Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

GEHB ** RÉQUIEM PARA O IUPERJ

 

Prezados colegas e amigos do IUPERJ,

Voltamos, nós do IUPERJ, a recorrer aos colegas das Ciências Sociais e da Academia em geral. Dirão alguns decerto que se trata da continuada crise que os ocupou em nosso apoio, em momento crítico há seis anos atrás. Sim, é a mesma, só que agravada ao seu mais extremo limite, pois agora o que está em jogo é o encerramento das atividades da instituição.

Nestes últimos anos, a situação da Universidade Candido Mendes, mantenedora do IUPERJ, só fez deteriorar-se. Nos últimos dois anos, não recebemos 9 salários dos 26 devidos e vários direitos trabalhistas não são honrados desde 1999. Em 2010 não temos qualquer perspectiva de que receberemos salários ao longo de todo o ano letivo. Ora, como não temos recursos próprios, que fazer para evitar um desfecho que nos é catastrófico?

Estamos negociando com o Governo Federal, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, a formação de uma Organização Social, entidade que propiciaria aporte de recursos públicos, inclusive orçamentários, e privados para o Instituto: trata-se da única alternativa capaz de garantir a sobrevivência institucional. Ocorre, porém, que não são poucos os obstáculos nesse caminho, até mesmo uma argüição de inconstitucionalidade das OS no Supremo Tribunal Federal. Se superados todos os obstáculos, vale lembrar, só alcançaremos resultados tangíveis em 2012, não obstante o apoio manifestado por diversas agências governamentais.

Incerto e longo, o caminho não será percorrido sem o apoio e a solidariedade da comunidade científica, os quais, diga-se a bem da verdade, jamais nos foram negados. O alerta aos poderes públicos só se efetivará de fato com crescentes manifestações de preocupação com o destino do IUPERJ.

O IUPERJ é sua história, o empenho de seus estudantes, funcionários e professores nestes últimos 40 anos; seus programas de Ciência Política e Sociologia, respectivamente com graus 6 e 7 na avaliação da CAPES e ambos totalmente gratuitos; as 281 teses de doutorado e 471 dissertações de mestrado aqui defendidas; o fato de que 41% de seus doutores egressos ensinam e pesquisam em universidades públicas e 23% o fazem em instituições particulares; os 40 doutores do exterior aqui diplomados; os 11 grupos de pesquisa ora cadastrados no CNPq. É por tudo isso que acreditamos numa solução institucional e decidimos iniciar o ano letivo mesmo sem salários.

Queremos continuar a fazer o que sempre fizemos. A instituição é maior que cada um de nós. Tudo faremos para tentar salvá-la, mas nem tudo está ao nosso alcance. Por isso, pedimos, e é este o verbo, o apoio dos colegas.

Adalberto Moreira Cardoso
Argelina Maria Cheibub Figueiredo
Carlos Antonio Costa Ribeiro
Cesar Augusto C. Guimarães
Diana Nogueira de Oliveira Lima
Fabiano Guilherme M. Santos
Frédéric Vandenberghe
Gláucio Ary Dillon Soares
Jairo Marconi Nicolau
João Feres Júnior
José Maurício Domingues
Luiz Antonio Machado Silva
Luiz Jorge Werneck Vianna
Marcelo Gantus Jasmin
Marcus Faria Figueiredo
Maria Regina S. de Lima
Nelson do Valle Silva
Renato de Andrade Lessa
Renato Raul Boschi
Ricardo Benzaquen de Araújo
Thamy Pogrebinschi

Adalberto Moreira Cardoso Argelina Maria Cheibub Figueiredo
Carlos Antonio Costa Ribeiro Cesar Augusto C. Guimarães
Diana Nogueira de Oliveira Lima Fabiano Guilherme M. Santos
Frédéric Vandenberghe Gláucio Ary Dillon Soares
Jairo Marconi Nicolau João Feres Júnior
José Maurício Domingues Luiz Antonio Machado Silva
Luiz Jorge Werneck Vianna Marcelo Gantus Jasmin
Marcus Faria Figueiredo Maria Regina S. de Lima
Nelson do Valle Silva Renato de Andrade Lessa
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    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
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domingo, 27 de junho de 2010

GEHB ** Negras raízes

 

Fonte: Diário Catarinense 26 de junho de 2010 | N° 8848 HISTÓRIA

Negras raízes

Grupo da UFSC procura desvendar presença de africanos na Ilha de Santa Catarina entre o final do século 18 e começo do 19

Pouco se sabia sobre a presença de africanos no cotidiano da Ilha de Santa Catarina entre o final do século 18 e o início do século 19. Essa situação vem mudando a partir de uma relevante pesquisa coletiva envolvendo professores e alunos do curso de História da UFSC, que estão desvendando a presença de africanos, tanto escravos quanto libertos, na economia e na vida da Ilha de Santa Catarina. O estudo, coordenado pela professora Beatriz Gallotti Mamigonian, teve financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

No trabalho, o grupo busca avançar em relação a pesquisas anteriores que denunciam a invisibilidade do negro e se preocupam em demonstrar sua presença em Santa Catarina. Um dos principais objetivos da investigação é quantificar e qualificar a presença de africanos no litoral catarinense. Para isso, é preciso dialogar com trabalhos sobre escravidão em outras partes do Brasil e no Atlântico.

A escravidão na Ilha de Santa Catarina foi por muito tempo percebida como doméstica e menos importante do que a escravidão dos engenhos de açúcar, dos cafezais ou das charqueadas. Os agricultores açorianos foram rotulados de pobres. Trabalhos recentes sobre a produção de gêneros para o abastecimento e sobre o comércio transatlântico de escravos inspiraram o novo olhar sobre os escravos em Florianópolis e do litoral catarinense.

O grupo de historiadores da UFSC fez uso de vários tipos de documentos, mas, principalmente, registros de eclesiásticos de batismo, óbito e casamento. O levantamento dos registros de batismo dos africanos recém-desembarcados, em geral jovens ou adultos, mostrou que o auge da chegada de negros na Ilha aconteceu entre 1808 e 1830, coincidindo com a dinamização da economia do Sudeste desencadeada pela chegada da Corte portuguesa ao Brasil.

Esses africanos iam trabalhar nas propriedades rurais, que produziam farinha de mandioca, açúcar, feijão, milho, cachaça e outros produtos básicos de abastecimento. Quatro em cada 10 famílias do Ribeirão da Ilha, em 1843, tinham escravos. Em geral, até cinco. Eles complementavam a mão-de-obra familiar dos agricultores, muitos descendentes dos primeiros açorianos.

A freguesia da Lagoa da Conceição era um verdadeiro celeiro, lá se cultivava de tudo. Também com a ajuda de escravos, muitos deles africanos, o que indica que seus proprietários não eram pobres, pois um escravo africano era caro. Os agricultores da Ilha compravam negros dos comerciantes do Rio de Janeiro e pagavam com farinha, cachaça…

Depois de 1830, a chegada de africanos diminuiu muito por causa da proibição do tráfico. A população escrava cresceu pelos nascimentos, e ficou mais crioula. Mas ainda assim havia muitos africanos, de toda parte: da Costa da Mina (atual Benin), do Congo, de Angola, de Benguela, de Moçambique. Muitos se identificavam pelos nomes dos portos onde foram embarcados, outros chegavam a usar nomes de "nação", como Agumi, Cassange ou Nagô. E como em todas as partes do Atlântico, incorporavam suas manifestações culturais ao cotidiano de trabalho duro. Alguns viajantes estrangeiros que estiveram aqui na época do Natal testemunharam grandes festejos africanos no início do século 19.

A Desterro dos escravos e libertos

Até hoje, o Centro de Florianópolis guarda construções, espaços e símbolos da Desterro do tempo da escravidão. A professora Beatriz conta que costuma organizar, para alunos de graduação e professores da rede de ensino, visitas guiadas na região central, que ajudam a entender um pouco aquele tempo em que aproximadamente um quarto da população da cidade era composta por escravos.

Uma em cada quatro pessoas era propriedade de alguém e trabalhava para o proprietário (ou proprietária – havia muitas mulheres proprietárias também) apenas em troca de casa, roupa e comida. Nesse cenário, se destacam a Igreja Matriz (Catedral) onde eram batizados os africanos novos, e as crianças filhas de escravos e libertos, e a Igreja do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, uma irmandade que congregava tanto africanos quanto negros nascidos no Brasil, chamados, à época, de crioulos.

Segundo a professora, os participantes da visita guiada percorrem as ruas e praças em busca da vida cotidiana dos escravos e dos libertos, suas atividades de trabalho, seus locais de moradia e lazer. Visitam, também, as sedes do poder da época –, a Câmara, onde também funcionava a cadeia, e a sede do governo da província – que tinham influência sobre suas vidas. Depois da independência do Brasil, o espaço social ocupado pelos africanos se restringiu.

Na Constituição do Império (1824), só são reconhecidos como cidadãos aqueles indivíduos nascidos no Brasil. Escravo, por definição, não era cidadão, mas uma vez alforriados, os crioulos passavam a ser reconhecidos como cidadãos brasileiros, enquanto os africanos libertos ficavam num limbo, sem cidadania. Em Desterro, as festas de coroação de reis, que eram ocasiões festivas da comunidade africana aceitas no período colonial, passaram a ser proibidas por postura da Câmara. Os batuques e danças, também.

Em outros lugares do Brasil, os africanos eram tantos que ficava mais difícil impor a proibição. Aí entra a especificidade de Santa Catarina: como a província recebeu tantos imigrantes europeus, a população negra ficou com pouco espaço para defender seus costumes e direitos.

A visita pelo Centro da capital catarinense estimula a imaginação dos participantes. Poucas pessoas que passam, hoje, a caminho do Terminal Cidade de Florianópolis, indo pela Praça Fernando Machado, sabem que ali ficava o primeiro mercado da cidade, inaugurado em 1850. O Mercado mudava muita coisa: várias africanas libertas viviam do trabalho de quitandeira, outros escravos vendiam alimentos e comida em tabuleiros e entregavam a renda aos seus donos, gente que cultivava roças trazia os produtos para vender.

Enquanto, antes, a venda se fazia em barraquinhas, nas canoas ou em panos estendidos no chão, a construção do Mercado buscava dar ordem para o comércio de gêneros e controlar o trabalho daqueles que viviam disso, muitos deles escravos e libertos. Quem vendia tinha que pagar aluguel do espaço, e taxa para a Câmara, e o fiscal controlava que não houvesse no Mercado ajuntamentos e batuques.

As pesquisas não param… e ainda há muito a se revelar da história dos negros no litoral catarinense. Para o pesquisador, é como se ele puxasse o fio que entrelaça um sem-fim de histórias. Mas além disso, a pesquisa estimula o olhar crítico sobre a realidade, leva a pensar que o espaço em que vivemos tem história. E que pessoas de diferentes partes do continente africano contribuíram para ela também.

jacqueline.iensen@diario.com.br
JACQUELINE IENSEN

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GEHB ** ARTIGO - Retrato minucioso de um certo Brasil

 

Retrato minucioso de um certo Brasil

FERNANDO AMED
Fonte: O Estado de S.Paulo
26 de junho de 2010
No limitado circuito que compõe a corporação dos historiadores brasileiros, é um tanto conhecida a insatisfação de Capistrano de Abreu (1853-1927) quando da publicação de seus escritos. Aqueles que se debruçaram sobre sua correspondência bem sabem que o historiador cearense pretendia estabelecer uma nova edição de Capítulos de História Colonial (1907), seu trabalho mais conhecido, o que nunca veio a realizar. Uma pena para os leitores que se viram privados de poder contar com a lucidez de Capistrano em mais um de seus exercícios de domínio acerca do passado colonial brasileiro.
Este, felizmente, não foi o caso de Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982). Testemunhos daqueles que privaram de sua sociabilidade sinalizam que o historiador também manifestava certo desgosto para com um dos títulos que compunha a História Geral da Civilização Brasileira, o volume Do Império à República, publicado na década de 70. Capítulos de História do Império, que ora vem ao público, foi sendo escrita ao longo dos últimos anos de vida de Sérgio Buarque e pode ser vista como uma tentativa de revisão por parte do historiador quanto ao que lhe desagradava na publicação anterior.
As semelhanças para com Capistrano de Abreu, no entanto, ainda podem ser exploradas sob outros matizes. Capítulos de História do Império apresenta o mesmo empenho em relação ao tratamento heurístico, a busca pelo conhecimento das minúcias, além do traço historicista, que dava guarida para ambos os historiadores.
Em Capítulos, o leitor pode se sentir muito próximo dos acontecimentos que enfeixaram especialmente o Segundo Império brasileiro. Sobretudo, somos estimulados pelas imagens utilizadas pelo historiador na direção da recuperação do clima que abrigava o império. Já a incomum qualidade literária é uma das características mais marcantes do livro de Sérgio Buarque de Holanda.
O uso de fontes diferenciadas permite que se perceba a busca pela empatia com o ambiente encetado pelo historiador. Nesse aspecto, sobressai o capítulo 4, em que nos aproximamos de Pedro II. Por meio da pesquisa nos diários ou nas anotações de punho feitas pelo imperador nos livros de sua biblioteca particular, além do exame dos testemunhos daqueles que o conheceram pessoalmente, o perfil de Pedro II se delineia com acuidade. É assim que passamos a agregar a informação de que ele possuía "voz aflautada, como de falsete, pernas finas demais para um corpo avantajado" e, nas ocasiões solenes, "calças bem justas, sapatos de seda branca, manto de papos de tucano, alta e pesada coroa que lhe circundava toda a cabeça, a indefectível cabeça de caju a encobrir uma pronunciada saliência na testa".
Observações como essas, aliadas às outras remetidas ao cotidiano político, ou às alcunhas e expressões de época – por que os brasileiros eram designados pelos portugueses como cabras? O que vem a ser a expressão pé-rapado? – nos permitem adentrar o passado mais remoto. Dada a ausência de preocupação com uma visão de síntese sociológica, o que percebemos é a busca pela compreensão da história passada que se segue amparada pela erudição, mais próxima daquela esposada pelos intelectuais do século 19.
Para o presente, em que os trabalhos de história costumam guardar ligações mais pragmáticas, em que os artigos se mostram mais viáveis que trabalhos de fôlego, a obra inédita de Sérgio Buarque de Holanda tem muito a oferecer. Resta saudar que não tenha tido a mesma sorte de Capistrano de Abreu e esperar que venha a encontrar um universo maior de leitores que serão gratificados pela experiência de proximidade para com as situações e alusões remetidas ao nosso passado.
FERNANDO AMED, PROFESSOR DA FACOM/FAAP E DO CURSO DE ARTES VISUAIS DA BELAS ARTES DE SÃO PAULO, É AUTOR DE AS CARTAS DE CAPISTRANO DE ABREU: SOCIABILIDADE E VIDA LITERÁRIA NA BELLE ÉPOQUE CARIOCA (ALAMEDA)

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terça-feira, 22 de junho de 2010

GEHB ** Lançamento do livro "Ciência, Civilização e República nos Trópicos", de Alda Heizer e Antonio Augusto Passos Videira (orgs.)

 

Fonte:  JC e-mail 4036, de 22 de Junho de 2010.
 

Lançamento do livro "Ciência, Civilização e República nos Trópicos", de Alda Heizer e Antonio Augusto Passos Videira (orgs.)
Nesta quarta-feira, 23 de junho, na Blooks Livraria, em Botafogo, RJ

Publicada pela Editora Mauad, o livro "Ciência, Civilização e República nos Trópicos" reúne 21 textos de pesquisadores nacionais, que tratam das práticas das ciências no Brasil no período chamado de Primeira República ou República Velha.

As reflexões tiveram origem no encontro acadêmico - com o mesmo título do livro - realizado em 2008 no Rio de Janeiro. São trabalhos que descrevem, objetivamente, o domínio da ciência no país daquela época, procurando propor discussões sobre a produção intelectual no campo das ciências nos primeiros anos da República e dialogando com a historiografia conhecida.

A Blooks Livraria fica na Praia de Botafogo, 316, Botafogo, Rio de Janeiro.

Mais informações no site da Editora Mauad: http://www.mauad.com.br/




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GEHB ** Convite Seminario Amigos da ENFF no Rio de Janeiro, 23 de junho, 18h30

 
A EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO DA ESCOLA NACIONAL FLORESTAN FERNANDES

Palestrantes: Carlos Eduardo Martins (IFCS/UFRJ)

Guilherme Marques Soninho (IPPUR/UFRJ)
José Paulo Neto (ESS/UFRJ)
Virgínia Fontes (EPJVF/Fiocruz)

DIA 23 DE JULHO, QUARTA-FEIRA, NO IFCS

(Largo de São Francisco -Centro -RJ)

POR FAVOR, DIVULGUEM.


Obrigada!


Valeria.

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GEHB **Pós Graduação em Arqueologia Brasileira [1 Anexo]

 
Caros amigos, pela primeira vez no país, um Curso de Arqueologia será promovido na sede da maior e mais importante instituição de Arqueologia do Brasil.  É um projeto pioneiro que pretente inovar a Baixada Fluminense que mais uma vez desponta como formadora de opinião e de mão-de-obra qualificada para o país. O curso conta com a parceria da Universidade Católica de Petrópolis e da Sociedade Impar. Chegou a nossa vez! Venha fazer parte de nossa família de arqueólogos. Um abraço para todos.



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sábado, 19 de junho de 2010

GEHB ** Adeus a Saramago

 
Boletim eletrônico da Revista de História da Biblioteca Nacional
Faça já a assinatura de um ou dois anos da RHBN
por preços de até 5x de R$21,36




José Saramago (1922 - 2010)

Romancista, jornalista, dramaturgo e poeta, José Saramago faleceu às 12h30 desta sexta-feira, em consequência de falência múltipla dos orgãos. O escritor estava em sua casa, em Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Segundo o site oficial da Fundação José Saramago, o autor morreu estando acompanhado pela família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila. Confira mais detalhes sobre a morte do escritor e leia sua entrevista exclusiva para a Revista de História, concedida em 2008. [ leia mais ]

O poder do café

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), o café só perde o posto de bebida mais consumida para a água. Diariamente, um bilhão de pessoas bebem o líquido e o hábito não é de hoje. O fruto é o assunto do próximo debate da Revista de História, no dia 22 de junho, às 16h, no auditório da Biblioteca Nacional. [ leia mais ]

II Guerra Mundial hoje

A II Guerra Mundial terminou em 1945 e, mesmo após 65 anos, os vestígios da batalha mais letal da história ainda fazem vítimas. No passado, os conflitos entre os Aliados das potências China, França, Grã-Bretanha, União Soviética e Estados Unidos contra o Eixo dos três países formados por Alemanha, Itália e Japão, mataram cerca de seis milhões de pessoas. Mas suas bombas aindam causam mortes e medo pelo mundo. [ leia mais ]

Arquivos do Futebol

A história do Brasil do século XX, em grande medida, é a história do futebol. O futebol contribuiu para auto-estima de nossa gente, além de possibilitar a ascensão social de milhares de brasileiros pobres. Mais ainda, o esporte bretão gerou a imagem do herói popular e da “pátria de chuteiras” – na expressão de Nelson Rodrigues – como responsabilidade de talentosos afrodescendentes, em uma sociedade que durante séculos foi escravocrata e racista. [ leia mais ]


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GEHB ** José Saramago.

 

Morre José Saramago (1922 - 2010)
Aos 87 anos, falece o único escritor português a ganhar o prêmio Nobel de Literatura
Monique Cardone


Romancista, jornalista, dramaturgo e poeta, José Saramago morreu às 12h30 desta sexta-feira, em consequência de falência múltipla dos órgãos. O escritor estava em sua casa, em Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Segundo o site oficial da Fundação José Saramago, o autor morreu estando acompanhado pela família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila.

Luiz Schwarcz, editor e fundador da Companhia das Letras que publicava os livros de Saramago no Brasil, disse em seu blog como ficou sabendo da morte do amigo.

"Acabo de ver o escritor José Saramago morto. Quando a notícia apareceu na internet, liguei pelo skype para Pilar (esposa do escritor), que sem que eu pedisse me mostrou José deitado na cama, morto. Tenho falado com Pilar quase todos os dias. Sabia que não havia chance de recuperação, o destino de José já estava traçado, os médicos não acreditavam mais na possibilidade de um novo milagre, como o do ano passado, quando venceu, contra todas as expectativas, os problemas pulmonares que o acometiam", relatou Schwarcz.

José Saramago, além de ganhar o prêmio Nobel de Literatura (1998), é considerado responsável pelo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. Entre suas maiores conquistas também está o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em Portugal.

A ligação com o Brasil ficava evidente nas frequentes visitas ao país e nas amizades com o escritor Jorge amado, com o fotógrafo Sebastião Salgado, com o músico Caetano Veloso e intelectuais, como Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras.

"Saramago era um amigo desde os anos 80. Uma boa e grande amizade que começou em 1981 quando nos conhecemos. Sempre acompanhei o percurso literário dele, mesmo antes de conhecê-lo. Era um escritor excepcional," disse o historiador muito emocionado.

A admiração por uma das obras do escritor levou o cineasta brasileiro Fernando Meirelles a adaptar "Ensaio sobre a cegueira", que fala sobre uma epidemia que torna cego os habitantes de uma cidade, para o cinema.

O Ministro da Cultura, Juca Ferreira, divulgou nota de pesar pelo falecimento do autor. "O escritor José Saramago mantinha relações privilegiadas com o Brasil. Esteve presente em diversos eventos literários no país e se tornou muito popular antes mesmo de conquistar o Prêmio Nobel. Em romances como "O Ano da Morte de Ricardo Reis", o Brasil faz parte das reflexões do grande escritor."

O autor português sempre teve muita ligação com a história, seja na vida pessoal, como em seus romancas. Em entrevista exclusiva à RBHN, em 2008, o autor aconselhou aos historiadores: "A imaginação pode ajudar a aproximar do leitor matérias muitas vezes áridas".

A obra "A História do Cerco de Lisboa", publicado pela primeira vez em 1987, pode ser interpetrada como uma mistura de ficção e realidade. No romance, Raimundo Silva, revisor de livros, introduz em um tratado de história (intitulado História do Cerco de Lisboa) um erro voluntário: "os cruzados não ajudaram os portugueses a conquistar Lisboa"; apenas inserindo a palavra "não".  Essa falha proposital muda os acontecimentos do conto e, ao mesmo tempo, mostra a capacidade do escritor em modificar com facilidade o que estava consagrado historicamente. 

A história do cerco da capital de Portugal, que nos é ensinada na escola, acontece no ano de 1147 e envolve o processo de reconquista cristã da península Ibérica quando os portugueses, com a ajuda das Cruzadas, tomaram a cidades dos mouros.

No decorrer do texto, os vários cercos vão caindo: tanto o histórico da cidade de Lisboa, como o vivido pelo personagem Raimundo. No romance, Saramago escreve com habilidade e emoção entrelaçando literatura e história, como em "Memorial do Convento", "O Ano da Morte de Ricardo Reis" e "Jangada de Pedra".

A história mundial também sempre teve interesse para Saramago e por causa de fatos históricos, como o fascismo e a censura em Portugal, ele foi morar na ilha que fica no meio do Atlântico. A mudança foi motivada porque o livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" (1991) apresentava sua visão ortodoxa sobre o messias cristão e o livro foi proibido no país. Em 1992, o governo não inscreveu o romance no Prêmio Literário Europeu porque considerou ofensivo aos católicos portugueses por comparar o nascimento de Jesus ao de qualquer outro homem. E, assim, o escritor abandonou de vez a sua terra.

Os acontecimentos mais recentes também eram alvo das críticas do autor. E causou muitas polêmicas.  Em 2002, Saramago visitou a Cisjordânia e no encontrou com Iasser Arafat comparou a ocupação israelense ao Holocausto de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra.

A última publicação de Saramago foi "Caim" (2009) que é um olhar irônico sobre o Velho Testamento e também foi alvejado pela Igreja. Em sua passagem por Roma, em 2009, o autor chamou o Papa Bento XVI de "cínico" e disse que a "insolência reacionária" do catolicismo precisa ser combatida com a "insolência da inteligência viva".

Além da saudade, o escritor deixa um legado importante para literários, históriadores e fãs de suas obras. Entre tantas relíquias estão os romances "Terra do Pecado" (1947), "Manual de Pintura e Caligrafia" (1977), " Levantado do Chão" (1980), "Memorial do Convento" (1982), "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (1984), "A Jangada de Pedra" (1986), "História do Cerco de Lisboa" (1989), "O evangelho Segundo Jesus Cristo" (1991), "Ensaio Sobre a Cegueira" (1995), "Todos os Nomes" (1997), "A Caverna" (2000), "O Homem Duplicado" (2002),  Ensaio Sobre a Lucidez (2004), "As Intermitências da Morte" (2005) e "A Viagem do Elefante" (2008) e "Caim" (2009).

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

GEHB ** O poder do café

 
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GEHB ** Nuevo número Revista Estudios Históricos Masonería Latinoamericana y Caribeña

 



Estimados colegas

Por favor difundir.

Saludos cordiales,
Equipo REHMLAC

Vol. 2, n. 1, Mayo 2010 – Noviembre 2010

REHMLAC presenta el número 1 del Volumen 2, correspondiente al periodo Mayo-Noviembre 2010. Con este número se cumplen partes de las pretensiones académicas iniciales del equipo editorial: publicar Estados de la Cuestión sobre la Historia de la Masonería latinoamericana y caribeña, tomando por límites geográficos las fronteras de las naciones actuales de dicho espacio. E informar sobre los trabajos de investigación elaborados desde las Universidades como Tesis Doctoral. En números posteriores se proseguirá, en la medida de lo posible, completando los Estados de la Cuestión de forma prioritaria.

Estados de Cuestión

Felipe Santiago del Solar (Universidad Paris Diderot-Paris 7), "La Francmasonería en Chile: De sus orígenes hasta su institucionalización"
ver descargar

María Eugenia Vázquez Semadeni (Universidad Nacional Autónoma de México), "Historiografía sobre la masonería en México. Breve revisión"
ver descargar

William Almeida de Carvalho (Grande Oriente do Brasil), "Pequena História da Maçonaria no Brasil"
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Arte y masonería

Janet Iglesias Cruz & Javiher Gutiérrez Forte (Universidad de La Habana), "La simbología masónica en el Cementerio de Colón"
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Experiencias investigativas en Tesis Doctoral

María Eugenia Vázquez Semadeni (Universidad Nacional Autónoma de México), "La interacción entre el debate público sobre la masonería y la cultura política, 1761-1830"
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Roberto Armando Valdés Valle (Universidad Centroamericana "José Simeón Cañas"), "Masones, Liberales y Ultramontanos salvadoreños: Debate político y constitucional en algunas publicaciones impresas, durante la etapa final del proceso de secularización del Estado salvadoreño (1885-1886)"
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Samuel Sánchez Gálvez (Universidad Carlos Rafael Rodríguez de Cienfuegos), "La logia masónica cienfueguera Fernandina de Jagua (1878-1902). Un estudio de caso"
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Reseñas

Michel Goulart da Silva (Universidade do Estado de Santa Catarina), "Os maçons brasileiros e sua história"
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Equipo REHMLAC

Consejo Científico

José Antonio Ferrer Benimeli (Universidad de Zaragoza)
Miguel Guzmán-Stein (Universidad de Costa Rica)
Eduardo Torres Cuevas (Universidad de La Habana)
Andreas Önnerfors (University of Sheffield)
María Eugenia Vázquez Semadeni (Universidad Nacional Autónoma de México)
Roberto Valdés Valle (Universidad Centroamericana "José Simeón Cañas")
Carlos Martínez Moreno (Universidad Nacional Autónoma de México)
Céline Sala (Université de Perpignan)

Editor

Yván Pozuelo Andrés (IES Universidad Laboral de Gijón)

Director

Ricardo Martínez Esquivel (Universidad de Costa Rica)

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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 
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