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domingo, 23 de janeiro de 2011

** Tese de Doutorado na PUC - Tema: "A indolência dos baianos"

 
     Tese de Doutorado na PUC - Tema: "A indolência dos baianos"
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> DOUTORADO NA PUC - Elisete Zanlorenzi
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> 'Preguiça baiana' é faceta do racismo. A famosa 'malemolência' ou preguiça
> baiana, na verdade, não passa de racismo, segundo concluiu uma tese de
> doutorado defendida na PUC. A pesquisa que resultou nessa tese durou quatro
> anos.
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> A tese, defendida no início de setembro pela professora de antropologia
> Elisete Zanlorenzi, da PUC-Campinas, sustenta que o baiano é muitas vezes
> mais eficiente que o trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a
> visão de que o morador da Bahia vive em clima de 'festa eterna'.
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> Pelo contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais
> trabalha. Como 51% da mão-de-obra da população atua no mercado informal, as
> festas são uma oportunidade de trabalho. 'Quem se diverte é o turista', diz
> a antropóloga.
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> O objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e
> se consolidou. Elisete concluiu, após quatro anos de pesquisas históricas,
> que a imagem da preguiça derivou do discurso discriminatórios contra os
> negros e mestiços, que são cerca de 79% da população da Bahia.
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> O estudo mostra que a elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma
> coincidência. A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista. A
> imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado, por meio da elite
> portuguesa, que considerava os escravos indolentes e preguiçosos, devido às
> suas expressões faciais de desgosto e a lentidão na execução do serviço
> (como trabalhar bem-humorado em regime de escravidão??? ?).
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> Depois, se espalhou de forma acentuada no Sul e Sudeste a partir das
> migrações da década de 40. Todos os que chegavam do Nordeste viraram
> baianos. Chamá-los de preguiçosos foi a forma de defesa encontrada para
> denegrir a imagem dos trabalhadores nordestinos (muito mais paraibanos do
> que propriamente baianos), taxando-os como desqualificados, estabelecendo
> fronteiras simbólicas entre dois mundos como forma de 'proteção' dos seus
> empregos.
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> Elisete afirma que os próprios artistas da Bahia, como Dorival Caymmi,
> Caetano Veloso e Gilberto Gil, têm responsabilidade na popularização da
> imagem. 'Eles desenvolveram esse discurso para marcar um diferencial nas
> cidades industrializadas e urbanas. A preguiça, aí, aparece como uma
> especiaria que a Bahia oferece para o Brasil', diz Elisete. Até Caetano se
> contradiz quando vende uma imagem e diz: 'A fama não corresponde à
> realidade. Eu trabalho muito e vejo pessoas trabalhando na Bahia como em
> qualquer lugar do mundo'.
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> Segundo a tese, a preguiça foi apropriada por outro segmento: a indústria do
> turismo, que incorporou a imagem para vender uma idéia de lazer permanente
> 'Só que Salvador é uma das principais capitais industriais do país, com um
> ritmo tão urbano quanto o das demais cidades.'
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> O maior pólo petroquímico do país está na Bahia, assim como o maior pólo
> industrial do norte e nordeste, crescendo de forma tão acelerada que, em
> cerca de 10 anos será o maior pólo industrial na América latina.
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> Para tirar as conclusões acerca da origem do termo 'preguiça baiana', a
> antropóloga pesquisou em jornais de 1949 até 1985 e estudou o comportamento
> dos trabalhadores em empresas. O estudo comprovou que o calendário das
> festas não interfere no comparecimento ao trabalho. O feriado de carnaval na
> Bahia coincide com o do resto do país. Os recessos de final de ano também. A
> única diferença é no São João (dia 24 /06), que é feriado em todo o norte e
> nordeste (e não só na Bahia).
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> Em fevereiro (Carnaval) uma empresa, cuja sede encontra-se no Pólo
> Petroquímico da Bahia, teve mais faltas na filial de São Paulo que na matriz
> baiana (sendo que o n° de funcionários na matriz é 50% maior do que na
> filial citada).
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> Outro exemplo: a Xerox do Nordeste, que fica na Bahia, ganhou os dois
> prêmios de qualidade no trabalho dados pela Câmara Americana de Comércio (e
> foi a única do Brasil).
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> Pesquisas demonstram que é no Rio de Janeiro que existem mais dos chamados
> 'desocupados' (pessoas em faixa etária superior a 21 anos que transitam por
> shoppings, praias, ambientes de lazer e principalmente bares de bairros
> durante os dias da semana entre 9 e 18h), considerando levantamento feito em
> todos os estados brasileiros. A Bahia aparece em 13° lugar.
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> Acredita-se hoje (e ainda por mais uns 5 a 7 anos) que a Bahia é o melhor
> lugar para investimento industrial e turístico da América Latina, devido a
> fatores como incentivos fiscais, recursos naturais e campo para o mercado
> ainda não saturado. O investimento industrial e turístico tem atraído muitos
> recursos para o estado e inflando a economia, sobretudo de Salvador, o que
> tem feito inflar também o mercado financeiro (bancos,financeiras e empresas
> prestadoras de serviços como escritórios de
>
> advocacia, empresas de auditoria, administradoras e lojas do terceiro
> setor).
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>
> Faça-me o favor de encaminhar este e-mail ao maior número possível de
> pessoas. Para que, desta forma, possamos acabar com este estereótipo de que
> o baiano é preguiçoso. Muito pelo contrário, somos dinâmicos e criativos. A
> diferença consiste na alegria de viver, e por isso, sempre encontramos
> animação para sair, depois do expediente ou da aula, para nos divertir com
> os amigos.
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> Atenciosamente,
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> Bruno Leal
>
> Sinistro/Vistoria
>
> Tel: (71) 3503-6162 Fax: (71) 3503-6158
>
> E-mail: atendimento@autovilas.com.br
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