Este espaço é reservado para troca de textos e informações sobre a História do Brasil em nível acadêmico.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

GEHB ** BOLETIM TEMA LIVRE 03: Difusor acadêmico e cultural

 

De: contato@revistatemalivre.com <contato@revistatemalivre.com>
Assunto: BOLETIM TEMA LIVRE, 03: Difusor acadêmico e cultural

BOLETIM TEMA LIVRE – 03
Difusor acadêmico e cultural
Nº 03 – Maio de 2010


1.a) Concursos: Universidades
Na seção "Bolsas, concursos e oportunidades" a Revista Tema Livre informa sobre concursos em mais de dez instituições públicas do Brasil:

Rio de Janeiro
- UFRRJ: Vários campi.
Diversas disciplinas:
História da América Colonial, História Política e Econômica do século XX, Filosofia Medieval, Didática e Ensino de História, Didática e Ensino de Ciências Sociais, Didática e Ensino de Letras, Didática e Ensino de Filosofia, Didática e Ensino de Belas Artes, Didática e Ensino de Geografia, Relações Internacionais, Sociologia, Comunicação Social, Psicologia, Letras, Geografia, Turismo e Meio Ambiente, etc

- Museu Casa de Hera
Cargo de diretor do Museu situado em Vassouras

- Fundação Casa de Rui Barbosa: Bolsa
Várias categorias e áreas: História, Filologia, Literatura Brasileira, Direito, Produção Cultural, Ciências Sociais, Museologia, Arquivologia, Biblioteconomia, Arquitetura, Preservação, Artes.


São Paulo

- UNICAMP: Substituto
- UNIFESP: Garulhos
- UNESP: Franca


Minas Gerais
- UFMG: História da América – História da Ciência – História Ambiental/Ciência
- UFV


Paraná
- UNILA: Professor (30 vagas para diversas áreas)
- UFPR: História e Imagem, Comunicação Social, Literatura Brasileira, Lingüística...


Distrito Federal
- UnB: 98 vagas
Adjunto/assistente
História da África, História Medieval, História Contemporânea, História do Brasil República


Amapá
- UNIFAP: História



b)E, ainda, continuam abertos:
- "CONCURSO DE MONOGRAFIAS DE HISTÓRIA DO PARANÁ"

- Beca FLTA para Docentes Uruguayos
(Programa Fulbright Foreign Language Teaching Assistant Program)

- O Governo do Japão, por meio de seu Ministério da Educação (MEXT), oferece bolsa de estudos para o programa PESQUISA. Inscrições: até 28 de maio,

Para maiores informações concernentes a esta lista de oportunidades e, ainda, a outras chances profissionais, acesse:




2.Eventos acadêmicos e culturais de MAIO
Rio de Janeiro
Seminário Aspectos Humanos da Favela Carioca: Ontem e hojeEm virtude do cinqüentenário da obra que dá nome ao seminário, coordenada pelo sociólogo José Arthur Rios, o evento congregará pesquisadores que discutirão temáticas relacionadas às favelas do Rio de Janeiro. Dentre os temas, estão cultura, políticas públicas e a representação dessas áreas pelos veículos de comunicação de massas.
O Seminário ocorrerá nos dias 19, 20 e 21, no IFCS-UFRJ, situado no Largo de S. Francisco, 1, Centro, Rio de Janeiro – RJ

ARTXPOFeira mundial de comércio de arte, em formato de feira de negócios, fornecendo acesso a centenas de obras de artistas de vários países em um único local. Os organizadores esperam ter mais de 500 artistas expondo, bem como associações, galerias e grupos artísticos de todo o mundo, com obras de arte originais, gravuras, pinturas, desenhos, escultura, fotografia, cerâmica, giclee, litografias, graffiti, música, poesia, performance e muito mais. A ARTXPO ainda oferecerá seminários e conferências.
Praça Espanha, 13 - Itaipu - Niterói - Rio de Janeiro
Data: 14,15 e 16 de maio de 2010
Horário: sexta e sábado, de 14:00h às 21:00h. Domingo, de 12:00 às 21:00h

História da gravura na eav Parque LageExposição que apresenta a história da gravura na EAV Parque Lage com obras do acervo da escola. Serão exibidos trabalhos de artistas como Anna Bella Geiger, Luiz Ernesto, Malu Fatorelli, Suzana Queiroga, Cildo Meireles, Beatriz Milhazes, Arthur Barrio, entre outros. Curadoria George Kornis.
Galerias 1, 2 e EAV
O Parque Lage fica na Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
A Exposição acontece de segunda a quinta, das 9h às 22h, e de sexta a domingo, das 10h às 17h.
Até 24 de maio

Museu da República comemora 50 anos com nova exposiçãoO Museu da República está com a exposição "A Res publica Brasileira". A mostra apresenta a trajetória republicana no Brasil dividida em seis fases, que retratam desde o ano da sua proclamação até os dias atuais e estão distribuídas cronologicamente entre os andares do prédio principal da instituição.
Objetos, mobiliário e obras de artistas brasileiros e estrangeiros ficarão expostos como testemunhos materiais do Império e da República no Brasil. Os ambientes estão decorados com a riqueza de detalhes arquitetônicos que traduzem o perfil aristocrático do Palácio enquanto residência e antiga sede histórica do Poder Executivo.
O Museu da República fica na Rua do Catete, 153, Catete, Rio de Janeiro - RJ. Informações: (21) 3235-2650.



São Paulo
CONFERÊNCIA: "Sobre as origens da nação argentina", com o Prof. Dr. José Carlos Chiaramonte (Universidad de Buenos Aires).
Dia 11 de maio de 2010 (3a.feira), 17h30m, na Sala 8 do Prédio de Ciências Sociais/USP.
* Na ocasião, será realizado o lançamento do livro Cidades, províncias, Estados: origens da nação argentina, de José Carlos Chiaramonte (Editora Hucitec, 2010)

3º Seminário de Geografia, Turismo e Patrimônio CulturalO evento objetiva dar continuidade às discussões realizadas nos seminários anteriores voltando-se, na nova edição, à discussão sobre os processos de gestão pública e privada dos centros históricos no Brasil, ao processo de ideologia espacial que envolve a formação de imagens em paisagens patrimonializadas e aos projetos de intervenção e turistificação do patrimônio cultural nas cidades brasileiras.
O evento é destinado a pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, professores do ensino médio e superior das redes pública e privada, representantes do poder público e da sociedade civil envolvidos e interessados no aprofundamento teórico, prático e político sobre a relação entre patrimônio cultural, turismo e geografia.
Dias 13 e 14/5, na UNICAMP.

MENAS: O certo do errado, o errado do certoDe acordo com a norma culta do português brasileiro, "menas" é palavra incorreta, entretanto, está na fala de muitos brasileiros. Adquiriu tamanha notoriedade que foi, agora, alçada à categoria de título de exposição. MENAS defende a ideia de que há mais maneiras de analisar a linguagem do que a velha dicotomia do certo ou errado. MENAS propõe uma discussão que desafia nossas certezas, diluindo parte das fronteiras entre o culto e o popular. Experimente uma nova percepção do português brasileiro.
Museu da Língua Portuguesa
Parque da Luz s/n, São Paulo, SP
De terça a domingo, das 10h às 17h
Tel.: +55 (11) 3326 0775
Até 27/6


Seminário Internacional "A formação dos profissionais de museus: reflexões e perspectivas"O Comitê Brasileiro do ICOM (Conselho Internacional de Museus) vai realizar, nos dias 11 e 12 de maio, o Seminário Internacional "A formação dos profissionais de museus: reflexões e perspectivas". O objetivo do evento é fomentar a discussão dos grandes temas relativos aos museus entre os profissionais deste setor, estudantes e interessados.
O seminário será realizado no Auditório Vitae da Estação Pinacoteca do Estado de São Paulo, que fica no Largo General Osório, 66, Luz, São Paulo-SP.
A programação e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.icom.org.br.

TEATRO
NENY HOTEL INN
– Texto e Direção: Hermano Leitão. Elenco: Alexandre Vargas, Roger Rodrigues, Hermano Leitão, Luana Martins, Neiva Maria, Claudiane Carvalho, Franklin Medeiros, Eiki Sasaki, José Mônaco e Tiago Malta. Comédia: Num hotel inaugurado em Fortaleza, a recepcionista e amante do deputado Renan é assediada pelo auditor da CNN, que faz vistoria no local em meio a tráfico de drogas e correio de dólares nas malas. Teatro do Centro da Terra – Rua Piracuama, 19, Perdizes. 100 lugares. Sábado: 21:00h, domingo às 19:00h, 90min. Ingresso: R$40,00. Meia entrada: R$20,00. 70 min. Aceita cheque. 12 anos. Tel. 11 3675.1595. Estréia em 08/05/2010 até 27/06/2010. Estacionamento a 50m. Acesso especial.
Reestréia em 02/07/2010. Teatro Bibi Ferreira, Rua Brigadeiro Luiz Antonio, 931, Bela Vista. sexta-feira às 21:30h, sábado às 21:00h, domingo às 20:00h. Até 31/07/2010.


Minas GeraisIV Encontro Nacional de Pesquisadores do Integralismo e o III Simpósio do Laboratório de História Política e SocialDe 10 a 13 de maio de 2010
UFJF, Juiz de Fora, Minas Gerais

BahiaA Semana Nacional de Museus faz parte da agenda de eventos permanentes do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e ocorre durante uma semana, sempre no mês de maio, em comemoração ao Dia Internacioal dos Museus (18/05). Neste ano, acontecerá de 17 a 23/05 com o tema "Museus para a Harmonia Social" e terá a participação do Museu Mariano Procópio (Juiz de Fora). O propósito é mobilizar os museus brasileiros a aderirem ao tema da Semana, a partir de um esforço de concertação de suas programações por um período específico, intensificando a relação destes com a sociedade.
O IBRAM também disponibiliza textos sobre o tema no link http://icom.museum/doc/imd2010_links.html.
Mais informações:
Coordenação de Difusão e Desenvolvimento de Parcerias – (61) 2024-6207 e (61) 2024-6234.


Pará
I Seminário de preservação de patrimônio documental e acervos culturais: Um desafio amazônico.
O evento objetiva atender à necessidade de conhecimento sobre a preservação dos significativos acervos culturais amazônicos e reduzir o distanciamento técnico-científico entre os estados e países vizinhos. O seminário é uma oportunidade de compartilhar reflexões por meio do intercâmbio de experiências e de idéias e busca e visa à discussão e à apreensão de conhecimentos sobre um conjunto de medidas e práticas que objetivam a proteção e a manutenção de bens culturais, de monumentos e de objetos pertencentes a instituições públicas ou privadas, dirigidas também as comunidades, instituições e pessoas que lidam, de alguma forma, com o patrimônio histórico-cultural.
O evento objetiva, ainda, colaborar na ação preventiva de danos ao patrimônio arquitetônico, documental e artístico, contribuindo para a preservação do acervo cultural nacional, em especial o amazônico.
De 5 a 26/5 na Diretoria de Patrimônio e do Arquivo Público do Pará

Tocantins
II Semana Acadêmica de História de Porto Nacional/2010: Bicentenário da Independência da América
De 11 a 14 de maio de 2010
Campus da UFT de Porto Nacional, Tocantins

Rio Grande do Sul
15ª Jornada Nacional de Educação: autonomia e cidadania
De 25 a 28/05/2010
UNIFRA
Conjuntos I (Rua dos Andradas, 1614) e Conjunto III (Rua Silva Jardim, 1175)


Portugal
DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS:
18 de maio
Tal como nos anos anteriores, o Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS) convida as escolas, outras instituições e público em geral a participar na Comemoração do Dia Internacional dos Museus. O projecto deste ano visa, de forma lúdica e criativa, promover o conhecimento e a prática arqueológica, etnográfica, patrimonial e artística. Venha conhecer o multifuncionalismo da actividade museológica.
Ateliês em destaque:
-Iniciação à prática arqueológica
-Inventariar e catalogar para quê?
-Criar imagens, criar futuros
-Tradição cultural como matriz

Participação gratuita

Inscrições e informações:
Serviço Educativo do MAEDS
Av. Luisa Todi, 162, 2900-451 Setúbal
Tel. 265239365/265534029 Fax. 265527678
www.maedseventosactividades.blogspot.com


Inauguração da exposição "PAISAGENS COM MEMÓRIA": da arqueologia à pintura.
De Acácio Malhador, José Taklyn e Luciano Costa.
19 de maio, às 21.30H
Entrada Livre


3.Redes Sociais
A Revista Tema Livre atua, desde 2002, na internet, sendo um espaço qualificado, que objetiva agregar de forma positiva à vida intelectual dos navegantes da web, bem como contribuir, gratuitamente, com conteúdo de qualidade ao espaço virtual.


A partir desta proposta, a Revista Tema Livre estende sua missão à web 2.0, às mídias sociais, estando presente no Orkut, no Twitter e no FaceBook, agregando, ainda, o objetivo de, através das redes sociais, aproximar-se mais do público leitor.

As redes sociais aqui apresentadas são locais voltados para a discussão de temas relacionados à História, à cultura e à arte, envolvendo, também, questões da atualidade, visando a troca de informações e experiências concernentes às vidas acadêmica e profissional.

Assim sendo, convidamos todos aqueles interessados na área de História, e nas Ciências Humanas de uma maneira geral, além dos aficionados pelas Artes, a participarem deste projeto. Vamos compartilhar o conhecimento.



Orkut

Comunidade"Espaço Tema Livre"

FaceBook
Página:

Grupo:Espaço Tema Livre


4.Pós-Graduação (Portugal): Ano Letivo 2010/11
Mestrado em Estudos Clássicos
Ramo de Especialização em Poética e Hermenêutica
Ramo de Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas
Doutoramento em Estudos Clássicos
Ramo de Especialização em Mundo Antigo
Os organizadores informam que a primeira fase de candidatura deverá começar em inícios de junho.
Universidade de Coimbra

5.CAMPANHA
Ajude a combater o furto de bens históricos. DENUNCIE!
Polícia Federal: (61) 3321-7389; interpol@dpf.gov.br.
RJ: Delemaph/DPF (21) 2203-4466


6.LIVROS
Sugestões de leitura:
BARROS, José D'Assunção. A Construção Social da Cor. Petrópolis: Vozes, 2009.
Lançado recentemente, o livro procura discutir no âmbito da História e das Ciências Sociais algumas das questões mais instigantes e polêmicas de nossa época, como a formação das desigualdades sociais no Brasil, as questões étnicas, a hierarquização e democratização das diferenças, e, sobretudo, a História da formação da sociedade brasileira a partir de uma sociedade que se gestou durante o escravismo colonial. A obra aborda o período que vai desde a formação do Escravismo Colonial até a Abolição da Escravatura, e segue depois analisando alguns dos desdobramentos contemporâneos (período da República) relativos às desigualdades e lutas contra as desigualdades que haviam sido gestadas no período escravocrata.
- A obra pode ser adquirida nas livrarias ou pedida através do site da Editora Vozes (http://www.editoravozes.com.br/), ou encomendada à editora pelo e-mail vozes62@uol.com.br
- Sobre o autor: José D'Assunção Barros é Historiador e Professor de História, com Doutorado pela Universidade Federal Fluminense. A partir de 2009, tornou-se professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.


Classica Digitalia:
Série Varia:
- JESUS, Carlos A. Martins de; FERREIRA, Luísa de Nazaré (Orgs.) FESTEA - Tema Clássico. Dez anos de um festival de teatro (1999-2008) Coimbra: Classica Digitalia/CECH, 2010.
PVP: 20euros


Série Ensaios:
- LEÃO, Delfim F; FERREIRA, José Ribeiro; FIALHO, Maria do Céu. Cidadania e Paideia na Grécia antiga. Coimbra: Classica Digitalia/CECH, 2010
PVP:11euros

Os organizadores da Classica Digitalia ainda noticiam que:
"Apraz-nos ainda informar que foi adicionada à biblioteca digital uma função que permite adquirir os volumes impressos directamente através da Imprensa da Universidade de Coimbra (ver campo "Como comprar um livro impresso/How to buy a printed volume").
Em breve, esperamos iniciar  igualmente a distribuição no Brasil e nos Estados Unidos da América."


7.Convite à comunidade acadêmica
7.1)A REVISTA TEMA LIVRE está aceitando artigos para a edição n°15. Para maiores detalhes, ver:


7.2)Os organizadores/realizadores interessados em anunciar seus eventos acadêmicos (Simpósios, lançamento de livros, defesas de teses...) e culturais (Mostras, exposições...) de forma inteiramente gratuita no Boletim Tema Livre, favor enviar os respectivos dados para eventual publicação: boletim@revistatemalivre.com



O envio do anúncio não significa a obrigatoriedade da publicação do mesmo no Boletim Tema Livre. Por fim, os eventos que forem publicados no Boletim Tema Livre são de inteira responsabilidade dos realizadores dos eventos, sendo o Boletim Tema Livre mero veículo informativo e difusor acadêmico e cultural.


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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                    Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
 

GEHB ** Revista Tempos Históricos: Chamada de Artigos

 
Prezados confiram o Edital de Chamada de Artigos da Revista Tempos Históricos no site da ANPUH-PR
http://www.pr.anpuh.org/informativo/view?ID_INFORMATIVO=777

Cordialmente
José Miguel Arias Neto
Sec. Geral
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Atividade nos últimos dias:
    **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com

quinta-feira, 20 de maio de 2010

GEHB ** História militar na Antiguidade

 
 
(28/05/2010, Sala 501, Bloco C, 10h)
SESSÃO GEHM - reflexões teóricas e metodológicas sobre a pesquisa em história militar na Antiguidade
(Coord.: Prof. Me. Manuel Rolph Cabeceiras, CEIA-UFF)
A Historiografia Antiga e sua Influência na Escrita da História Militar:
Políbio e a reflexão sobre a guerra

Prof. Dr. Paulo André Leira Parente (PPGH-UNIRIO/ NERO-UNIRIO/ CEIA-UFF/ IGHMB)
A historiografia antiga identificou o fenômeno "guerra" como uma das principais causas das transformações intempestivas ocorridas na Pólis. Em seus relatos sobre as guerras antigas elaborou um padrão de valoração e descrição dos conflitos que exerceu uma longa influência na historiografia e na filosofia relativa ao tema. Na tradição historiográfica do ocidente destacamos a influência do historiador grego Políbio na formulação de um modelo historiográfico e analítico da guerra, cuja permanência e utilização se faz presente até a elaboração dos pensadores "clássicos" que refletiram sobre a "guerra" no século XIX
Dos castra aos burgos - romanos e germanos no limes: apontamentos
Prof. Dr. Álvaro Alfredo Bragança Jr.
(FL-UFRJ/PPGHC- UFRJ/CEIA- UFF/BRATHAIR)
O trabalho, em fase inicial, pretende suscitar debates acerca da implantação dos castra romanos na área do limes a partir do século I e seu posterior desenvolvimento em burgos na Idade Média com ênfase nas relações militares entre o Imperium e as tribos germânicas.
A re-significação da Segunda Guerra Gótica em meio aos embates teóricos da atualidade: política ou cultura?
Prof. Sandro Teixeira Moita (ECEME/CEIA- UFF)
Esta apresentação busca discutir o processo de pesquisa em História Militar na Antigüidade, discorrendo sobre os diversos problemas enfrentados pelo historiador no seu processo de pesquisa, como a problemática das fontes acerca do período e a discussão entre as teorias da História Militar, em particular as teses do general prussiano Carl Phillip Gottlieb von Clausewitz (1780-1831), explicitadas em seu tratado Da Guerra e as do historiador militar britânico John Desmond Patrick Keegan (1934-) com o seu livro Uma História da Guerra, confrontando as noções de "guerra como expressão da política" e "guerra como manifestação cultural". As questões aqui desenvolvidas serão tratadas tomando como referência a sua contribuição para o estudo da Segunda Guerra Gótica (376-382), no bojo da qual ocorreu a Batalha de Adrianópolis, a 9 de agosto de 378, quando o Império Romano sofre um dos seus mais significativos revezes diante das por forças góticas.

Para outras atividades da Jornada:
www.historia. uff.br/ceia e www.ceiauff. wordpress. com
Abraços,

Prof. Me. Manuel Rolph De V. Cabeceiras
Centro de Estudos Interdisciplinares da Antiguidade  (CEIA) /
Departamento de História - ICHF &
Pós-Graduação "Lato Sensu" de Cultura, Língua e Literatura Latina - IL da
Universidade Federal Fluminense

Lattes: http://lattes. cnpq.br/52824754 95829462
Site: http://www.historia .uff.br/ceia
Blog: www.ceiauff. wordpress. com

CAIXA POSTAL 37070
CEP 22621-971
Rio de Janeiro - RJ
 


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Atividade nos últimos dias:
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GEHB ** Chamada de Trabalhos Ano V Nº 2

 
Prezados,

A Revista Eletrônica Cadernos de História (UFOP) lança a chamada de trabalhos para a edição comemorativa ano V nº 2, com seção temática de artigos História e Literatura, e seção livre para resenhas, transcrições comentadas, entrevistas e traduções. O prazo para envio de trabalhos se encerra no dia 25 de julho de 2010. Segue em anexo o cartaz com o texto de apresentação do número.

Cordialmente,

Os editores.

Conselho Editorial
Revista Eletrônica Cadernos de História:
publicação do corpo discente do departamento de história da UFOP
www.ichs.ufop.br/cadernosdehistoria
Rua do Seminário, s/n - Centro
Mariana - MG
35420-000

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GEHB ** ENCONTRO REGIONAL DO PIAUÍ

 
Prezados
estamos divulgando osite do encontro regional do Piaui.
www.anpuhpi.org.br
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quarta-feira, 19 de maio de 2010

GEHB ** PROFISSIONALIZAÇÃO DO HISTORIADOR - URGENTE

 
Prezados associados da ANPUH - PR
Colegas de todo o Brasil

   Recebemos ontem, carta de nosso Presidente, informando a esta regional que o Senador Flávio Arns, do Paraná,
a despeito do projeto de regulamentação ter sido já votado em carater terminativo pela Comissão de Assuntos Sociais, protocolou requerimento no sentido de que o mesmo projeto seja ainda votado pela Comissão de Educação, Esporte e Cultura, o que pode atrasar enormemente a votação do projeto no Senado. Assim, como resposta esta regional enviou ao Senador Oficio no qual solicita a retirada de tal requerimento.
   Toda esta correspondência já está disponível na página da regional: http://www.pr.anpuh.org/
Conclamamos os associados da ANPUH-PR e àqueles de outras regionais que também manifestem-se junto ao Senador Arns para que possamos conseguir sensibilizar o mesmo no sentido de juntar-se à nossa causa.

O Email do Senador Flávio Arns é: flavioarns@senador.gov.br
Abaixo apresentamos modelo proposto de correspondência.

Sendo o que havia e contando com o apoio de todos os profissionais da área
Subscrevemo-nos
Cordialmente
Hélio Sochodolak - Diretor
José Miguel Arias Neto - Sec. Geral

Modelo proposto:

Exmo. Sr.
Senador Flavio Arns


            Há 42 anos os Historiadores vem lutando para fazer-se reconhecidos e terem sua profissão regulamentada. Foram, ao longo deste período, apresentados nove projetos à egrégia Câmara dos Deputados e todos arquivados.
            Assim, a iniciativa do Senador Paulo Paim, já aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais representa as mais elevadas aspirações da categoria e é nosso desejo vê-lo aprovado para que seja submetido à Câmara dos Deputados.
             Neste sentido, contamos com Vossa enorme sensibilidade aos temas sociais de nosso país para somar-se à nossa luta e contribuir para o reconhecimento de nossa profissão.
            Assim solicitamos que V. Excia, como bom representante dos paranaenses, dentre os quais nós, historiadores do Paraná, que retire o requerimento apresentado para solicitar que o projeto ainda seja julgado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, com o objetivo de proporcionar ao projeto a celeridade que nós todos nos fazemos merecedores.


(a)  -
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GEHB ** SELEÇÃO MESTRADO Universidade Federal de Pelotas 2010/02

 


Saiu o Edital de Seleção visando o ingresso no segundo semestre de 2010 no Programa de Pós-Graduação em História, curso de Mestrado, da UFPel. Maiores informações:





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terça-feira, 18 de maio de 2010

GEHB ** Colóquio de Etnografia Metropolitana

 

 JC e-mail 4012, de 18 de Maio de 2010.
 
Colóquio de Etnografia Metropolitana
Evento debate a história da favela carioca

O Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ) promove, de 19 a 21 de maio, um colóquio sobre etnografia metropolitana.O evento, intitulado "Aspectos Humanos da Favela Carioca: ontem e hoje", comemora os 50 anos da publicação do primeiro grande estudo sobre as favelas do Rio de Janeiro - Aspectos Humanos da Favela Carioca_ - desenvolvido pela SAGMACS (sociedade criada nos anos 1940 pelo frei dominicano Louis-Joseph Lebret) e coordenado pelo sociólogo José Arthur Rios.

A entrada no colóquio é gratuita. A programação completa está no link http://www.ifcs.ufrj.br/Coloquio.html


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GEHB ** ARTIGO - Guerra contra o Paraguai

 

Guerra contra o Paraguai

Por Mário Maestri em 17/05/2010
Batalha do Riachuelo
Acima, pintura retratando a Batalha do Riachuelo.
A guerra contra o Paraguai foi acontecimento central da história brasileira da segunda metade do século 19. As ações militares iniciaram-se em 12 de outubro de 1864, com a invasão brasileira do Uruguai, e concluíram-se em 1 de março de 1870, com a morte de Francisco Solano López, em Cerro Corá, no interior paraguaio.
Dos cento e quarenta mil soldados brasileiros convocados para o confronto, cinqüenta mil teriam morrido nos combates ou devido a ferimentos e doenças. O financiamento do enorme esforço militar comprometeu por mais de uma década as já frágeis finanças brasileiras.
A guerra tencionou política, social e economicamente o Brasil, desvelando o profundo anacronismo do Estado imperial escravista, despreparado e inadaptado para um esforço militar nacional. As conseqüências políticas do conflito foram profundas.
Durante a guerra, a luta abolicionista, principal questão política e social nacional, imobilizou-se sob a retórica da união diante do inimigo externo. Liberais e conservadores apoiaram uma intervenção rejeitada pelas classes subalternizadas, sem que qualquer força política nacional se opusesse a ela.
Narrativas apologéticas
As primeiras narrativas de vocação historiográfica sobre o conflito foram construídas após sua conclusão, nos últimos anos do Império. O golpe republicano de 1889 deu-se sob a égide da alta oficialidade do Exército, principal interessada na consolidação dessas leituras apologéticas.
Esses trabalhos pioneiros foram sobretudo obra de oficiais combatentes. Eles construíram-se através da seleção e organização dos discursos apologéticos desenvolvidos pelo Estado e pelas elites imperiais durante o confronto.
As leituras apologéticas imperiais foram ampliadas após 1889. As forças armadas republicanas elevaram à situação de figuras paradigmáticas oficiais monárquicos – Caxias, Osório, Tamandaré – que intervieram com destaque no conflito, o mais importante jamais combatido pelo Estado brasileiro.
Para apoiar a idéia de que a intervenção militar constituiu uma reação ao ataque dos territórios brasileiros, esses relatos propuseram comumente como ponto zero do confronto o aprisionamento do vapor brasileiro Marquês de Olinda, em 12 de novembro de 1864, e não a intervenção brasileira, um mês antes, contra o governo constitucional uruguaio, apoiado pelo Paraguai.
Apologia militar
A historiografia nacional-patriótica brasileira propôs que a guerra fosse contra a ditadura deSolano López, e não contra o povo paraguaio. Mesmo se o Império e a Argentina tenham anexado parcelas dos territórios paraguaios, transformando o país em uma verdadeira republiqueta, dizimando literalmente sua população – autores estimam redução de até 69% da população paraguaia.
As narrativas historiográficas áulicas defrontaram-se com grave paradoxo. Como explicar o imenso esforço militar, as baixas multitudinárias e os mais de cinco anos necessários para vergar, em aliança com a Argentina e o Uruguai, uma nação de importância regional menor.
Solano_Lopez
Acima, pintura retratando Solano Lopes.
Em geral, explicou-se a paradoxal resistência como resultado de preparação militar prévia e do fanatismo guarani, promovidos por Solano López. A indiscutível marcialidade paraguaia prosseguiu como espécie de Esfinge exigindo decifração e dificultando que a guerra galvanizasse o imaginário patriótico brasileiro.
Nos anos 1930, a historiografia paraguaia autonomizou-se das narrativas das nações vencedoras, relendo os sucessos em geral num sentido patriótico-nacionalista. Na década de 60 e 70, narrativas historiográficas de inspiração latino-americanista propuseram nova ótica analítica.
Negócio genocida
Em 1968, León Pomer lançou na Argentina La guerra del Paraguay: um gran negócio, e em 1979, Júlio José Chiavenato publicou no Brasil Genocídio americano: a Guerra do Paraguai. Esses trabalhos criticavam duramente a intervenção e ação da Tríplice Aliança.
Em geral, esse revisionismo apresentou a guerra como ação imperialista e genocida apoiada pelos ingleses e explicou a resistência paraguaia a partir de pretenso caráter modernizador do Estado lopizta. Destacou também a importância dos cativos libertados para lutarem nas tropas brasileiras.
Apesar dos importantes lapsos factuais e interpretativos, empreendia-se tentativa de análise das formações sociais envolvidas na guerra e de crítica geral da historiografia patriótico-imperialista. Procurava-se narrar os acontecimentos desde a ótica das populações envolvidas na guerra fratricida, e não das classes dominantes.
Genocídio americano: a Guerra do Paraguai obteve grande sucesso e influenciou o imaginário histórico brasileiro porque galvanizou a difusa memória do rosário de horrores que fora a guerra, até então semi-soterrado pelo discurso patriótico. O livro constituiu posicionamento contra a ditadura militar, durante a qual foi publicado.
A queda do muro
Em fins dos anos 1980, a vitória da contra-revolução liberal aprofundou poderosamente a hegemonia mundial do capitalismo, ensejando correspondente recuo das representações ideológico-culturais que se apoiavam no mundo do trabalho e procuravam interpretar o passado a partir de sua ótica.
No campo historiográfico, decretou-se o fim da história como ciência e da interpretação essencial do passado para compreensão e transformação do presente. A história da "vida privada", do "imaginário", do "singular", do "exótico", etc. recuou os esforços analítico-interpretativos sistemáticos do passado.
A rejeição das "narrativas totalizantes" valorizou a proposta das novas histórias política e cultural que terminou restaurando as velhas interpretações idealistas e subjetivistas do passado. A história voltou a ser lida prioritariamente como produto da ação errática de protagonistas excelentes e os fenômenos sociais, como produto de determinações ideológico-culturais.
No relativo à guerra contra o Paraguai, novas narrativas críticas do revisionismo dos anos 1960-70, definido como autoritário, populista, etc., empreenderam a restauração das grandes propostas interpretativas nacional-patrióticas imperiais e republicanas.
Maldita guerra
O livro Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai, do historiador Francisco Doratioto, lançado pela Companhia das Letras, por sua qualidade, excelência e erudição, constitui exemplo paradigmático do assinalado restauro historiográfico.
Originalmente tese de doutoramento, esse extenso trabalho – quase quinhentas páginas de texto -, critica explicitamente o revisionismo paraguaio e latino-americanistas, propondo realizar nova e mais equilibrada leitura dos fatos. A grande intimidade do autor com o tema e com a região do confronto explicita-se na valiosa revisão bibliográfica e documental que apresenta, transformando seu estudo em obra de referência sobre esse domínio historiográfico.
Nos anos 1960, a historiografia latino-americanista avançara o conhecimento historiográfico ao ressaltar a necessidade da elucidação do caráter das sociedades em luta, em geral, e do Paraguai, em especial, mesmo se fracassara na resolução da equação que propunha. Efetivamente, uma das singularidade do conflito foi antepor três grandes nações – Argentina, Brasil e Paraguai – organizadas a partir de formas de produção e de formações sociais divergentes.
Nos anos 1860, na Argentina imperava o trabalho livre, enquanto no Brasil dominava a escravidão. Portanto, a Argentina e o Brasil eram organizados por modos de produção díspares, apesar de igualmente assentados nas trocas mercantis e na propriedade privada dos meios de produção. No Paraguai, o Estado detinha grande parte da produção e da propriedade. Francisco Doratioto lembra que o "Estado guarani" era "dono" "de quase 90% do território nacional", controlando "praticamente" uns "80% do comércio interno e externo".
Nação guarani
Mesmo assim, o autor – que utiliza as locuções "país guarani" e "nação guarani" como sinônimos de Paraguai -, jamais discute as conseqüências dessa formação sócio-econômica singular para uma população guarani com profundas raízes camponesas, comunitárias e missioneiras. Nacionalidade que desbordava as fronteiras paraguaias.
Francisco Doratioto empreende minuciosa e elucidativa análise política, diplomática e militar dos sucessos. Porém, não contextualiza as sociedades em questão, procedendo verdadeira homogeneização das formações sociais envolvidas no confronto.
Falta de contextualização histórica que termina resultando por exemplo no uso anacrônico de categorias como "povo", "cidadão", "opinião pública", etc. para a formação social escravista brasileira, na qual grande parte da população encontrava-se total ou parcialmente, nos fatos ou legalmente, à margem da cidadania.
A abordagem essencialmente política dos fenômenos impossibilita explicação essencial da belicosidade paraguaia e letargia brasileira, responsáveis pela perpetuação do conflito. O que leva o autor a propor a tenacidade guarani como produto da fanatização e controle policial. "Apesar dessa situação, quase não havia deserções nas fileiras paraguaias, devido ao clima de terror imposto por Solano López, que estendia a punição a familiares e companheiros do desertor."
Marcialidade servil
A explicação da marcialidade como produto da fanatização e da ação policial não se coaduna com uma nação com Estado, exército e meios de comunicação rústicos e, portanto, propícios à deserção de soldados tiranizados. Essas teses não explicam a rearticulação da resistência por Solano López, nos sertões paraguaios, após ter perdido a capital e o controle do aparelho estatal. Foram os exércitos brasileiros, argentinos e uruguaios que conheceram deserções ininterruptas e relevantes.
Francisco Doratioto deduz a origem e a evolução do conflito da personalidade de Solano López, sobre quem lança a responsabilidade total da guerra. Isso, apesar de apresentar corretamente o confronto como tendencialmente inevitável, devido à procura da nação guarani de maior espaço regional e à negativa dos governos brasileiro e argentino de concedê-lo.
A personalização da história empreendida em Maldita guerra, por Franciso Doratioro, resulta no elogio das apologética das lideranças da Tríplice Aliança – Pedro II, Mitre, Caxias, Osório, etc. -, e na diabolização de Solano López, identificado a Hitler, ingênua personificação moderna da violência social na história.
Doratioto propõe como "identidade entre os dois ditadores" o fato de usarem jovens e velhos em desesperada resistência que teria comprometido seus países. A aproximação é anacrônica e esquece que foram os objetivos e práticas que desqualificaram o nazismo, e não a resistência inexorável, com jovens e velhos armados, utilizada licitamente pela população soviética contra o avanço fascistas.
Negros imprestáveis
Em geral, a retórica desabonadora estende-se às elites, aos oficias e aos soldados paraguaios, apresentados dedicados sistematicamente ao massacre, ao estupro e ao roubo, ainda que se convenha que, em certos momentos, os soldados aliados procedessem de igual modo.
A narrativa termina sugerindo ter constituído o conflito um choque entre o Brasil, nação monárquica, constitucional e liberal, e o Paraguai, Estado despótico, autocrático e atrasado, uma outra grande tese apologética brasileira, antes, durante e após a guerra.
No mesmo sentido, jamais se discute a possibilidade da inesperada duração dos combates dever-se ao confronto desigual entre um Estado escravista e uma nação de homens livres, desequilíbrio superado apenas pela desproporção de recursos entre o Brasil e o Paraguai.
A importante determinação dos combates pela essência escravista do Estado brasileiro, foi percebida por Caxias. O velho verdugo de cativos referiu-se a essa realidade ao execrar a qualidade militar dos libertos, "homens que não compreendem o que é pátria, sociedade e família, que se consideram ainda escravos [...]".
Servidão e liberdade
Apreciação compartida pelo coronel José Antonio Corrêa da Câmara, que explicou o fracasso de assalto à posição paraguaia por "nossos soldados de infantaria" serem "os negros mais infames deste mundo, que chegam a ter medo até do inimigo que foge".
Esqueciam os oficiais escravistas que os negros pusilânimes, no Paraguai, sob a bandeira do Império, tinham sido os mais valorosos soldados de Artigas, no Uruguai, sob a bandeira da luta pela liberdade, décadas antes.
Não enfrentando as questões estruturais subjacentes ao conflito, a narrativa termina assumindo tom claramente nacional-patriótico, como quando propõe que os verdadeiros heróis aliados seriam "os [combatentes] que viveram" nas duras condições de Tuiuti, "durante dois anos, sem desertar ou pretextar doença".
Inaceitável julgamento de valor sobre os atos dos milhares de soldados brasileiros, argentinos e uruguaios que tiveram a sabedoria de obedecer ao sábio preceito plebeu que, se "Deus é grande, o mato é maior", escafedendo-se de uma guerra das elites abominada pelas populações dos subalternizadas.
Protagonistas ausentes
Restringido à descrição a uma indiscutivelmente rica e valiosa narrativa política, diplomática e militar dos fatos, explicando as suas origens e dinâmicas a partir sobretudo da ação de protagonistas ilustres, Maldita guerra: Nova história da Guerra do Paraguai, de Francisco Doratioto, jamais se debruça efetivamente sobre os grandes protagonistas dos acontecimentos estudados.
Portanto, permanece a necessidade de análise que explique o sentido e as razões profundas da indiscutível adesão da população paraguaia a Solano López, durante a ofensiva na Argentina e no Brasil e, sobretudo, quando da defesa dos territórios nacionais guaranis invadidos pelas tropas brasileiras e argentinas.
Em lugar da explicação da ação das massas na história a partir da intervenção de personagens providenciais, impõe-se o entendimento da gênese de lideranças carismáticas, por mais exóticas, contraditória e desalinhadas que sejam, como expressões, diretas ou oblíquas, de forças e interesses sociais profundos.
A análise estrutural das condições de vida, objetivos e aspirações das classes populares e servis brasileiras, associada ao estudo da realidade que conheceram sob a bandeira do Império, contribuirá para que finalmente se revele, segredos que a guerra contra o Paraguai teima em esconder.
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Texto publicado em janeiro de 2003 na revista eletrônica www.consciencia.net.
*Mário Maestri, é professor do Programa de Pós-Graduação em História da UPF, RS. E-mail: maestri@via-rs.net

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