Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

sábado, 14 de maio de 2011

** NOTICIAS ANPUH-PR 14-05-2011

 
Veja em noticias anpuh pr    http://www.pr.s2.anpuh.org/

1ª Página
:
 O Cancelamento da bolsa CAPES

Lançamentos:

O Parlamento Brasileiro e a Política Externa na República

Textos do IV Encontro Nacional da Associação Brasileira de Defesa on line


Eventos:

VIII Fórum de Relações Internacionais - Centro Universitário Santo André

III Simpósio de Pós-Graduação em Relações Internacionais - Programa San Tiago Dantas

Simpósio Internacional: Ouro Preto 300 anos

Chamadas

Revista Métis - n 19 - Dossiê História da África

Revisa Métis -n 20 - Dossiê Homoerotismo e diversidade

Concursos:

Doutorado - UFES

Concurso para Teoria da História - UFU



__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Inscrições abertas - VI FÓRUM DE DEBATES: POVOS E CULTURAS DAS AMÉRICAS - Vitória, 6 e 7 de junho de 2011


VI Fórum de Debates: Povos e Culturas das Américas. As inscrições de trabalhos podem ser feitas até o dia 23/5. A inscrição de ouvintes pode ser feita até o dia 6/6, primeiro dia do evento.

Atenciosamente
Antonio Gil

Descrição: Descrição: PPGHis assinatura



Antonio Carlos Amador Gil – Tom Gil
Coordenador do PPGHIS - UFES
Tel: +55 (27) 4009-7657 (secretaria)
Av. Fernando Ferrari, 514
Vitória, ES - CEP: 29.075-910
Campus Universitário de Goiabeiras






__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

sexta-feira, 13 de maio de 2011

** DIVULGAÇÃO DA EDIÇÃO N°4 DA REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA MILITAR

 


Informo-vos que o número 04 de nossa prestigiosa revista já se encontra disponível na internet.

A Revista Brasileira de História Militar é uma publicação eletrônica, independente, quadrimestral, destinada à divulgação de artigos de historiografia militar, produzidos por pesquisadores brasileiros ou estrangeiros, elaborados dentro dos padrões de produção científica reconhecidos pelos meios acadêmicos. Destina-se também a publicação de trabalhos de pesquisa e de metodologia, além da divulgação de eventos acadêmicos, desde que relacionados à História Militar e aprovados por seu conselho editorial.

Dois hoplitas, Khairedemos e Lykeas, mortes durante a guerra do Peloponeso, arte clássica, estela funerária, cerca de 420 a.C., Museu arqueológico do Pireu..jpg

Dois hoplitas, Khairedemos e Lykeas, mortos durante a guerra do Peloponeso,
arte clássica, estela funerária, cerca de 420 a.C., Museu arqueológico do Pireu.

NESTA EDIÇÃO:

Pedro Paulo A Funari

Mário Maestri




Para acessá-la, basta clicar em www.historiamilitar.com.br 



Carlos Eduardo de Medeiros Gama
Editor Associado da Revista Brasileira de História Militar
http://www.historiamilitar.com.br/
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Convite para a SEMANA NACIONAL DE MUSEUS- MUSEU DE FAVELA (CANTAGALO)

 
Prezados,
  
  Desejo convidar a todos para a Semana Nacional de Museus, evento Nacional, que envolve todos os Museus do IBRAM(Instituto Brasileiro de Museus).

 A Imagem Cultural está coordenando as ações educativas do Museu de Favela, localizado no Cantagalo(Ipanema-  Rio de Janeiro).

O Museu de Favela(www.museudefavela.org.br) é uma iniciativa inovadora em Museus comunitários que atuam com Patrimônio Imaterial.

Na abertura do evento,sábado, dia 14 de maio,às 16h, teremos um concerto de harpas do Rio Harp Festival, inteiramente gratuito.

 Acompanhe a programação e fique ligado nos horários das  visitas guiadas às Casas-tela! Para as visitas guiadas é necessário realizar inscrição prévia através do email informado no flyer. O valor da visita com guia local é de R$20,00.

Haverá monitores bilíngues para receber os convidados.

Abaixo, envio o flyer divulgação, bem como as informações úteis para acesso:

Metrô- Estação General Osório
Saída: Mirante da Paz
Utilizar o elevador. Na saída do elevador, haverá guias que conduzirão o público até o local do show.
Dica: Leve sua câmera. A vista lá "em/de" cima é incrível!
Dúvidas e demais informações:  00 55 21 8108-9390(Juliana) 7647-8862(Cristina)

Um abraço e até lá,

Juliana Rodrigues.
skype: julianarodriguesrj

FLYER

__._,_._

Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** Livro traz à luz a Revolta do Batalhão Naval

 

Livro traz à luz a Revolta do Batalhão Naval

Débora Motta

                               Reprodução
   
    Livro tem como   fonte inquérito   policial
  da época que ficou desconhecido

        
A Revolta da Chibata é um capítulo bem conhecido da história – marinheiros liderados por João Cândido tomaram navios de guerra ancorados na Baía de   Guanabara, para pressionar as autoridades a pôr fim aos castigos físicos que ainda vigoravam na Marinha, entre outras reivindicações trabalhistas. No entanto, um   outro episódio ocorrido no mesmo ano, 1910, como desdobramento desse conflito   e com praticamente os mesmos protagonistas, ainda é pouco conhecido e costuma    ficar restrito aos rodapés dos livros acadêmicos. Trata-se da Revolta do Batalhão   Naval, tema do livro homônimo do historiador Henrique Samet, professor adjunto   do Setor de Letras Orientais e Eslavas da Universidade Federal do Rio de Janeiro   (UFRJ). A obra foi publicada com apoio da FAPERJ, por meio do Programa de   Auxílio à Editoração (APQ3).

Em A Revolta do Batalhão Naval (editora Garamond, 332 pp.), o autor passa a   limpo o conflito que se deu em apenas 18 horas (das 21h do dia 9 de dezembro de   1910 às 15h do dia seguinte), pouco depois da Revolta da Chibata, desencadeada na manhã de 22 de novembro daquele ano. Apesar de rápido, o levante que teve   como foco a Ilha das Cobras serviu para anular os efeitos da anistia concedida aos marinheiros da Chibata, a pretexto de terem dado apoio ao novo movimento. A   anistia havia sido concedida depois de uma campanha liderada pelo então senador Ruy Barbosa, relator do processo acatado a contragosto pelo recém-empossado presidente Hermes da Fonseca. Para os oficiais da Marinha, no entanto, ela representava a impunidade daqueles mesmos marinheiros que mataram, durante o conflito da Chibata, alguns colegas da alta patente.

Motivação política da revolta

No clima tenso gerado pela Revolta da Chibata, havia interesses políticos de três grupos: os oficiais da Marinha; os marinheiros e fuzileiros navais, à época conhecidos como soldados do Batalhão Naval; e o governo. Antes da posse do militar Hermes da Fonseca à presidência, seus adeptos haviam travado uma dura campanha eleitoral contra os civilistas – contrários ao domínio da vida política pelos militares, entre os quais se destacava Ruy Barbosa, que tinha o apoio da bancada de São Paulo e Bahia, mas perdeu para o marechal Hermes. "Entre os oficiais da Marinha, a concessão da anistia aos revoltosos da Chibata gerou forte oposição. Para eles, a Chibata foi mais do que um desrespeito à hierarquia. Ela feriu os brios da oficialidade", diz Samet.

Para os marinheiros, os conflitos de 1910 representaram a luta por condições de vida dignas, como oito horas diárias de trabalho e o fim das chibatadas, que apesar de proibidas logo após a Proclamação da República, em 1889, ainda eram uma prática corriqueira na Marinha, por pressão do oficialato. "A reivindicação das classes ditas subalternas da Marinha ganhou a simpatia da imprensa", afirma o historiador. Vale lembrar que as duras penas impostas aos marinheiros eram herança de uma mentalidade escravagista. "A maioria dos revoltosos era negra, pobre e analfabeta. Muitos entre os recrutados ao serviço militar eram jovens que cometiam delitos e eram casos de polícia. Este aspecto social foi utilizado pelos oficiais como uma desculpa para justificar a necessidade dos castigos físicos, já que os enquadrava em uma categoria depreciada."

O confronto do Batalhão Naval

Apesar da anistia, os oficiais começaram a articular uma série de represálias aos marinheiros que participaram da Revolta da Chibata. Todos os navios de guerra que haviam sido utilizados nesta revolta foram desarmados. Desse modo, os marinheiros não podiam repetir o gesto de resistência no mar. De acordo com o professor, relatos de personagens da época contam que os oficiais tentaram convencer os próprios fuzileiros do Batalhão Naval a atacar os marinheiros revoltosos, que estavam embarcados. "Houve uma provocação do oficialato para que os soldados do Batalhão Naval tomassem os navios e atacassem os marinheiros embarcados que haviam se envolvido na Chibata. Eles não imaginavam que os fuzileiros se tornariam aliados dos marinheiros e dariam início à Revolta do Batalhão Naval", resume. 

A proximidade entre os soldados do Batalhão Naval e os marinheiros pode ser justificada pelo compartilhamento da mesma avaliação racial negativa pelo corpo de oficiais. Ambos eram de maioria negra. Outro fator que pode explicar a camaradagem foi o fato de o presídio da Marinha na Ilha das Cobras estar sob guarda e responsabilidade dos soldados do Batalhão Naval, o que propiciava um convívio mais estreito. "Naquelas circunstâncias excepcionais, o presídio concentrava não só marinheiros presos e sentenciados por crimes comuns e disciplinares, mas alguns envolvidos na Revolta da Chibata", conta o professor.

Assim, o novo conflito na Armada estourou no Batalhão Naval. "Os oficiais que estavam na Ilha das Cobras no dia da Revolta do Batalhão Naval foram surpreendidos. Os líderes do movimento tomaram o paiol das armas e, de posse da munição, que os marinheiros já não tinham acesso nos navios, começaram a bombardear a cidade do Rio", narra. Além do contingente dos fuzileiros que se encontravam na Ilha, participaram da ação os prisioneiros que estavam no local, entre eles revoltosos da Chibata, libertados para o combate. A revolta foi reprimida duramente. A Ilha das Cobras foi bombardeada a partir da Praça XV e do mosteiro de São Bento, e principalmente por ataques vindos do mar. Segundo o professor, o número de mortos entre militares e civis não foi oficialmente divulgado, mas avalia-se que houve pelo menos 45 mortos militares na rebelião, a maior parte, rebeldes.   
      
O líder da Chibata, João Cândido, que estava a bordo do couraçado Minas Gerais durante o confronto, não aderiu a essa segunda revolta. No entanto, o saldo final foi negativo para ele e para todos os revoltosos de 1910. João Cândido e os outros líderes da Chibata e do Batalhão Naval foram presos e literalmente jogados nas masmorras subterrâneas da Ilha das Cobras. As celas eram praticamente inabitáveis, sem entrada de ar. E a pretexto de desinfetarem as instalações, foram banhadas com água e cal, o que provocou a intoxicação e morte de 16 de seus 18 ocupantes. Sobraram apenas João Cândido e mais outro marinheiro.

Fontes ainda desconhecidas

O longo trabalho de pesquisa do professor Henrique Samet, de seis anos, teve como base um documento inédito encontrado em meio a caixas do Arquivo Nacional, talvez o único capaz de ajudar os historiadores a esclarecer mais precisamente a Revolta do Batalhão Naval – o Inquérito da 3ª Delegacia Auxiliar da Polícia Civil. "É um material precioso porque foi elaborado pela polícia para investigar as razões da Revolta do Batalhão Naval, e não pela própria Marinha", conta, acrescentando que o documento contém depoimentos de mais de 40 testemunhas do inquérito, sendo apenas dois oficiais da Marinha, o que torna possível investigar outras vertentes da história. Ele também pesquisou nos arquivos do Serviço de Documentação da Marinha.

A ausência de documentação sobre o episódio, que teria sido desviada acidentalmente ou de propósito, para dificultar pesquisas sobre o movimento, é uma das explicações para a escassez de estudos a respeito do conflito. "Outra explicação do desinteresse pelo tema é a aceitação tácita de alguns historiadores de versões oficiais da época, que erroneamente induzem a acreditar que a revolta não teve grande expressão em si porque não teria passado de mera provocação, encenada por oficiais da Marinha, para justificar os castigos que haviam sido proibidos pela anistia dada aos rebelados da Chibata", pondera Samet. Para ele, a revolta foi uma reação espontânea, longe de ter sido forjada pelo oficialato ou mesmo pelo governo. "A Revolta do Batalhão Naval nasceu do sentimento legítimo de medo que assolava os marinheiros revoltosos na iminência de represálias, e da solidariedade dos fuzileiros navais aos marinheiros, colegas de baixo escalão."

Uma das figuras cuja identidade ainda é uma incógnita, devido à falta de informações, é a de Jesuíno da Lima Carvalho, vulgo cabo Piaba. "Sabe-se que o cabo Piaba foi o líder da Revolta do Batalhão Naval, mas não há informações muito detalhadas. Ele era o praça mais antiga, apesar de cabo não sabia ler nem escrever e, nascido no Rio Grande do Sul, havia sido marinheiro antes de se tornar fuzileiro, o que pode ter justificado seu posicionamento como líder dos revoltosos", diz. E prossegue: "No inquérito, ele disse que oficiais o consultaram para contra-atacar suboficiais do Batalhão Naval." Ao contrário de João Cândido, conhecido como o Almirante Negro e considerado um verdadeiro herói popular, o líder do Batalhão revoltado não teve sua memória preservada. "É preciso resgatar figuras como a do cabo Piaba de um anonimato injusto", conclui Samet.

© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.


__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

** 9ª Semana de Museus

 

9ª Semana de Museus

12/05/2011
Agência FAPESP – A 9ª Semana de Museus será realizada de 16 a 22 de maio no Rio de Janeiro.
Promovido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o evento contará com uma série de apresentações. No dia 18, um representante da Brasiliana USP ministrará a palestra "Digitalização de Acervos em Papel: Normas e Padrões para Repositórios Digitais".
Durante a semana haverá a exibição de documentários históricos filmados na região amazônica e no Nordeste, tais como "O coração da floresta", "Caminho para extinção", "Carnaval da violência", "Romeiros", "Jangadeiros", "Destino do Coronel Fawcett", todos de Adrian Cowel.
No evento, também serão exibidas películas raras restauradas com apoio do banco. O encerramento da semana será marcado com oficinas de elaboração de projetos culturais.
Mais informações: www.brasiliana.usp.br/node/741

Conheça nosso perfil no Faceboock
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

quinta-feira, 12 de maio de 2011

** Iphan quer preservar o patrimônio cultural do café

 

Iphan quer preservar o patrimônio cultural do café

Roseli Ribeiro - 11/05/11 - 23:36
 
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) quer criar medidas para preservar o patrimônio cultural do café na região sudeste do País, para a missão instituiu um grupo de trabalho conforme a Portaria nº 165 publicada no DOU (Diário Oficial da União) em 06/05.

De acordo com o texto, o café produzido entre meados do século XIX e final do XX em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo foi um marco na história econômica e social brasileira, refletindo-se em todo o processo de estruturação e urbanização da região sudeste, e que a preservação dos remanescentes materiais associados a este processo econômico têm importância nacional como patrimônio cultural brasileiro.
 Participaram deste grupo de trabalho pelo menos um representante e um suplente do Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização (Depam) do Iphan; das Superintendências Estaduais do Iphan nos estados de São Paulo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo; do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT); do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA); do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Estado do Rio de Janeiro (INEPAC); da Subsecretaria Estadual de Patrimônio Cultural do Estado do Espírito Santo; da Universidade de São Paulo (USP); da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), do Instituto Preservale e da Associação de Fazendas Históricas Paulistas.

Veja a íntegra da Portaria nº 165/2011.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL

PORTARIA nº 165, de 04 de maio de 2011

Cria o Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre o Patrimônio Cultural do Café da região sudeste do Brasil.
O PRESIDENTE DO INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – Iphan, no uso de suas atribuições que lhe são legalmente conferidas, tendo em vista o disposto no art. 21, V, do Anexo I do Decreto nº 6.844, de 7 de maio de 2009, que dispõe sobre a Estrutura Regimental do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional – Iphan, considerando:
Que o café produzido entre meados do século XIX e final do XX em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo foi um marco na história econômica e social brasileira, refletindo-se em todo o processo de estruturação e urbanização da região sudeste, e que a preservação dos remanescentes materiais associados a este processo econômico têm importância nacional como patrimônio cultural brasileiro.
A realização, em agosto de 2010 do primeiro Encontro Técnico sobre o Patrimônio Rural do Café, realizado nas dependências do Museu Paulista, em São Paulo;
Que o evento contou com a participação de técnicos, especialistas e pesquisadores do Iphan, dos órgãos estaduais de preservação do patrimônio cultural e de universidades convidadas, além de membros da sociedade civil organizada, engajados na preservação do patrimônio cultural do café dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro; e
Acatando os encaminhamentos sugeridos pelos participantes ao final do evento resolve:
Art. 1º Criar o Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre o patrimônio cultural do café nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio e Janeiro.

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2º O grupo será formado por pelo menos um representante e um suplente do Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização (Depam) do Iphan; das Superintendências Estaduais do Iphan nos estados de São Paulo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo; do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT); do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA); do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Estado do Rio de Janeiro (INEPAC); da Subsecretaria Estadual de Patrimônio Cultural do Estado do Espírito Santo; da Universidade de São Paulo (USP); da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), do Instituto Preservale e da Associação de Fazendas Históricas Paulistas.
§1º Os membros das instituições externas ao Iphan integrarão o grupo a partir de convite formalizado pelo Presidente do Iphan.
§2º Os representantes do Depam serão designados pelo respectivo diretor e das superintendências estaduais pelos respectivos superintendentes.
§3º Outros pesquisadores, profissionais, técnicos ou interessados, internos ou externos ao Iphan, poderão ser convidados a integrar ao grupo a qualquer tempo, mediante convite do Presidente do Iphan.
§4º A qualquer tempo, havendo interesse ou necessidade, o grupo poderá solicitar ajuda ou consultoria a especialistas, pesquisadores e técnicos externos ao Grupo de Trabalho, mesmo que extraoficialmente.

§5º O Depam coordenará e acompanhará as atividades desenvolvidas pelo grupo.
§6º As reuniões de trabalho serão acompanhadas por uma secretaria, que se responsabilizará pelas Atas de Reunião de Trabalho e pelos devidos encaminhamentos das mesmas.

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
Art. 3º O grupo tem como objetivos:
I – dar subsídios ao Iphan e demais órgãos de preservação do patrimônio cultural, para a proteção, a conservação e a valorização dos bens culturais vinculados ao processo econômico do café entre os séculos XIX e XX na região sudeste.
II – buscar, para cada estado, a melhor estratégia de complementação e continuidade dos inventários, buscando estreitar a parceria entre órgãos de proteção do patrimônio cultural e universidades e ampliar as alternativas de financiamento dos inventários.
III – propor projetos de difusão do conhecimento, através de publicações, dos diversos canais de comunicação e de ações educativas, envolvendo escolas e comunidades locais.
Art. 4º O grupo organizará sua atuação segundo três Eixos de Ação:
I – Eixo 1: Proteção do patrimônio cultural do café.
II – Eixo 2: Investimentos e sustentabilidade econômica dos bens culturais do café.
III – Eixo 3: Produção e difusão do conhecimento.
CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES
Art. 5º O Iphan e os órgãos estaduais de preservação do patrimônio cultural envidarão todos os esforços, técnicos, logísticos e financeiros, possíveis e/ou necessários, para a consecução das ações de inventário, proteção, conservação e valorização do patrimônio cultural do café.

Art. 6º Os membros das universidades viabilizarão, na medida do possível, recursos técnicos e científicos necessários para a realização, complementação e revisão de estudos e inventários sobre o tema, mantendo as informações e o conhecimento produzido à disposição dos demais membros do grupo e da sociedade.
Art. 7º A sociedade civil organizada, prestará o apoio necessário aos órgãos de preservação e às universidades, viabilizando, sempre que possível, a coleta de informações, vistorias, levantamentos fotográficos, arquitetônicos e acesso às comunidades.
Art. 8º A difusão e socialização do conhecimento produzido pelas ações desenvolvidas pelos participantes do grupo é responsabilidade de todos.
Art. 9º O grupo produzirá plano de trabalho anual e relatórios mensais de monitoramento e acompanhamento das ações propostas.
Art. 10. A participação do Grupo de Trabalho não implicará em pagamento de honorários ou adicional de remuneração aos membros ou eventuais convidados externos.

CAPÍTULO IV
DA VIGÊNCIA E DO AFASTAMENTO

Art. 11. O grupo de trabalho atuará por dois anos, renováveis por mais dois, a partir da data de publicação desta Portaria no D.O.U.
Art. 12. O presente Grupo de Trabalho poderá ser dissolvido, a critério do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -Iphan, ou de comum acordo entre os seus integrantes, a qualquer tempo.
Art. 13. Qualquer participante poderá deixar o grupo, sem prejuízos para o andamento dos trabalhos, mediante apresentação de justificativa do seu desligamento, a qual integrará os relatórios semestrais.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.



--
CLARINDO
Amigos do Patrimônio Cultural
(21) 9765-6038

__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

quarta-feira, 11 de maio de 2011

** ENABED IV TEXTOS ON LINE

 




Prezados

com enorme satisfação, comunicamos que os textos do ENABED IV realizado em Brasília e a nós enviados estão disponíveis na página da Associação, através do item de menu - Encontros Nacionais.
Convidamos a todos a visitar a página. http://www.abed-defesa.org/

Cordialmente

--
José Miguel Arias Neto
Secretário ABED




__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

terça-feira, 10 de maio de 2011

Re: ** A Geração ISEB

 
Existem duas informações equivocadas no texto: 1) a sede do ISEB não foi abandonada: foi transformada em Ministério do Interior, sob o comando do general Cordeiro de Farias; e 2) A biblioteca foi parcialmente queimada: uma boa parte do acervo do ISEB foi parar na... Escola Superior de Guerra.

No que se refere ao item 1, tive acesso ao acervo do Diário Oficial da União de 1964 e nele consta um ofício do Ministério do Interior informando sobre a mudança de sua sede para a Rua das Palmeiras 55; E no item 2, ao visitar a Escola Superior de Guerra (ESG) para pesquisa, verifiquei que parte do acervo lá está, inclusive com títulos de livros de isebianos editados pela ESG, principalmente livros de Guerreiro Ramos.

Aproveito que o tema é sobre o ISEB e convido todos a lerem meu artigo sobre esta instituição:

http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=315

Saudações históricas,

Fabrício Augusto Souza Gomes
http://lattes.cnpq.br/3456306984132451



Em 10 de maio de 2011 19:23, GRUPO DE ESTUDOS DA HISTORIA DO BRASIL <grupohistoriadobrasil@yahoo.com.br> escreveu:
 

A Geração ISEB

Fonte: ITU.COM.BR Publicado: Segunda-feira, 9 de maio de 2011 por Deborah Dubner
divulgação
Foto
Este artigo foi publicado no livro História e Geografia Fluminense
Por Neusa Fernandes, Pós-doutora, historiadora e museóloga
O Instituto Superior de Estudos Brasileiros – ISEB- foi um centro de estudos criado pelo Decreto n. 37.608, de 14 de julho 1955, ainda no Governo de Café Filho, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura. Foi inspirado em um projeto do professor Alberto Torres, do início do século, na época dos grandes diagnósticos do Brasil, e esboçado pelo Grupo Itatiaia, que reunia intelectuais do Estado do Rio de Janeiro e de São Paulo, defensores de um nacionalismo menos radical que o nele defendido. O Grupo Itatiaia era liderado pelo professor Hélio Jaguaribe que articulou uma instituição denominada Instituto Brasileiro de Economia, Sociologia e Política (IBESP). Esta instituição foi responsável pela edição da Revista Cadernos de Nosso Tempo (1953 a 1956) e que viria a se constituir no núcleo do futuro ISEB.
O ISEB iniciou suas atividades quando Juscelino Kubitschek assumiu a presidência da República. Com plena liberdade de cátedra, caracterizou-se por promover o debate sobre os problemas nacionais.Constantes na pauta das discussões promovidas pelos intelectuais do Instituto estavam a filosofia, a história, a economia, a sociologia, a política e a cultura. O principal objetivo da instituição era servir de instrumento para o desenvolvimento de uma ação política na conjuntura econômica e social brasileira dos anos 50, formando quadros para o Estado e para a sociedade brasileira. Para tanto, apresentava-se como um órgão de vanguarda do pensamento desenvolvimentista , reunindo os mais conceituados intelectuais da esquerda, da direita ou do centro. Conviviam no ISEB liberais, socialistas, marxistas, democratas, nacionalistas e antinacionalistas, defensores do capital estrangeiro, como o economista Roberto Campos, enfim nomes como: Ignácio Rangel, Miguel Reale, Sérgio Buarque de Holanda, Hélio Jaguaribe, Guerreiro Ramos, Cândido Mendes de Almeida, Cândido Motta Filho, Josué de Castro, Álvaro Vieira Pinto e Nelson Werneck Sodré, sob a direção do filósofo paulista Roland Cavalcanti de Albuquerque Corbisier.
Era o ISEB constituído de cinco departamentos: o de filosofia, chefiado pelo professor Álvaro Vieira Pinto; o de História, chefiado pelo professor Cândido Mendes, com coordenação no curso de História Brasileira do pensador marxista e militar Nelson Werneck Sodré; o de Sociologia, chefiado pelo sociólogo Alberto Guerreiro Ramos; o de Ciência Política, chefiado por Hélio Jaguaribe; o de Economia com Evaldo Correia Lima, cujo mais destacado colaborador foi Ignácio Rangel.
Apesar das diferentes convicções filosóficas, pode-se detectar que o nacionalismo e o desenvolvimentismo estavam no centro das metas isebianas. Esses pensadores acreditavam que poderiam formular um projeto ideológico comum para o País.
Afinados com a política desenvolvimentista de JK, os intelectuais do ISEB receberam apoio do presidente que, em declarações públicas, prestigiou a instituição, definindo-a, como um centro de estudos e pesquisas, que se diferenciava dos demais órgãos universitários por estar voltado para o estudo dos problemas brasileiros.. Entretanto, JK criou o Conselho de Desenvolvimento exatamente com essa tarefa e a ele não pertencia nenhum membro do ISEB.
O ISEB, além da publicação de livros e da realização de seminários de estudos e da promoção de pesquisas, oferecia cursos e outras atividades intelectuais.. Entre elas, empenho maior na organização dos debates políticos, cuja tônica era sempre o desenvolvimento nacional e a construção de uma ideologia do desenvolvimento, visando ao processo de transformação, à possibilidade de diminuir os abismos sociais, quando o estágio de uma sociedade industrialmente desenvolvida fosse atingido.
Ao longo de sua existência, podemos distinguir dois momentos na vida do Instituto. O primeiro (1955-1959) foi o da criação, que coincidiu com o período desenvolvimentista do governo JK. Nessa fase, o grupo de intelectuais aderiu à candidatura JK.
Vale lembrar que na década de 50, a ideologia do desenvolvimento nacional era o idioma político alavancado pelo presidente "bossa nova", que deu a grande virada do capitalismo brasileiro, construindo a nova capital, favorecendo a entrada de tecnologia e capital estrangeiro, correndo à sombra do desejo da nação em superar o seu atraso.
O segundo e último momento do ISEB foi a fase que criticou as teses desenvolvimentistas. Decorridos cinco anos do governo, a realidade indicava que o país crescera economicamente, com a consolidação do capitalismo industrial, mas não tinha resolvido seus problemas sociais e as desigualdades tinham aumentado. Nessa fase houve uma maior politização e homogeinização ideológica do instituto norteado pelos filósofos Vieira Pinto e Roland Corbisier e pelo historiador Nelson Werneck Sodré, que privilegiavam as mudanças sociais, econômicas e as reformas de base defendidas pelo governo João Goulart, acompanhando a radicalização do país. Esses três intelectuais foram as referências dessa segunda fase..
O ISEB assumiu uma posição mais agressiva na crítica dos lucros das empresas estrangeiras, da remessa de lucros, da distribuição de renda e da transformação da estrutura agrária. A harmonia de idéias sofreu fissuras no ano de 1958, uma crise que provocou uma cisão, nas palavras de Nelson Werneck Sodré, " inoportuna, inadequada, sectária". De um lado, estavam os que defendiam maior participação do capital estrangeiro, isto é, apoio à plataforma do governo. De outro lado, ao contrário, os que desejavam radicalizar a posição nacionalista.
Após a crise, o ISEB reformulou suas atividades, ampliando os seus cursos, até então dirigido a alunos indicados pelo serviço público, a exemplo do que já fizera a Fundação Getúlio Vargas. A meta agora era atingir um público maior.Nesse sentido, passou a oferecer cursos regulares a militares, estudantes, sindicalistas, empresários, parlamentares, artistas, profissionais liberais, etc. Produziu, também, pequenos livros, de linguagem accessível e didaticamente elaborados, dirigidos às camadas menos privilegiadas e às classes trabalhadoras, denominados Cadernos do Povo.
Por intermédio do sociólogo do ISEB, Carlos Estevão Martins, o Instituto construiu um canal com a UNE, atuando junto ao CPC – Centro Popular de Cultura, criado em 1961, que reuniu artistas de diversas áreas, objetivando a construção de uma cultura popular e democrática. Segundo o seu criador e primeiro diretor, Carlos Estevão, o CPC nasceu inspirado no grupo paulista do Teatro de Arena que também atuou no Rio de Janeiro. Seguiu-se uma temporada de apresentações de peças políticas, elaboradas com humor e que fizeram muito sucesso: Eles não usam black tie, de Gianfrancesco Guarnieri, que mais tarde virou filme com Fernanda Montenegro; Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho; A mais-valia vai acabar, seu Edgard, de Oduvaldo Vianna Filho e Francisco de Assis, musicado por Carlos Lyra, que analisava didaticamente o conceito ideológico da teoria marxista. Durante um ano, de 1961 a 1962, o CPC, juntamente com o ISEB, produziu dezenas de peças, com a colaboração de muitos artistas, poetas, escritores, atrizes e atores, encenadas nos diversos teatros cariocas e também nos locais de trabalho, além da organização de feiras de livros com shows musicais. Selando a parceria ISEB e UNE, as edições dos Cadernos Brasileiros e a História Nova de um dos artífices do ISEB, Nelson Werneck Sodré.
A lembrança que guardo dos meus professores no ISEB são todas muito ricas. O convívio com aquelas inteligências era muito gratificante. Entretanto, recordo que as mais marcantes foram as presenças dos professores Cândido Mendes de Almeida e Nelson Werneck Sodré. O primeiro pela impressão avassaladora que causavam a sua exuberância e a sua erudição, expressas nas aulas ininteligíveis para nós, ainda graduandos. Ficávamos ali como a massa ficava em Roma ouvindo Cícero: não entendia nada, mas permanecia siderada, embalada pela musicalidade do discurso.
O segundo era uma figura simples de um general aparentemente tímido que lecionava História do Brasil, plenamente identificado com o materialismo histórico. Estatura mediana, cabelos, olhos e farto bigode escuros, ministrava suas aulas, de pé, cuja característica era a seriedade. Passava tanta verdade e seriedade, que no auditório o silêncio era profundo. Impossível negar a importância que as sínteses interpretativas da história brasileira apresentadas por ele causavam nos corações e nas mentes de seus alunos. A popularidade do professor Nelson Werneck Sodré entre os estudantes de História e de Ciências Sociais foi típica dos meados dos anos 50 e 60. Seus livros eram leituras obrigatórias. Fiel às suas ideias e ao socialismo, defendeu sempre as suas posições, o marxismo, o ISEB, suas obras, até a sua morte em 1999.
Em entrevista que deu, em maio de 1988, Nelson Werneck Sodré, talvez último historiador marxista ortodoxo, analisou, dentre outras coisas, a atuação do ISEB, afirmando que, no ano de 1964, o Instituto já não desfrutava do prestígio dos anos anteriores. Para ele, a esquerdização tinha levado a instituição ao isolamento
Nos primeiros dias de abril de 1964, o ISEB e a UNE foram destruídos pelo golpe militar que depôs o presidente João Goulart no dia 31 de março. A biblioteca e o arquivo do ISEB foram queimados. A sua sede na Rua das Palmeiras 55, foi abandonada, para tempos depois, sediar o Museu do Indio que veio transferido do Maracanã.
Repetindo as palavras do professor Caio Navarro de Toledo, da UNICAMP, que, em artigo publicado na Folha de São Paulo, analisou as metas isebianas: " O ISEB foi, no Brasil contemporâneo, a instituição cultural que melhor simbolizou ou que melhor concretizou o ideal do engajamento do intelectual na vida pública e social do país".
Se a produção dos intelectuais que compuseram o ISEB é vasta, a produção teórica, os estudos monográficos sobre o ISEB ainda são relativamente pequenos. E os estudos produzidos no exterior não foram traduzidos e publicados no Brasil.
No entanto, conseguimos levantar uma bibliografia geral sobre o assunto que disponibilizamos e se encontra na secretaria do IHGRJ.
Desejei passar impressões muito pessoais sobre a instituição e o professor general que ajudaram a me formar.

Artigo publicado no livro História e Geografia Fluminense. Rio de Janeiro: IHGRJ, 2008, p. 457-462.
Conheça nosso perfil no Faceboock



--

____________________________


Fabrício Augusto Souza Gomes

E-mail: fabricio.gomes@gmail.com




__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

Arquivo do blog

Seguidores do Grupo de Estudos da História do Brasil - GEHB.