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quinta-feira, 14 de março de 2013

Simpósio História & Música

                    Prezados(as) colegas,
             Já desponta no horizonte a realização do XXVII Simpósio Nacional de História da Anpuh, programado para Natal, entre 22 e 26 de julho. Pela sétima vez consecutiva, nós coordenaremos o Simpósio Temático História & Música (n. 056).
             Por isso mesmo queremos lembrar a todos(as) os(as) interessados(as) que, como diria Cazuza, "o tempo não para" e as inscrições (mediante a apresentação de texto completo que figurará nos anais do evento) estão prestes a se encerrar. O prazo para tanto expira na data fatídica de 31 de março.
             A seguir indicamos o caminho das pedras para quem queira proceder à sua inscrição e reproduzimos a proposta aprovada pelo comitê científico da Anpuh (excluída, aqui, a bibliografia).
             Abraços.
             Prof. Dr. Adalberto Paranhos (UFU)
             Profa. Dra. Tânia da Costa Garcia (Unesp-Franca)
Proposta: Esta proposta representa um desdobramento de outros seis simpósios temáticos que se realizaram, inicialmente, no XXIV Simpósio Nacional de História (2007) e, em seguida, no XIX Encontro Regional de História da Anpuh-SP (2008), bem como no XXV Simpósio Nacional de História (2009), no XX Encontro Regional de História da Anpuh-SP (2010), no XXVI Simpósio Nacional de História (2011) e no XXI Encontro Regional de História da Anpuh-SP (2012). Trata-se, portanto, de consolidar e ampliar as discussões que convergem para o exame das relações entre História & Música, valendo-se, para tanto, do acúmulo de experiências adquiridas ao longo dos últimos anos.
Já há algum tempo, como que tateando novos caminhos, os historiadores têm procurado incorporar ao arsenal de recursos de pesquisa outras linguagens, para além das habituais. Esse ato, próprio de quem se lança ao desafio de experimentar novos sabores dos saberes, resultou numa bibliografia, de produção mais ou menos recente, que valoriza objetos de estudo normalmente postos à margem pela academia até os anos 1970/1980. Nessas circunstâncias, a música (com especial destaque para a música popular) vem assumindo crescente importância como fonte documental ou como objeto historiográfico, respondendo por uma parcela dos esforços daqueles que se empenham em insuflar novos ares nas pesquisas históricas.
Independentemente da tendência – bastante evidente no caso de historiadores, cientistas sociais e profissionais da área de literatura – de se concentrar o foco de análise quase exclusivamente, ou pelo menos de forma prioritária, nas letras das canções, a complexidade do trabalho com música conduziu muitos pesquisadores a trilhar caminhos distintos. Sem que se colocasse no primeiro plano o estudo de natureza especificamente musicológica, passou-se, mais e mais, a atentar para os modos de articulação entre melodia e texto, ou para as relações de complementaridade e/ou de oposição que as letras entretêm com outros elementos da obra musical na sua realização histórica ou no seu fazer-se.
Justificativa: Cada vez mais se difunde a consciência de que as palavras que, aparentemente, injetam sentido numa canção não deixam de se submeter, numas tantas situações, a um processo de dessignificação e/ou de ressignificação, ou, como queira, de reapropriação. Dito de outra maneira, evidenciou-se que o sentido das letras das canções é cambiante, muda, por vezes, com o tempo, na dependência do contexto histórico-musical em que ressurgem. Enfim, quando não permanecemos reféns da mera literalidade das letras, estamos aptos a compreender que nenhum significante se acha irremediavelmente preso a um significado único, esvaziado de historicidade.
Em meio aos avanços vivenciados na pesquisa histórica com música, outra conclusão, não menos relevante, apontou para a necessidade de atribuir o devido peso analítico à performance. Ganhou força a ideia de que interpretar implica também compor. Por outras palavras, quando alguém canta e/ou apresenta uma música, sob essa ou aquela roupagem instrumental, atua, num determinado sentido, não como simples intérprete, mas igualmente como compositor. O agente, no caso, opera, em maior ou menor medida, na perspectiva de decompor e/ou recompor uma composição, o que ocorre de modo consciente ou inconsciente.
Este quadro, aqui desenhado em rápidas pinceladas, nos fornece um breve painel das potencialidades e da riqueza do trabalho do historiador preocupado com a tarefa de deslindar as relações que delineiam conexões possíveis entre música e o contexto histórico sociopolítico mais geral. Envolve ainda, por certo, reflexões de caráter fundamentalmente metodológico a respeito dos usos que se podem fazer da canção popular para a análise crítica da realidade histórica e/ou da própria história da música popular.

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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

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