Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

domingo, 4 de setembro de 2011

** Matéria sobre o CAPÃO DO BISPO na Revista de História da BN.

 

CLARINDO
Amigos do Patrimônio Cultural
(21) 9765-6038 ou 2333-1390
 

Vamos nos queixar ao Bispo

Artigo de historiadora fala sobre a desocupação da centenária casa no subúrbio carioca que é uma das sedes do Instituto de Arqueologia Brasileira

Tífani Albuquerque
22/8/2011
  • Publicamos a participação de uma leitora que nos enviou artigo sobre um patrimônio localizado no subúrbio carioca. Você pode enviar também seu texto via História interativa, nossa área colaborativa. Lá, é possível contribuir com artigos, reportagens e textos em geral, de até 7 mil caracteres, além de imagens, que tenham ligação, direta ou indireta, com a história do Brasil e a historiografia - basta estar logado em nosso site (se você não tiver um login, se cadastre aqui). O texto abaixo teve tratamento editorial, com edição de formato e conteúdo, e o resultado passa pela aprovação do seu autor, que tem a responsabilidade por sua publicação.
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    Capão do Bispo em foto do Instituto de Arqueologia Brasileira - Centro de Estudos Arqueológicos Capão do Bispo - http://bit.ly/capaodobispo
    Capão do Bispo em foto do Instituto de Arqueologia Brasileira - Centro de Estudos Arqueológicos Capão do Bispo - http://bit.ly/capaodobispo
      
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  • A Casa do Capão do Bispo, em Del Castilho, subúrbio do Rio de Janeiro, é uma importante edificação do século XVII onde funcionam laboratórios do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), biblioteca e, até recentemente, uma exposição de peças arqueológicas. A construção imponente, entre toda a modernidade que a cerca, mantém a história viva entre objetos e pesquisadores que nela trabalham. 
     
    Ali funciona o Centro de Estudos Arqueológicos, que tem em seu acervo ossadas inteiras localizadas entre as regiões do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além disso, há urnas funerárias em cerâmica de diversas regiões brasileiras, mas principalmente do estado do Rio, peças esculpidas em pedra (lâminas de machado, batedores, polidores e etc.) por habitantes das terras que hoje são o Brasil, e lasca de pedras recolhidas em sítios arqueológicos. Ainda possuem cerâmicas (de diferentes tradições), materiais líticos (instrumentos feitos em rochas), malacológicos (conchas), ósseos e poucos vegetais (madeiras, frutos, etc.). Do material mais recente, há cerâmica neobrasileira (indígena, com influência europeia, como um cachimbo de tribo indígena de aproximadamente 900 anos) cerâmica colonial, grés (a garrafa e o tinteiro, por exemplo), louça, metal e vidraria. Também possuem milhares de reproduções de painéis de arte rupestre (pinturas feitas nas paredes de cavernas) e inúmeros exemplares de ossos humanos (encontrados em sepultamentos, durante as pesquisas). Para dimensionar o trabalho do IAB, apenas de um sítio que a equipe trabalha no Espírito Santo foram analisados 26 mil cacos de cerâmica. Entre as milhares de peças, há artefatos que vão de 8 mil anos de idade até objetos que datam do final do século XIX.
    Recentemente os profissionais do IAB, depois de 37 anos ocupando o casarão tombado pelo Instituto Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), foram notificados, sem maiores explicações, que deveriam sair da propriedade.
    O Capão do Bispo é uma das mais antigas propriedades rurais do estado do Rio de Janeiro e sua casa, sede da fazenda, é o que sobrou da sesmaria doada por Estácio de Sá aos Jesuítas. A concessão foi confirmada pela Corte de Lisboa em 10 de julho de 1565 e abrangia as freguesias de Inhaúma, Engenho Velho, Engenho Novo e São Cristóvão. Com uma área de duas léguas de testada e duas de fundo (13.200 metros X 13.200 metros). A propriedade começava no Vale do Catumbi, junto ao Rio dos Coqueiros, hoje Rio Comprido, que servia como divisa natural desde a nascente até desaguar no mangue da Cidade Nova, e seguia pelo litoral, atravessando a bica dos Marinheiros, São Cristóvão e Benfica até a Tapera de Inhaúma, rumo noroeste para o sertão, rumo sudoeste nas áreas férteis e saudáveis dos terrenos do Engenho Velho, Andaraí e Engenho Novo entre outros.
    A fazenda ficava na planície suburbana com diversos vales ligeiramente acidentados por baixas colinas, próximos ao Rio Jacaré, Faria e Timbó. Foi confiscada dos jesuítas em 1759, passando à Coroa, e depois leiloada, a partir de 1761. Um dos compradores foi o bispo D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas de Castelo Branco, que regeu a diocese fluminense de 1774 a 1805, e ergueu a casa grande da fazenda num capão sobre um outeiro de 20 metros de altura. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco foi quem introduziu as mudas de café no estado, além de ser o primeiro bispo nascido no Rio de Janeiro.
    Sua mãe, dona Ana Teodora Ramos de Mascarenhas Castelo Branco, gozou das atribuições de conselheira privada e suprema nos assuntos ligados ou não à diocese. Ela exercia forte influência política no período, e foi graças a ela que seu filho conseguiu tornar-se bispo da cidade. Por isso a expressão "vá queixar-se à mãe do Bispo" tornou-se muito popular como sinônimo de tentar alcançar determinado fim indo pedir ajuda de alguém influente. Na década de 1980, Ana Teodora recebeu uma singela homenagem, do decorador paulista Júlio Senna. Ele nomeou o platô natural, onde morava, situado na Pedra da Urca, de "Largo da Mãe do Bispo". Em 1989, o jornalista e crítico musical Ricardo Cravo Albin adquiriu o imóvel e manteve o nome. No ano de 2001, o "Largo da Mãe do Bispo" foi incorporado ao recém-criado Instituto Cultural Cravo Albin e passou a receber diversos eventos musicais. Outra curiosidade é que a Rua do Bispo, no Rio Comprido, deve-se a este mesmo clérigo que estamos tratando.
    Mas o bispo morreu em 28 de janeiro de 1805 quando a propriedade passou ao seu sobrinho Jacinto Mascarenhas Furtado de Mendonça. De 1862 a 1868 a casa grande foi repassada por escritura a Joaquim José Palhares Malafaia e a Domingos José de Abreu. Em 1914, foi vendida a Francisca Carolina de Mendonça Ziéze e depois a Joaquim Alves Maurício de Oliveira, dono até 1929, passando à Clara Ziéze de Oliveira. A 18 de setembro de 1937 passou para Simão Daim e em 1947 estava em nome de Jacob Armin Frey. Esses levantamentos foram feitos pelo historiador Noronha Santos (1876-1954).
    Em 30 de agosto de 1947, foi tombada pelo Iphan, com Florentino M. Guimarães responsável pelo canteiro de obras e coordenando o levantamento arquitetônico. Desapropriada em 1961 e passando ao governo do estado da Guanabara, sendo a emissão de posse dada em 1969. Nas décadas de 50 e 60 foi invadida por 30 famílias que fizeram do patrimônio histórico uma cabeça-de-porco chegando a estar ameaçada de desabar. Edgard Jacinto da Silva, arquiteto do Iphan, fez um trabalho de restauração na sede que durou dois anos, de 1973 até 1975, e instalado um Museu Rural e Centro de Estudos Arqueológicos, do IAB, que funciona lá até a presente data, agora com risco de ter que sair do local.
    A Casa do Bispo funciona como um arquivo de informações vindas dos laboratórios e, também, como núcleo de dados e assistência às demais fases de trabalho de reconstituição pré-histórica. Fazem parte do acervo livros técnicos sobre arqueologia, história, biologia e outras áreas afins. Constam ainda mapas de diversos períodos e regiões brasileiras. O Instituto de Arqueologia Brasileira possui mais de 2 mil publicações, subdividas da seguinte forma: a) Documentação de Periódicos (arquivo) b) Biblioteca; c) Mapoteca Documentação Fotográfica - Acervo fotográfico de pesquisa de campo e de laboratório (durante e após a recuperação da peça). É formada de slides (em preto e branco e colorido). Todas as fotos são fichadas e catalogadas de acordo com a prospecção, escavação, ano e local.
    O IAB é uma das mais tradicionais instituições de pesquisas arqueológicas no Brasil, pioneiro na luta pela preservação cultural do país. Criado em 1961, o instituto é presidido por Ondemar Dias, um dos mais renomados arqueólogos do país. A instituição presta serviços de arqueologia a instituições públicas e tem estado à frente das mais importantes descobertas registradas nos últimos 20 anos no Rio. Entre elas, a de uma paliçada (espécie de cerca que constituía uma fortificação), achada em 2007, no subsolo da igreja de Nossa Senhora do Carmo, na Praça XV, no Centro do Rio, a primeira prova material da presença europeia no Rio antes mesmo da fundação da cidade, em 1565.
    O IAB tem grande importância, ainda maior nesse caso por estar inserida em uma região tão urbanizada, com comunidades com pouco acesso ao patrimônio histórico. Qual uso poderia ser melhor para uma edificação que é patrimônio histórico, do que uma instituição que lida com ele como seu objeto de trabalho? Quem estaria mais apto a cuidar da edificação com o carinho e respeito que ela merece, do que aqueles que fazem disso sua profissão? Além disso, o IAB, que também funciona como um centro cultural, já que recebe estudantes e visitas guiadas, não pode apenas mudar de sede e deixar uma construção tombada e rica em sua história fechada ao acesso ao público.
    O Capão do Bispo tem sua imagem indelevelmente associada às importantes ações do IAB em prol da arqueologia brasileira, associação esta impressa na memória da história do desenvolvimento da arqueologia no Brasil. Nada mais condizente, portanto, para um lugar de memória, que continuar essa histórica associação com o IAB.
    Tífani Albuquerque é historiadora pela UFRJ. Trabalha com Pesquisa em Acervo e Projetos Culturais no "Jornal do Commercio", e, colaboradora da "Folha do Comércio".
www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/vamos-nos-queixar-ao-bispo

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    ** 1961: A Grande Oportunidade Perdida - Pravda.Ru

     

    Pravda.ru

    1961: A Grande Oportunidade Perdida

    30.08.2011

    Mário Maestri*

    1961: A Grande Oportunidade Perdida. 15493.jpeg

    Em fins de 1959, o candidato paulista conservador Jânio Quadros venceu as eleições presidenciais, com 48% dos sufrágios, apoiado na imagem demagógica de batalhador contra a corrupção e a ineficiência administrativa. Seu apoliticismo moralizador expressava-se na "vassoura" que varreria a corrupção, como símbolo, e na consigna da campanha "Jânio vem aí", que nada dizia.
    O projeto político de Jânio Quadros era liberal: controle ortodoxo da inflação; abertura ao capital mundial; repressão ao sindicalismo. Para se aproximar do eleitor nacionalista e popular, não defendeu a internacionalização da Petrobrás e propôs política externa independente.
    O marechal Lott, candidato da aliança PDS-PTB, nacionalista e progressista, sem charme e sem experiência política, foi facilmente derrotado. Porém, o eleitorado que consagrou Jânio, designou a trabalhista João Goulart, vice na chapa de Lott, para vice-presidente, como permitia a legislação.
    Jânio Quadros empossou ministério conservadora apoiado na UDN e empreendeu a estabilização ortodoxa exigido pelo FMI - forte desvalorização da moeda; abertura ao capital estrangeiro; redução dos subsídios da gasolina, do pão, do petróleo etc.; congelamento de salários e crédito. O FMI suspendeu o bloqueio em que mantivera o final do governo JK para que pagasse a dívida com o capital internacional.
    Jânio Quadros reduziu as promessas de modernização administrativa e de combate à corrupção a uma infinidade de instruções anódinas, aplicadas através dos "bilhetes" presidenciais, e a inquéritos midiatizados, de poucos resultados, dirigidos contra o PDS e PTB derrotados e João Goulart, seu substituto constitucional. Também para contrabalançar o conservadorismo interno, propôs política externa equilibrada entre os USA, a Europa, o Bloco Soviético. Visitara Cuba revolucionária e o Egito nacionalista e propunha reatar relações com a URSS e a China.
    Ninguém Me Quer!
    Jânio Quadros viu seu apoio esvaziar-se entre os empresários nacionais, sem créditos; entre os trabalhadores e a população, divido ao arrocho salarial e à inflação;  entre os militares, pela política terceiro-mundista; entre o PDS e PDT, pela faxina unilateral; na sua base de apoio, UDN, por seu voluntarismo e independência. Em julho, Carlos Lacerda, da UDN, iniciou campanha anti-janista, apoiada no ataque à condecoração de Che Guevara. Em 24 de agosto, denunciou pela rádio convite do ministro da Justiça de Jânio para que participasse de golpe de Estado, de corte gaullista
     No dia seguinte, 25 de agosto, aniversário do suicídio de Vargas, pela manhã, Jânio Quadros entregou carta de renúncia aos ministros militares, denunciando "forças ocultas" que exigiriam poderes extraordinários. Esperava retornar à presidência, com poderes excepcionais, apoiado nas forças armadas, no bojo de explosão de indignação popular, ao igual à que varrera o país quando da morte Getúlio Vargas.  O grande destinatária da renúncia era o ministro da Guerra, Odílio Denys, anti-trabalhista e pró-estadunidense. Jânio Quadros confiava que vetaria a posse de Jango, em viagem oficial à China comunista.
    Nos oito meses de governo, Jânio Quadro fora personagem imprevisível, inábil, depressivo, dado a bebedeiras. Sua orientação terceiro-mundista e a recente abertura ao desenvolvimentismo, devido às pressões do capital industrial nacional, levaram a que os generais e a UDN desconfiassem das suas intenções e capacidades pessoais, retirando o apoio à sua iniciativa golpista.
    Os militares não chamaram o presidente de volta à Brasília. Entregaram a carta de renúncia ao presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, junto ao veto militar à posse do vice-presidente. Às 15 horas do dia 25 de agosto, a declaração de renúncia foi lida diante de alguns poucos e perplexos congressistas e, a seguir, Mazzilli assumiu a chefia formal da República, e os três ministros militares apossaram-se do poder. Era o golpe em marcha, conduzido pela alta oficialidade das forças armadas, com arremedo de respeito à constitucionalidade.
    Jânio Quadros viajou para São Paulo, seu reduto eleitoral, onde pode dimensionar sua abismal inabilidade e falta de apoio social sólido. Fora rejeitado pelos generais e pela população, que não deu um passo em sua direção e defesa. Retornaria mais tarde à vida política paulista, sem poder justificar sua ação, sem desvelar o projeto golpista. Sintetizaria a renuncia em frase célebre pela impertinência política e gramatical: "- Fi-lo porque qui-lo."
     A Resposta Inesperada
    Com o veto ao vice-presidente João Goulart, os altos chefes militares procuraram abrir caminho para governo conservador, autoritário e mais confiável, sem Jânio Quadros, promovendo a liquidação definitiva do populismo nacional-desenvolvimentismo. A tentativa golpista - apoiada pelo imperialismo e pelas classes proprietárias, sob a direção da grande burguesia industrial - foi vergada devido à mobilização popular e militar do Rio Grande do Sul, que se espraiou para o Brasil, ensejada pela oposição do jovem governador do Rio Grande do Sul.
     Imediatamente após o pronunciamento militar, desde estúdio improvisado nos porões do palácio Piratini, Leonel Brizola organizou rede radiofônica - Cadeia da Legalidade - que cobriu, primeiro o Sul e, a seguir, parte do Brasil, conclamando a população à resistência armada em defesa da Constituição, se preciso fosse. Tropas da Brigada Militar entrincheiraram-se nas cercanias do palácio Piratini e metralhadoras anti-aéreas foram colocadas nos terraços dos edifícios que cercavam a casa do governo, à espera do ataque do Exército e da Aeronáutica.
    No contexto da crescente mobilização popular, a ordem do comando da Aeronáutica de que caças bombardeassem palácio Piratini foi impedida devido ao controle da Base Aérea de Canoas por sargentos e oficiais constitucionalistas, nacionalista e de esquerda. O ataque do palácio Piratini por tanques M-3 da II Companhia Mecanizada da Serraria não prosperou devido à decisão da Brigada Militar de resistir ao ataque e à oposição de boa parte da sub-oficialidade daquela arma.  Quebrando a disciplina golpista, sob a direção sobretudo de sub-oficiais nacionalistas, parte da tropa das forças armadas colocava-se ao lado da Constituição, da população e dos trabalhadores. Os senhores generais começaram a baixar a crista.
     Armas para o Povo
    Nos dias seguintes, em Porto Alegre, mais de trinta mil populares arrolaram-se como voluntários para os combates e revólveres foram distribuídos à população. A adesão ao constitucionalismo dos generais Pery Bevilaqua, comandante da III Divisão de Infantaria, de Santa Maria, e Oromar Osório, da I Divisão de Cavalaria, de Santiago, determinou o pronunciamento do vacilante comandante do III Exército, no dia 28 de agosto, em favor da Constituição. Tropas da Brigada e do Exército organizaram a defesa das fronteiras do Rio Grande, enquanto a agitação constitucionalista de Leonel Brizola espalhava-se pelo Brasil, fazendo o golpismo militar e civil retroceder, cada vez mais frágil e confuso. Coluna militar partiu do Rio Grande, em caminhões e trens, e entrou em Santa Catarina, em direção ao Paraná.
    Em 3 de setembro, o vice-presidente João Goulart desembarcou em Porto Alegre, chegado de Montevidéu, de volta ao Brasil, de onde seguiu para o Rio de Janeiro, para assumir, em 7 de setembro, a cadeira presidencial vacante, com os poderes restringidos devido à instauração do parlamentarismo pelo Congresso Nacional, que se colocara, em forma majoritária, ao lado do golpismo.
    O governador Leonel Brizola opôs-se inutilmente à solução parlamentarista aceita por João Goulart, que significava recuo diante das forças golpistas acurraladas pela crescente mobilização popular e fratura indiscutível das forças armadas. O governador sulino propunha respeito à Constituição e, portanto, novas eleições, após a destituição dos ministros militares e dissolução do Congresso comprometido com o golpismo. Esperava confiante uma vitoria popular maciça nas urnas.
    A aceitação da solução parlamentarista por Goulart interrompeu o confronto político e social, quando o golpismo retrocedia. Em 1961, há cinqüenta anos, a leniência de João Goulart e dos segmentos sociais que representava desmobilizaram a população e abriram caminho à vitória do golpe de 1964. No poder durante vinte anos, em nome sobretudo do grande capital industrial, os militares imporiam à população perda de conquistas históricas e reformatação das instituições do país que mantém suas seqüelas fundamentais até hoje.
    •  Mário Maestri, 63, professor do curso e do Programa de Pós-Graduação em História da UPF. E-mail: maestri@via-rs.net
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      sexta-feira, 2 de setembro de 2011

      ** Estudo revela espionagem norte-americana no Brasil

      Estudo revela espionagem norte-americana no Brasil
      Documento da Embaixada Americana com informações sobre o Brasil
       
      A análise de cerca de 9 mil documentos do Departamento de Estado norte-americano permitiu ao professor Eduardo José Afonso encontrar provas da presença de lideranças sindicais norte-americanas no Brasil junto às lideranças locais, durante o segundo mandato de Getúlio Vargas. Eram os adidos trabalhistas, que foram enviados ao Brasil para descentralizar o operariado das mãos do governo da época. Em pesquisa de doutorado realizada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Afonso analisou a ação dos adidos trabalhistas norte-americanos e ingleses no Brasil, entre 1943 e 1952. “A vinda dessas lideranças foi uma tentativa de “fazer a cabeça” dos brasileiros para a busca da desvinculação de sua atuação do Estado”, afirma.
      O pesquisador descreve os adidos trabalhistas como pessoas que não pertencem ao quadro diplomático de determinado país, mas servem junto à estes órgãos representando interesses específicos, como o adido militar e o adido cultural, por exemplo. Quando Roosevelt assumiu a presidência dos Estados Unidos, em 1933, colocou os adidos trabalhistas para se inteirarem da movimentação sindical ao redor do mundo, que tinha fios ideológicos ligados a esquerda proposta pelos soviéticos. “Mesmo sabendo da contraposição que ia sofrer, Vargas não pôde se indispor à presença dos grupos, pois estes se apresentavam oficialmente como membros da embaixada norte-americana no Brasil”, revela Afonso. Segundo o professor, as lideranças norte-americanas queriam criar uma grande central sindical mundial, a qual comandariam.

      Foram analisados cerca de 9 mil documentos do governo americano
      Atenção redobrada
       
      No segundo mandato de Vargas, a atenção dos adidos trabalhistas no Brasil foi redobrada, pois o Departamento de Estado sabia que sua liderança ia de encontro com o desejado pelos EUA para o Brasil, bem como para a América Latina toda. Os documentos comprovam que, logo após o final da Segunda Guerra, eles mudam de tom e voltam a ver todo o resto do continente americano como um fornecedor de matérias-primas e uma possibilidade para expansão de mercado. Ainda assim, Afonso diz não ter encontrado nos documentos uma comprovação oficial de que os Estados Unidos articularam um boicote ao governo Vargas.
      Segundo Afonso, o programa dos adidos trabalhistas foi criado depois da Crise de 1929 para que o Departamento de Estado tivesse um maior controle sobre a situação de suas empresas no exterior. “O Departamento de Estado é um braço do modelo econômico”, diz. À época, as motivações para as ações se davam para impedir a organização do corpo de funcionários de empresas norte-americanas ao redor do mundo, que possivelmente atuariam em greves, passeatas e ações contra seus empregadores.
      A ideia para a pesquisa surgiu durante a elaboração de seu mestrado, sobre a presença do partido comunista na Assembleia Legistativa de São Paulo, quando encontrou documentos norte-americanos secretos que apresentavam um pretendido controle sobre o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Eles eram camuflados por interesses dos Estados Unidos no Brasil no período da Segunda Guerra e no pós-guerra. Naquela ocasião, o movimento sindical ao redor do mundo era preocupante, pois recebia o apoio da União Soviética. Além de o Brasil ser um mercado em expansão e cabia aos EUA garantir que suas empresas dominassem o parque industrial que viria em seguida.
      Período nos EUA
      Foram cinco meses nos Estados Unidos analisando documentos antes arquivados como secretos ou de circulação restrita. O selo “TOP SECRET” sobre as caixas que guardavam os documentos tinha sido riscado e sobre ele posto um novo selo “Desclassified”, ou seja, o Estado não julgava mais aquilo como secreto, apenas como uma parte da política externa do passado do país. O acesso aos documentos é irrestrito, inclusive para estrangeiros. Contudo, as perguntas sobre o desenrolar da pesquisa foram muitas e minuciosas.
      Afonso diz ter se surpreendido com os dados encontrados em sua pesquisa por se deparar com uma enorme logística voltada para a espionagem e tentativa de doutrinação. A abertura e análise de documentos antes secretos facilita a compreensão de uma época marcada e movida por divergências entre potências de ideologias antagônicas, além de tirar do campo das hipóteses a noção de que os Estados Unidos tinham, deveras, um controle sobre tudo o que estava dentro do seu campo de interesse nas relações exteriores.
      Mais informações: email tchorla@gmail.com

      ** História singular


      Estudando trajetória da atriz Eliane Lage, mito do cinema na década de 1950, pesquisadora da Unicamp levanta documentação inédita sobre história da Companhia Vera Cruz. Resultado está em livro
       

      História singular

      31/08/2011
      Por Fábio de Castro
      Fonte: Agência FAPESP – Uma pesquisa sobre a trajetória singular da atriz franco-brasileira Eliane Lage – mito do cinema brasileiro na década de 1950 – acabou revelando perspectivas inéditas a respeito da história da Companhia Cinematográfica Vera Cruz.
      O estúdio, inaugurado em 1949, representou uma controversa tentativa de industrialização do cinema paulista e marcou época em seus meteóricos quatro anos de existência.
      O resultado do trabalho, realizado pela historiadora e documentarista Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, pode ser conferido no livro Yes nós temos bananas – Cinema industrial paulista: a Companhia cinematográfica Vera Cruz, atrizes de cinema e Eliane Lage, que será lançado no dia 26 de setembro, em São Paulo. A obra teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações. Maciel co-dirigiu o documentário Eliane (2002) com o cineasta Caco Souza, sobre a atriz.
      O lançamento contará com a presença da própria Eliane Lage, que completou 83 anos em julho. Comparada a estrelas como Greta Garbo e Ingrid Bergman, Lage nunca desejou ser atriz e abandonou a carreira artística após seu quinto filme, Ravina, ainda em 1958, no auge da beleza física. Avessa a entrevistas, ela vive no interior do Goiás.
      De acordo com Maciel, que atualmente realiza pós-doutorado com Bolsa da FAPESP, o livro tem três temas principais: o cinema industrial pioneiro da Vera Cruz, as atrizes do cinema brasileiro e mundial na década de 1950 e a trajetória de Lage.
      “Meu foco principal no estudo era o itinerário de Eliane Lage. Mas sua história como atriz estava estreitamente ligada à Vera Cruz e precisei me aprofundar na história da companhia muito mais do que poderia imaginar”, disse à Agência FAPESP.
      Segundo Maciel, ao mergulhar na história da Vera Cruz, ela se deparou com uma documentação inédita que permitiu estabelecer novas interpretações sobre o significado dessa ousada proposta de cinema industrial paulista. Segundo ela, os estúdios fundados pelo produtor Franco Zampari e pelo industrial Ciccillo Matarazzo, foram vistos durante muito tempo como “uma aventura irresponsável e amadora de grã-finos”.
      “Durante muito tempo eles foram atacados impiedosamente, especialmente por Glauber Rocha na década de 1960. O legado da Vera Cruz, no entanto, nunca foi pensado com o respeito merecido. Afinal, eles conseguiram iniciar uma produção que, imaginava-se, seria o início do cinema industrial brasileiro – que não existe até hoje”,
      Os estúdios chegaram a produzir 18 longas metragens em apenas quatro anos de existência. Essa falência precoce intrigou a pesquisadora, que resolveu pesquisar em fontes primárias que permitissem compreender o fracasso da Vera Cruz.
      “Fui atrás da documentação da própria companhia, incluindo seus registros contábeis, que permitiram compreender a dinâmica dos empréstimos os prejuízos. Procurei fazer a análise a partir de dados concretos. Além disso, colhi mais de 30 depoimentos de pessoas que haviam trabalhado nos estúdios e que ainda estavam vivas – técnicos, atores e atrizes”, disse Maciel.
      A pesquisadora concluiu que não havia uma explicação única para a decadência da Vera Cruz. No entanto, foi possível concluir que as principais críticas feitas à iniciativa, classificando-a como uma aventura inconsequente, eram um julgamento tendencioso.
      “Ao contrário do que se disse por muitos anos, eles sabiam muito bem o que estavam fazendo. Infelizmente muitos fatores levaram o empreendimento a não se sustentar financeiramente”, disse.
      Os criadores da Vera Cruz, segundo Maciel, almejavam o mercado internacional. Prova idsso era seu slogan: “Do planalto abençoado para as terras do mundo”. Mas isso não aconteceu. Pesquisando na documentação da companhia, a historiadora descobriu que depois da falência da empresa, os filmes passaram a gerar lucros para estúdios norte-americanos.
      “Os filmes da Vera Cruz eram distribuídos pela Columbia e pela Universal, que tinham enorme interesse no mercado brasileiro. Além do alto custo da construção dos estúdios, a companhia teve que lidar com os gastos de produção dos filmes, que demoravam a se pagar com a bilheteria. Depois da falência, porém, os filmes passaram a render para os estúdios norte-americanos em salas do exterior”, contou.
      Estrelas do período
      Segundo Maciel, a trajetória da Vera Cruz é coerente com um padrão típico do cinema brasileiro: a necessidade de recomeçar incessantemente. “O cinema brasileiro sempre foi feito de surtos. Enquanto nos Estados Unidos há uma continuidade na trajetória dos estúdios, mesmo quando a indústria passa por crises, o cinema brasileiro já foi fundado inúmeras vezes”, disse.
      O livro apresenta ainda imagens inéditas de cenas de filmes e reproduções de documentos considerados importantes pela autora. “Não é fácil encontrara documentação sobre a Vera Cruz. A ideia é que o livro forneça uma referência para quem queira se aprofundar no tema”, disse a autora.
      Em um segundo momento da obra, ela trata das estrelas de cinema que apareceram durante o período. “É impressionante constatar que o Brasil tentou estabelecer um sistema de grandes estrelas do qual não restou quase nenhum vestígio. Folheando as revistas da época, ficamos espantados ao perceber que não temos ideia de quem seja 95% das atrizes que aparecem. Nesse sentido também encaramos a ausência de continuidade”, disse.
      De acordo com Maciel, Eliane Lage, importantíssima nesse contexto, jamais desejou ser atriz. Avessa aos holofotes, havia realizado trabalhos sociais na favela Dona Marta, no Rio de Janeiro e voltava de uma experiência na Europa, onde trabalhou com crianças carentes, quando teve seu destino transformado em um almoço na casa de Matarazzo e Yolanda Penteado. Ali, conheceu o diretor argentino Tom Payne, com quem se casaria em 1951.
      “Payne a convidou para um teste para o filme Caiçara, o primeiro da Vera Cruz. Mas ela sempre alegou que se tornou uma estrela por acaso. Essa tinha uma postura de negação do cinema me chamou a atenção. Era uma pessoa muito ligada à terra, que morava em um sítio sem luz elétrica e estava completamente fora dos padrões do meio artístico. Sua carreira triunfal, iniciada já como protagonista de um filme, era inteiramente incomum”, afirmou.
      Eliane Lage fez quatro filmes pela Vera Cruz: Caiçara (1950), dirigido por Adolfo Celi, e Ângela (1951), Terra é sempre terra (1952) e Sinhá Moça (1953), todos com direção de Tom Payne, marido da atriz. Depois de alguns anos, a atriz estrelou Ravina (1958), dirigido por Rubem Biáfora, quando a Companhia Vera Cruz já havia falido.
      • Yes nós temos bananas – Cinema industrial paulista: a Companhia cinematográfica Vera Cruz, atrizes de cinema e Eliane Lage
        Autor: Ana Carolina de Moura Delfim Maciel
        Lançamento: 2011
        Preço: R$ 72
        Páginas: 376
        Mais informações: www.alamedaeditorial.com.br

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      ** Entidades da Umbanda refletem história cultural brasileira

       


      Entidades da Umbanda refletem história cultural brasileira

      Médiuns durante ritual no Terreiro 
      de Umbanda Pai José do Rosário

      A história cultural brasileira pode ser aprendida e apreendida não apenas em livros de História, mas também em Terreiros de Umbanda espalhados por todo o País. Essa afirmação é um reflexo de estudos sobre a Umbanda realizados no Laboratório de Etnopsicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, que é coordenado pelo professor José F. Miguel H. Bairrão. “A religião é  concebida dentro do caldeirão cultural brasileiro congregando elementos do espiritismo, catolicismo, tradições indígenas e das religiões de origem africana”, descreve o pesquisador Rafael de Nuzzi Dias.
      No estudo denominado Correntes ancestrais: os pretos-velhos do Rosário, Rafael reforça a ideia da antropóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Maria Helena Villas-Boas Concone, de que a Umbanda é formada por personagens retirados da experiência histórica e da memória coletiva brasileira. Como, por exemplo, o preto-velho e o caboclo.
      “O preto-velho umbandista é associado aos escravos do Brasil pré-colonial e apresenta-se como ancestral afro-brasileiro, assim como o caboclo está relacionado com os indígenas e os baianos com os migrantes nordestinos”, afirma o pesquisador. “Essas entidades rememoram a cultura e a história (afro) brasileira por intermédio de alguns de seus personagens mais marcantes”, ressalta.
      Universo Simbólico dos Pretos-Velhos
      O estudo de Rafael Dias debruça-se especificamente sobre o preto-velho, entidade espiritual construída a partir da referência simbólica dos negros, ancestrais afro-brasileiros, trazidos da África para serem escravizados em terras brasileiras.
      Em suma, são entidades que remetem à ascendência africana de grande parte do povo brasileiro, e que uma vez “abrasileiradas” trazem em seus ritos e performances a marca de uma forte herança católica. “O preto-velho é a entidade espiritual da umbanda que mais herdou e carrega elementos católicos, como a cruz, o rosário, os terços e suas orações”, afirma Dias.
      Segundo o pesquisador, a influência católica é tão presente sobre os pretos-velhos, que eles, muitas vezes, se revelam como uma espécie de metáfora afro-brasileira do próprio Jesus Cristo, bastião do catolicismo. “Todos eles trazem uma marca de sofrimento ou de sacrifício e deixam a seus devotos a mensagem de que é possível elevar-se espiritualmente a partir do sofrimento, coerentemente com a lógica cristã”.
      Para Dias, essa memória coletiva do período escravocrata brasileiro, presente nas marcas, narrativas e performances dos pretos-velhos, funciona como recurso simbólico para a resolução de conflitos subjetivos (individuais e coletivos) dos fiéis que os incorporam ou que com eles se consultam. “Os pretos-velhos agem na conciliação do homem com seu próprio inconsciente. Integrando marcas de filiação e pertencimento contidas na tradição e na cultura. Com isso, eles convocam a pessoa a assumir seus direitos e deveres enquanto elo de uma corrente ancestral”, afirma.
      De acordo com o autor, isso é possível porque os conflitos e tensões psicológicas das pessoas são, em última instância, de natureza social e histórica, ou seja, também são permeadas pela cultura e pela tradição de seu povo.
      Método
      Para validar suas conclusões, a pesquisa de campo foi desenvolvida em quatro terreiros de umbanda da região de Ribeirão Preto, São Paulo, todos distintos e independentes entre si. Dentre os quatro terreiros, o Terreiro de Umbanda Pai José do Rosário — onde houve um trabalho de imersão de três anos — foi escolhido como caso-modelo para a apresentação dos resultados do estudo.
      A obtenção dos dados se deu por meio de entrevistas semiabertas e da escuta participante, uma união dos métodos e instrumentos da observação participante, da antropologia, com a escuta psicanalítica lacaniana. “Num certo sentido, o objetivo do estudo foi aplicar, de forma não reducionista, os potencias práticos das ferramentas da clínica analítica nos terreiros. Como exemplo dessas ferramentas estão a transferência e a atenção ao sujeito do inconsciente, no contexto da Umbanda. Ou seja, em um contexto de um fenômeno social”, explica Dias.
      Mais informações: email rafaelndias@hotmail.com







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      Atividade nos últimos dias:
          **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                          Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
       
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      quinta-feira, 1 de setembro de 2011

      ** Novo número da Revista de Sociologia e Política disponível

       

      Caros colegas:

      Encontra-se disponível para consulta e leitura o mais recente número da Revista de Sociologia e Política. A presente edição tem como destaques um dossiê sobre Teoria Política e a tradução do artigo de Lawrence Stone "Prosopografia"; além disso, há as seções de artigos variados e de ensaios bibliográficos.

      A todos, boas leituras!

      Cordialmente,

      Gustavo Biscaia de Lacerda
      Editor-Executivo
      Revista de Sociologia e Política


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      Revista de Sociologia e Política
      versão impressa ISSN 0104-4478

      Sumário
      Rev. Sociol. Polit. vol.19 no.39 Curitiba jun. 2011
      Editorial


              · texto em Português     · pdf em Português
       Dossiê Teoria Política entre Normatividade e História
      ·  Apresentação


              · texto em Português     · pdf em Português
      ·  Teoria Políticaum balanço provisório
      Amadeo, Javier

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  Republicanismo neo-romano e democracia contestatória
      Silva, Ricardo

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  Os usos ambíguos do argumento do conflito em Maquiavel e Aristóteles
      Magalhães, Raul Francisco

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  Considerações acerca da noção de razão pública no debate Rawls-Habermas
      Kritsch, RaquelSilva, André Luiz da

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  A crítica de Charles Taylor ao naturalismo na Ciência Política
      Losso, Tiago

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  Governança democráticauma genealogia
      Bevir, Mark

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
       Texto Fundamental
      ·  Texto fundamental prosopografia
      Stone, Lawrence

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
       Artigos
      ·  A teoria do desenvolvimento político e a questão da ordem e da estabilidade
      Mello, Natália Nóbrega de

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  Contribuições da análise de redes sociais às teorias de movimentos sociais
      Carlos, Euzeneia

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  Confiança política na América Latinaevolução recente e determinantes individuais
      Ribeiro, Ednaldo Aparecido

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  Disciplina partidária e apoio ao governo no bicameralismo brasileiro
      Neiva, Pedro Robson Pereira

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  As reformas legais e o processo de descentralizaçãoaspectos jurídicos e políticos
      Alcântara, Fernanda Henrique Cupertino

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
      ·  Relações intergovernamentais e descentralizaçãouma análise da implementação do SUAS em Minas Gerais
      Costa, Bruno Lazzarotti DinizPalotti, Pedro Lucas de Moura

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português
       Ensaio Bibliográfico
      ·  Três perspectivas sobre a política externa dos Estados Unidospoder, dominação e hegemonia
      Pereira, Alexsandro Eugenio

              · resumo em Português | Inglês | Francês     · texto em Português     · pdf em Português

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      "Cansamo-nos de agir
       E até de pensar cansamos;
       Só não cansamos de amar
       E nem de dizer que amamos"

      (Teixeira Mendes, a partir de Augusto Comte)
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