Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

** DIVULGAÇÃO: Trabalhos para publicação

 
A Editora Fórum está lançando a Coleção Fórum de Direitos Humanos. A coleção pretende publicar, periodicamente, livros que discutam, sob uma perspectiva científica e multidisciplinar, os temas mais atuais e polêmicos relativamente aos direitos humanos. Sob a coordenação do Prof. Dr. Marcos Zilli e da Dra. Inês Virgínia Prado Soares, a coleção tem o Conselho Editorial composto por Ana Lúcia Menezes Vieira, Cleunice Pitombo, Daniel Sarmento, Flávia Piovesan, Glenda Mezarobba, Paulo Sérgio Pinheiro, Sandra Kishi e Virgílio Afonso da Silva. Eventuais trabalhos podem ser encaminhados aos cuidados do Prof. Marcos Zilli (marcoszilli@hotmail.com) os quais serão submetidos à avaliação do Conselho Editorial.   Obrigado Marcos Zilli




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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Dilema entre preservação e desenvolvimento é constante na história brasileira

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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


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** Seminario de Doctorado: “La Democracia Latinoamericana de la ¨Tercera Ola¨: 1980-2010.” Profesor: Dr. Steve Ellner (Universidad de Oriente). Fechas: 9,10, 11, 15, 16, 17, 22, 23, y 24 de noviembre de 2010.


 





Seminario de Doctorado: "La Democracia Latinoamericana de la ¨Tercera Ola¨: 1980-2010."

Profesor: Dr. Steve Ellner (Universidad de Oriente)

Carga horaria: 36
Fechas: 9,10, 11, 15, 16, 17, 22, 23, y 24 de noviembre de 2010.
Horario: 15 a 19 hs.
Aula: Aula: 2 del 4to. piso. Ültimas dos clases aula 15 del 5to. piso.
INTENSIVO
Tel. 4433-5925 begin_of_the_skype_highlighting              4433-5925      end_of_the_skype_highlighting / 4432-0606 begin_of_the_skype_highlighting              4432-0606      end_of_the_skype_highlighting, interno 105.   E-mail: posgrado@filo.uba.ar


Fundamentación:

La clase va a centrarse en conceptos claves referente a la democracia latinoamericana durante las últimas tres décadas. Estos conceptos incluyen los conceptos de "transición democrática", "populismo y neo-populismo", "consolidación democrática" "autoritarismo de baja intensidad", "neoliberalismo", y "la democracia liberal y la democracia participativa". También utilizará el concepto histórico de populismo con el fin de analizar la tesis de la distinción entre los gobiernos de la supuesta "buena izquierda" (como el de Lula)  y los gobiernos del llamado  "populismo radical" como el de Hugo Chávez en Venezuela, como plantea Jorge Castañeda en su libro "Leftovers". Los alumnos trabajarán los distintos problemas de la investigación  histórica con el fin de relacionarlos al presente.

Duración:
Nueve reuniones, tres veces por semana, de cuatro horas de duración cada una.

Objetivo Principal:

Ubicar los cambios políticos latinoamericanos en el contexto histórico y entender la relación entre la democracia y el autoritarismo, y también los modelos de democracia desarrollados en el siglo 18 y su aplicación a la política latinoamericana de las últimas décadas.

Evaluación:
Para aprobar el seminario cada estudiante deberá presentar un trabajo de 10 a 20 páginas y exponer sobre el tema en la clase. Tanto el trabajo escrito como la exposición van a ser calificados. La nota final se basará en el trabajo escrito y la exposición, y también se tomará en cuenta la participación del estudiante en la clase.

Contenido:

I: La "transición" de dictadura a democracia en los años 80.

A. El caso atípico de Chile: tradición democrática partidista fuerte e implementación del programa neoliberal
B. El caso de otros países (Uruguay, Brasil, Argentina): implementación posterior de políticas económicas ortodoxas
         
         
  II. La Consolidación democrática

A. La relación entre el tipo de transición y regimenes consolidadas
B. La tesis de Guillermo O'Donnell que niega la relación entre los dos.

 
III. La literatura académica sobre la consolidación

A.     Las características generales: el optimismo; énfasis sobre el papel de los partidos institucionalizados y la tesis de la coyuntura crítica".


  IV. La etapa "post-consolidación"

A.     La democracia delegativa y el debilitamiento del sistema partidista en Perú y Venezuela.

B. La teoría de Neopopulismo aplicada a Fujimori y Menem


V: Los partidos políticos en la etapa de "Consolidación".

A: Las alianzas de partidos para defender la democracia naciente. El caso de la alianza entre dos partidos históricamente enemigos: los demócratas cristianos y socialistas en Chile


VI: Los partidos políticos y la "Democracia Delegativa"

A: La tesis de la democracia delegativa según Guillermo O'Donnell
B: El debilitamento de los partidos bajo gobiernos con ejecutivos nacionales fuertes (el caso de Peru bajo Fujimori)
C: El papel de los partidos políticos en el Congreso Nacional y su resistencia a las reformas neoliberales
D. Opinión contraria a O'Donnell de James Malloy y Kurt von Mettenhem sobre la dirigencia "creativa" de los partidos y dirigentes políticos



VII. La relación entre los partidos políticos y los movimientos sociales

A. El sindicalismo en América Latina en los años 90
B. Los movimientos sociales (asociaciones de vecinos, grupos de mujeres etc.): La tesis anti-político de Alain Touraine y la tesis política de las relaciones sanas entre movimiento social, partido político y el estado (Joe Foweraker).


VIII. La literatura "post-consolidación"

A. El optimismo de Mettenheim y Malloy
B. El pesimismo de Oxhorn y su tesis sobre el "neopluralismo"
C. La relación entre el neopluralismo de Oxhorn y la democracia delegativa de O'Donnell.



IX. La Tesis de Jorge Castañeda de la "buena izquierda" y la "izquierda populista"      

A. Los casos de Brazil y Venezuela: un contraste

domingo, 17 de outubro de 2010

** lançamento do livro "O Brasil imaginado na América Latina

 





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** Centro cultural de memória da escravidão ganha prêmio por contar história da relação Brasil-África

 
Centro cultural de memória da escravidão ganha prêmio por contar história da relação Brasil-África
Fonte: Agência Brasil Isabela Vieira 17/10/2010
 
Rio de Janeiro – Uma casa colonial na zona portuária da capital fluminense guarda um acervo arqueológico que traz muito da história do Brasil Colônia. São restos mortais de africanos escravizados no século 18, que não resistiram ao tráfico e foram ali enterrados, antes mesmo de serem vendidos no principal mercado de cativos do país, na mesma região.
Descoberto por acaso, o cemitério foi transformado em centro cultural em 2006. Reconhecido por suas oficinas de história para professores, estudantes e guias turísticos, o centro cultural receberá um prêmio do Ministério da Cultura, na próxima semana, em Brasília, por preservar as relações de memória entre o Brasil e África. Só neste ano, o centro atendeu cerca de 400 alunos.
A descoberta do Cemitério dos Pretos Novos, como é conhecido o lugar, foi feita por Merced Guimarães e seu marido, há 14 anos, quando eles reformavam a casa em que moravam e que hoje é o centro cultural. O fato surpreendeu aos donos do imóvel e a historiadores, deu origem a inúmeras pesquisas e fez com que Merced e o marido transformassem o local num símbolo "do holocausto dos negros". Merced define assim o centro cultural numa referência à escravização de africanos que, no Brasil, resultou na morte de milhares deles.
"Encontramos o cemitério, que era tido como uma lenda. Representa um história rica, de relação com a África, marcada por um holocausto, um crime contra a humanidade", destacou Merced, que é diretora-presidente da instituição.
Agora, ela pretende investir o dinheiro do prêmio na melhoria da infraestrutura do  centro cultural, que passa por dificuldades financeiras. Segundo Merced, os recursos serão aplicados na organização da parte administrativa, na montagem de uma biblioteca e para o pagamento de parte das despesas. "Incentivamos a educação. O conhecimento do passado para o presente, mas temos que pagar contas", disse. A instituição cultural funciona como Ponto de Cultura, iniciativa cultural da sociedade civil que conta com recursos do governo federal em parceria com o governo estadual.
O Cemitério dos Pretos Novos está localizado entre os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, correspondente ao entreposto conhecido como Valongo, por onde os historiadores estimam a passagem de cerca de 1 milhão de africanos escravizados. No local, os estudos indicam que os escravos eram enterrados em covas coletivas e muitos até mesmo vivos, por estarem doentes.
Até os dias atuais, a zona portuária é marcada pela história da escravidão. A região é chamada de Pequena África e abriga o monumento A Pedra do Sal, núcleo simbólico do trabalho dos estivadores, negros recém-libertos, e que também faz referência à origem do samba. No bairro, está ainda o Centro Cultural José Bonifácio, de referência à cultura afro-brasileira.
Edição: Lana Cristina


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** Final da 2ª edição da Olimpíada Nacional de História do Brasil será nos dias 23 e 24 de outubro

 

Final da 2ª edição da Olimpíada Nacional de História do Brasil será nos dias 23 e 24 de outubro

Fonte: O Globo | Publicada em 15/10/2010
RIO - Jovens de todas as regiões do país participam, desde agosto, da 2º edição da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB). Das 18 mil equipes inscritas, 300 disputarão a final, que acontecerá no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) nos dias 23 e 24 de outubro.
Foram, ao todo, cinco fases virtuais com questões e atividades propostas pelos organizadores e agora a final, na qual o estudante faz uma prova dentro do campus da universidade. Cada equipe tem três membros e um professor de história, que atua como orientador do grupo.
A ONHB premiará as instituições de ensino, alunos e professores, com medalhas de ouro, prata e bronze e certificados de participação. E as escolas vencedoras ainda receberão doações de livros para o acervo da biblioteca e a assinatura da Revista de História da Biblioteca Nacional por um ano.
O jovem é desafiado a analisar a história do Brasil por meio de textos, documentos, letras de músicas, imagens e mapas, além de realizar tarefas construtivas, que envolvem até a elaboração de uma gazeta na última etapa online.
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** História do lazer no Rio no período de 1830 a 1930 é tema de publicação

 
Diversão vira livro

História do lazer no Rio no período de 1830 a 1930 é tema de publicação

Fonte: O GLOBO Publicada em 16/10/2010 às 23h12m
Jacqueline Costa

Lagoa Rodrigo de Freitas, uma das opções de lazer no Rio - Foto: Domingos Peixoto - O Globo

RIO - "Ócio, descanso, folga, vagar. Tempo de que se pode livremente dispor, uma vez cumpridos os afazeres habituais. Atividade praticada nesse tempo; divertimento, entretenimento, distração, recreio". As definições do dicionário para a palavra lazer são tão agradáveis de ler que quase convidam ao dolce far niente. Mas quem já parou para pensar na história do lazer carioca? O livro "Vida Divertida: Histórias do Lazer no Rio de Janeiro (1830-1930)", da editora Apicuri, detalha as diferentes formas de entretenimento na Cidade Maravilhosa e mostra como se esbaldavam nossos avós e bisavós em suas horas livres.

A diversidade das formas de diversão, a importância do bem-vestir e as formas de amar, dançar e se comportar nos espaços públicos e privados são analisadas por 11 autores, que mostram que nem sempre praia, samba, futebol e carnaval foram os programas preferidos dos moradores do Rio. A publicação - organizada por Andrea Marzano e Victor Andrade de Melo - fala sobre o processo de construção de um imaginário moderno para a então capital do país. Andrea explica que o período escolhido (1830-1930) é bastante abrangente porque inclui o Império e a Primeira República.
- Tentamos fazer um livro que desse um panorama do lazer carioca nesses cem anos. Buscamos agrupar autores de diferentes áreas, como antropólogo, historiadores, professores de educação física e de educação musical, entre outros. O humor aparece muito no livro. A ideia foi falar de diversão sem deixar de mostrar os conflitos - diz Andrea.
A primeira área de lazer destinada aos cariocas foi o Passeio Público, projetado por Mestre Valentim. Foi construído em 1783 em cima da Lagoa do Boqueirão da Ajuda, aterrada com o desmonte do Morro das Mangueiras. Em 1861, o desenho do parque foi modificado pelo paisagista e botânico francês Auguste Glaziou. Após a reforma, só restaram o Chafariz dos Jacarés, os obeliscos e o portão de acesso. Atualmente, a área que já foi nobre é pouco utilizada.
Professora de História da Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio), Andrea conta que o Campo de Santana foi palco, até meados do século XIX, da festa do Divino Espírito Santo, um dos principais eventos do Rio.
- Era uma grande celebração que mobilizava gente de toda a cidade. Mas começaram a considerar que era um evento indigno de uma cidade civilizada. No início do século XX, a festa popular foi transferida para a Igreja da Penha, no subúrbio - explica Andrea.
A historiadora lembra que, neste período, o lazer carioca começou a ganhar refinamentos vindos da Europa. Vários jardins afrancesados foram espalhados pela cidade. O Campo de Santana foi reformado por Glaziou. O lugar, que ganhou grades, era frequentado pela elite. O parque foi reinaugurado em 1880 pelo imperador Dom Pedro II. Hoje, o Campo de Santana ainda é utilizado como um espaço de lazer, mas a elite já não mais passeia por lá.
A Avenida Central, inaugurada pelo prefeito Pereira Passos em 1905, era um espécie de vitrine da cidade, com mulheres elegantes e homens de casaca desfilando, assim como a Rua do Ouvidor.
Hoje, ir à praia é parte fundamental do lazer carioca. Mas nem sempre foi assim. Só no início do século XX, com a construção da Avenida Beira-Mar e do Túnel Novo, em meio às reformas urbanas de Pereira Passos, o acesso às praias da Zona Sul foi facilitado, o que acabou estimulando o costume dos banhos de mar. Até então, os mergulhos eram apenas para fins medicinais.

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** Debate - apoio à Escola Nacional Florestan Fernandes




sábado, 16 de outubro de 2010

** Brasil Colônia tinha 12 médicos, mostra livro

 
Isolado e imundo
Hábito de jogar excrementos pela janela e ausência de médicos faziam do Brasil Colônia grande foco de epidemias, mostra novo livro
RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO 

Não raro, no Rio de Janeiro, em Salvador ou em qualquer outro núcleo urbano brasileiro colonial, um pedestre era "abatido" por excrementos humanos voadores enquanto seguia pela rua.

Não havia esgoto, e o hábito era jogar o resíduo pela janela mesmo. As ruas, claro, não ficavam exatamente limpas, e se tornavam bastante insalubres. Não tendo o país nenhuma faculdade de medicina, doenças contagiosas chegavam e ficavam sem enfrentar grande resistência.

Mesmo em 1799, já muito perto do fim da colônia e da chegada da família real portuguesa em fuga para o Brasil, o país, com cerca de 3 milhões de habitantes, não tinha mais de 12 médicos formados -todos importados.

Em Portugal (como no resto da Europa) também existia o hábito pouco higiênico de defenestrar fezes humanas, mas por lá, pelo menos, a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra já formava gente desde 1290 -outros países europeus também já tinham escolas médicas.

No caso brasileiro, a única solução era improvisar.

"No Brasil Colônia, então, formou-se uma pequena multidão de curandeiros, benzedeiras e rezadores que tentavam suprir a absoluta carência de profissionais habilitados", diz Cristina Gurgel, médica da PUC de Campinas que é especialista em história da saúde.

Ela está lançando o livro "Doenças e curas: o Brasil nos primeiros séculos", pela editora Contexto. Nele, ela lista doenças que se propagavam com facilidade na época, como varíola, hanseníase, malária e sarampo, além de constantes disenterias.

Por isso, a expectativa de vida dificilmente passava dos 30 anos. Crianças também eram vítimas fáceis: no século 17, por exemplo, apenas uma em cada três crianças nascidas no Nordeste conseguia sobreviver.
Até existiam alguns hospitais, como as Santas Casas, mas eles eram mantidos muito mais pelos religiosos do que por médicos.

CURA PELA PÓLVORA

Mesmo quando o paciente tinha sorte e principalmente dinheiro para conseguir assistência profissional, sua situação não era das melhores -os médicos também não sabiam muito bem o que estavam fazendo.

O médico português João Ferreira Rosa, por exemplo, chegou ao Recife em 1690 e, do alto do seu reconhecimento como um dos poucos profissionais de saúde no país, recomendou, entre outras coisas, a expulsão das prostitutas -elas ofendiam a Deus, que poderia querer se vingar.

Os remédios daquela época, aliás, frequentemente envolviam ingredientes como fumo, fezes de cavalo, aguardente e, está documentado, pólvora - imagine o alvoroço que isso tudo não causava no organismo do vivente, acabando por fazer muito mais mal do que bem.

Ou seja, mesmo com a chegada da Corte ao país em 1808 e a criação de duas faculdades de medicina por aqui (uma em Salvador e outra no Rio), a saúde pública no país não melhorou muito.

A própria expectativa de vida só viria a subir significativamente no século 20 -ontem, em termos históricos.


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Fabrício Augusto Souza Gomes

Fazer um mundo melhor é possível: Cada 50Kg de papel é uma árvore a menos. Prefira sempre o e-mail

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** Chamada de Publicação - VEREDAS DA HISTORIA

 
Caríssimos,
 
A Equipe do periódico eletrônico VEREDAS DA HISTÓRIA (http://www.veredasdahistoria.com - ISSN 1982-4238 – qualificada no sistema Qualis/Capes como B4) informa a todos que se encontra em fase de preparação para a publicação do seu 4º número.
 
Serão analisados os trabalhos recebidos até o dia 15 de dezembro.
 
A Revista Veredas da História tem como objetivo publicar artigos, resenhas, textos e documentos, frutos de pesquisas desenvolvidas por alunos e professores.
A idéia da publicação é que os trabalhos possam dialogar com as mais diversas ciências, fomentando, através da sua interdisciplinaridade, a criação de um espaço para discussão e debate acadêmico promissor, originando assim pensamentos transformadores e criativos.
 
 
Nossa periodicidade é semestral, com recebimento em fluxo contínuo. Convidamos a todos a acessar e contribuir para o crescimento da revista.
 
Os trabalhos devem ser enviados para:
 
 
Em nossa última edição contamos com os trabalhos:
 
 
ARTIGOS
 
  • Acordes Historiográficos - José D'Assunção Barros
  • Antônio Ramos dos Reis e Nicolau Carvalho de Azevedo – os homens bons nas Minas do Ouro: notas acerca do perfil social dos oficiais camarários na Vila Rica setecentista - Fernanda Fioravante
  • Entre o arraial e a cidade: Pequenos e grandes comerciantes em Minas Gerais no século XIX. Apontamentos sobre economia e hierarquia social em Furquim e Mariana – Leandro Braga de Andrade
  • As relações amorosas na Paraíba Imperial – os raptos consentidos no cotidiano das cidades - Rosemere Santana
  • Paul Ricouer: Por uma Discussão da Narrativa - Vanuza Souza Silva
  • O intelectual como ator: Tocqueville, Gramsci e a modernização brasileira - Fernando Perlatto
  • Historiografia arquivística: Novas propostas - Érika Kelmer Mathias
  • Breves considerações sobre a conquista do voto feminino no Brasil - Mônica Karawejczyk
  • O sermão das tentações na lógica jurídica do Antigo Regime: construindo pactos e preservando as tradições - Marcelo Tadeu dos Santos
  • Entre Deuses e Demônios: religiosidade e imaginário em Sergipe oitocentista - Magno Francisco de Jesus Santos
  • Memórias locais: análise das escrituras de Valdon Varjão sobre Barra do Garças - Aline Lopes Murillo
  • As Marias de Albrecht Dürer: reflexões a partir do estudo da liturgia e festividades cristãs dos séculos XV e XVI - Rachel Jaccoud Ribeiro Amaro
  • História, Literatura e Memórias: o autoritarismo no Brasil Republicano em três obras literárias - Valdeci Rezende Borges
RESENHAS
 
  • CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede – a era da informação: economia, sociedade e cultura, volume I. Trad. Roneide Venâncio Majer e Jussara Simões. São Paulo: Paz e Terra, 1999 - Daniel Santiago Chaves
  • SOUZA, Rogério Luiz de; OTTO, Clarícia (orgs). Faces do Catolicismo. Florianópolis: Insular, 2008 - Edison Lucas Fabricio
DOCUMENTO
 
  • O Livro do Armeiro Mor e a Construção da Memória da Realeza Moderna - Robson Luis Nicolay
 
Agradecemos a todos pela divulgação.
 
Equipe Veredas da História
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

** Historiador dá nova visão sobre os índios no Brasil

 

Historiador dá nova visão sobre os índios no Brasil

Fonte: Portal Universidade 13/ Outubro 2010

A historiografia indígena vigente, baseada em documentos escritos pelo homem branco, tende a transmitir abordagem unilateral e incapaz de dar conta do papel exercido pelos índios na configuração social do Brasil Colônia. Uma contribuição para ampliar o horizonte de compreensão da questão está na obra Os indígenas e os processos de conquista dos sertões de Minas Gerais (1767-1813), escrita pelo historiador Adriano Toledo Paiva e recentemente lançada.

Graduado em História pela Universidade Federal de Viçosa, Adriano Toledo cursa doutorado na UFMG, com ênfase na pesquisa dos processos de conquista e governo dos sertões da Capitania de Minas Gerais na segunda metade do século 18. O livro é resultado de dissertação de mestrado e utiliza como estudo de caso a freguesia do Mártir São Manoel dos Sertões do Rio da Pomba e do Peixe dos Índios Cropós e Croatos, localizada em área de grande extensão territorial na atual Zona da Mata.

De acordo com Toledo Paiva, a ideia de que a cultura e as comunidades nativas dos territórios conquistados nas Minas do Ouro foram dizimadas disseminou-se e perdurou por muito tempo nos manuais didáticos e em uma produção historiográfica. No entanto, a população indígena na capitania era numerosa e os registros documentais por ele analisados revelam que os aborígenes se adaptaram às situações impostas pelo processo colonizatório, reestruturando suas concepções de espaço, liderança e poder.

Para o historiador, "a descoberta e a grande provocação do estudo é observar de que maneira os índios se inseriram no universo colonial, como eles incorporaram elementos colocados como mecanismos de conquista do homem branco e de que maneira acionaram esses instrumentos para alcançar seus próprios objetivos".

Adriano Toledo Paiva afirma que a colonização teve efeito devastador sobre as aldeias, transformando severamente alguns parâmetros da organização tradicional e eliminando lideranças e valores por meio de confrontos armados. Mas, a despeito disso, ele considera equivocada a ideia da conversão das aldeias em aldeamentos como processo que fez dos índios vítimas passivas de um projeto político.

O pesquisador mostra que os índios souberam explorar as vantagens oferecidas pelo Estado, e a partir de alianças com o poder colonial
reconfiguraram suas aldeias. "Os conquistados encontraram novas formas de organização diante da suposta submissão ao poder colonial", afirma Paiva.

Narrativa
O fio da narrativa se desenvolve pela descrição de alguns personagens, escolhidos conforme a temática que o estudo se propõe a observar. Adriano Toledo conta, por exemplo, a trajetória do Padre Manuel de Jesus Maria, primeiro vigário da freguesia. Nascido de ventre escravo, ele se ofereceu para construir o aldeamento e para catequizar os seus índios, instaurando um novo organismo social extremamente mesclado
e complexo.

Em outra frente, o autor desconstrói a tese de alguns pesquisadores que usaram a história de Pedro da Motta, índio e padre, para tentar provar a incapacidade do indígena de viver no mundo do colonizador. "Desde a chegada das primeiras caravelas, os índios foram pensados como seres efêmeros e em transição. Não devemos abordar essas comunidades como cultura pura ou original e fadadas a contaminações que desagregam o ser índio. Precisamos compreender as reformulações identitárias e culturais vivenciadas pelos indígenas ao longo do tempo", conclui.

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** [anpuhes] Lançamento: Revista Dimensões v. 24

 


 
              O Programa de Pós-Graduação em História e o Núcleo de Pesquisa e Informação Histórica da Ufes tem a honra de informar o lançamento do último número de Dimensões cujo dossiê, organizado pelo prof. Júlio Bentivoglio, se intitula Formas da História, Sentidos da Historiografia.  Os artigos podem ser acessados livremente por meio do endereço www.ufes.br/ppghis/dimensoes.  Solicitamos a todos que nos auxiliem na divulgação desta mensagem.
               Cordiais saudações,
               Prof. Gilvan Ventura - editor de Dimensões

Dimensões
VOL. 24, 2010

Apresentação
Júlio Bentivoglio

Dossiê: Formas da História, Sentidos da Historiografia

História: conhecimento, verdade, argumento
Estevão de Rezende Martins

A filosofia da História de R. G. Collingwood: duas contribuições
Cristiano Alencar Arrais

Hans-Georg Gadamer e a Teoria da História
Pedro Spinola Pereira Caldas
Teoria e metodologia na escrita da História do Brasil: Afonso de Taunay e a Academia Brasileira de Letras
Karina Anhezini

A História Conceitual de Reinhart Koselleck
Julio Bentivoglio

A aporia da História em dois momentos: na Antiguidade Clássica e no historicismo
Géssica Góes Guimarães Gaio

A biografia como escrita da História: possibilidades, limites e tensões
Alexandre de Sá Avelar

Teoria da História e Filosofia da História: uma análise das relações entre a epistemologia, a metodologia e o pensamento especulativo
Carlos Oiti Berbert Junior

Pensamento indomado: História, poder e resistência em Michel Foucault e Gilles Deleuze

Davis M. Alvim

Sobre a utilidade e desvantagem da ciência histórica, segundo Nietzsche e Gumbrecht
Marcelo de Mello Rangel

História Econômica, História em construção
Rogério Naques Faleiros
"O dever-ser é coisa do Diabo"? Sobre o problema da neutralidade axiológica em Max Weber
Sérgio da Mata
Razão e experiência na constituição do conhecimento histórico: reflexões sobre os aspectos indiciários do paradigma newtoniano
Sara Albieri
Artigos

"Eu canto o sertão que é meu": escrituras de sertão na poesia de Patativa do Assaré
Henrique Pereira Rocha
Iranilson Buriti
José Clerton de Oliveira Martins

Vilas operárias no Rio Grande do Sul: uma breve reflexão sobre o Bairro da Balsa em Pelotas, Bairro São Cristóvão em Passo Fundo e Galópolis em Caxias do Sul
Neuza Regina Janke
Resenha

História do Estado do Espírito Santo – Uma história maciça das elites
Paolo Spedicato


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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.


                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
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