestibular para História e foi aprovada. "Entrei na universidade, deixei de trabalhar no Centro como camelô. Logo no primeiro ano, consegui bolsa permanência e daí não parei, sempre tive bolsas, de Pibic, monitoria, bolsa trabalho. Tive boas notas, tirei 10 no meu TCC e colei grau ano passado. Passei na seleção para a especializaçõa em História Social do Poder, concorrendo com mais de cem inscritos, em que foram selecionadas 16 pessoas, e eu estou entre elas", diz orgulhosa a pesquisadora. "Acredito que o sistema de cotas é fundamental para ampliar o acesso à universidade, dando oportunidade a pessoas que, como eu, tiveram uma formação deficiente na escola pública", defende ela.
      Esta defesa das cotas e a participação do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab) pautam a vida acadêmica da pesquisadora. "As cotas são uma retratação do governo federal por séculos de discriminação com essa população negra, que estuda em escolas públicas com ensino precário e que por muito tempo foi excluída da sociedade. Quem conhece a história do Brasil, sabe que é impossivel ser contra essa política de inclusão social. Os discursos que vemos contra as cotas são claramente racistas e partem de uma elite que teme as mudanças que podem ser gestadas por uma classe popular educada e consciente", conclui Cinthia.


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