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domingo, 20 de fevereiro de 2011

** Revolução cubana na passarela do samba

Cuba from 123gifs.eu


AS ILHAS DA MAGIA DA UNIÃO POPULAR
Raul Longo
 
Ilha da Magia é o dístico de Florianópolis em função da mitologia local que confere à colonização açoriana, a participação de algumas bruxas.
 
Bruxas eram comuns nos Açores porque ao arquipélago no meio do Atlântico, equidistante de Europa e América, os poderosos de Portugal degredavam seus contestadores.
 
Como nas sociedades de todas as épocas, lá em Portugal os contestadores também eram da gente do povo, pois raramente acontece de um nobre, um vigário ou qualquer classe de acomodado às benesses ou aos farelos do Poder, contestar alguma coisa.
 
E, naqueles tempos medievais, isso era ainda mais raro, pois o Poder era tanto e a obstinação em mantê-lo tamanha, que nem preciso contestá-lo. Bastava não se sujeitar a um daqueles poderosos para ser mandado aos Açores.
 
Na Ibéria, como em toda a parte, a força contestadora das mulheres sempre teve um efeito muito forte. Ainda hoje é assim. Reparem que um sujeito que reclama ou não se sujeita, por mais admirado que seja, nunca o é tanto quanto uma mulher que peita a empáfia e prepotência dos poderosos, como há pouco tempo a hoje Presidenta Dilma fez a um extinto senador.
 
Natural, pois da mulher se construiu o mito da fragilidade, da candura. Quando uma foge desse estereótipo, se entende que tenha superado a condição feminina.
 
Observando bem, é condição imposta, patriarcal, formada por preceitos religiosos que relegam a mulher à condição de servis. Agora, imaginem as feministas da europa medieval, dando uma banana para tais mitos!
 
E acontecia, porque aqueles povos ibéricos, antes do domínio do Império Romano, provinham dos celtas, uma cultura baseada em outros ritos onde a entidade religiosa suprema era a Grande Mãe. Aí, quando os romanos se fazem cristãos e se instaura o Império Católico com aquela transformação do Jeová dos semitas hebreus em deus único, dá-se o embate das sacerdotisas da Grande Mãe com os sacerdotes católicos.
 
Assim nasceu o mito das bruxas. A magia, divulgada pelos contos de fadas, foi a forma de convencer as pessoas de que aquelas mulheres contestadoras eram do mal. E quem era do mal, naqueles tempos, ou ia pra fogueira da inquisição ou para os Açores.
 
Lá pelo século 18, aquela gente ali abandonada desde cerca de 1430, estava à míngua, morrendo de fome, pois a insuficiente produção agrícola das ilhas era monopolizada pela Igreja e há registros de um édito real obrigando o bispo de uma delas a distribuir os grãos armazenados nos silos de sua capela, do contrário o povo morreria de fome.
 
Compreensível a avareza do bispo, afinal nos Açores tornou-se impossível satisfazer a gula e o jeito foi transferir aquele povo pela região litorânea da vasta e nova colônia: o Brasil.
 
Assim vieram as bruxas, muitas delas declaradas como tal por provocarem os párocos com a tentação da luxúria, como o caso de uma cabocla da Paraíba, dona de um corpo tão diabolicamente atentado que o padre não teve outro jeito senão mandar queimar a obra do demo.
 
Atenção! Aqui não se trata de alusão à sigla de partido político, coisa que então nem existia, embora, de uma forma ou de outra, marque ainda hoje a história de Florianópolis como Ilha da Magia.
 
Marcou e não apenas pela eleição do partido ao governo do estado, nas últimas eleições, mas principalmente porque aqueles açorianos que de lá vieram, cá continuam em situação similar, ainda que bastante melhorada no tocante ao quesito alimentação, pois com índios aprenderam o cultivo e trato da mandioca, confundindo alguns historiadores locais que chegam a divulgar engenhos de farinha e de cana como de origem açoriana, apesar de por lá não haver matéria prima que justificasse tais empenhos. E além de práticas agrícolas, aprenderam também a construir canoas e outros recursos de pesca.
 
Dos negros escravos aprenderam muito da culinária que hoje vai se tornando mais um atrativo turístico desta Ilha de Santa Catarina ou da Magia, entre outras artes hoje esquecidas. Ou melhor, ainda desenvolvidas, mas esquecidas de onde tenham se originado, de forma que aqui se pensa que tudo tenha vindo dos Açores e que não exista em outras partes do país.
 
Não é bem verdade, pois os guaranis desde o sul se espalhavam por São Paulo adentrando Mato Grosso afora até a fronteira oeste do  Paraguai. E negros foram misturados todos: bantos, iorubas, minas, nagôs, angolas, etc. Misturados na dispersão promovida pelos senhores brancos, mas mesmo formando variações culturais, se os dança em cada um dos estados brasileiros.
 
Estados pouco conhecidos pelos  ilhéus de Santa Catarina ou pelos sulistas em geral, limitados em suas fronteiras únicas dentro das quais se creem exclusivos na manutenção de tradições adaptadas de negros e índios que olvidaram no decorrer das miscigenações às culturas ibéricas, enaltecidas na busca de uma identidade europeia que além de não identificar coisa alguma, solidifica provincianismos e imobiliza a criatividade das gerações, reduzindo a cultura a mesmices xenofóbicas.
 
Similaridades às origens açorianas, sem dúvida se mantém. Mas das mais notáveis são as relações sociais, pois ainda que não mais se careça de éditos que obriguem a dar de comer ao povo, quase tão quanto continua reprimido e abandonado. Ou simplesmente ignorado, como ainda há pouco foram ignorados e até anunciados como inexistentes pela então principal autoridade pública do país no setor, natural de Santa Catarina, os mais tradicionais trabalhadores da região, onde constituem uma das maiores colônias de pesca do Brasil.
 
Já certas comunidades étnicas como num passe de mágica se tornam invisíveis. A exemplo do Rio de Janeiro e Espírito Santo, ou onde haja aglomerações urbanas próximas a regiões montanhosas, os mais pobres de Florianópolis também são amontoados nos morros e escondidos nas favelas.
 
Em compensação, assim como no Rio e por todo o Brasil, anualmente os pobres se congraçam com as classes privilegiadas para fazer a maior festa popular do mundo. Temos até nosso sambódromo, que aqui leva o prosaico nome de Passarela Nego Quirido, em homenagem a Juventino João dos Santos Machado que era negro, mas era querido. Nessa de "é nego, mas é quirido" que em outras plagas se substitui por "é negro, mas de alma branca", João acabou atraindo alguns não negros para a entidade carnavalesca Os Garotos do Ritmo que, com a introdução de brancos no samba, passou a ser denominada de Copa Lord, tal como hoje é conhecida uma das maiores escolas de samba da cidade.
 
Duas outras de Florianópolis também tem nomes sintomáticos: Consulado e, a mais antiga, Protegidos da Princesa.
 
A que teve Rodolfo Silva, o popular "Seu das Cor", como primeiro presidente, já não se preocupou em buscar batismo que atestasse apadrinhamento da elite, vindo a existir apenas como Unidos da Coloninha, em homenagem ao bairro onde foi criada, na porção continental do município.
 
Ainda assim, quem vai à Passarela Nego Quirido assistir a um desfile, se pergunta de onde saem tantos negros para fazer o carnaval da capital catarinense. Foi o que intrigou o cineasta alagoano César Cavalcanti que, em 2005, produziu "Além do Samba, a Resistência Afro-Brasileira", onde se documenta essa Florianópolis que não se vê nem se enxerga.
 
De fato, uma magia, um bruxedo. Pois como demonstrado no filme, em shopping e por todo o comércio, restaurantes, bares noturnos, no movimento cotidiano das ruas do centro da cidade, nas praias, no banho de mar e até mesmo nos hospitais e órgãos públicos da cidade, se conseguiu tornar invisível 18% da população da cidade.
 
Já foram 25% há algumas décadas, mas um sistemático processo de embranquecimento ou mais apropriadamente desnegrecimento populacional, conseguiu reduzir o número de cidadãos negros. Mesmo assim é intrigante: afora os da Nego Quirido, durante o ano onde se enfiam tantos negros menos queridos pela elite florianopolitana?
 
Não adianta acompanhar a programação local de TV. Ali não há nenhum. Tampouco nas páginas dos poucos jornais de uma mídia monopolizada pelo grupo gaúcho RBS. No entanto, com o apoio da comunidade negra e sob a legenda do PT, o vereador Márcio de Souza, graduado em química, foi eleito por 5 mandatos. Licenciado neste ano, acaba de ser substituído pelo também negro e doutor, professor em urbanismo da UFSC, Lino Peres.
 
Não há outros políticos negros na cidade, mas esses já são suficientes para demonstrar a razão do título do filme de César Cavalcanti, confirmando que além do samba do carnaval na Nego Quirido, há uma resistência afro-brasileira em Florianópolis ao bloqueio racial.
 
Talvez por tal experiência é que a mais recente escola de samba do município, fundada em 2009 após 3 títulos consecutivos de campeão como bloco carnavalesco, resolveu homenagear outra ilha da magia: Cuba.
 
Há 5 décadas bloqueada pela maior potência político/bélica e econômica do mundo, a resistência de Cuba pela sobrevivência de sua soberania como nação, não deixa de ser uma magia. E ao homenageá-la, o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba União da Ilha da Magia tem obtido para o carnaval de Florianópolis inédita promoção popular, como se infere da constante circulação pela internet de textos e matérias como a do Alípio Freire, reproduzida adiante.
 
E me chegam de todo o Brasil, de leste a oeste, de norte a su... deste. Quase deslizei, mas a verdade é que daqui do sul, propriamente, nem tanto. O que, talvez, se explique pelo monopólio da RBS.
  
Todos os anos, ao reproduzir flagrantes dos desfiles de cada capital, em cadeia nacional a Rede Globo exibe alguns poucos minutos de imagens da Nego Quirido, produzidas pela sua filiada RBS. Tanto isso é verdade que, comentando a eventualidade da assistência de um desses momentos, um assíduo visitante de temporadas de final de ano me perguntou se os passistas seriam contratados do Rio de Janeiro. Com essa observação confirmou a magia da invisibilidade dos negros de Florianópolis, mas também atestou o esforço da Globo e da RBS em dar alguma visibilidade às manifestações populares brasileiras, ocorridas fora do eixo Rio - São Paulo. Isso ocorre ao menos no carnaval quando as fronteiras culturais do Brasil se estendem até a Bahia.
 
Mesmo assim, o carnaval de Florianópolis nunca obteve maior notoriedade nem tanta divulgação pelos esforços de alguma de suas escolas de samba como vêm ocorrendo neste ano, em razão do enredo da União da Ilha da Magia.
 
Não pela Globo ou qualquer outra emissora, pois no que depende da difusão da mídia convencional o país também é reduzido, ainda que por outros motivos. Mais para mercadológicos do que de cunho xenofóbicos.
 
De toda forma,  seja por questões de mercado ou xenofóbicas, sempre se empobrece o regionalismo pela invisibilidade da riqueza de nossa diversidade e a promoção de anacrônicos jacobinismos e ridículos ufanismos. Mas, graças ao enredo da União da Ilha da Magia, ainda que pelo país continuem ignorando a presença negra na conformação sócio/cultural da capital catarinense, muitos brasileiros pela primeira vez estão sendo informados de que aqui existe carnaval. E carnaval de resistência.
 
Apesar dessa divulgação ser importante para uma cidade de vocação turística que, queira-se ou não, integra um país internacionalmente conhecido pelo evento, ouvi dizer que a União da Ilha da Magia está tendo dificuldades e sofrendo bloqueios de patrocínios públicos e privados. Fui comentar o fato com alguém que me respondeu como se evidente: "Também! Quem manda escolher um enredo como esse?"
 
Na matéria abaixo, Alípio Freire demonstra que a resposta a essa pergunta está mais na magia da união popular no que na crença das bruxas de Florianópolis. Essas, únicas sobreviventes do incêndio dos galpões da Grande Rio na Cidade do Samba, desfilarão no Sambódromo carioca.
 
Embora a prefeitura de Florianópolis, que no final do ano passado antecipou a cobrança do IPTU com significativos acréscimos para o período 2011, tenha se recusado a ajudar a escola mais vitimada pelo incêndio; caso ocorra uma mágica e fantástica consagração oficial da União da Ilha da Magia como campeã deste carnaval, certamente a RBS irá sugerir que os jurados foram comprados com dólares e uísques cubanos.
  
Cuba nunca produziu uísque e, sim, rum; mas aí são outras magias e das verdadeiramente pesadas. Isso de magia branca e magia negra é só manipulação de preconceitos dos velhos podres poderes que detêm a os verdadeiros e perigosos bruxedos. Tem aqueles que não creem, pero que hay, hay.    
    
 
   
 
 
 
 
 

De: Alipio Freire
Revolução cubana dá samba

Mostrar ao Brasil e ao mundo uma Cuba livre de preconceitos, descortinando sua história, cultura e conquistas sociais. Esse é o objetivo da escola samba de Florianópolis União da Ilha da Magia. Por defender que o Carnaval é não apenas beleza e diversão, mas também informação e momento oportuno para questionamentos, a agremiação desfilará na Festa de Momo com o enredo "Cuba sim! Em nome da verdade". É a primeira vez que a revolução cubana será homenageada numa passarela do samba.

A ideia é aproveitar os 52 anos da revolução cubana, em 2011, e os festejos pelo bicentenário das independências na América do Sul, iniciados em 2010, para exaltar a luta da ilha pela liberdade.

A mais nova escola de samba de Florianópolis, que vai para o sue terceiro ano de desfiles, associa o tema escolhido à função que avalia ser a mais importante em uma agremiação, a de trabalhar a questão da cidadania. Nesse sentido, quer questionar no Carnaval: "qual o preço da liberdade?"

"Este enredo quer mostrar a saga de um povo que sonhou revolução e lutou para conquistar sua independência. A fibra de pessoas simples, alegres, cheias de sonhos e desejos que valorizam o social, o trabalho, a educação, a cultura e o esporte. Um lugar onde se vive sem miséria ou fome e que mantém acesa a chama dos ideais de liberdade, mesmo com todo o sofrimento do bloqueio que lhes é imposto pela "nação" à qual eles tiveram a ousadia de dizer não", diz a sinopse do enredo.

A União da Ilha da Magia, que já está realizando ensaios todas as sextas e domingo, na Praça
Bento Silvério, em Lagoa da Conceição, lembra no samba os heróis da ilha, José Martí, Che Guevara e Fidel Castro. Destaca as conquistas de Cuba, mas também não deixa de mencionar os prejuízos do bloqueio norte-americano: "Um preço a pagar, não vou negar/ Mas a comunidade em primeiro lugar", diz a letra da música.

Para preparar o desfile, os diretores da escola, que em 2010 tornou-se vice-campeã, estiveram em Cuba colhendo informações. Se encantaram com o país e se convenceram do tema. Chegaram a convidar uma das filhas de Che Guevara, a médica cubana Aleida Guevara, para a festa.

De acordo com o carnavalesco da escola, Jaime Cezário, o enredo será dividido em quatro setores, quatro alegorias e uma média de 18 alas. A história da ilha está presente nos vários elementos do desfile. As fantasias remetem desde à ditadura e à dominação do Tio Sam, até à nacionalização das empresas estrangeiras, aos tradicionais charutos cubanos e ao culto na Santeria.

"Aproveitando essa data mágica (do bicentenário), quando muitos países irmãos começaram a sonhar em ser livres de dominadores estrangeiros, encontramos um em especial, Cuba, que nos dias de hoje ainda é notícia por seus ideais de liberdade, lutas e conquistas sociais, assim como pelo preço que paga por querer administrar suas terras sem influência de nenhuma potência estrangeira, principalmente da maior delas, os Estados Unidos da América, que além de vizinho, sempre sonhou em fazê-la um paraíso de ricos e milionários", diz a escola.

Veja abaixo o resumo do enredo, que tenta clarear um pouco da visão embaçada que muitos têm sobre Cuba. E, ao final, a letra do samba enredo.


SINOPSE DO ENREDO

Cuba sim! Em nome da verdade

O desejo de liberdade ocasiona histórias admiráveis de homens e nações que sonham em ser livres para conquistar uma sociedade mais equilibrada e justa, sem tantas diferenças entre as classes sociais, onde quase sempre, o povo faz parte da classe dos miseráveis e os que detêm o poder, a dos ricos.

Num cenário como esse, nasceu na ilha de Cuba, no final do século XIX, um poeta que sonhou com liberdade, e através de suas idéias de uma sociedade mais justa, usou a literatura como uma flecha certeira para atingir mortalmente o "poder" que estava sempre alheio aos interesses populares, e iniciar o processo que levará o povo, anos mais tarde, a administrar seu próprio destino: José Martí.

"A liberdade custa muito caro e temos ou de nos resignarmos a viver sem ela ou de nos decidirmos a pagar o seu preço." José Martí

O poeta fundará o Partido Revolucionário Cubano, plantando sementes importantes no coração do povo, mas que num primeiro instante não consegue atingir seu principal objetivo: um governo livre de interesse de forças estrangeiras. Cuba liberta-se da dominação espanhola, mas obtém essa liberdade com a ajuda dos Estados Unidos da América, seu vizinho mais próximo que sorrateiramente se envolve na guerra pela independência contra Espanha. A independência é conquistada, mas a liberdade lhes é roubada.

Os americanos camuflam atrás dessa nobre atitude, interesses em transformar a ilha de Cuba num grande paraíso para suas empresas e milionários. Começam a apoiar ditadores que sorriem para seus interesses, mas não se preocupam com o bem-estar da população. Cuba se torna a menina dos olhos do Tio Sam, chegando ao ponto de Havana, sua capital, tornar-se o destino mais requintado das Américas e do mundo nos anos 40 e 50, ditando modas e modismos.

"Quem não se sentir ofendido com a ofensa feita a outros homens, quem não sentir na face a queimadura da bofetada dada noutra face, seja qual for a sua cor, não é digno de ser homem" José Martí

O país que se torna destino mais requintado dos anos 40 e 50, paraíso de ricos e milionários, possui uma população que sofre com os desmandos do poder, vivendo em condições precárias nos centros urbanos, o mesmo acontecendo no campo, onde agricultores e camponeses sofrem com as condições de trabalho.

Um paraíso para poucos e um sofrimento para muitos. Este clima faz surgir no seio do povo o antigo sonho de conquistar um país de justiça social e livre de interferências, mas a ação impiedosa da ditadura tenta abafar esse clamor com mãos de ferro. A insatisfação só aumenta e nos meios estudantis um novo líder surge com idéias de lutar contra a tirania dos governantes e por uma nova sociedade cubana: Fidel Castro.

"Os poderosos podem destruir uma, duas, até três rosas, mas jamais poderão deter a primavera." Che Guevara

Em 1952 mais um golpe de estado fez tomar o poder o ditador Fugêncio Batista. Fugêncio governará com mãos de ferro e fará aumentar cada vez mais o desejo de mudanças. Fidel se destacará rapidamente entre os insatisfeitos, organizará a resistência contra a ditadura e fará movimentos para derrubá-la. Por essas tentativas, será perseguido, preso e exilado. No exílio no México, será apresentado ao médico argentino Che Guevara que se tornará o maior símbolo da revolução cubana.

Fidel organiza e lidera o movimento guerrilheiro 26 de Julho ou M26, em referência a tentativa de assaltar a maior prisao de presos politícos da ditadura em 26 de julho de 1953. A tentativa é um fracasso e os obrigam a se refugiar na Sierra Maestra. Os rebeldes lentamente se fortalecem, aumentando seu armamento e angariando apoio e o recrutamento de muitos camponeses, intelectuais, estudantes e trabalhadores urbanos insatisfeitos com o rumo da Nação. A luta se intesifica, e mesmo contando com o apoio americano, o ditador Fugêncio Batista é derrotado em 1959 e foge de Cuba.

"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros." Che Guevara

A vitória do grupo revolucionário surpreendeu o mundo, pois à época era inimaginável que um grupo de "sonhadores" derrotassem a grande potência econômica e militar. Mas os ideais revolucionários contagiaram o povo cubano. E as idéias e os sonhos venceram as armas.

"Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida."Che Guevara

A vitória da revolução faz surgir um governo de orientação socialista e uma das primeiras medidas do novo governo foi nacionalizar as empresas estrangeiras, inclusive as norte-americanas. Esta atitude desagrada o seu poderoso vizinho capitalista que corta relações diplomáticas, facilitando o alinhamento de Cuba com o seu mais temido rival, a União Soviética. Essa aproximação irá gerar muitas confusões diplomáticas, o que culminará no bloqueio vigente até os dias de hoje.

"Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados!" Che Guevara

Apesar do bloqueio e de alguns problemas sociais encontrados pela revolução, as conquistas sociais foram contabilizadas. A maioria da população recebe energia elétrica e tem acesso à água potável e saneamento básico. Os que não são ainda donos de sua moradia pagam aluguéis simbólicos. A taxa de analfabetismo é praticamente zero, assim como a taxa de evasão escolar e o cubano tem acesso a um ensino – desde o fundamental ao universitário – de qualidade e totalmente gratuito. Mas, além de oferecer educação gratuita ao seu povo, o governo cubano acolhe estudantes de mais de 34 países latino-americanos, africanos e do caribe, tanto nos cursos universitários como nos cursos de mestrado e doutorado.

"O conhecimento nos faz responsáveis." Che Guevara

O sistema de seguridade social, cujos princípios são os da solidariedade, universalidade e integridade, é um dos mais abrangentes do mundo.

A assistência à saúde em Cuba é comparável aos países mais desenvolvidos. Segundo dispositivo constitucional, o cubano tem direito a prestação gratuita de serviços médicos, hospitalares e odontológicos.

Hoje, mesmo reconhecendo que o país passa por dificuldades econômicas e possui deficiências em alguns setores como as telecomunicações e transportes, os cubanos se orgulham da revolução e dos seus resultados, que vão mais longe do que as medalhas conquistadas nas olimpíadas e nos jogos pan-americanos. O cubano tem grande amor ao seu país e faz questão de registrar que mora no único país latino americano sem favelas.

"A melhor maneira de ser livre é ser culto." José Martí

A economia cubana sofreu grande revezes. Com a nacionalização das empresas privadas e o bloqueio americano ficou contando apenas com o apoio da sua grande parceira comercial, a União Soviética que veio a desaparecer nos anos 90, deixando Cuba sem nenhum apoio internacional.

O produto de maior destaque na economia cubana é o açúcar, seguidos pelo tabaco (com destaque para os charutos cubanos que são valorizados no mundo inteiro), a extração do níquel, a pesca, a indústria farmacêutica e a biotecnologia. Na última década o governo vem priorizando o turismo que se tornou grande fonte de divisas e empregos. Os turistas vêm atraídos por suas maravilhosas praias de águas verdes cristalinas e o encantamento das suas cidades que mantêm o clima "retrô" dos anos 50.

"O importante não é justificar o erro, mas impedir que ele se repita." Che Guevara

Na cultura, Cuba encanta por sua diversidade. A mistura do africano com o espanhol gerou uma riqueza cultural raramente vista. A música e a dança cubana rompem fronteiras desde o início do século XX, tornando-se conhecida mundialmente. Com a presença marcante na percussão da conga (tambor), destaca-se a rumba, a salsa, o bolero, o chá-chá-chá e a habanera.

Dois terços da população cubana é negra e mestiça. São descendentes de escravos africanos, que levaram para a Ilha suas tradições religiosas, que foram passadas para seus descendentes ao longo da história. O culto mais importante é a Santeria, que funde crenças católicas com a religião tradicional Iorubá. Inicialmente praticada por escravos, ganhou popularidade e se difundiu pelo seu caráter festivo, suas cerimônias e seus Orixás.

Ao longo de 400 anos, a cozinha cubana experimentou sabores que combinavam produtos e costumes de diferentes culturas. Não há como negar a importância da influência espanhola na culinária desta parte do Caribe, assim como o peso das sucessivas levas de escravos africanos. Um prato típico da cozinha tradicional cubana é moros y cristianos, "mouros e cristãos", que é o arroz com feijão. Outro destaque fica por conta do rum cubano e seus drinks especialíssimos e muito apreciados como a Cuba Libre e o Mojito.

A festa mais popular e animada da ilha de Cuba é o carnaval, com destaque para os de Havana e o de Santiago de Cuba. O carnaval é uma festa espontânea, com música ditada pelo ritmo das congas que são tambores artesanais. Uma música para ser sentida e vivida até o êxtase, um frenesi coletivo. No carnaval cubano o povo participa de diversas maneiras, nas comparsas (blocos), participam integrantes dos bairros e de organismos que se preparam com muito interesse durante o ano todo na confecção de fantasias e de alegorias.

No final dos anos 30 surgiu em Havana, a casa de espetáculos que iria ditar, nos anos 40 e 50, um novo conceito de apresentação de grandes shows, que vai ser imitado por todos: O Cabaré Tropicana. No seu palco os maiores artistas internacionais se apresentaram, dentre essas estrelas, Carmem Miranda.

"Uma pitada de poesia é suficiente para perfumar um século inteiro!" José Martí

É claro que Cuba tem os seus problemas e não é nenhum paraíso socialista, ainda mais por conviver há cinco décadas com um bloqueio econômico. Entretanto, não podemos deixar de ressaltar e, por que não, admirar esse povo que transformou um país com grande índice de analfabetos e miséria em uma nação que hoje é referência mundial nas artes, nos esportes, na medicina, entre outras áreas, e respeitada pela defesa intransigente de sua soberania e que, apesar de todas as dificuldades, não capitulou e permanece firme em seus ideais revolucionários.

Após os avanços e conquistas sociais alcançados nessas últimas cinco décadas, o povo cubano nunca mais será submisso a qualquer interesse externo, tão pouco abrirá mão dessas conquistas, pois os alicerces sociais estão fincados. Um povo alfabetizado e consciente politicamente não se dobra à força das armas, mas sim à dos ideais.

"Endurecer sem perder a ternura!" Che Guevara

Em 2011, Cuba comemora 52 anos da Revolução. Aproveitando esta oportunidade, é importante exaltar a luta do povo cubano pela liberdade. Existe uma Cuba que poucos conhecem, e quando descobrem sua cultura, seu povo e principalmente suas conquistas sociais, se encantam. Por este motivo nós, da Escola de Samba União da Ilha da Magia, escolhemos este enredo para o nosso carnaval. Desejamos mostrar ao Brasil e ao mundo que Cuba precisa ser vista com um olhar livre de preconceitos!

Cuba sim! Em nome da verdade.

Jaime Cezário
Carnavalesco

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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

** Curso de História a Distância - Inscrições Abertas

Gpec - Educação a distância
" Pouco a pouco.....transformando a educação"
Associada a ABED
(Associação Brasileira de Educação a Distância)


 

"O OLHAR DO OUTRO" –
O NEGRO NO BRASIL PÓS-ABOLIÇÃO – 40 horas

Vídeo de Apresentação:


Inscrições Abertas
Início em 14 de Fevereiro

Plano especial Gpec para
 Rede Pública e Estudantes - Consulte-nos!

EMENTA

Este curso visa discutir questões relevantes da condição do homem negro pós-abolição no Brasil, enfatizando a historiografia sobre o período em torno de temáticas diversas, tais como o "nascimento" da Nação, as formas de trabalho, a condição da mulher negra e as relações de poder e propriedade.

DESCRIÇÃO

Curso de História que estrutura, estuda, pesquisa e domina as diferentes concepções metodológicas que referenciam a construção do conhecimento histórico e sua difusão em atividades didático-pedagógicas, possibilitando atuar como laboratório para a reflexão crítica, experimentando e propondo formas alternativas de ensino e aprendizagem.

OBJETIVOS
 Numa perspectiva de construção e desenvolvimento da consciência étnico racial, o curso pretende criar reflexões e debates coletivos sobre os temas gerais que norteiam o programa, intercalados pela realização de fóruns como forma de aprofundar o entendimento entre os participantes.

 
PÚBLICO
Graduados e Graduandos em História ou em outras áreas das ciências humanas; pesquisadores, pedagogos, psicopedagogos, professores, educadores, coordenadores pedagógicos, diretores de escolas, estudantes de história, pedagogia e licenciaturas, estagiários na área de educação e todos os interessados em conhecer a história do negro Brasil.

RESUMO DE CADA MÓDULO

Módulo I
Módulo II
 
 Contexto Histórico da Abolição da Escravidão.
Passagem para o trabalho livre.
 
 
• História: Racismo, Cotidiano e Poder.
Lei de branqueamento, Etnocentrismo.
Consolidação da República.
Chegada dos Imigrantes italianos no Brasil.
 
 História dos Movimentos Sociais.
  Relações de Gênero.
 Superando o Racismo.
 História: Sociedade, Cultura e Imaginário.
 Vídeos de Apoio.
Módulo III
Módulo IV
 História: Tendências da Demografia Brasileira.
História da criação das favelas.
Espaço Urbano: História da Cidade e suas Representações.
 
 Espaço Geográfico. Discussão sobre o homem negro e seu espaço Vital Pós-Abolição e suas Representações.
 
  "Olhar do Outro"  Onde estão os negros na era Contemporânea.
 
Condição da Mulher Negra no Brasil.
 
Módulo V
• Dissertação sobre o conteúdo e reflexão do Curso
­ O Dia da Consciência Negra - Debate


* Todos os inscritos receberão uma apostila com os conteúdos no final do curso *

COORDENAÇÃO E TUTORIA
Professora e Autora Maria Jose Silva Caldas Fagundes
Graduação Lincenciatura Plena em História, Universidade Bandeirantes - UNIBAN - 2008 Aspirante a Bolsa de Pós Graduação de Mestrado em História Econômica pela Universidade de São Paulo. É professora On-line no site Vestibular. Resenhista, revisora, editora e colaboradora do site Profissão Mestre e Revista Museu.
Coordenação de Apoio -  Patricia Limaverde Nascimento
Mestre em Educação:Currículo pela PUC-SP, Bióloga (CRBio1 61128/01-D), possui 14 anos de experiência em coordenação e direção pedagógica. Foi orientanda de Maria Cândida Moraes e desenvolve projetos de assessoria pedagógica em escolas particulares e públicas. Trabalha na formação de professores da rede privada e pública sempre voltada para as inovações em didática e abordagens curriculares. Já apresentou seus trabalhos de educação transdisciplinar em diferentes estados no Brasil e também na Espanha, em Barcelona. Autora de 3 coleções de livros didáticos de educação infantil e co-autora de 4 coleções de livros didáticos de ensino fundamental. Já ministrou cursos sobre Transdisciplinaridade, Trabalho com Projetos em sala de aula, além de cursos nas áreas de matemática e semiótica aplicada no currículo de educação infantil e de ensino fundamental. Recebeu, em maio de 2006, o prêmio de Melhor Experiência em Educação Humanitária no Congresso Latino-Americano de Educação Humanitária realizado no Memorial da América Latina em São Paulo.
Suporte Jornalístico e Coordenadora de Relacionamento -Gisela Zampelli 

Suporte Técnico I - Janaína Corrêa Martino Bernaola

Suporte Técnico II - Avate
 
CARGA HORÁRIA E HORÁRIO DO CURSO
A carga horária estimada para esse curso é de 40 horas/aula, divididas entre estudos e interação online e pesquisas off-line. O horário de estudos é estabelecido pelo próprio participante, de acordo com sua disponibilidade, possuindo um prazo mínimo de quatro semanas para conclusão.

FORMATO DO CURSO
 
Os cursos online oferecidos pela GPEC possuem o seguinte formato:
       1.     Vivências sensibilizadoras para a temática do curso
2.     Os conteúdos serão distribuídos em lições contendo textos-base, fóruns de discussão, exercícios,  vídeos de sensibilização para leitura e reflexão e apresentações de slides com áudio.
3.     Será estimulada a interação com outros participantes e com o corpo docente em fóruns e salas de bate-papo (chats). No fórum de discussão acontecerão debates sobre as questões escolhidas pela ministrante e pertinentes a um determinado tema
4.     O esclarecimentos de dúvidas será realizado através de contato direto com o corpo docente através da própria página do curso. Será oferecido o apoio de um supervisor do curso como facilitador da integração dos alunos e apoio técnico para questões relacionadas à navegação no ambiente de aprendizagem
5.     Avaliação (teórica e participação-interação com o grupo)

  REQUISITOS NECESSÁRIOS
Computador com acesso a internet. É necessário ao inscrito saber navegar pela internet, fazer download de arquivos e enviar e-mail. Temos também um fórum de discussão e um chat dentro do curso onde estas ferramentas serão muito utilizadas.
 
Os inscritos receberão por e-mail o Manual do Aluno , contendo todas as informações necessárias para a realização do curso.Além disso, disponibilizamos um suporte técnico para auxiliar os inscritos na navegação.
 
AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
O curso possui uma série de atividades avaliativas propostas tais  como:
1.     Realização de atividades interativas de acompanhamento;
2.     Reflexão das leituras complementares indicadas;
3.     Atividades de avaliação da unidade didática;
4.     Participação nas listas e no fórum de discussão (A avaliação dessa participação será feita em função do conteúdo e da relevância das mensagens).
 O resultado das avaliações será expresso em porcentagem, em escala de 0 a 100%. Os alunos que conquistarem 75% das metas do curso, obterão a certificação.
Todas as atividades  serão realizadas on-line.
Após conquistar 75% das metas do curso, o participante poderá emitir automaticamente seu certificado digital, registrado internamente pela GPEC e enviado por e-mail. O participante poderá imprimir seu certificado na sua própria impressora. Neste certificado constará: nome do curso, nome do participante, carga horária, assinatura digitalizada do(a) professor(a) do curso, dados da empresa GPEC (CNPJ, endereço), e o código de registro do certificado.
Caso o participante queira solicitar um certificado impresso, este será emitido via correio, mediante pagamento de uma taxa de impressão e postagem. Este certificado será impresso em papel especial, terá todos os itens do certificado digital acima citados e mais outros itens como: conteúdo programático, carimbo da empresa e selo de autenticidade.

Os cursos online oferecidos pela Gpec  estão classificados como cursos livres de atualização, aprimoramento, qualificação profissional e pessoal sob a perspectiva de Educação Continuada.

Os certificados têm validade para fins curriculares e em provas de títulos, respeitando a carga horária descrita.


Todos os cursos e oficinas com menos de 200h/a estão isentos de qualquer reconhecimento pelo MEC ou Secretarias de Educação - Base legal: Lei de Cursos Livres, nº. 9394/96 art. 67 e 87, inciso III e Parecer nº. 64/2004 - CEDF.
 
VALOR

Este curso possui um investimento total de R$ 70,00 ( Setenta  Reais)

 FORMAS DE INSCRIÇÃO E PAGAMENTO
 
Temos três opções de inscrição e pagamento:
 
1- Parcelado no cartão de crédito (Cartão VISA - MASTER, Dinners, Hipercard, Aura e American Express)
2- À vista através de pagamento on-line ou Boleto Bancário 
O pagamento é realizado através do PagSeguro, que aceita cartões de crédito, débito automático em conta ou boleto bancário. Esse tipo de pagamento é totalmente seguro, garantido pela UOL.
 Para se inscrever, acesse nosso site: www.gpeconline.com.br e localize o curso em nossa página.
 Você encontrará um banner do Pag Seguro. Clique no banner : Pagar com Pag Seguro . Abrirá uma janela de formulário.
 Após digitar o Cep, clique em ok, pois automaticamente aparecerá o seu endereço e as opções de pagamento para realizar a sua inscrição.
A sua inscrição será efetivada  e após a confirmação de seu pagamento você receberá por e-mail as instruções necessárias para acessar a plataforma de ensino deste curso.
Os seus dados serão mantidos em sigilo absoluto e não ficarão à disposição da nossa empresa, apenas da PagSeguro.
O pagamento realizado pelo PagSeguro é rápido, simples e super-seguro.
Assim que efetuar o pagamento você receberá o comprovante da ordem de serviço por e-mail.
 3 - Envio por e-mail de Boleto Bancário da Caixa Econômica com seus dados para pagamento em até 2 vezes sem juros.
(para esta opção, você deverá enviar por e-mail: Nome completo, Endereço completo, CEP e CPF).
Este boleto permite efetuar o pagamento em qualquer agência bancária  e em casas lotéricas. Não há necessidade de enviar qualquer tipo de comprovante, pois nosso sistema identifica automaticamente a operação.
Maiores informações pelo  e-mail: gpec@gpeconline.com.br  ou inscrição@gpeconline.com.br
 
Atenciosamente
Equipe GPEC
" Pouco a pouco.....transformando a educação"
GPEC - GRUPO DE PRODUÇÃO EM EDUCAÇÃO & CULTURA LTDA
São Paulo - SP

 Este é um informativo da Gpec
Caso queira sair da nossa lista, basta retornar este e-mail colocando remover no assunto
Caso queira reenviar a um amigo, nós agradecemos!









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Devemos promover a coragem onde há medo , promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero.

Nelson Mandela
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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
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    quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

    ** Viriato Corrêa inovou modo de ensinar História para crianças

     
    Viriato Corrêa inovou modo de ensinar História para crianças


    Uso de imagens e do avô contador de histórias: recursos para atrair as crianças

    O escritor maranhense Viriato Corrêa (1884-1967) inovou ao ensinar História do Brasil de maneira lúdica, utilizando imagens e ilustrações para prender a atenção das crianças. Na Faculdade de Educação (FE) da USP, uma pesquisa analisou como as obras do escritor serviram como referencial e mudaram o modo de ensinar História para crianças entre 6 e 12 anos, a partir de 1930.
    Uma desses livros é História do Brasil Para Crianças, publicado em 1934 pela Companhia Editora Nacional (CEN) e que permaneceu 50 anos no mercado: sua última edição (28ª) foi em 1984. "Quando foi lançado, já existiam obras didáticas de História para o público infantil, mas que tinham como principal característica dar importância a datas, nomes e personagens históricos: eram os tradicionais questionários de perguntas e respostas", conta historiador Ricardo Oriá, autor da tese de doutorado O Brasil contado às crianças: Viriato Corrêa e a literatura escolar para o ensino de História (1934-1961), apresentada em 2009 na FE, sob orientação da professora Circe Bittencourt. O trabalho será lançado como livro pela AnnaBlume Editora no próximo mês de abril, em data que ainda será definida.




    Posse do escritor na Academia Brasileira de Letras, em 1938

    Segundo o pesquisador, "Viriato Corrêa inovou a maneira de ensinar História ao escrever livros escolares que se preocupavam em contar os fatos históricos de uma maneira lúdica e atraente, utilizando principalmente uma rica iconografia, sem se preocupar muito com datas e nomes". Oriá comenta que, em alguns livros, o escritor faz advertências ao professor, como 'criança somente se interessa por aquilo que é vistoso'. "Ele ajudou a vulgarizar a história, no sentido de torná-la popular. Considerava que o ensino dessa disciplina tinha de ser agradável e entendido por todos. O historiador deveria ser, antes de tudo, um contador de histórias."
    ABL
    Além de escrever livros para crianças, Viriato Corrêa foi jornalista, dramaturgo, romancista e político, tendo sido o primeiro autor brasileiro de livros infantis a tomar posse na Academia Brasileira de Letras, em 1938.
    Ricardo Oriá explica que, em sua pesquisa, considerou como livro escolar (ou didático) a obra que, embora não tenha sido escrita especificamente para este fim, acaba sendo utilizada em sala de aula. O pesquisador analisou 9 livros: Contos da História do Brasil (1921), A Descoberta do Brasil (1930), História do Brasil para crianças (1934), História de Caramuru (1939), Bandeira das Esmeraldas (1945), As Belas Histórias da História do Brasil (1948), Curiosidades da História Brasileira (1952) e História da Liberdade no Brasil (1962), além do romance infanto-juvenil Cazuza (1938).
    "História da Liberdade no Brasil serviu de base para o samba-enredo da escola de samba carioca Salgueiro no carnaval de 1967, o que demonstra o caráter de divulgação e o alcance popular dos livros dele", informa Oriá.




    "Cazuza" traz o cotidiano de um garoto numa escola do Maranhão
    História do cotidiano

    De acordo com o historiador, desde 1920 até meados de 1940, a literatura escolar brasileira enaltecia determinados valores cívicos e patrióticos, como a moral, os bons costumes, o amor à pátria, com o objetivo de formar cidadãos republicanos. As obras de Viriato Corrêa enfatizavam a 'pequena história', ligada aos aspectos da vida cotidiana das pessoas: os transportes, como vivem os avós, etc", relata. Outra característica é a tentativa de exaltar determinadas figuras históricas, como os bandeirantes e Tiradentes, por meio das ilustrações. Segundo o pesquisador, isso já podia ser observado anteriormente, nos primeiros anos da República, mas foi reforçado nas obras do escritor.
    Além dos livros, Ricardo Oriá também analisou os discursos do escritor maranhense na Academia Brasileira de Letras e a correspondência que manteve com Ribeiro Couto (poeta, acadêmico e escritor brasileiro). Livros de memorialistas, como Ariano Suassuna, também fizeram parte da análise. "Em um desses livros, Suassuna conta que aprendeu história do Brasil lendo Viriato Corrêa", comenta.



    Viriato Correa em sessão de autógrafos do livro "História da Liberdade do Brasil", rodeado de crianças

    Segundo o pesquisador, atualmente apenas os livros Cazuza, Bandeira das Esmeraldas e Curiosidades da História Brasileira estão reeditados como literatura paradidática pela Companhia Editora Nacional. "Por veicularem uma concepção de História tradicional e em grande parte pela renovação da historiografia escolar que rompe com esse modelo tradicional, os livros de Viriato, com exceção de Cazuza, não são mais adotados na escola brasileira de hoje. Mas isso não tira o valor historiográfico de sua produção voltada para atingir o grande público, sobretudo com suas crônicas históricas", finaliza.
    Imagens cedidas pelo pesquisador
    Mais informações: (61) 9289-9472 ou email groof@uol.com.br, com o historiador Ricardo Oriá

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      ** Revista eletrônica História e Diversidade recebe trabalho para 1ª Edição

       

      Revista eletrônica História e Diversidade recebe trabalho para 1ª Edição

      17/02/2011 - 11h03
        


      Fonte: UNEMAT - Da Redação
      A Revista Eletrônica História e Diversidade está recebendo trabalhos para a sua primeira edição, com seção livre de temáticas para artigos e resenhas, desde que respeitadas as áreas de abordagens da revista. O prazo para envio dos textos se encerra no dia 30 de abril de 2011. Os artigos e resenhas deverão ser enviados para o seguinte e-mail: historiaediversidade@unemat.br.
      A revista eletrônica é vinculada à linha de pesquisa "ensino de história, educação ecolar indígena e diversidade cultural" do curso de Licenciatura Plena em História, destinada a publicar trabalhos oriundos de estudos, pesquisas, experiências didático-pedagógicas e/ou de extensão sobre as temáticas relacionadas à História e Historiografia; Ensino de História; Formação de Professores; Diversidade Cultural e temáticas afins.
      Com publicação semestral, a revista se propõe a ser um canal de divulgação da produção de professores e pesquisadores da Unemat e demais universidades. A veiculação gratuita e integral dos textos via internet possibilita maior circulação e visibilidade para os estudos publicados, permitindo fácil acesso a professores, pesquisadores, alunos e demais interessados com os rumos e inovações do conhecimento cientifico produzido na atualidade.
      Outras informações na página da revista: http://www.unemat.br/revistas/historiaediversidade


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        ** JORNADA DE ESTUDOS HISTÓRICOS - UFPE

         

        JORNADA DE ESTUDOS HISTÓRICOS

        PDF Imprimir E-mail

        O Programa de Pós-Graduação em História da UFPE tem a grata satisfação de anunciar a Jornada de Estudos Históricos, que acontecerá entre os dias 16 e 23 de fevereiro de 2011, no Auditório do PPGH/UFPE, no 10º andar do CFCH, quando receberemos vários pesquisadores renomados para proferir conferências, seguidas de discussão e debate.

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          quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

          ** Convite - História & Teatro - XXVI Simpósio Nacional de História

           
                  
              Caro(a)s colegas,

          Gostaríamos de convidar a todos os interessados em discutir as relações entre História & Teatro para se juntarem a nós no XXVI Simpósio Nacional de História, que ocorrerá, de 17 a 22 de julho de 2011, na Universidade de São Paulo/USP, em São Paulo. Lembramos que a  iniciativa de propor um simpósio que refletisse sobre História & Teatro começou em Florianópolis/SC, em 2006, no III Simpósio Nacional de História Cultural, e se consolidou em São Leopoldo/RS, em 2007, no XXIV Simpósio Nacional de História, em São Paulo/SP, em 2008, no XIX Encontro Regional de História da ANPUH/ SP, em Fortaleza/CE, em 2009, no XXV Simpósio Nacional de História e em Franca/SP, em 2010, no XX Encontro Regional de História da ANPUH-SP. Ela é retomada agora visando reafirmar o sentido original da nossa proposta e incorporar um maior número de pessoas interessadas em se integrar a essas discussões.
          As inscrições para o Simpósio História & Teatro estão abertas desde 01 de janeiro e se encerram em 21 de março. Para maiores detalhes, consultar a página do evento http://www.snh2011.anpuh.org/site/capa ou, se quiser, pelo e-mail akparanhos@uol.com.br
          Atenciosamente,

          Kátia Rodrigues Paranhos (Universidade Federal de Uberlândia/UFU/MG)  e Vera Collaço (Universidade do Estado de Santa Catarina/Udesc/SC) - Coordenadoras do Simpósio Temático, n. 54 História & Teatro (http://www.snh2011.anpuh.org/simposio/view?ID_SIMPOSIO=521
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